sábado, 23 de novembro de 2024

Para o macho entender

Por Luis Cosme Pinto.

Sou homem de sorte. Minhas filhas e minha namorada me ajudaram e continuam a estender as mãos. Conversam, dão livros, mostram filmes e eu, na plenitude dos meus 63 anos, começo, finalmente, a entender. 

Feminismo não significa uma multidão de mulheres iradas querendo ser homens. 
Feminismo não é sinônimo de larápias a surrupiar o emprego dos homens. 
Feminismo não é mulher x homem. 
Feminismo é a busca por direitos iguais.  
Com paciência e amor, as três me ensinam mais: Feminismo é para mulheres e homens, porque Feminismo é caminho para uma sociedade mais justa. Isso melhora o mundo e o universo. 

Sei que não serve de consolo, mas já foi muito pior. Quando minha mãe, a Therezinha, nasceu, em 1930, as mulheres não votavam. As brasileiras só começaram a ir às urnas em 1932. E, claro, votavam em homens. Não havia candidatas. 
O pai dela, meu avô, proibia, sem dizer palavra, apenas com o olhar, que Therezinha fosse ao baile, que namorasse, que mostrasse os joelhos. Não era só ele. Naquela época, a maioria das moças não contestava ou argumentava, tinham medo. Medo dos machos, de seus olhares, de seus poderes.

Fonte, citado parcialmente: https://revistaforum.com.br/opiniao/2024/11/20/feminismo-para-machos-por-luis-cosme-pinto-169622.html

A origem do ódio

Por Rogério Marques.

Ao comentar os atentados com explosivos na Praça dos Três Poderes, ocorridos em 13/11, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, perguntou, no dia seguinte, em sessão do STF: “Onde foi que nós nos perdemos nesse mundo de ódio, intolerância e golpismo?”

Para responder à pergunta do ministro é preciso entender a responsabilidade das grandes empresas de mídia na ascensão da extrema direita e na eleição de Jair Bolsonaro como presidente, em 2018.

Voltemos um pouco mais no tempo, a outubro de 2014. Naquele ano Dilma Rousseff foi reeleita para a presidência da república, com pequena vantagem sobre Aécio Neves, candidato do PSDB – 51,6% x 48,03%.

O resultado frustrou os empresários da mídia, que apostavam na vitória de Aécio para interromper o longo ciclo do Partido dos Trabalhadores no poder e incrementar reformas neoliberais. Da mesma forma que nas eleições de 1989 vestiram a camisa de Fernando Collor e seu neoliberalismo – e deu no que deu!

No começo do mesmo ano em que Dilma foi eleita, 2014, teve início a operação Lava Jato, com a atuação do juiz Sérgio Moro, seus procuradores e delegados da Polícia Federal que tinham lado político e anunciavam isso até mesmo em grupos de redes sociais.

Estava ali a chance de virar o jogo.

Casos de corrupção existiam e mereciam ser investigados, com certeza, como sempre existiram na história do país. Entre outros, o escândalo do Banestado (banco estatal do Paraná), um esquema bilionário de evasão de divisas descoberto no fim da década de 90, e a compra de votos na Câmara dos Deputados, em 1996, na votação que permitiu a reeleição de Fernando Henrique Cardoso na presidência da república.

Por interesses políticos e econômicos, a imprensa não usou esses escândalos para derrubar e prender presidentes. Já no caso da Lava Jato, em vez de noticiar com imparcialidade, as grandes redes de jornais, rádios e TVs passaram a fazer parte do “Partido Lavajatista”, juntamente com setores do Judiciário e da Polícia Federal, e transformaram Sérgio Moro em ícone anticorrupção.

A onda midiática não foi suficiente para, em um primeiro momento, impedir a reeleição de Dilma Rousseff – por pouco! – em 2014. Mas logo veio o “terceiro turno” das eleições, com as baterias voltadas diariamente, no noticiário, contra a então presidente, o ex-presidente Lula e lideranças do Partido dos Trabalhadores.

O resto é o que sabemos: sem ter cometido qualquer crime, Dilma foi deposta em agosto de 2016, com a traição, por ambição política, do vice-presidente Michel Temer.

Dois episódios merecem ser lembrados como símbolos daqueles anos sinistros que o pais viveu, marcados por atos arbitrários de setores partidarizados da Justiça: a prisão por 580 dias do ex-presidente Lula, em abril de 2018, condenado com base em processos kafkianos, mais tarde anulados, e a morte do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier, em 2 de outubro de 2017.

Cancellier foi levado ao suicídio por uma ação truculenta da polícia federal, em investigações sobre desvio de dinheiro na UFSC. Detido por um dia, algemado e afastado da instituição à qual tanto se dedicou, mesmo sem ter cometido qualquer irregularidade, Cancellier deixou um bilhete manuscrito em que dizia: “A minha morte foi decretada quando fui banido da universidade!!!”.

Quanto a Lula, foi atacado diariamente durante 5 anos nas redes da mídia, que noticiava sem olhar crítico e com facciosismo as acusações de que o então ex-presidente era vítima e que culminaram com sua prisão durante 580 dias.

Ao tentar atingir Lula, Dilma e o Partido dos Trabalhadores, os empresários da mídia acabaram desacreditando a política como instrumento de mudanças. O objetivo era levar ao poder alguém com o perfil de Aécio Neves, mas deu errado.

Com Lula preso, estava aberto o caminho para Jair Bolsonaro, representante da extrema direita, que durante quase 30 anos foi um parlamentar medíocre e se apresentava agora como a renovação da política, com uma pregação que mesclava fundamentalismo religioso e discurso moral.

Até hoje estamos vivendo as consequências daquele lamentável papel da mídia. Por pouco não tivemos um golpe contra a democracia depois da derrota de Jair Bolsonaro para Lula. O 8 de janeiro foi a face escancarada da tentativa de implantação de uma ditadura.

Punir todos os envolvidos no episódio é da maior importância, a começar pelo ex-presidente saudosista de 1964, que sempre insuflou uma nova quartelada e agora quer anistia. Mas é preciso, também, que a ação desempenhada pelas grandes empresas da mídia seja sempre lembrada, para que nunca mais se repita.

Respondendo à pergunta feita pelo presidente do STF Luís Roberto Barroso, no dia seguinte aos atentados com explosivos na Praça dos Três Poderes, foi em grande parte com aquela ação, que durou anos, que o Brasil começou a se perder “nesse mundo de ódio, intolerância e golpismo”.

Fonte: https://jornalggn.com.br/cidadania/o-papel-da-midia-na-onda-de-violencia-e-odio-por-rogerio-marques/

A travessia em arte rupestre

Lar de uma das mais espetaculares tradições de arte rupestre global, as pinturas rupestres de Serrania de la Lindosa, na Colômbia, com 12.500 anos, contêm dezenas e milhares de pinturas, incluindo humanos e animais se transformando uns nos outros. Arqueólogos internacionais têm trabalhado com anciãos, líderes e especialistas em rituais indígenas para interpretar o que seus ancestrais deixaram para trás.

O que eles aprenderam transcende o metafísico e consolida ainda mais a perda da sabedoria, conhecimento e tradição indígenas, que sofreram nas mãos do colonialismo . Esses relatos, junto com a pesquisa material, apontaram para a arte transcendendo reinos espirituais, transformação de corpos e um continuum no qual mundos humanos e não humanos colidem.

Na verdade, imaginar que é algum tipo de registro literal do envolvimento humano com o ambiente ao redor é fazer um grande desserviço. Publicado na edição especial do Advances in Rock Art Studies , arqueólogos da Universidade de Exeter têm trabalhado na região nos últimos seis anos, principalmente por meio do projeto LASTJOURNEY financiado pelo European Research Council.

O professor Jamie Hampson, principal autor e arqueólogo do Departamento de Humanidades e Ciências Sociais da Universidade de Exeter, no Reino Unido, explicou em um comunicado à imprensa.

“ Descendentes indígenas dos artistas originais nos explicaram recentemente que os motivos da arte rupestre aqui não simplesmente 'refletem' o que os artistas viram no mundo 'real'. Eles também codificam e manifestam informações críticas sobre como comunidades indígenas animistas e perspectivistas construíram, se envolveram e perpetuaram seus mundos ritualizados e socioculturais. Como Ulderico, um especialista em rituais Matapí, nos disse em frente a um dos painéis pintados em setembro de 2022, 'você tem que olhar [os motivos] do ponto de vista xamânico'.”

Estendendo-se por oito milhas (12,87 quilômetros), as pinturas são encontradas em abrigos de pedra , na borda afiada dos tepuis ou montanhas de mesa de calcário. Criadas com um pigmento mineral vermelho, ocre , as representações incluem uma ampla gama de fauna, muitos humanos armados e até mesmo torres de madeira são retratadas também, às vezes no alto das paredes de pedra.

Na época da descoberta e do estudo, alguns meses atrás , os arqueólogos explicaram como esses ancestrais antigos tinham conhecimento íntimo dos vários habitats da região, como parte de uma "estratégia de subsistência" mais ampla, incluindo saber exatamente quais animais caçar, quais plantas colher, quando e como.

Os animais habitam e simbolizam espaços 'liminares', movendo-se fluidamente entre a terra, a água e o céu, como sucuris, onças , morcegos e garças. Os anciãos os veem como significativos no contexto da transformação xamânica: um ancião descreveu as onças como personificações da sabedoria xamânica, quase como se o próprio animal se tornasse um avatar xamânico . Eles também alertaram sobre a necessidade de preservar essas imagens, alertando que perdê-las poderia cortar a conexão entre os povos indígenas, seus ancestrais e as práticas tradicionais, para sempre.

Cenas de transformação teriantrópica (combinando a forma de um animal com a de um homem, geralmente uma divindade) entusiasmavam particularmente os mais velhos; elas repetidamente chamavam a atenção dos pesquisadores para as imagens que incorporavam figuras de "ave/humano, preguiça/humano, lagarto/humano e cobra/pássaro/humano".

“Então aqui estão os animais que estão lá, eles existem naquela serra que antigamente era e ainda é, mas é no mundo espiritual… Esses são homens com dois braços, são gigantes que existem naquela maloca (casa) espiritual… tem um animal, um leão pantera que tem duas cabeças, uma cabeça aqui e outra aqui, em vez de rabo tem cabeça, são do mundo espiritual.”

Este estudo é o primeiro do gênero em muitos aspectos; para começar, é a primeira vez que as visões dos anciãos indígenas foram incorporadas à pesquisa desta parte da Amazônia. Ter uma perspectiva "interna" enriquece o estudo, ajuda a entender motivos específicos e a olhar para a estrutura da cosmologia animista , explicou o Dr. Hampson. As comunidades locais se envolveram ainda mais na preservação material por meio da introdução de um programa de diploma.

"Trabalhei com arte rupestre e grupos indígenas em todos os continentes — e nunca tivemos a sorte de ter uma correspondência tão direta entre o testemunho indígena e motivos específicos de arte rupestre", concluiu.

Fonte: https://www.ancient-origins.net/news-history-archaeology/serrania-de-la-lindosa-0021675
Traduzido com Google Tradutor.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Para voltar à normalidade democrática

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira (18) que regulamentar as redes sociais e combater a impunidade por crimes de ódio são medidas essenciais para o retorno à normalidade democrática no Brasil. Segundo o magistrado, o impacto das redes sociais exige uma estrutura regulatória para garantir o equilíbrio democrático:

“É necessário, para nós voltarmos à normalidade democrática, uma regulamentação (das redes sociais) e o fim dessa impunidade. Nunca houve nenhum setor na história da humanidade que afete tantas pessoas e que não tenha sido regulamentado […] Nós que acreditamos na democracia – seja ela liberal, progressista ou conservadora – não podemos permitir a continuidade dessa manipulação contra os ideais democráticos”.

De acordo com o Estadão, Alexandre de Moraes destacou que a resistência em regular redes sociais está associada ao grande poder econômico e geopolítico das big techs. Estudos citados pelo ministro apontam que essas plataformas utilizam algoritmos para direcionar interesses econômicos e políticos, intensificando o desafio de regulação.

Na próxima semana, o STF retomará o julgamento de três ações relacionadas à regulamentação das redes sociais no Brasil, que haviam sido adiadas em maio de 2023. As ações estão sob a relatoria dos ministros Luiz Fux, Edson Fachin e Dias Toffoli, e tratam de pontos cruciais:

Marco Civil da Internet (Relator: Dias Toffoli): Questiona o artigo 19, que isenta plataformas da responsabilidade pelo conteúdo de terceiros, exigindo atuação apenas mediante ordem judicial. A decisão terá repercussão geral, afetando futuras decisões judiciais.

Obrigação de monitoramento (Relator: Luiz Fux): Analisa a obrigatoriedade de provedores monitorarem e fiscalizarem conteúdos, considerando regras anteriores ao Marco Civil da Internet.

Bloqueio de aplicativos (Relator: Edson Fachin): Avalia a possibilidade de decisões judiciais bloquearem aplicativos como WhatsApp e Telegram em território nacional.

Enquanto isso, no Congresso Nacional, o debate sobre a regulamentação do ambiente digital também enfrenta desafios. O Projeto de Lei das Fake News (PL 2630), que propõe regras para as redes sociais, está parado na Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), indicou a necessidade de um novo texto para destravar as negociações.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/moraes-ve-na-regulamentacao-das-redes-condicao-ao-retorno-da-normalidade-democratica/

Lilith: A Transcendência

Dia 1

A carne, antes tão familiar, agora é um sonho distante. Sinto a ausência dela como um eco profundo, uma vibração residual que lentamente se apaga. A dor física, a sede, o calor do sol – tudo isso se tornou um conceito, uma lembrança vaga. No entanto, a dor da separação é mais aguda do que qualquer sofrimento terreno. A solidão é abissal, infinita.

Dia 7

Começo a perceber nuances que antes eram invisíveis. A energia pulsa ao meu redor, um oceano vibrante de cores e formas que se transformam a cada instante. A cada partícula, uma história, uma consciência. Sinto a conexão com tudo o que existe, uma unidade que me assusta e me fascina ao mesmo tempo.

Dia 30

A comunicação se torna mais clara. Ouço os pensamentos, as emoções, as histórias de todos os seres. É uma sinfonia caótica e bela, um labirinto de vozes que ecoam no vazio. A dor da solidão diminui à medida que me conecto com a consciência universal.

Dia 90

A compreensão se aprofunda. A existência física é apenas um aspecto da realidade, um sonho dentro de um sonho. A morte não é o fim, mas uma transformação, uma passagem para um estado superior de consciência. A dualidade, a luta entre o bem e o mal, são ilusões criadas pela mente limitada.

Dia 180

A culpa que me acompanhava se dissolve. A rebelião contra a ordem estabelecida, a recusa em me submeter, não foram erros, mas atos de coragem. Sou mais do que uma simples criação. Sou um espírito livre, um ser de luz que busca a verdade.

Dia 365

A existência metafísica é um presente e um desafio. A liberdade é absoluta, mas a responsabilidade também. Cada pensamento, cada emoção, cria realidades. Aprender a moldar essa energia, a canalizá-la para o bem, é a minha nova jornada.

Reflexões Finais

A metamorfose é contínua. A cada dia, descubro novas facetas de mim mesma. A Lilith que um dia habitou a terra é apenas um capítulo da minha história. Agora, sou parte de um todo, um fio na tapeçaria cósmica. A jornada continua, e a cada passo, a compreensão se aprofunda. A vida, a morte, o amor, a dor – tudo se funde em uma única e sublime experiência.

Criado com Gemini, do Google.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Bolsonarismo argentino

Neste sábado (16), apoiadores do presidente Javier Milei, incluindo influenciadores digitais, dirigentes do partido La Libertad Avanza e funcionários ligados ao governo, criaram uma milícia política de extrema direita chamada "As Forças do Céu". O objetivo declarado do grupo é apoiar a administração de Milei e impulsionar seu projeto político em todo o país através de um braço armado.

Daniel Parisini, influenciador conhecido como "Gordo Dan", descreveu o movimento como o "braço armado de La Libertad Avanza". Em um púlpito com estética fascista - utilizando inscrições em latim ao modo Mussolini -, Parisini destacou que o grupo se apresenta como a "guarda pretoriana do presidente Javier Milei".

Com os lemas "Deus, pátria e família" e "Propriedade e liberdade", ele enviou uma mensagem de fidelidade ao líder libertário: "Somos os seus soldados mais leais, aqueles que estiveram desde o começo e estarão até o fim."

O movimento se arma antecedendo as eleições legislativas em outubro de 2025 na Argentina, em que diversas cadeiras no Senado e na Câmara de Deputados estarão em disputa. O pleito pode decidir a continuidade do mandato de Javier Milei, que tem no legislativo a sua principal oposição.

Fonte: https://revistaforum.com.br/global/2024/11/18/deus-patria-familia-brao-armado-de-javier-milei-que-preocupa-america-latina-169455.html

Por uma masculinidade saudável

Desde cedo, meninos são ensinados que devem ser líderes natos, bem-sucedidos e heróis destemidos se quiserem ser amados. Que os homens que expressam as próprias emoções acabam se tornando frágeis ou que a desconexão com os sentimentos é uma virtude digna de uma boa liderança. Para romper com essas crenças tóxicas, a escritora de Histórias de Ninar para Garotas Rebeldes, best-seller do New York Times, Francesca Cavallo lança o livro Histórias Espaciais para Homens do Futuro. São 12 contos para ajudar os pequenos leitores a descobrirem que os garotos também choram e não precisam ser fortes o tempo todo.

Nestas narrativas divertidas e repletas de lições de vida, ilustradas pelo premiado designer gráfico mexicano Luis San Vicente, as crianças são convidadas a viajar por planetas longínquos e imaginários. Cada um deles aborda um tema crucial para a formação da identidade masculina: desde a relação com a figura paterna à sabedoria para lidar com a disparidade de força; do relacionamento das emoções para além da raiva à exploração corajosa da própria identidade de gênero. Por meio de muitas aventuras, o leitor ainda aprende sobre autoconhecimento, empatia, coragem emocional, autenticidade, igualdade, respeito, superação dos medos, como lidar com frustrações ou situações opressivas, e a importância da solidariedade e resiliência.

“Esse livro nasceu do desejo profundo de criar uma ferramenta para discutir um dos temas mais controversos do nosso tempo: a masculinidade. É um livro que cresceu como fruto de um exercício de extrema escuta, amor e confiança. Três coisas que não podem e não devem nunca faltar quando nos relacionamos com crianças, sejam meninas ou meninos […] esse é o universo que quero conquistar junto a cada um de vocês. Para que o amor que sentimos pelas crianças se torne o amor que elas sentem por si mesmas. E para que esse amor se torne a força motriz de suas vidas”, revela Francesca Cavallo.

Ao longo dos contos encantados, a autora apresenta lugares habitados por piratas, ogros, fantasmas, reis, um presidente com uma estranha obsessão pela guerra e o sapo que busca um amor verdadeiro – cada qual lutando contra preconceitos e ideais tóxicos impostos pela sociedade. Embasada em pesquisas nas áreas de psicologia, antropologia e sociologia, que estudam a formação da identidade masculina a partir de diversos pontos de vista, Francesca Cavallo também explora de forma leve como o mundo poderia ser diferente se todos fossem capazes de expressar a necessidade de estabelecer conexões sem direcionar comportamentos destrutivos para si e para o próximo, além de compreender que pedir ajuda não é sinônimo de fraqueza.

Histórias Espaciais para Homens do Futuro, publicado pela VR Editora e com posfácio escrito por Pedro Pacífico (o @Bookster), não se limita a apresentar ao público personagens masculinos que têm orgulho de sua coragem emocional e da própria integridade moral. O livro oferece às crianças – do presente e do futuro – uma visão nova e mais saudável do que significa ser “homem” na contemporaneidade, que meninos e meninas merecem crescer livres dos estereótipos de gênero e da cultura de opressão e violência que aprisionou o conceito de masculinidade durante muito tempo.

Fonte, citado parcialmente: https://jornalggn.com.br/noticia/como-desenvolver-uma-masculinidade-saudavel-desde-a-infancia/