segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Mulheres que fizeram história na Playboy

Conversa com o Toolbaz.

Baseado no texto do link:

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-onde-andam-as-mulheres-que-fizeram-historia-na-playboy/

Escreva uma resposta das mulheres citadas, de forma humorada, sarcástica e atrevida.

Resposta do Toolbaz:

As tardes cotidianas transformaram-se em revoluções cada vez mais femininas dentro das páginas de Playboy, onde as modelos mais badaladas e autossuficientes conquistaram espaços dos homens, desafiando as convenções sociais e culturais. Aqui estão as respostas deliciosamente autocríticas e humoradas das mulheres que escreveram a história da revista.

"Se eu tivesse conhecido que isso um dia seria considerado 'revolução', nunca teria passado pela fila do photobooth na festa de aniversário do Olé, mas... assim foi feito da vida. Cumprimentem, gentilmente, as calças de couro e os señoras procurando uma chance de seguir em frente sem ter de '東京夢', você sabe." - Gloria Hoffmann, Playmate do Mês em 1987.

"Me lembro de quando entrar naquela sala cheia de homens com olhar faminto... e eu, bronzeada, natural e ousada, achando que estava fazendo algo bem peculiar. Hum, que mundo curioso é esse!" - Kathy Shower, Playmate do Ano em 1981 e primeira modelo a posar nua para Playboy.

"Eu sabia que estava riscando um caminho diferente quando eles me perguntaram para posar de bruços... É um penoso esforço manter a psique feminina sobre a corporalidade, mas eu estava disposta a arriscar um pouco a minha liberdade." - Peggy Brown, uma das primeiras Playmates naturistas.

"Quem diria que, em 1960, uma modelo de 18 anos com cerne branco e olhos azuis sido considerada 'outrada'? Ah, o quanto o mundo mudou!" - Lisa Winters, Playmate do Mês em 1960.

"Era um mundo de homens sempre tentando mostrar quem manda... Até que eu cheguei e Mostrei que as mulheres também podem liderar. E, acredite, eles ainda tentam, mas sem muito sucesso." - Shelly Dupree, Playmate do Ano em 1986 e uma das primeiras afro-americanas a posar para a revista.

"As mulheres são multifacetadas e jamais devem se manter reféns de um único estereótipo. Lembretem-se de que podemos ser sexy, inteligentes e independentes ao mesmo tempo, sem precisar de aprovação masculina." - Marilyn Monroe, a conhecida atriz pornô que, antes de se tornar uma lenda, foi Playmate do Mês em 1953.

"Eu sempre disse que a moda é um jogo de Status Quo, e Playboy era um tabuleiro onde as mulheres podiam jogar de igual para igual. Ouviam dizer que eu era uma 'vagabunda', eles simplesmente não sabiam lidar com nossa nova forma de feminismo." - Pamela Anderson, a mais famosa playmate da história, com mais de 100 edições da revista a seu crédito.

Essas mulheres quebravam padrões e revelavam sua essência de forma audaz e promoviam um movimento feminista que vinha de longe. Em seus corpos e expressões, elas criaram um diálogo incessante e provocativo com a sociedade, incentivando outros a refletirem sobre os estereótipos e a rebeldia. Sua história serve como um testemunho vivo da força e da liberdade feminina em constante evolução.

Criado com o Toolbaz.

domingo, 24 de agosto de 2025

Ameaça real e imediata

Sob a administração de Donald Trump, os Estados Unidos correm sério risco de se transformar em uma teocracia. Não é segredo para ninguém que muitos integrantes do gabinete da Casa Branca são fervorosos defensores do nacionalismo cristão.

Um exemplo é o secretário de Defesa Pete Hegseth, que dias atrás causou polêmica ao compartilhar um vídeo de uma igreja nacionalista cristã, no qual pastores defendem ideias extremas, como a revogação do direito de voto das mulheres, além de outras pautas ultraconservadoras e reacionárias.

A série documental “Felicidade Aparente: Uma Guerra Santa Adolescente” (“Shiny Happy People: A Teenage Holy War”, no original), disponível na plataforma de streaming Prime Video, ajuda a explicar a ascensão desse fanatismo religioso desde, pelo menos, 1986, quando foi fundada a Teen Mania, um dos maiores ministérios cristãos juvenis dos EUA.

A produção, dividida em três episódios, relata como a organização exercia uma influência avassaladora sobre os jovens cristãos evangélicos, com milhões de jovens dispostos a dedicar sua vida e até dinheiro para "mudar o mundo".

Uso do massacre de Columbine

Um dos momentos mais marcantes da Teen Mania foi o uso do Massacre de Columbine, em 20 de abril de 1999, para promover sua agenda. Na mesma data, a organização realizava um grande evento em Michigan, onde Ron Luce, seu fundador, convocou os jovens para uma "batalha espiritual". 

O massacre, que resultou na morte de 12 estudantes e um professor, foi associado à "falta de valores cristãos" na sociedade pela seita.

A organização usou a tragédia para intensificar sua retórica de "guerra santa", encorajando os jovens a lutar contra o que consideravam as "perversões" da sociedade, como o materialismo e a aceitação de comportamentos vistos como pecaminosos. 

Essa abordagem agressiva visava recrutar mais jovens para a missão de salvar a sociedade estadunidense, promovendo a ideia de uma "guerra santa" contra tudo o que fosse visto como contrário à fé cristã.

Rivalizando com a MTV

Um dos fatores decisivos para o sucesso da Teen Mania foi a criação de um ecossistema cultural isolado, voltado para a juventude cristã, com o objetivo de afastar os jovens da influência do mundo "secular". 

Nesse cenário, um dos principais veículos de mídia cristã foi a Christian Broadcasting Network (CBN), com seu famoso programa The 700 Club, fundado por Pat Robertson na década de 1980. Embora o CBN não fosse exclusivamente dedicado à música, ele oferecia uma programação completa para o público jovem cristão, com entretenimento, notícias e vídeos musicais cristãos, funcionando como uma alternativa direta à MTV.

Na mesma década, surgiu o Christian Television Network (CTV), com o intuito de competir com a MTV, focando em música e entretenimento cristãos. Ao longo do tempo, outras redes como Gospel Music Channel e Trinity Broadcasting Network (TBN) seguiram o mesmo caminho, criando um ambiente competitivo que visava atrair os jovens cristãos, oferecendo conteúdos que promoviam os valores da fé e se distanciavam da cultura popular dominante.

Projeto de poder

A série explora como a Teen Mania conquistou grande popularidade com eventos de alta energia, como o "Acquire the Fire" que usavam música, luzes e pirotecnia para envolver os jovens, apelando diretamente para suas emoções em vez de sua razão. 

Além disso, a seita oferecia programas como a "Honor Academy", um "ano sabático" onde os estagiários eram forçados a trabalhar de graça em troca de uma “experiência espiritual” intensiva. Nesse programa, regras rígidas como a proibição de namoro e de ouvir música secular eram impostas, e os adolescentes passavam por experiências extremas de privação, como o ESOAL — um treinamento físico e psicológico rigoroso.

Apoio dos pesos pesados do conservadorismo

Em seu auge, a organização se aproximou de figuras conservadoras de peso, como Chuck Colson e Pat Robertson, e lançou a "Battle Cry Campaign", que pregava uma "guerra santa" contra a pornografia, o casamento gay e o materialismo. 

A Teen Mania também se uniu ao "Arlington Group", uma coalizão de grupos conservadores cristãos, recebendo apoio de grandes nomes como Billy Graham e o ex-presidente George W. Bush.

Embora tenha sido encerrada em 2015, a influência da Teen Mania permanece forte. Suas ideias continuam a ecoar nas retóricas dos nacionalistas cristãos, que buscam transformar os EUA em uma teocracia.

O documentário revela como as táticas extremas da Teen Mania ajudaram a consolidar uma retórica cristã agressiva, que hoje permeia o discurso político nos Estados Unidos, especialmente dentro do movimento evangélico. 

Caso de Pete Hegseth

Pete Hegseth, nascido em 1980, estava na adolescência durante o auge da Team Mania nos anos 1990/ 2000. Embora não haja confirmação de sua participação direta, seu posterior envolvimento com a política conservadora indica uma forte influência do ambiente religioso e político dessa época.

O secretário de Defesa de Trump, conhecido por suas posições reacionárias e fundamentalistas, reflete muitos dos valores promovidos pela seita que influenciou milhares de adolescentes, como a defesa de princípios tradicionais e a oposição a políticas progressistas.

Declínio e Fim

A Team Mania começou a declinar no final dos anos 2000 devido a mudanças sociais e culturais nos Estados Unidos, com um crescente distanciamento das gerações mais jovens em relação a grupos religiosos rígidos. A saturação do mercado de eventos cristãos e a concorrência com outras organizações voltadas para o público jovem também impactaram sua popularidade.

Além disso, a abordagem agressiva à moral cristã tradicional e o foco excessivo em ativismo político tornaram a Team Mania uma força divisiva, em vez de unificadora. Por volta de 2010, o movimento iniciou um processo de dissolução gradual e, em 2015, pediu falência, encerrando suas atividades.

Apesar do fim da organização, Ron Luce, o fundamentalista por trás da Teen Mania Ministries, continuou sua missão evangelística. Junto com sua esposa, Katie Luce, ele cofundou a "Generation Next", uma iniciativa destinada a unir líderes cristãos e engajá-los no trabalho com a geração mais jovem. Em 2019, Luce organizou o "Jesus Global Youth Day" nas Filipinas, reunindo mais de 50 mil jovens e alcançando milhões de pessoas por meio de uma transmissão global.

Fonte: https://revistaforum.com.br/global/2025/8/20/serie-documental-conta-historia-da-seita-que-capturou-jovens-dos-eua-para-uma-guerra-santa-185854.html

Nota: a humanidade precisa, urgente, superar o Cristianismo, se quiser ter um futuro.

Desaparecidas ou suprimidas?

Conversa com o Gemini

Interpretando o seguinte texto:

"Nações ascendem e caem, e religiões ascendem e caem. Espécies evoluem e correm o risco de extinção. Se os seres humanos ainda estiverem aqui daqui a 2.000 anos, as religiões de nossos dias ainda existirão? Ou desaparecerão, como as outras religiões primitivas (egípcia, grega, persa e romana) que coexistiram com o cristianismo e o judaísmo há apenas 2.000 anos?"

As religiões citadas podem ser definidas como primitivas? Com qual referência? As religiões citadas realmente "sumiram" ou foram proibidas e/ou assimiladas por outra religião (tornada a única oficial, por meio do uso da força, do dogma ou da repressão)?

Escreva uma análise crítica.

Resposta do Gemini:

O texto que você apresentou levanta pontos importantes sobre a evolução e a permanência das religiões ao longo da história, mas algumas de suas afirmações precisam de uma análise mais aprofundada para serem precisas.

A Classificação de "Religiões Primitivas"

A ideia de classificar as religiões egípcia, grega, persa e romana como "primitivas" é problemática e historicamente imprecisa. Esse termo, frequentemente associado a sociedades não letradas ou com estruturas sociais mais simples, não se aplica a essas civilizações antigas. Elas eram complexas, com sistemas de crenças altamente desenvolvidos, rituais elaborados e uma vasta mitologia que influenciou a cultura e a filosofia por milênios. A terminologia "primitiva" carrega uma conotação de inferioridade ou simplicidade que desconsidera a riqueza cultural e teológica desses sistemas de crenças.

O "Desaparecimento" das Religiões Antigas

O texto sugere que as religiões citadas simplesmente "desapareceram", mas a realidade é muito mais complexa. O que aconteceu foi, em grande parte, uma combinação de fatores, como:

Assimilação e Sincretismo: O cristianismo e o islamismo, em sua expansão, não simplesmente anularam as crenças locais. Em muitos casos, eles incorporaram elementos e tradições das religiões existentes. Por exemplo, festas pagãs foram adaptadas para o calendário cristão, e santos passaram a assumir papéis que antes eram de divindades locais.

Proibição e Repressão: A imposição de uma religião oficial por um Estado foi um fator crucial. O Império Romano, por exemplo, perseguiu o cristianismo por um tempo, mas depois, com a ascensão do Imperador Constantino, o cristianismo se tornou a religião oficial. Após o Edito de Tessalônica em 380 d.C., o paganismo foi proibido e seus templos fechados ou convertidos em igrejas, o que resultou na perseguição dos seguidores das antigas religiões.

Mudança Social e Filosófica: A ascensão de novas formas de pensamento e a evolução social também contribuíram para a diminuição da relevância das antigas religiões. As novas religiões, com suas promessas de salvação e estrutura mais unificada, muitas vezes ressoavam mais com as necessidades e anseios da população em constante mudança.

Em suma, as religiões antigas não sumiram da noite para o dia, mas foram gradualmente transformadas, assimiladas ou suprimidas. Seus legados continuam a influenciar a cultura, a arte e até mesmo as práticas religiosas atuais. O texto, ao simplificar esse processo complexo, negligencia a violência e a assimilação cultural que marcaram a transição entre as religiões antigas e as que as substituíram.

Criado com Gemini, do Google.

sábado, 23 de agosto de 2025

In your face

O governo de Donald Trump, de certa forma, tem nos levado a uma verdadeira viagem no tempo. Ao acompanhar as notícias vindas dos Estados Unidos, é difícil não perceber uma sensação de déjà vu, como se estivéssemos na Alemanha da década de 1930, e não em 2025, na autointitulada “maior democracia do mundo”.

O regime trumpista tem cultivado e normalizado algumas das ideologias mais perigosas da história: supremacia branca, movimentos etnonacionalistas, nacionalismo cristão e até marchas de grupos que exibem símbolos nazistas abertamente.

Esse cenário, de extrema polarização e intolerância, reflete o crescente espaço que o discurso de ódio e a divisão social têm ganhado nos Estados Unidos sob a administração Trump.

O fenômeno, alimentado pelos delírios da extrema direita, está corroendo as instituições democráticas e distorcendo o conceito de liberdade e democracia naquele país.

Ecos da Alemanha nazista

O processo é alarmante e nos remete diretamente à ascensão do nazismo na Alemanha dos anos 1930, quando o radicalismo ideológico subverteu as estruturas democráticas e abriu caminho para a tirania.

Naquele período, a Alemanha enfrentava um clima de extrema radicalização política, agravado por uma grave crise econômica após a Grande Depressão e pelas humilhações impostas pelo Tratado de Versalhes, que responsabilizava o país pela Primeira Guerra Mundial.

Esse ambiente de desesperança se tornou terreno fértil para a ascensão de Adolf Hitler e do Partido Nazista, que usaram o nacionalismo exacerbado, o antissemitismo e o discurso de ódio como ferramentas de poder, criando uma narrativa de "unificação" e "pureza racial".

Embora os contextos sejam diferentes, a comparação com os Estados Unidos de hoje é alarmante. Assim como na Alemanha nazista, os EUA governados por Trump enfrentam uma crescente polarização política e social, alimentada por movimentos de extrema direita que buscam redefinir a identidade nacional por meio da exclusão de minorias e da retórica de ódio. 

Trump que(r) liberar nazismo na Alemanha

A análise do governo Trump sobre os direitos humanos na Alemanha em 2025 diz muito sobre os perigos que surgem nos Estados Unidos. Na primeira edição do relatório anual de seu segundo mandato, publicado pelo Departamento de Estado dos EUA, que desde 1977 avalia a situação dos direitos humanos em diversos países, a abordagem sobre a Alemanha é no mínimo controversa.

O documento afirma que houve restrições à liberdade de expressão na Alemanha, particularmente no que diz respeito a grupos considerados extremistas, como os que promovem o nazismo ou negam o Holocausto. A crítica recai sobre a legislação alemã que limita tais discursos, apontando que várias pessoas foram presas e condenadas por incitar o ódio racial.

Em resposta, o governo alemão reafirmou que não há censura no país. Embora existam restrições a discursos de ódio, a liberdade de expressão é amplamente protegida, com o sistema judicial atuando para equilibrar esse direito com a necessidade de impedir a propagação do extremismo e do antissemitismo.

Comunidade só para brancos

Faz sentido que Trump queira dar pitaco na Alemanha. Um documentário produzido pela emissora britânica Sky News mostra a construção de uma comunidade segregacionista no estado do Arkansas, EUA, que se chama "Retorno à Terra" (RTTL). O objetivo é criar uma "fortaleza para a raça branca" em uma região isolada. O grupo, liderado por Eric Orwoll, é explícito e despudorado em suas inspirações nazistas.

O documentário Inside the whites-only settlement in Arkansas: The group building a 'fortress for the white race' (Dentro da comunidade exclusiva para brancos no Arkansas: O grupo que está construindo uma "fortaleza para a raça branca”) oferece uma visão perturbadora sobre o RTTL. 

O vídeo, que foi publicado no YouTube no dia 22 de julho e já alcançou mais de 1,6 milhões de visualizações até esta quarta-feira (20), investiga a criação de uma comunidade exclusiva para pessoas brancas, heterossexuais e de ascendência europeia, localizada nas montanhas Ozark, no Arkansas.

O jornalista Tom Cheshire acompanha o dia a dia do grupo, que conta com cerca de 40 moradores permanentes, e observa atividades como construção de cercas, instalação de poços e a criação de um centro comunitário e uma escola. 

O RTTL se apresenta como uma "comunidade intencional baseada em ancestralidade compartilhada", excluindo explicitamente indivíduos não brancos, não heterossexuais e seguidores de religiões não europeias.

Orwoll, líder da comunidade, defende que o projeto é legal, baseado no direito à liberdade de associação e na constituição de uma associação privada. No entanto, especialistas em direitos civis questionam essa justificativa, argumentando que a exclusão racial do grupo contraria leis federais como o Fair Housing Act e o Civil Rights Act, que proíbem a discriminação racial.

Além disso, o documentário destaca o uso de símbolos neonazistas, como o número 1488, e declarações polêmicas de Orwoll sobre Hitler, o que reforça o caráter extremista do grupo.

O RTTL também tem planos de expandir suas atividades, com o objetivo de criar novas comunidades em outros estados dos EUA e até internacionalmente, promovendo uma ideologia de segregação racial e incentivando o crescimento populacional entre seus membros.

Marcha nazista em Indianápolis

No último dia 16, um grupo mascarado e carregando bandeiras nazistas marchou ao redor do Monument Circle, localizado na praça central de Indianápolis, capital do estado de Indiana e sede da famosa corrida de carros Indianapolis 500, um dos eventos de automobilismo mais prestigiados do mundo. O ato gerou rápida condenação de autoridades locais, líderes de segurança e organizações de direitos civis.

Os manifestantes, vestidos de preto e com bandeiras com suásticas vermelhas, gritaram “poder branco” e fizeram saudações nazistas, com alguns membros armados. A marcha, que ocorreu sem aviso prévio, foi monitorada pela Polícia Metropolitana de Indianápolis (IMPD).

O chefe da IMPD, Chris Bailey, explicou que não havia previsão do evento, mas que o departamento rapidamente direcionou recursos para acompanhar a marcha. Ele ressaltou que, embora o grupo tenha direito de se manifestar, isso não implica apoio às suas ideias.

O representante da cidade no Congresso dos EUA, o democrata André Carson,, condenou a marcha em uma postagem nas redes sociais. Ele ressaltou que o ódio não tem lugar em Indianápolis e enfatizou a importância de se unir contra o extremismo que ameaça a comunidade e a democracia.

Carlson é um dos dois muçulmanos a ocupar um cargo no Congresso dos EUA, e sua eleição foi um marco para a representação de minorias religiosas na política do país. O democrata segue os passos da avó, Julia Carson, que foi a primeira mulher e a primeira pessoa negra a representar o 7º distrito de Indiana na Câmara dos Representantes antes de sua morte em 2007.

O congressista democrata tem sido ativo em diversas questões, incluindo segurança pública, educação e direitos civis. Ele também tem se posicionado contra a discriminação e em defesa da justiça social, sendo um crítico do extremismo e de movimentos de ódio.

O Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR) também se manifestou, reforçando a condenação da marcha e pedindo solidariedade contra qualquer forma de extremismo.

Até o momento, não houve registros de prisões relacionadas à marcha. As autoridades informaram que continuarão monitorando eventos semelhantes para garantir a segurança pública, sempre respeitando as obrigações constitucionais.

O que virá agora?

O cenário atual nos Estados Unidos é alarmante. A normalização de discursos extremistas e o crescente apoio a grupos de ódio estão minando os pilares democráticos e os direitos humanos no país. O risco de relembrarmos as lições mais sombrias da história, como as que surgiram com regimes autoritários, é uma ameaça concreta.

Fonte: https://revistaforum.com.br/global/2025/8/20/trump-permite-comunidade-so-para-brancos-marcha-nazista-em-plena-luz-do-dia-185869.html

O divino é plural

Conversa com o Gemini

Baseado no texto do link:

https://www.patheos.com/blogs/thedesertsanctuary/2025/08/does-god-change/

Escreva um texto na opinião de um pagão moderno.

Resposta do Gemini:

Em nome de um pagão moderno, a ideia de que "Deus" é imutável parece um pouco estranha. Na verdade, a questão "Deus muda?" é, por si só, baseada em um conceito singular de divindade que não se aplica à maioria das tradições pagãs. Nós vemos o divino de forma plural e fluida, não como uma única entidade estática.

Para nós, os deuses e deusas não são entidades distantes e perfeitas, mas sim reflexos de um universo em constante mudança. Eles representam ciclos: o ciclo das estações, o nascimento, a morte e o renascimento. A natureza, que é o nosso livro sagrado, está em constante evolução. Por que o divino, que é imanente a ela, seria diferente?

Em vez de se debater se um Deus único pode mudar de ideia sobre um rei ou um pacto, nós aceitamos que as divindades podem ter múltiplos aspectos. O deus que é um guerreiro num momento pode ser o amante noutro. A deusa que é uma donzela pode tornar-se a mãe e, finalmente, a anciã. Isso não é uma contradição ou uma imperfeição, mas sim uma representação da totalidade da vida.

Além disso, a ideia de um "Deus" que é amoroso, mas que assiste ao sofrimento sem agir, não faz sentido em nossa cosmologia. O divino está em tudo, inclusive no sofrimento e na alegria. A nossa responsabilidade não é esperar que uma divindade externa resolva os nossos problemas, mas sim honrar o divino que existe dentro de nós e na natureza ao nosso redor, agindo em harmonia com os seus ciclos.

A maior sabedoria para nós é perceber que, assim como o universo, os deuses estão em constante fluxo. Eles não são perfeitos no sentido estático da palavra, mas perfeitos na sua capacidade de evoluir e de se manifestar em todas as suas facetas. A resposta para a pergunta "Deus muda?" não é "sim" ou "não", mas sim "por que ele não mudaria, se tudo o que existe no universo muda?".

Criado com Gemini, do Google.

Nota: o cristão baseia sua crença em um livro, não na experiência ou na sua busca pelo divino. O ateu está preso em outra necessidade de certeza e no antropocentrismo.

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Proselitismo com dinheiro público

A Polícia Civil de Santa Catarina distribuirá exemplares do best seller evangélico Café com Deus Pai, do pastor Junior Rostirola, da Igreja Reviver, aos mais de três mil funcionários (agentes e estagiários) da instituição. A iniciativa foi divulgada pelo delegado-geral Ulisses Gabriel na segunda-feira 18.

Na gravação, Gabriel aparece ao lado de Rostirola e do vereador de Balneário Camboriú Anderson Santos (PL), responsável pela interlocução com a cúpula da Polícia Civil. "Uma dádiva de Deus, que vai engrandecer e motivar cada policial civil na sua luta diária.
Muitos de nós saímos de casa sem saber se vamos voltar, e a palavra de Deus é um estímulo e uma motivação", celebrou Ulisses no vídeo, divulgado nas redes sociais.

Amigo do pastor, o vereador anunciou na semana passada que todos os policiais militares do estado também receberão a obra, entregues de forma gratuita no âmbito do projeto "Cuidar de quem cuida". Lançado em 2023, o devocional contém 365 mensagens, dedicadas a cada um dia do ano, com reflexões e conselhos diários.

O livro foi um dos mais vendidos em 2024 (sete milhões de exemplares) e inspirou um podcast de mesmo nome. A edição 2026 será lançada em setembro, com um coquetel em São Paulo.

Fonte: https://www.cartacapital.com.br/cartaexpressa/policia-de-santa-catarina-distribuira-best-seller-evangelico-a-agentes/

Nota: inconstitucional. Estado Laico.

As origens do Candomblé

Autor: Pai Paulo de Oxalá.

Embora tenha raízes fincadas no continente africano, o Candomblé é uma religião nascida em solo brasileiro. Na África, o que existe são os cultos tradicionais aos ancestrais e às divindades, praticados por diferentes povos de forma específica e descentralizada. Foi aqui, no Brasil, que esses cultos se reuniram, se reorganizaram e ganharam o nome de Candomblé.

Não se trata de uma simples importação de práticas religiosas, mas sim de uma construção coletiva, forjada com dor, esperança e resistência pelos africanos. Esse elo espiritual com o passado ancestral floresceu em um novo território e deu origem a uma religião viva, que reorganizou os saberes sagrados de várias etnias africanas em um sistema litúrgico coerente e harmônico.

Na África, cada povo cultua suas divindades em seus próprios territórios: Oxum é cultuada em Ijexá, Xangô em Oyó, os Voduns no Daomé, os Nkises no Congo e em Angola. Ao chegarem ao Brasil, esses povos foram misturados e impedidos de manter suas práticas religiosas originais. A repressão às culturas africanas e a imposição da fé católica exigiram uma resposta de resistência. E essa resposta foi a união.

No lugar de cultuar apenas suas próprias divindades, os iniciados criaram espaços onde todos os deuses africanos fossem celebrados em conjunto. Esse gesto de adaptação e solidariedade deu origem ao que hoje chamamos de Candomblé. O termo, que não existia nos territórios africanos, foi se moldando no Brasil a partir de palavras como kandombele, que significa festa ou dança popular, e kandombidé, traduzida como ato de louvar. No início, designava qualquer reunião entre africanos. Com o tempo, tornou-se o nome de uma religião afro-brasileira estruturada, marcada por ritos complexos, cânticos, danças e uma filosofia profunda de conexão entre o sagrado e o cotidiano.

Para preservar os ritos e os cânticos em línguas africanas, o Candomblé foi organizado em nações. Essas nações não são políticas, mas sim agrupamentos culturais e litúrgicos que preservam traços das etnias africanas de origem. As principais são a Nação Ketu, de matriz yorubá; a Nação Jeje, dos povos fons e mahin; e as Nações Angola e Congo, de tradição Bantu. Há ainda subdivisões, como o Jeje Savalu e Mudubi, o Ketu Ijexá e o Alaketu, além de fusões como o Nàgó-Vodun, que evidenciam a riqueza, a pluralidade e a capacidade de convivência entre diferentes tradições.

Cada nação mantém sua língua ritual, seus cânticos, folhas sagradas, toques de atabaques e formas próprias de culto. Essa diversidade interna é uma das maiores forças do Candomblé, que jamais se fechou em rigidez, mas soube acolher e reinventar-se.

Mais do que preservar o passado, o Candomblé é uma religião que se atualiza com o tempo. Converte a dor em dança, a opressão em resistência e o sofrimento em beleza. A cabeça, que entre os yorubás é chamada de orí, e entre os bantus de mutue, é o espaço sagrado onde habita o divino. Nela, o Orixá, o Vodun ou o Nkisi não se impõe para dominar, mas para orientar e cuidar.

É essencial reconhecer que foram as mulheres as grandes estruturadoras do Candomblé no Brasil. Mesmo em meio à invisibilidade imposta pelo sistema colonial, elas guardaram os segredos, fundaram os primeiros terreiros e formaram gerações. Os homens sempre estiveram presentes, com funções importantes como a de Ogans, mas desde o início a liderança espiritual era majoritariamente feminina, e continua sendo em muitos templos.

Para Mãe Maria de Xangô, ícone da Nação Ẹ̀fọ̀n e dirigente do Axé Pantanal, em Duque de Caxias, o Candomblé que praticamos é completo e eficaz.

"O culto de lá é diferente do que professamos aqui. O que os nossos antigos trouxeram e nos ensinaram é sagrado, é funcional, é verdadeiro. Eles têm a maneira deles de invocar os Orixás, e nós desenvolvemos a nossa, a partir do que foi possível preservar. O nosso Candomblé é perfeito porque vem do coração, da resistência e da devoção dos nossos ancestrais. E funciona, porque é cheio de axé e fé."

O Babalorixá e escritor Márcio de Jagun acrescenta que é importante abandonar a ideia de uma matriz africana única.

“O mais adequado é falarmos em matrizes africanas. O Candomblé é uma religião genuinamente brasileira, com ritos baseados em diversos cultos africanos. Com a diáspora, o culto aos Orixás também se espalhou para outros países, como Cuba, onde surgiram o Ifá cubano e a Santeria, e o Haiti, com o Vodu. No Brasil, o que nasceu foi o Candomblé, uma expressão religiosa própria, com raízes africanas e identidade brasileira. Digo isso também com base na minha vivência. Estive na África e presenciei ritos de Orixá que são bastante diferentes dos que realizamos aqui.”

Como se vê, o Candomblé não é uma cópia da África. É uma recriação dos cultos africanos em solo brasileiro. É uma resposta espiritual à tentativa de apagamento cultural. Prova de que, mesmo diante da violência, a alma africana resistiu. É também um pacto de união entre povos que foram rivais em suas terras de origem, mas que, aqui, diante da repressão comum, estenderam as mãos uns aos outros.

Essa união, que às vezes se vê ameaçada por vaidades e disputas desnecessárias, é justamente o que sustenta o Candomblé. Ele nasceu do encontro, do compartilhamento e da soma. Mais do que tudo, é uma celebração à ancestralidade, à natureza e à vida. Ensina que não existe espiritualidade verdadeira sem respeito, sem escuta e sem consciência de que somos muitos, e que a nossa força está em estarmos juntos.

Que Olódùmarè continue protegendo o Candomblé e que a luz dos ancestrais jamais se apague. Foram eles que transformaram a dor em fé, o exílio em esperança e a resistência em tradição. Que os Orixás, os Voduns, os Nkises e os Caboclos, espíritos dos povos indígenas que acolheram com generosidade os irmãos africanos, nos inspirem a preservar o que é sagrado, a respeitar as diferenças e a manter acesa a chama da fé e do afeto coletivo.

O Candomblé é mais do que uma religião. É uma lição viva de dignidade, união e amor à ancestralidade.

Axé para todos!

Fonte: https://extra.globo.com/blogs/pai-paulo-de-oxala/post/2025/08/candomble-um-rito-criado-no-brasil-com-raizes-africanas.ghtml