sábado, 8 de março de 2025

Corpos velados


Passamos o carnaval, com o desfile da intolerância religiosa e carnavalesco querendo o embranquecimento da festa mais popular.
Só no Brasil. Transbordamos sensualidade, todos os dias, o carnaval apenas dá um toque cultural.
Mas ainda somos cruamente conservadores. A mesma comunidade LGBT que enaltecemos no carnaval é perseguida, torturada e morta.
Então é estranho e incoerente ver o DCM (como sempre) mostrar uma não notícia.
Citando:

Uma mulher viralizou na noite de terça-feira de Carnaval (4) ao realizar uma dança sensual e se despir completamente em frente à 3ª Delegacia de Polícia, no bairro Cruzeiro, em Belo Horizonte. Vestindo apenas um blazer branco e óculos escuros, a mulher, com o corpo tatuado, protagonizou um striptease em via pública, enquanto era filmada por uma pessoa com um celular, deixando-a conhecida como “peladona do blazer”.

A cena ocorreu em uma área movimentada, onde famílias ainda brincavam o Carnaval. A mulher, desinibida, abriu o blazer, revelando nudez completa, e sorriu durante a performance. O ato foi considerado um constrangimento por muitos, que se sentiram ofendidos pela exposição em um local público e próximo a uma delegacia. Moradores registraram ocorrência de ato obsceno, destacando o desconforto causado pela situação.

A Polícia Civil informou que os agentes não presenciaram o momento em que a mulher se despia, mas estão tentando localizá-la para que ela preste esclarecimentos sobre o ocorrido. O caso está sendo investigado como ato obsceno, crime previsto no Código Penal, que pode resultar em multa ou detenção.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/video-peladona-do-blazer-mulher-faz-striptease-em-frente-a-delegacia-em-bh/

Nota: em um país que normaliza por cinco dias a exposição pública das partes íntimas, falar em atentado ao pudor é... esquizofrênico.

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