Que os horríveis ataques terroristas de sexta-feira em Oslo, que deixaram mais de 90 pessoas mortas – uma bomba no escritório do primeiro ministro e tiros em um acampamento da juventude do Partido Trabalhista –, foram alegadamente cometidos por um norueguês loiro, de extrema-direita e fundamentalista cristão, ao invés de por um grupo radical muçulmano, está sendo tratado como surpresa por alguns. Mas se aqueles jornalistas e analistas estivessem prestando atenção há algum tempo, de forma alguma ficariam surpresos.
Estudos da Europol há muito deixaram claro que a maior ameaça de terrorismo na Europa vem de movimentos separatistas, de setores periféricos da esquerda e da extrema-direita, nessa ordem. Em 2008, apenas um ataque terrorista, das centenas que ocorreram na Europa, foi cometido por muçulmanos radicais. Em 2010, de acordo com a Europol, 7 pessoas morreram em ataques terroristas. Cerca de 160 desses ataques naquele ano foram levados a cabo por separatistas. O número daqueles lançados por pessoas de herança muçulmana? Seria tolice dizer que radicais muçulmanos não apresentam uma ameaça de terrorismo; para falar a verdade, vários planos foram surpreendidos e desmontados pela polícia europeia. Mas, enquanto fenômeno, o terrorismo na Europa é principalmente obra de pessoas de herança cristã.
Os eventos de ontem serviram para nos lembrar de que não podemos cadastrar o mal, e que terroristas aparecem de todos os tamanhos, heranças, formas e cores de pele.
Autor: Juan Cole
Fonte: Amalgama (original perdido).
Nota das Blas: Qualquer conexão desta notícia com o movimento de Cristãos [Católicos/Protestantes] Fundamentalistas contra a criminalização da homofobia [argumentando que isso é Gayzismo] é mera "coincidência".
Texto resgatado com Wayback Machine.
Publicado originalmente em 25/07/2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário