quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O mistério do tirso

A civilização ocidental deve suas realizações intelectuais pelas conquistas de duas culturas antigas. A origem da linguagem e da escrita são heranças que vieram do Egito Antigo. Nossa compreensão da natureza, ciência e razão são heranças que vieram da Grécia Antiga. Entretanto a humanidade ainda tem um benfeitor desconhecido e misterioso na forma de uma árvore. Mas não qualquer árvore. Um cipreste, do gênero Callistris, desempenhou um papel tão importante na civilização humana quanto um faraó ou um filósofo.

A Árvore da Vida

Mesmo nos textos sagrados das religiões patriarcais, persistiram os indícios de uma antiga religião onde certas árvores eram sagradas. As madeiras destas árvores eram tão sagradas que fizeram parte da confecção da mítica Arca de Noé e da mítica Arca da Aliança. Uma destas árvores é o cipreste que na Etiópia é chamada de thyia, que é o nome da região onde estas árvores são cultivadas e os reis etíopes tinham um vínculo com essa árvore. Quando a Assíria começou sua expansão imperial, reis etíopes e faraós fizeram uma coalizão para resistir, movendo os centros culturais da Ásia e da África para lugares mais seguros no sul da Europa. Para liderar estes cetros de cultura uma rainha, também sacerdotisa, foi escolhida, recebeu o titulo de Thyia, a “Mãe Sagrada das Árvores” e foi conhecida como Atena Nikephoros.

O cipreste era igualmente sagrado para o Deus Ormuz, do Zoroastrismo, seus adoradores deixaram diversos petróglifos com o cipreste na forma de Árvore da Vida saindo do corpo da Serpente Cósmica.

Outros santuários foram fundados em Delfos, Dodona, Tebas, etc. Estes santuários eram liderados por uma alta sacerdotisa e mantinham virgens no ofício sacerdotal. Seus rituais eram pontuados com a queima da resina do cipreste, que é a Fumaça Sagrada e o incenso da profecia.

O tirso era o instrumento de fertilidade utilizado para propagar as florestas de ciprestes, aonde os oráculos eram estabelecidos. Cabia às sacerdotisas realizar o ritual de reposição a cada ano. Em grupos, as sacerdotisas levavam ramos de cipreste carregados de sementes, enquanto elas dançavam em êxtase. Ao garantir a fertilidade do cipreste, garantiam a expansão de outros centros culturais, assim o tirso tornou-se o símbolo da transmissão do conhecimento.

Traduzido e editado livremente a partir do original na Viewzone.

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