A civilização ocidental deve suas realizações intelectuais
pelas conquistas de duas culturas antigas. A origem da linguagem e da escrita
são heranças que vieram do Egito Antigo. Nossa compreensão da natureza, ciência
e razão são heranças que vieram da Grécia Antiga. Entretanto a humanidade ainda
tem um benfeitor desconhecido e misterioso na forma de uma árvore. Mas não
qualquer árvore. Um cipreste, do gênero Callistris, desempenhou um papel tão
importante na civilização humana quanto um faraó ou um filósofo.
A Árvore da Vida
Mesmo nos textos sagrados das religiões patriarcais,
persistiram os indícios de uma antiga religião onde certas árvores eram
sagradas. As madeiras destas árvores eram tão sagradas que fizeram parte da
confecção da mítica Arca de Noé e da mítica Arca da Aliança. Uma destas árvores
é o cipreste que na Etiópia é chamada de thyia, que é o nome da região onde
estas árvores são cultivadas e os reis etíopes tinham um vínculo com essa
árvore. Quando a Assíria começou sua expansão imperial, reis etíopes e faraós
fizeram uma coalizão para resistir, movendo os centros culturais da Ásia e da
África para lugares mais seguros no sul da Europa. Para liderar estes cetros de
cultura uma rainha, também sacerdotisa, foi escolhida, recebeu o titulo de
Thyia, a “Mãe Sagrada das Árvores” e foi conhecida como Atena Nikephoros.
O cipreste era igualmente sagrado para o Deus Ormuz, do
Zoroastrismo, seus adoradores deixaram diversos petróglifos com o cipreste na
forma de Árvore da Vida saindo do corpo da Serpente Cósmica.
Outros santuários foram fundados em Delfos, Dodona, Tebas,
etc. Estes santuários eram liderados por uma alta sacerdotisa e mantinham
virgens no ofício sacerdotal. Seus rituais eram pontuados com a queima da
resina do cipreste, que é a Fumaça Sagrada e o incenso da profecia.
O tirso era o instrumento de fertilidade utilizado para
propagar as florestas de ciprestes, aonde os oráculos eram estabelecidos. Cabia
às sacerdotisas realizar o ritual de reposição a cada ano. Em grupos, as
sacerdotisas levavam ramos de cipreste carregados de sementes, enquanto elas dançavam
em êxtase. Ao garantir a fertilidade do cipreste, garantiam a expansão de
outros centros culturais, assim o tirso tornou-se o símbolo da transmissão do
conhecimento.
Traduzido e editado livremente a partir do original na Viewzone.
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