sábado, 17 de janeiro de 2015

Graus, guildas e iniciação - Segundo Grau

Autora: Deborah Snavely.
Publicado na coluna Raise the Horns, de Jason Mankey, no Patheos.
Assalariado.
Esperava-se do artesão trabalhador exatamente isto: peregrinar. Viajando de cidade a cidade, trabalhando com outros da mesma guilda na qual ele foi formado, aprender e compartilhar estilos, materiais, ferramentas e técnicas. Tal como o aprendizado, o estudo de um assalariado pode levar anos. Os assalariados eram pagos com soldo, podiam viver longe de seu mestre, podia casar e ter uma família.
Para chegar ao mestrado, o assalariado deve criar uma obra-prima, de sua própria mão que será julgado o mérito pelos mestres da guilda. Nem todo assalariado é bem sucedido em se tornar um mestre em sua guilda. Um assalariado competente geralmente permanece dentro do ofício de seu mestre como um valoroso assistente e ainda pode chegar ao mestrado depois de algum tempo.
O Segundo Grau.
Tenha um iniciado passado uma ou três vezes a Roda do Ano, a elevação para o segundo grau traz muitas responsabilidades e conexões. A elevação para o segundo grau conecta o iniciado a uma energia específica da wica iniciática. Tal conexão causa inevitáveis mudanças no iniciado – mudanças que precisam ser absorvidas durante um ano e um dia. O segundo grau carrega uma responsabilidade com o Ofício como um todo.
As expectativas para uma bruxa recém elevada a Segundo grau começa em conhecer ao Deus, uma tarefa que muitas vezes envolve artesanato e trances mediúnicos ao submundo. Uma vez o grau adquirido, ela pode visitar outros covens ou atender a sabats abertos multidenominacionais ou cursos de outras tradições de bruxaria. Durante o trabalho de segundo grau, o iniciado explora a si mesmos e fora de si mesmos. Com frequência, iniciados de segundo grau encontram desafios em tratar com sua sombra.
As obrigações de um segundo grau incluem a aprender a ensinar habilidades mágicas, auxiliar os lideres do coven e aprender o processo de iniciação do primeiro para o segundo grau. O treinamento necessário para o segundo grau não envia os iniciados em busca de convertidos, a Wica não faz proselitismo. Um iniciado em segundo grau pode ter um conhecimento pessoal ou familiar que interessa ao coven.
Pode ser dada uma responsabilidade  ao praticante de segundo grau além daquelas que todo membro do coven tem. Uma mulher pode ser nomeada Dama do coven, considerada como uma sacerdotisa. Similarmente, um homem pode ser nomeado guardião ou evocador ou solicitado a estudar o papel do alto sacerdote.
O segundo grau exige da bruxa a viver o caminho wiccano tanto quanto o estuda. Inevitavelmente, escoriações e machucados, descaminhos e desencontros acontecem ao longo da jornada. Com frequência os lideres dos covens são chamados para ajudar, curar, corrigir e levantar, ou não, como lhes for melhor.
Durante os estudos de segundo grau, os iniciados determinam ou descobrem alguma especialidade do Ofício. Uma bruxa de segundo grau pode querer dar cursos de ervas, pedras, divinação ou dança. Coisa alguma na tradição proíbe tal ensino publico e coisa alguma exige. O segundo grau também requer que o iniciado saia de sua zona de conforto.
Ao contrário do primeiro grau, uma vez que se entra no segundo grau, espera-se que se trabalhe para chegar ao terceiro grau. Iniciados do primeiro grau são praticantes, puros e simples, com responsabilidade com os Deuses, com seu coven e consigo mesmos. O segundo grau engrena uma mudança profunda, imbuindo uma impressão de ter começado algo que é menos do que completo e uma noção de que desafios virão.

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