BRASÍLIA - "Não vejo como obrigar alguém a ter filho que ela não se sente em condições de ter. Ninguém defende o aborto, é respeitar uma decisão que, individualmente, a mulher venha a tomar."
Essa é a posição pessoal de Iriny Lopes, 54 anos, deputada federal pelo PT do Espírito Santo que, em 2011, assume como ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres.
Iriny tem histórico de militante dos direitos humanos, e sua declaração toca num dos pontos mais explorados durante a disputa eleitoral.
O tema consta em programa do PT do início do ano. Durante a campanha, porém, a futura presidente Dilma Rousseff se disse contrária a mudanças na atual legislação _que prevê o aborto apenas em caso de estupro ou risco à saúde materna.
Em 2007, durante votação de uma resolução que incluía a descriminalização do aborto no 3º Congresso do PT, Iriny defendeu a proposta.
Agora, ela afirma, em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", que a bola está com o Congresso e a sociedade.
"O governo precisa cumprir a legislação que está em vigor", avalia. Iriny nega que a presidente eleita, Dilma Rousseff, limite o debate. "A presidente solicitou serenidade e tranquilidade para tratar de todo e qualquer tema polêmico. Não há recomendações especiais."
Fonte: Uol (original perdido).
Texto resgatado com Wayback Machine.
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