Cidade do Vaticano, 10 jan (2011) (EFE).- Bento XVI pediu às autoridades do Paquistão nesta segunda-feira para que acabem com a lei contra a blasfêmia, ao considerá-la um pretexto para injustiças e violência contra as minorias religiosas.
Em seu encontro anual com o corpo diplomático credenciado perante a Santa Sé, o papa denunciou os ataques contra a liberdade religiosa em diversas partes do mundo e disse que entre as normas que atingem o direito das pessoas a essa liberdade "merece uma menção especial a lei contra a blasfêmia no Paquistão".
"Encorajo de novo às autoridades desse país a realizar os esforços necessários para suprimi-la, tanto quanto é evidente que serve de pretexto para cometer injustiças e violências contra as minorias religiosas", afirmou o papa.
O Pontífice acrescentou que o "trágico assassinato" do governador do Punjab "evidencia a urgência de proceder nesse sentido".
O papa assinalou que a "veneração a Deus promove a fraternidade e o amor, e não o ódio e a divisão".
Em 4 de janeiro o governador da província paquistanesa oriental de Punjab, Salmaan Taseer, foi assassinado em Islamabad. O político era criticado pelos clérigos fundamentalistas por sua oposição à lei anti-blasfêmia e seu apoio à camponesa cristã condenada a morte sob esta norma, Asia Bibi.
Bibi, mãe de cinco filhos, foi denunciada por um fundamentalista islâmico em junho de 2009, acusada de ter ofendido Maomé durante uma discussão com várias mulheres muçulmanas que tinham rejeitado beber água que tinha tocado na cristã, ao considerá-la "impura".
Bibi foi detida, depois que um grupo de muçulmanos assaltasse sua casa e agredisse seus filhos.
Fonte: G1 (original perdido).
Nota da casa: Eu reitero meu comentário feito no Blas Fêmeas (extinto), onde eu afirmo que o pedido para que se revoguem leis contra a blasfêmia é apenas aos Muçulmanos. Nem o Chico Bento XVI, nem o Vaticano, nem a Igreja pretendem seguir o conselho que dão.
Texto resgatado com Wayback Machine.
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