O titulo desta crítica tem um propósito e um alvo bem evidente, que é a onda reacionária e conservadora que assola a Imprensa e o Mundo.
Luiz Felipe Ponde não resolveu ainda sua fase oral então continua posando de intelectual com um cachimbo na boca, sem se dar conta de que isto é um símbolo fálico, como disse titio Freud. Ele é o típico filhote da ditadura, da década de 50, da PUC, do Catolicismo capenga, do recalque, dessa eterna condenação do corpo, do desejo, do prazer, dessa herança cultural judaico-cristã.
Pondé daria um excelente padre, afinal ele reclama que a direita precisa aprender a ser descolada para se dar bem com as mulheres. Ah, Pondé, sua misoginia, sexismo e cacoete patriarcal aparecem até quando você que pagar pau de gatinho filósofo, mas tem gente que filosofa melhor nesta taverna.
Ele fala do desejo, “que hoje em dia se fala muito, se diz ser o centro da vida, mas que murcha sob a bota da vida correta e saudável. Nunca se desejou tão pouco, como nos dias atuais, em que se fala tanto de sexo. A morte do desejo salta aos olhos nas besteiras teóricas de gente que diz que sexo é construção social (teorias de gênero). O sexo brocha diante do gênero”.
Pondé é um reacionário e conservador, não nos esqueçamos. Ele provavelmente acha que sexo só depois de casar, de preferência com a luz desligada e apenas na posição papai-mamãe. Nunca se desejou tanto e é exatamente isto que amedronta Pondé em seu mundo de Pequeno Príncipe, onde o ideal de amor é o platônico. Para se falar de sexo, algo impensável na geração de Pondé, é preciso que se deseje, que se rompa as regras, que se questione as imposições sociais, que se democratize a questão do gênero, identidade e opção sexual. O sexo desabrocha nas inúmeras alternativas de gênero, para o desespero do carola do Pondé.
Pondé faz o jogo de espelho, projetando nos outros seus próprios defeitos, falando em censura, da patrulha do politicamente correto. E entrega seu jogo de sombras quando fala da ópera Salomé:
“Por que Salomé seria incorreta? Porque a peça fala de como Salomé, enlouquecida pelo profeta João Batista, que a despreza, manda cortar sua cabeça. A ideia de que uma mulher mande cortar a cabeça do homem que a despreza, por tesão e ressentimento, parece um absurdo no mundo dos corretinhos em que vivemos”.
Gongo nele, Chacrinha. Pondé errou feio. Se ele tivesse lido com mais atenção a história de Salomé, que por sinal nem sequer é nomeada em seu “original” bíblico, teria visto que a cabeça de João Batista foi decepada mais por uma questão política do que por uma mulher desprezada.
“Todos conhecem a história do Novo Testamento na qual a princesa da Judeia Salomé pede ao seu padrasto Herodes a cabeça do profeta João Batista, que acusava sua mãe de prostituta”.
Todos menos o Pondé. João Batista tinha uma crença onde, uma mulher somente pode se deitar com seu marido, sem exigir dinheiro em troca. Para João Batista e toda a cultura judaico-cristã, uma mulher que cobra um preço pelo prazer, principalmente a um homem estranho, é uma adultera, que merece ser apedrejada, é uma prostituta que merece ser segregada da sociedade dos “homens de bem”. Ou seja, Pondé fala em desejo, mas é contra Salomé e a favor de João Batista. Pondé deixou cair a máscara. Quanta hipocrisia e falso moralismo podem ser disfarçados de intelectualidade!
“Supostamente, Salomé, que é objeto de desejo enlouquecido do padrasto, faz esse pedido, após dançar para ele, por conta das ofensas do profeta contra sua mãe”.
De novo, Pondé mostra como é falsa sua preocupação com a falta de desejo e liberdade sexual. Nada mais classe média e ideologia pequeno-burguesa do que fazer escândalo com velhos tabus sociais. A história, inclusive a da Igreja está recheada de padrastos que se engraçam com a enteada e gera descendentes com ela. Enquanto forem maduros e houver consentimento, todos tem o direito e a liberdade de amar quem quiser, quantos quiser, disse o Profeta do Profano. Ficar chocado com isso é exatamente a ideologia do Politicamente Correto. Que pena, Pondé, sua máscara caiu de novo.
“Aí vem a grande sacada de Oscar Wilde. Haveria outro motivo para um pedido tão monstruoso? O desejo de Herodes por ela é conhecido, mas e se ela fosse apaixonada pelo profeta?”
“Seu pedido seria, para Oscar Wilde, na verdade, uma vingança passional contra o amante que a desprezou”.
Wishful thinking, Pondé. Salomé, jovem, sensual, desejada por homens ricos e poderosos, iria sentir algo por um personagem que veste um saco e come grilos? Apenas nojo, desprezo. Eu diria que a pregação de João Batista é que é um desejo reprimido do profeta em desvendar os sete véus de Salomé.
“À medida que o profeta canta seu amor por Deus e seu desprezo pelo mundo da carne, ela vai ficando com tesão. A castidade dele a enlouquece”.
Vai ver que é exatamente esse o fetiche e tara de Pondé, que vive feito um padre. Ele quer que aquela piedosa senhora, recatada, que piedosamente reza o terço, seja uma Salomé em seu quarto. Geralmente é assim. São os padres que desviam as mulheres de sua congregação.
“Mas, imagino que num mundo no qual sexo será de uma vez por todas careta como tudo que é correto, esta Salomé não existirá. Provavelmente, estará por aí, sendo fálica, lutando com uma espada, querendo ser homem”.
Pondé confuso e desorientado. Ele deseja que a mulher seja a Salomé, mas ainda se debate com o fato evidente que o gênero é uma construção social, ainda tem ojeriza pelo fato que criança e adolescente seja um ser sexuado. Será que eu estou vendo a confirmação de que Pondé não superou sua fase oral, querendo que a mulher seja uma transex, ele quer que sua Salomé seja “espada”?
Pondé tentou esconder e disfarçar suas próprias inseguranças e seus próprios medos atrás da opera Salomé e do escritor Oscar Wilde. Não foi desta vez, Pondé. Nós estamos no século XXI. Esse pensamento Vitoriano, Puritano, recalcado, frustrado, é um fóssil dos anos 50 que nós não vamos desenterrar. A humanidade vai continuar sua evolução, os humanos vão continuar gozando na cara dos caretas.
Luiz Felipe Ponde não resolveu ainda sua fase oral então continua posando de intelectual com um cachimbo na boca, sem se dar conta de que isto é um símbolo fálico, como disse titio Freud. Ele é o típico filhote da ditadura, da década de 50, da PUC, do Catolicismo capenga, do recalque, dessa eterna condenação do corpo, do desejo, do prazer, dessa herança cultural judaico-cristã.
Pondé daria um excelente padre, afinal ele reclama que a direita precisa aprender a ser descolada para se dar bem com as mulheres. Ah, Pondé, sua misoginia, sexismo e cacoete patriarcal aparecem até quando você que pagar pau de gatinho filósofo, mas tem gente que filosofa melhor nesta taverna.
Ele fala do desejo, “que hoje em dia se fala muito, se diz ser o centro da vida, mas que murcha sob a bota da vida correta e saudável. Nunca se desejou tão pouco, como nos dias atuais, em que se fala tanto de sexo. A morte do desejo salta aos olhos nas besteiras teóricas de gente que diz que sexo é construção social (teorias de gênero). O sexo brocha diante do gênero”.
Pondé é um reacionário e conservador, não nos esqueçamos. Ele provavelmente acha que sexo só depois de casar, de preferência com a luz desligada e apenas na posição papai-mamãe. Nunca se desejou tanto e é exatamente isto que amedronta Pondé em seu mundo de Pequeno Príncipe, onde o ideal de amor é o platônico. Para se falar de sexo, algo impensável na geração de Pondé, é preciso que se deseje, que se rompa as regras, que se questione as imposições sociais, que se democratize a questão do gênero, identidade e opção sexual. O sexo desabrocha nas inúmeras alternativas de gênero, para o desespero do carola do Pondé.
Pondé faz o jogo de espelho, projetando nos outros seus próprios defeitos, falando em censura, da patrulha do politicamente correto. E entrega seu jogo de sombras quando fala da ópera Salomé:
“Por que Salomé seria incorreta? Porque a peça fala de como Salomé, enlouquecida pelo profeta João Batista, que a despreza, manda cortar sua cabeça. A ideia de que uma mulher mande cortar a cabeça do homem que a despreza, por tesão e ressentimento, parece um absurdo no mundo dos corretinhos em que vivemos”.
Gongo nele, Chacrinha. Pondé errou feio. Se ele tivesse lido com mais atenção a história de Salomé, que por sinal nem sequer é nomeada em seu “original” bíblico, teria visto que a cabeça de João Batista foi decepada mais por uma questão política do que por uma mulher desprezada.
“Todos conhecem a história do Novo Testamento na qual a princesa da Judeia Salomé pede ao seu padrasto Herodes a cabeça do profeta João Batista, que acusava sua mãe de prostituta”.
Todos menos o Pondé. João Batista tinha uma crença onde, uma mulher somente pode se deitar com seu marido, sem exigir dinheiro em troca. Para João Batista e toda a cultura judaico-cristã, uma mulher que cobra um preço pelo prazer, principalmente a um homem estranho, é uma adultera, que merece ser apedrejada, é uma prostituta que merece ser segregada da sociedade dos “homens de bem”. Ou seja, Pondé fala em desejo, mas é contra Salomé e a favor de João Batista. Pondé deixou cair a máscara. Quanta hipocrisia e falso moralismo podem ser disfarçados de intelectualidade!
“Supostamente, Salomé, que é objeto de desejo enlouquecido do padrasto, faz esse pedido, após dançar para ele, por conta das ofensas do profeta contra sua mãe”.
De novo, Pondé mostra como é falsa sua preocupação com a falta de desejo e liberdade sexual. Nada mais classe média e ideologia pequeno-burguesa do que fazer escândalo com velhos tabus sociais. A história, inclusive a da Igreja está recheada de padrastos que se engraçam com a enteada e gera descendentes com ela. Enquanto forem maduros e houver consentimento, todos tem o direito e a liberdade de amar quem quiser, quantos quiser, disse o Profeta do Profano. Ficar chocado com isso é exatamente a ideologia do Politicamente Correto. Que pena, Pondé, sua máscara caiu de novo.
“Aí vem a grande sacada de Oscar Wilde. Haveria outro motivo para um pedido tão monstruoso? O desejo de Herodes por ela é conhecido, mas e se ela fosse apaixonada pelo profeta?”
“Seu pedido seria, para Oscar Wilde, na verdade, uma vingança passional contra o amante que a desprezou”.
Wishful thinking, Pondé. Salomé, jovem, sensual, desejada por homens ricos e poderosos, iria sentir algo por um personagem que veste um saco e come grilos? Apenas nojo, desprezo. Eu diria que a pregação de João Batista é que é um desejo reprimido do profeta em desvendar os sete véus de Salomé.
“À medida que o profeta canta seu amor por Deus e seu desprezo pelo mundo da carne, ela vai ficando com tesão. A castidade dele a enlouquece”.
Vai ver que é exatamente esse o fetiche e tara de Pondé, que vive feito um padre. Ele quer que aquela piedosa senhora, recatada, que piedosamente reza o terço, seja uma Salomé em seu quarto. Geralmente é assim. São os padres que desviam as mulheres de sua congregação.
“Mas, imagino que num mundo no qual sexo será de uma vez por todas careta como tudo que é correto, esta Salomé não existirá. Provavelmente, estará por aí, sendo fálica, lutando com uma espada, querendo ser homem”.
Pondé confuso e desorientado. Ele deseja que a mulher seja a Salomé, mas ainda se debate com o fato evidente que o gênero é uma construção social, ainda tem ojeriza pelo fato que criança e adolescente seja um ser sexuado. Será que eu estou vendo a confirmação de que Pondé não superou sua fase oral, querendo que a mulher seja uma transex, ele quer que sua Salomé seja “espada”?
Pondé tentou esconder e disfarçar suas próprias inseguranças e seus próprios medos atrás da opera Salomé e do escritor Oscar Wilde. Não foi desta vez, Pondé. Nós estamos no século XXI. Esse pensamento Vitoriano, Puritano, recalcado, frustrado, é um fóssil dos anos 50 que nós não vamos desenterrar. A humanidade vai continuar sua evolução, os humanos vão continuar gozando na cara dos caretas.
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