Os Francos formavam uma das várias tribos germânicas que adentraram o espaço do império romano a partir da Frísia e estabeleceram um reino que cobria a maior parte da atual França e na região da Francônia, origem da hoje Alemanha.
As invasões bárbaras (406) enfraqueceram o poder de Roma e os Francos souberam aproveitar-se para estender progressivamente suas fronteiras. Clódio (405-448), rei de uma tribo dos Salianos (430-448) conquistou o norte da Gália, enquanto que os Francos do Reno ocupavam aa Renânia atual. Do rei Clódio é que descenderam os Merovíngios e seu filho Meroveu é considerado o primeiro soberano da dinastia. Assim, os merovíngios, pertencentes ao povo germânico dos francos, fundaram a mais antiga dinastia monárquica da França.
O território governado pelos Merovíngios abrangia uma vasta área que cobria a moderna França, e partes da Alemanha, Suíça e Países Baixos, durante um período situado entre os séculos V e VIII da Era Cristã. Chamavam-se merovíngios por serem integrantes de uma família supostamente originária do pouco conhecido rei franco Meroveu, o fundador da dinastia, que, após dominar as tribos vizinhas, no final do século V impôs sua hegemonia na Gália. Mas foi seu neto, Clóvis I, o artífice desse poder, que conseguiu por sob uma única autoridade todas as tribos da Gália, consagrando o poder da Dinastia Merovíngia e levando os francos do paganismo ao Cristianismo (496).
Eles consideravam o reino como um mero bem pessoal e com base nos velho costume, distribuíam seus domínios com os seus filhos quando vislumbravam à morte. Seus filhos não tinham infância como príncipes reais e recebiam os títulos de reis automaticamente aos 12 anos, enquanto que a tarefa de governar era entregue aos Administradores do Palácio, ou Prefeitos do Palácio, os Maires du Palais, uma espécie de primeiro-ministro, provindos de ricas famílias aristocráticas e homens fortes do poder real. O poder realmente foi passando para as mãos dos Administradores do Palácio e entre eles destacaram-se, por exemplo, Carlos Martel, Pepino, o Breve e o pai de Carlos Magno, e Carlomano. Após a vitória de Carlos Martel sobre os sarracenos em Poitiers (732), onde as tropas muçulmanas foram finalmente repelidas, pouco tempo restava para os Merovíngios como uma linhagem de soberanos: com o apoio do papa Zacarias (741-752), Pepino destituiu (751) o último soberano merovíngio, Childerico III., internando-o em um mosteiro, enterrando definitivamente a Dinastia Merovíngia e substituindo-a pela chamada de Carolíngia [que se iniciou com Carlos Magno].
Os Merovíngios mencionavam descender diretamente de Tróia. Escritores contemporâneos, inclusive os autores dos Documentos do Monastério têm tentado seguir os Merovíngios até a Grécia antiga, especificamente até a região conhecida como Arcádia. De acordo com os documentos, os ancestrais dos Merovíngios eram relacionados com a Casa Real da Arcádia. Em uma data não especificada, próxima ao advento da era cristã, eles teriam migrado Danúbio acima, e depois Reno acima, estabelecendo-se no que é hoje a parte ocidental da Alemanha.
A derivação dos Merovíngios, de Tróia ou da Arcádia, parece hoje uma questão acadêmica, e não há necessariamente conflito entre as duas afirmações.
Segundo Homero, um contingente substancial de arcadianos estava presente no cerco a Tróia. E segundo histórias gregas antigas, Tróia foi fundada por gente da Arcádia. Curiosamente o nome Arcádia deriva de arkades, que significa “povo do urso”. O urso era um animal sagrado na antiga Arcádia, a base de cultos e rituais. Os antigos arcadianos reclamavam descender de Arkas, a deidade patrona da terra, cujo nome também significa urso. De acordo com a Mitologia Grega, Arkas era filho de Kallisto, uma ninfa relacionada com Ártemis, a caçadora.
Entre os Francos Sicambrianos, dos quais os Merovíngios, o urso gozava de uma condição igualmente exaltada (exagerada). Assim como os antigos arcadianos, eles veneravam o urso na forma de Ártemis – ou na forma mais especificamente, de seu equivalente galês, Arduína, deusa patrona de Ardenas. O culto misterioso a Arduína persistiu até a Idade Média, sendo Lunéville um de seus centros, próximo de dois outros locais recorrentes, Stenay e Orval. Em 1304, a Igreja ainda promulgava estatutos proibindo a veneração dessa Deusa Pagã.
De acordo com os principais cronistas francos quanto à tradição subseqüente, Mérovée nasceu de dois pais. Quando já estava grávida de seu marido, o Rei Clódio, a mãe de Mérovée teria ido nadar no oceano. Na água, ela teria sido seduzida ou violada por uma criatura marinha não identificada, de além-mar – bestea Neptuni Quinotauri similis, “uma besta de Netuno semelhante a um Quinotauro, que teria engravidado a dama uma segunda vez.
E quando Mérovée nasceu, supostamente corria em suas veias um amálgama (sentido figurado: mistura, reunião ou ajuntamento de elementos diferentes ou heterogêneos, que formam um todo) de dois sangues diferentes, o sangue de um governante franco e o de uma misteriosa criatura aquática.
Segundo a tradição, os monarcas merovíngios eram adeptos do oculto, iniciados em ciências arcaicas, praticantes de artes esotéricas, rivais dignos de Merlin, seu fabuloso quase-contemporâneo. Eles eram freqüentemente chamados de “reis bruxos”, ou “reis taumaturgos”. Em virtude de alguma propriedade miraculosa de seu sangue, seriam capazes de curar com as mãos; seriam capazes de clarividência ou comunicação telepática com animais e com a natureza.
Contudo, quando Carlos Magno iniciou o Sacro Império Romano-Germânico, as antigas lendas populares sobre as origens dos reis francos foram substituidas por novas lendas sobre a origem dos reis francos pela suposta "Linhagem do Graal", para dar ao novo imperador a mesma origem que Cristo e Davi, endossando assim a doutrina que os reis [e os imperadores] reinavam em nome do Deus Cristão. Carlos Magno, a despeito de seu jeito, fez uma reforma na educação que ajudou a preparar o caminho para o Renascimento (século XII) e, certamente, plantou a semente para o Renascimento (século XV).
As invasões bárbaras (406) enfraqueceram o poder de Roma e os Francos souberam aproveitar-se para estender progressivamente suas fronteiras. Clódio (405-448), rei de uma tribo dos Salianos (430-448) conquistou o norte da Gália, enquanto que os Francos do Reno ocupavam aa Renânia atual. Do rei Clódio é que descenderam os Merovíngios e seu filho Meroveu é considerado o primeiro soberano da dinastia. Assim, os merovíngios, pertencentes ao povo germânico dos francos, fundaram a mais antiga dinastia monárquica da França.
O território governado pelos Merovíngios abrangia uma vasta área que cobria a moderna França, e partes da Alemanha, Suíça e Países Baixos, durante um período situado entre os séculos V e VIII da Era Cristã. Chamavam-se merovíngios por serem integrantes de uma família supostamente originária do pouco conhecido rei franco Meroveu, o fundador da dinastia, que, após dominar as tribos vizinhas, no final do século V impôs sua hegemonia na Gália. Mas foi seu neto, Clóvis I, o artífice desse poder, que conseguiu por sob uma única autoridade todas as tribos da Gália, consagrando o poder da Dinastia Merovíngia e levando os francos do paganismo ao Cristianismo (496).
Eles consideravam o reino como um mero bem pessoal e com base nos velho costume, distribuíam seus domínios com os seus filhos quando vislumbravam à morte. Seus filhos não tinham infância como príncipes reais e recebiam os títulos de reis automaticamente aos 12 anos, enquanto que a tarefa de governar era entregue aos Administradores do Palácio, ou Prefeitos do Palácio, os Maires du Palais, uma espécie de primeiro-ministro, provindos de ricas famílias aristocráticas e homens fortes do poder real. O poder realmente foi passando para as mãos dos Administradores do Palácio e entre eles destacaram-se, por exemplo, Carlos Martel, Pepino, o Breve e o pai de Carlos Magno, e Carlomano. Após a vitória de Carlos Martel sobre os sarracenos em Poitiers (732), onde as tropas muçulmanas foram finalmente repelidas, pouco tempo restava para os Merovíngios como uma linhagem de soberanos: com o apoio do papa Zacarias (741-752), Pepino destituiu (751) o último soberano merovíngio, Childerico III., internando-o em um mosteiro, enterrando definitivamente a Dinastia Merovíngia e substituindo-a pela chamada de Carolíngia [que se iniciou com Carlos Magno].
Os Merovíngios mencionavam descender diretamente de Tróia. Escritores contemporâneos, inclusive os autores dos Documentos do Monastério têm tentado seguir os Merovíngios até a Grécia antiga, especificamente até a região conhecida como Arcádia. De acordo com os documentos, os ancestrais dos Merovíngios eram relacionados com a Casa Real da Arcádia. Em uma data não especificada, próxima ao advento da era cristã, eles teriam migrado Danúbio acima, e depois Reno acima, estabelecendo-se no que é hoje a parte ocidental da Alemanha.
A derivação dos Merovíngios, de Tróia ou da Arcádia, parece hoje uma questão acadêmica, e não há necessariamente conflito entre as duas afirmações.
Segundo Homero, um contingente substancial de arcadianos estava presente no cerco a Tróia. E segundo histórias gregas antigas, Tróia foi fundada por gente da Arcádia. Curiosamente o nome Arcádia deriva de arkades, que significa “povo do urso”. O urso era um animal sagrado na antiga Arcádia, a base de cultos e rituais. Os antigos arcadianos reclamavam descender de Arkas, a deidade patrona da terra, cujo nome também significa urso. De acordo com a Mitologia Grega, Arkas era filho de Kallisto, uma ninfa relacionada com Ártemis, a caçadora.
Entre os Francos Sicambrianos, dos quais os Merovíngios, o urso gozava de uma condição igualmente exaltada (exagerada). Assim como os antigos arcadianos, eles veneravam o urso na forma de Ártemis – ou na forma mais especificamente, de seu equivalente galês, Arduína, deusa patrona de Ardenas. O culto misterioso a Arduína persistiu até a Idade Média, sendo Lunéville um de seus centros, próximo de dois outros locais recorrentes, Stenay e Orval. Em 1304, a Igreja ainda promulgava estatutos proibindo a veneração dessa Deusa Pagã.
De acordo com os principais cronistas francos quanto à tradição subseqüente, Mérovée nasceu de dois pais. Quando já estava grávida de seu marido, o Rei Clódio, a mãe de Mérovée teria ido nadar no oceano. Na água, ela teria sido seduzida ou violada por uma criatura marinha não identificada, de além-mar – bestea Neptuni Quinotauri similis, “uma besta de Netuno semelhante a um Quinotauro, que teria engravidado a dama uma segunda vez.
E quando Mérovée nasceu, supostamente corria em suas veias um amálgama (sentido figurado: mistura, reunião ou ajuntamento de elementos diferentes ou heterogêneos, que formam um todo) de dois sangues diferentes, o sangue de um governante franco e o de uma misteriosa criatura aquática.
Segundo a tradição, os monarcas merovíngios eram adeptos do oculto, iniciados em ciências arcaicas, praticantes de artes esotéricas, rivais dignos de Merlin, seu fabuloso quase-contemporâneo. Eles eram freqüentemente chamados de “reis bruxos”, ou “reis taumaturgos”. Em virtude de alguma propriedade miraculosa de seu sangue, seriam capazes de curar com as mãos; seriam capazes de clarividência ou comunicação telepática com animais e com a natureza.
Contudo, quando Carlos Magno iniciou o Sacro Império Romano-Germânico, as antigas lendas populares sobre as origens dos reis francos foram substituidas por novas lendas sobre a origem dos reis francos pela suposta "Linhagem do Graal", para dar ao novo imperador a mesma origem que Cristo e Davi, endossando assim a doutrina que os reis [e os imperadores] reinavam em nome do Deus Cristão. Carlos Magno, a despeito de seu jeito, fez uma reforma na educação que ajudou a preparar o caminho para o Renascimento (século XII) e, certamente, plantou a semente para o Renascimento (século XV).
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