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Mais específicos e mais comercializados entre os bruxos modernos, o athame e a boline dificilmente era encontrado entre as bruxas por causa do vínculo evidente dessas ferramentas com as práticas do Ofício, sobretudo pelas marcas e sinais de consagração que usualmente os marcavam.
O athame é um punhal, obrigatoriamente de cabo preto e dois gumes, usado na Wicca e em algumas linhas de bruxaria. Ele é utilizado para traçar o Círculo Mágico ou emblemas mágicos no ar, para direcionar a energia e para controlar e banir espíritos.
Em qualquer um dos casos, há manuscritos datados do século XI que abordam o uso de facas rituais na Magia. O uso de uma faca sagrada em ritos pagãos é bastante antigo. Há um desenho de um vaso grego datado de aproximadamente 200 A.C. que mostra duas mulheres tentando invocar os poderes da Lua para a sua magia. Uma delas está segurando uma varinha e a outra segura uma pequena espada.
O Athame atualmente também é utilizado para representar o aspecto masculino da divindade e como um símbolo da vontade.
Em uma jóia da Roma Antiga, há a figura de Hécate na forma tripla, onde seus três pares de braços seguram os símbolos de uma tocha acesa, um açoite e uma adaga mágica.
Uma xilogravura mostra uma bruxa controlando alguns fantasmas, brandindo um athame em uma mão e um punhado de ervas mágicas na outra.
O athame também é usado na confecção de varinhas. Para isso, é necessario um athame de cabo branco (boline).
O athame é um punhal ritualístico de fio duplo sem corte, utilizado para absorver, potencializar e direcionar energias em rituais. Normalmente usado para traçar o círculo mágico e desse modo afastar qualquer tipo de energia ou ser espiritual que possa atrapalhar o ritual. [Há uma confusão e uma controvérsia entre os bruxos se é correto afirmar que há alguma forma de 'banimento' ou 'purificação', devido ao preconceito e à carga pejorativa que isto suscita entre as pessoas comuns-NB]
O athame, quando não usado para direcionar energias em um ritual, é um instrumento decorativo que serve como símbolo do poder masculino no altar, já que representa um falo, enquanto que o cálice representa um útero. Ele simboliza o Deus no altar e só é retirado do mesmo, para traçar o círculo ou para efetuar a simbologia do Grande Rito [para realizar o GR de forma simbólica-NB], onde a união do athame e do cálice simbolizam a união do Deus com a Deusa.[wikipédia]
A boline é, simplesmente, uma faca prática, do trabalho dos wiccanos, ao contrário da puramente ritualística athame.
Também pode ser usada uma foice de cabo branco, pois a lâmina curva (formato de uma lua crescente) pode ser ritualisticamente usada para simbolizar a Deusa, em contraposição ao athame, símbolo do Deus.
Usada em cortes e inscrições, no geral, de plantas, cordas, abóbora de Halloween, velas, madeira, cera, argila e diversos outros itens utilizados nos rituais da religião Wicca.
A cor branca do cabo é apenas uma tradição, visto que assim poderia ser diferenciado do athame, que, segundo a tradição, tem o cabo negro. Entretanto, como não existe uma lei rígida nesse ponto, pode-se usar athames e bolines de cabos de qualquer cor, desde que não se misturem.[wikipédia]
A espada cerimonial, em certas tradições wiccanas, é usada no lugar do athame pela Alta Sacerdotisa de um coven, para traçar e apagar o círculo. A espada cerimonial, como o punhal, pode também ser usada para controlar e banir espíritos elementais e para guardar e direcionar a energia durante os rituais mágicos. Muitas pessoas não gostam de utilizá-la porque dizem que quem usa espada é mago. Creio eu que a espada entrou na wicca no tempo da inquisição onde os bruxos precisavam se defender dos ataques dos inquisidores.[Blog da Artemis Caçadora]
O uso de espadas pertence mais à Magia Cerimonial, mas seu uso não pode ser totalmente descartado do Ofício ou nas cerimônias wiccanas, tanto para evocações quanto para cerimônias. Entretanto, na Idade Média, o porte e o custo de uma espada certamente estavam proibitivos para as bruxas, sobretudo se esta tinha símbolos encravados como é de hábito no Ofício.
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