Nós percebemos a realidade através de imagens e símbolos, mesmo explicações científicas tem que usar imagens e símbolos para representar a realidade.
A forma mais evidente de perceber a manifestação da Deusa é a própria terra e suas estações e os movimentos das marés, rios e lagos.
A forma mais conhecida de perceber a manifestação da Deusa é a lua.
A ciência diz que a lua é a mesma, orbitando em torno da terra. As fases da lua são na verdade a sombra da terra sobre a lua, dando a ilusão de que a lua tem diversas faces.
Para o pagão, a lua é a manifestação da Deusa. Se as faces da lua fossem apenas um jogo de luz e sombra, as fases da lua não teriam efeito sobre as plantas e as mulheres.
Assim, a Deusa se manifesta nas quatro faces da lua: na crescente, como Donzela; na cheia, como Mãe; na minguante como Anciã e na lua nova a Deusa mostra seu lado mais terrível.
Uma manifestação pouco divulgada da Deusa é o planeta Vênus. Esse planeta completa, a cada oito anos, uma órbita que se parece muito com um pentagrama. As Olimpíadas surgiram como uma forma de marcar esse evento, por isso que nos dias de hoje se usam cinco anéis para representar a Olimpíada. O planeta Vênus é acompanhado com especial interesse pelos Sumérios, Egípcios, Caldeus e Babilônicos; ocupou lugar de destaque nos mitos e teologia dos Gregos, Romanos e Astecas. Quando o planeta Vênus é chamado de Estrela da Manhã, na mitologia Cristã ora ele é identificado com o Cristo, ora é identificado com Lúcifer. O interessante é que, para os Gnósticos, Cristo e Lúcifer são irmãos gêmeos como o Rei Carvalho e o Rei Azevinho.
Na mitologia pagã, a luta entre o Ano Velho, representado por um bode e o Ano Novo, representado por um carneiro, é a celebração do solstício de inverno e verão. Ainda que sejam celebrações solares, nestas épocas celebram-se a descida da Deusa ao Submundo e seu matrimônio com o Deus. Mesmo na rígida estrutura do Cristianismo, a Deusa continua sendo simbolizada no Espírito Santo que, na sua origem Judaica é conhecido por Shekinah, é disputada pelos gêmeos divinos, simbolizados pelo Pai e Filho.
A negação da existência e influência da Deusa pelas religiões monoteístas tem gerado muito ódio e violência, perseguição e intolerância. A falta de espaço para sacerdotisas e celebrações das estações tem distanciado a humanidade do meio mais tangível para desenvolver sua religiosidade. Caso o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo pretendam continuar a existir na próxima era, terão que abandonar o fundamentalismo e o fanatismo. Quando a humanidade recuperar a alegria de viver e o prazer em louvar ao Deus e à Deusa, poderemos enfim ser merecedores de sermos chamados de humanos.
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