Comemoramos no dia 7 de setembro o "Dia da Independência" do Brasil. Piada. Nunca fomos independentes se nossos politicos ainda estão atrelados aos interesses de corporações .
O que aprendemos com esse espetáculo midiático?
Assisti nesse fim de semana "Jogos Vorazes". Um filme fraco, como muitos outros que exploram essa moda em promover algum tipo de personagem que idealiza a adolescência. Eu prefiro os mangás shonem. Podiam ter explorado o filme como uma crítica ou paródia dos inúmeros "reality shows" que empesteiam a programação da televisão.
Está tudo lá. Pessoas que são escolhidas para ficarem isoladas da sociedade e realizarem algum tipo de competição. A única parte que os "reality shows" não fazem é a matança entre os competidores. Por enquanto. Mas a influência dos patrocinadores no jogo é igual. Eu me pergunto se os patrocinadores dos "reality shows" não se envergonham de patrocinarem a degradação humana. Ou estamos vendo a manifestação mais crua de que vale tudo, para aumentar a audiência e as vendas de produtos completamente supérfulos. Não vai demorar muito para aparecer algum "reality show" onde haverá algum tipo de homicídio socialmente tolerado.
E como em toda "Parada da Independência", tivemos os costumeiros protestos. Com o acréscimo das minhas amigas do Femen. Protesto político em pleno ano eleitoral me faz pensar de quanto inútil se tornou o protesto. Faz tempo que as elites perceberam que o protesto é também um produto que pode ser vendido. Nunca tivemos tantos protestos. Com tantas idéias e ideais a defender, os interesses da massa tende a ser difuso e diluído em pequenos grupos inexpressivos.
E dá-lhe protesto por escrito, por redes sociais, pela internet. Ateus, curtindo suas neuroses, denunciam que um candidato à Prefeitura de São Paulo tem vínculo com a IURD. E o Kiko? Ao invés de criticarem e reclamarem, o que os ateus [e pagãos, diga-se de passagem] estão fazendo para se mobilizarem e se organizarem políticamente? Absolutamente nada, porque é mais fácil alimentar pensamentos e atitudes negativas do que pensamentos e atitudes positivas. Destruir é mais cômodo do que criar.
E não nos esqueçamos da dita super-qualidade da televisão HD. Qualidade técnica, não qualidade de conteúdo. Os programas televisivos estão decaindo cada vez mais, ficando cada vez mais vulgares. Essa é a tônica da cultura da mediocridade. Reflexo, consequência ou causa da Indigência Cultural. Temos educação pobre porque faltam políticas públicas ou não temos políticas públicas de educação porque o povo não quer ser educado? Pelo nível dos candidatos à Câmera Municipal, eu acertei o tacho. Ainda procuramos pelo Salvador da Pátria. E continuamos a ser vendidos por um punhado de feijões.
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