For what is a man, what has he got?
If not himself, then he has naught
To say the things he truly feels
And not the words of one who kneels
The record shows I took the blows
And did it my way
- My Way, Frank Sinatra.
John Beckett escreveu:
"Os caminhos deles não são os nossos."
O que não explica é qual a relação disso com a prática mística e estática.
E por que John comentou sobre a experiência estática de Tereza de Ávila, um curioso testemunho de que o Cristianismo parece uma mistura de sadismo e masoquismo.
Segundo John, essa é a descrição da experiência da Tereza:
"Vi em sua mão uma longa lança de ouro, e na ponta parecia haver um pequeno fogo. Ele me pareceu estar empurrando-a às vezes em meu coração, e perfurando minhas próprias entranhas; quando ele a retirava, parecia retirá-las também, e me deixar todo em chamas com um grande amor a Deus. A dor era tão grande, que me fez gemer; e ainda assim tão insuperável era a doçura dessa dor excessiva, que eu não conseguia desejar me livrar dela..."
Mas esta é um dos muitos caminhos que a humanidade traçou para entender e se relacionar com o divino.
Então qual é o caminho dos Deuses?
Lembrando que "way" também pode ser traduzido como "jeito", "maneira" e "modo".
Resumindo, como fazem as coisas acontecerem.
Essa é a pergunta que todos fazem quando entram em um avião. Quem está na direção?
Mas acidentes podem acontecer até quando se anda a pé.
Tem um ditado que diz "shit happens". Eu acho muito engraçado o ateu, o descrente, quando critica a religião (reduzido e simplificado para Igreja e Cristianismo), parece um floquinho de neve sensível questionando o motivo da dor e do sofrimento do mundo.
Tem uma letra de música que diz "you bleed just to know you're alive". Mas a insegurança do ateu em saber o "por quê" pode cair em outro pensamento preguiçoso.
“Tudo acontece por uma razão.”
“Tudo faz parte do plano de Deus.”
“O Universo tem algo melhor para você.”
Isaac Newton definiu uma das regras da física de que para toda ação existe uma reação na mesma intensidade, mas em sentido contrário. E isso pode ser interpretado de forma mística.
Segundo John:
"Aqui está a parte mais difícil de aceitar que sim, a vida é aleatória e não, não há um significado profundo por trás de tudo que acontece com você. Isso força você a aceitar que o mundo não gira em torno de você. Ou em torno de nós como humanos."
Talvez vale a pena lembrar que Fortuna é uma Deusa.
Mas realmente nem sempre vale a pena carregar o fardo de achar que a culpa é sua. Ou nos casos mais graves, achar que a culpa é sempre dos outros.
E nós somos péssimos em nos relacionar. Nós provocamos dor e sofrimento em nossa espécie, nas outras formas de vida e no ambiente.
Então falar que é"coincidência" ou algo casual é... ingenuidade. Não existe coincidência. Nada é aleatório. Pode não ser agradável, mas nós não somos o centro do mundo, da vida ou de existência.
Os Deuses são Deuses dos homens, mas também dos animais e da natureza. Nós podemos ser importantes, mas não somos os únicos, nem os favoritos.
Eu estou como um náufrago, tentando sobreviver e achar um propósito para a minha vida, mas essa é a minha história. Eu não vou desistir nem ter medo. Porque o que realmente faz a diferença no final é o como e o quê você fez diante dos desafios.