terça-feira, 15 de julho de 2025

Fertilidade em baixa

Nesta sexta-feira (11), o mundo celebra o Dia Mundial da População em um cenário em que a queda nas taxas de natalidade não é apenas uma questão de “poucos nascimentos” — é, sobretudo, reflexo de condições de vida precárias, insegurança econômica e desigualdade persistente.

É o que aponta o Relatório da População Mundial 2025 (State of World Population 2025), documento anual divulgado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Lançado no último dia 8, o estudo reforça que milhões de pessoas em todo o mundo têm menos filhos do que gostariam — não porque não querem, mas porque não conseguem.

Incerteza trava maternidade e paternidade

A pesquisa inédita feita pelo UNFPA em 14 países, que representam 37% da população mundial, mostra um cenário comum: jovens adultos adiam ou desistem de formar família diante de pressões socioeconômicas, do alto custo de vida e da falta de apoio estatal.

Entre os principais motivos estão desemprego, moradia inacessível, trabalho precário, divisão desigual do cuidado doméstico e ausência de políticas públicas de licença parental e creches.

A insegurança climática, guerras e crises políticas também aparecem como fatores de hesitação para quem pensa em ter filhos. Uma em cada cinco pessoas entrevistadas citou mudanças climáticas e conflitos como razões diretas para decidir não ter — ou ter menos — filhos.

O UNFPA adverte que soluções simplistas, como bônus financeiros por nascimento ou restrições aos direitos reprodutivos, são ineficazes e, muitas vezes, violam os direitos humanos. Para a diretora-executiva do Fundo, Natalia Kanem, a saída está em remover barreiras, não impor metas.

“Precisamos de ações urgentes, mas com base em garantias de direitos e na autonomia corporal — não em coerção.”

Brasil: custos altos, rede frágil e gravidez não planejada

Único país lusófono incluído na pesquisa global, o Brasil segue o padrão de contradições exposto pelo relatório: a taxa de natalidade continua caindo, mas a autonomia reprodutiva não acompanha esse movimento. Entre os 1.053 brasileiros ouvidos, 39% apontaram as limitações financeiras como principal barreira para ter filhos. Emprego instável, renda insuficiente, dificuldade para comprar ou alugar imóvel e falta de creches públicas pesam fortemente na decisão.

Outro dado alarmante: quase um terço das brasileiras já passou por uma gravidez não planejada. Além disso, 49% das mulheres declararam já ter se sentido incapazes de dizer não a uma relação sexual — uma das taxas mais altas entre os países pesquisados, sinalizando níveis preocupantes de coerção sexual.

A divisão desigual do trabalho doméstico também aparece como fator inibidor: 13% das mulheres e 8% dos homens apontaram que a sobrecarga de tarefas em casa desestimula a decisão de ter filhos.

O relatório ainda destaca que brasileiros que conseguiram o financiamento da casa própria têm quase um terço a mais de chance de ampliar a família — reforçando a importância de políticas de habitação como incentivo indireto à parentalidade.

O que (não) funciona: bônus não resolvem

Em todo o mundo, muitos governos vêm testando bônus por nascimento, subsídios diretos ou metas de fertilidade como resposta a populações em envelhecimento. Mas o UNFPA alerta que essas estratégias são de baixo impacto e muitas vezes desrespeitam a liberdade de decisão individual.

Para especialistas da agência, a prioridade deveria ser investir em redes de proteção social: licença parental adequada, trabalho decente, moradia acessível, acesso garantido a serviços de saúde sexual e reprodutiva, creches de qualidade e combate a normas sexistas que penalizam mães e pais no mercado de trabalho.

Mudança demográfica histórica

O Relatório da População Mundial 2025 contextualiza essa crise dentro de uma transformação demográfica sem precedentes: o mundo está envelhecendo mais rápido e muitas populações já atingiram o pico de crescimento.

Um quarto das pessoas vive em países onde o tamanho da população já começou a diminuir. A Índia, por exemplo, já é hoje a nação mais populosa do planeta, com quase 1,5 bilhão de habitantes — número que deve subir até 2060 antes de começar a recuar.

Na outra ponta, há uma “explosão silenciosa” de idosos, menos jovens em idade ativa e força de trabalho potencialmente menor — um desafio econômico para governos que, segundo o UNFPA, precisam enxergar a migração e a inclusão de mulheres e meninas como parte essencial da solução.

Direitos são o ponto de partida

No fim das contas, o recado do relatório é simples e direto: o verdadeiro problema não é ter poucos filhos — é não ter direitos garantidos para escolher livremente quando, se e quantos filhos ter.

Para o Brasil, a mensagem é que combater pobreza, desigualdade de gênero e precariedade do trabalho é tão essencial quanto garantir educação sexual, contracepção segura, licença parental justa e creches públicas de qualidade.

Fonte: https://revistaforum.com.br/global/2025/7/11/onu-alerta-fertilidade-em-queda-direitos-em-falta-183200.html

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Rejeitado

Um homem de 50 anos relatou ter sido rejeitado pela própria família há quase três décadas após deixar de ser testemunha de Jeová. Clever Davi Mendonça conta que, desde os 22 anos, vive sem qualquer contato com os pais, que o classificaram como uma “alma morta em vida” e que ele foi “dado a satanás” por abandonar a religião. A decisão radical afetou também os quatro filhos e três netos do ex-seguidor, considerados “inexistentes” pelos avós, segundo ele.

O caso, divulgado pelo Metrópoles, expõe o drama silencioso enfrentado por quem decide se desligar do grupo religioso. De acordo com Clever, a prática conhecida como “desassociação” representa uma ruptura total com a vida social e familiar. “Por mais absurda que seja essa doutrina, ela tem destruído famílias. Se alguém quiser voltar a conviver com os parentes, precisa se submeter novamente à fé”, desabafou.

Clever afirma ainda que há forte pressão para que ex-integrantes retornem à igreja, mesmo que apenas para retomar os laços afetivos. Ele classificou sua situação como “abandono afetivo por intolerância religiosa” e criticou a doutrina por promover exclusão e sofrimento. O caso gerou comoção nas redes e reabre o debate sobre liberdade de crença e direitos individuais.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/dado-a-satanas-homem-e-ignorado-por-30-anos-pelos-pais-por-deixar-religiao/

Living the faith

Conversa com o Gemini

Baseado no texto:

"A fé não é um evento de domingo. É um compromisso diário. Para muitos crentes, a questão não é se eles acreditam, mas como vivem a fé todos os dias. É aí que "viver com fé" se torna mais do que palavras. Torna-se uma caminhada. Um ritmo. Um estilo de vida.

No mundo de hoje, é fácil se sentir desconectado de Deus quando o estresse, a exaustão e a dúvida se instalam. No entanto, viver com fé diariamente traz paz, propósito e poder, especialmente quando a vida se torna desafiadora."

Escreva um texto na opinião de um pagão moderno.

Resposta do Gemini:

Uma Perspectiva Pagã sobre a Espiritualidade Diária

É fascinante observar como a fé, para muitos, se traduz em um compromisso diário e não apenas em um ritual de domingo. Essa ideia de que a crença se torna uma caminhada, um ritmo e um estilo de vida ressoa fortemente com a visão de mundo de um pagão moderno. Afinal, para nós, a espiritualidade raramente está confinada a um templo ou a um dia específico da semana.

No paganismo, a conexão com o divino e com o sagrado é tecida no próprio tecido da existência cotidiana. Não há uma separação estrita entre o "sagrado" e o "profano". Cada nascer do sol, cada ciclo lunar, o crescimento das plantas, a mudança das estações – tudo isso pode ser visto como uma manifestação do divino. É na interação com a natureza, nos pequenos atos de reverência e gratidão, e na busca por harmonia com o mundo que encontramos nosso propósito e paz.

Concordo plenamente que, no turbilhão da vida moderna, com todo o estresse e a exaustão, é fácil sentir-se desconectado. Para nós pagãos, a resposta a essa desconexão muitas vezes está em retornar aos ritmos naturais, em honrar a terra e seus ciclos, e em encontrar o sagrado no mundano. É uma forma de nos ancorarmos, de encontrar um propósito e uma força para enfrentar os desafios da vida, não através de dogmas, mas através da intuição, da experiência pessoal e da conexão com a tapeçaria da vida.

Para mim, "viver com fé" ou, mais precisamente, viver com espiritualidade, significa estar consciente da interconexão de todas as coisas, honrar a divindade dentro de mim e ao meu redor, e caminhar com intenção e respeito pela teia da existência. É uma prática contínua, uma jornada que se desenrola a cada dia, trazendo uma sensação de paz e um profundo senso de pertencimento.

Criado com Gemini, do Google.

domingo, 13 de julho de 2025

A vitória do rabo

A historiadora maranhense e mulher trans Tertuliana Lustosa se pronunciou nesta segunda-feira (7), após a Justiça Federal rejeitar o pedido da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) para que ela fosse multada em razão de uma performance realizada durante um seminário acadêmico, no campus da instituição, em outubro de 2024.

O caso ganhou ampla repercussão nacional após Tertuliana, durante uma palestra, apresentar uma de suas músicas autorais — intitulada “Educando com o C”* — enquanto mostrava os glúteos à plateia. O momento foi gravado e divulgado pela própria historiadora nas redes sociais, gerando intenso debate público e a abertura de um processo judicial por parte da universidade.

Na decisão, o juiz federal responsável pelo caso afirmou que não houve qualquer elemento que demonstrasse, de forma segura, a possibilidade de repetição da conduta ou sua permanência, o que inviabilizaria a imposição de sanções. O magistrado também destacou que o simples receio de repetição não justifica a punição antecipada e que não se pode impor penalidades com base em suposições.

A UFMA alegava que a atitude de Tertuliana durante o seminário feria normas institucionais, mas a Justiça entendeu que a liberdade artística e a ausência de elementos concretos impedem qualquer penalidade.

O caso segue sendo debatido nas redes sociais e entre especialistas do meio acadêmico e jurídico, trazendo à tona discussões sobre liberdade de expressão, arte, identidade e limites institucionais.

Fonte: https://encarando.com/noticias/97996/justica-da-ganho-de-causa-a-historiadora-apos-nudez-em-palestra

Cruzeiro Killing Kittens

No cruzeiro Killing Kittens, casais e mulheres solteiras podem desfrutar de seis noites de hedonismo a bordo a partir de R$ 37 mil em um transatlântico all inclusive. O famigerado cruzeiro do sexo é promovido pela empresa homônima, conhecida por festas liberais que preservam a privacidade, confidencialidade e discrição. 

É previsto que a viagem saia de Barcelona (Espanha) e navegue até Monte Carlo (Mônaco), Florença e Portofino (Itália) no dia 9 de junho de 2026. Nas festas sexuais em alto mar, não é permitido a revelação de identidades, assédio, abuso ou qualquer tipo de comportamento prejudicial aos passageiros.

Conforme a empresa, os interessados deverão assinar formulários de consentimento que explicitam as atividades das quais são adeptos — especialmente nas chamadas salas de jogos, onde fantasias são estimuladas. Caso algum passageiro encontre um conhecido, a Killing Kittens (KK) pede honestidade e respeito.

A viagem sexual deriva da celebração do prazer feminino, então homens solteiros não são bem-vindos na embarcação. A empresa destaca que o cruzeiro sexual vai além da nudez legalizada e é uma ocasião “muito mais elegante”. Em alguns eventos, roupas e fantasias serão obrigatórias.

“Entre em um mundo de libertação sexual, onde a excitação é ilimitada e as gatinhas lideram o caminho”, afirma a página oficial da KK. Kittens, gatinhas em inglês, simboliza as mulheres adeptas das práticas promovidas — que sempre as controlam.

Além da promoção da liberdade sexual, o cruzeiro mediterrâneo oferecerá aulas de culinária, degustações de vinho e uísque, ioga naturista ao nascer do sol e clube de corrida matinal, workshops sobre sexo e relacionamentos, autoexpressão e brincadeiras sensoriais, e até mesmo uma noite de quiz picante.

Empoderamento sexual feminino

A Killing Kittens foi fundada por Emma Sayle e é conhecida por promover as maiores festas sexuais do Reino Unido e do mundo há duas décadas. Emma é casada, mãe de três filhos, e estudou com Kate Middleton na escola Downe House. A KK é composta, em sua maioria, por participantes de classe média alta na faixa dos 30 anos, que assinam termos de sigilo.

Cada evento atrai cerca de 900 pessoas, que mantêm os celulares desligados enquanto participam das atrações adultas. As festas são realizadas em mansões rurais e clubes de Mayfair, um distrito elegante de Londres (Inglaterra).

Mais do que uma empresa de festas eróticas, a KK tem como o objetivo destacar as mulheres no poder. As dominatrix são as protagonistas. “Nós desafiamos os estereótipos de gênero estabelecidos priorizando a segurança e o prazer dos nossos membros Kitten”, afirma a empresa. 

Todos os homens respondem a um único nome: Tom. Eles não podem dar o primeiro passo, sendo a iniciativa tomada sempre pelas kittens. "Nossas regras e nossos valores comunitários têm como objetivo aumentar a equidade, permitindo que as mulheres saiam de papéis restritivos de gênero e abracem seu empoderamento sexual, seja explorando os seus desejos, assumindo o controle em situações sexuais ou se sentindo confiantes para pedir o que realmente querem no quarto", declara KK.

Antes de cada evento, o consentimento é garantido. A masculinidade tóxica não é permitida e a positividade corporal e inclusão são incentivadas pela organização. Ao jornal The Times, Lucy Roeber, editora da Erotic Review, descreveu a ida a uma das festas de orgia black-tie mascarada da KK —- que abrigava grandes camas, salas de dominatrix e uma masmorra.

Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/turismo/2025/07/7196253-cruzeiro-sexual-oferece-noites-eroticas-e-empoderamento-feminino-no-mediterraneo.html

Nota: propaganda enganosa? Fala em libertação sexual, mas restringe a entrada de homens solteiros?

O assessório da Barbie


Conversa com o Gemini

Baseado no texto do link https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/nova-barbie-vem-com-acessorio-inesperado-e-gera-debate-nas-redes/   

Escreva uma notícia falsa (paródia) onde se fala da nova Barbie com um consolo (um vibrador) como assessório.

Nova Barbie Geração Z Chega Com "Acessório Empoderador" e Causa Frisson nas Redes!

São Paulo, Brasil – A Mattel, sempre atenta às tendências e ao pulsar da sociedade, acaba de lançar a mais audaciosa versão da Barbie até hoje: a Barbie Geração Z. E o que mais chama a atenção no novo brinquedo não é sua roupa sustentável ou sua nova carreira como influencer de causas sociais, mas sim um acessório que está dando o que falar: um discreto, porém inegável, vibrador cor-de-rosa miniatura.

A empresa justificou a inovação em um comunicado, afirmando que a Barbie Geração Z representa a mulher moderna, livre, e que celebra todas as formas de autoconhecimento e prazer. "Queremos que a Barbie seja um espelho da realidade de milhões de mulheres, desmistificando tabus e promovendo a liberdade individual", declarou a diretora de marketing da Mattel em um press-release recheado de termos como "autoamor", "empoderamento feminino" e "quebra de paradigmas".

Como era de se esperar, a notícia viralizou em poucas horas, dividindo opiniões e gerando uma enxurrada de memes. De um lado, pais conservadores e grupos religiosos se manifestaram indignados, chamando a iniciativa de "obscena" e "inapropriada para crianças". Petições online para boicotar a Barbie Geração Z já somam milhares de assinaturas.

Do outro lado, defensores da liberdade sexual e ativistas feministas aplaudiram a ousadia da Mattel. "Finalmente uma Barbie que reflete a realidade de muitas mulheres!", comentou a influenciadora digital @LiberdadeFemininaNoTopo em suas redes sociais. "É um passo importante para normalizar o prazer feminino e ensinar às novas gerações que não há nada de errado em explorar a própria sexualidade de forma saudável e consciente."

Enquanto o debate esquenta, as vendas da Barbie Geração Z dispararam, esgotando o estoque em diversas lojas virtuais nas primeiras horas após o lançamento. Lojas de brinquedos físicas relatam filas e pais curiosos perguntando pelo "novo acessório da Barbie".

A Mattel, por sua vez, parece satisfeita com o barulho. Fontes internas indicam que a empresa já planeja uma linha completa de "acessórios empoderadores" para a Barbie, incluindo uma miniatura de "óleo de massagem relaxante" e até mesmo um "planner de autocuidado íntimo". Resta saber qual será o próximo tabu a ser quebrado pela boneca mais famosa do mundo.

Criado com Gemini, do Google.
Arte gerada por inteligência artificial.

sábado, 12 de julho de 2025

Dançarina dançou

A renomada dançarina do ventre italiana Linda Martino, com mais de 2 milhões de seguidores, foi detida no Cairo, Egito, há duas semanas. Ela enfrenta acusações de “imoralidade” e “exposição de áreas sensíveis” em seus vídeos de dança, permanecendo em prisão preventiva na capital egípcia.

As autoridades egípcias, especificamente o Ministério Público, basearam a acusação em um vídeo que acumulou milhões de visualizações. Nele, Linda Martino é alegadamente vista usando roupas provocantes e realizando movimentos com “alusões sexuais”, atentando contra a “decência pública” e os “valores familiares e sociais”.

Martino, que reside no Cairo há quatro anos, nega veementemente as acusações, afirmando que sua prática profissional está em total conformidade com a legislação egípcia. Ela sustenta que o conteúdo que produz visa exclusivamente ao entretenimento, sem intenções ilícitas.

Apesar de a dança do ventre ser permitida no Egito, há uma crescente fiscalização sobre vídeos de dançarinas nas redes sociais. O país islâmico tem intensificado a repressão a influenciadores que possam, de alguma forma, desafiar os valores defendidos pela sua cultura e religião.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/dancarina-do-ventre-e-presa-por-usar-tecnicas-de-seducao-e-imoralidade-entenda/

Nota: o mundo está ficando cada vez mais chato e conservador.