Muitos anos depois vieram os Assírios, os Persas, os Hititas, os Macedônios e os Romanos.
Caturo, aquele pagão português estranho, avesso aos fatos, comemora "o mais antigo documento escrito em lingua indo-européia", a saber, em hitita. Ora, se ele tivesse cuidado com suas fontes, teria lido os outros textos disponíveis além da "Proclamação do rei Anitta" [não, não tem nenhum vínculo com a cantora brasileira].
Ele teria visto a "Apologia de Hattusilis III", onde se lê, claramente, a devoção dos hititas à Ishtar, uma Deusa, digamos, Semítica. Ora, raciocínio lógico: se os hititas se vissem como "raça branca" ou "raça indo-européia", ou qualquer outro delírio racista [que tem suas origens na Era Moderna], certamente declararia sua adoração a uma Deusa mais apropriada à sua "raça".
Isso vale como reflexão. Os povos que nós chamamos de hititas, uma nomenclatura moderna, são imigrantes [como todos os povos indo-europeus, algo que o Caturo abomina e ele não se dá conta da contradição em seu discurso] e, apesar de terem seus Deuses e Deusas, como os Romanos e Gregos Antigos, adotaram os Deuses e Deusas dos locais onde estabeleceram suas colônias, quando não sincretizaram ou nomearam conforme os nomes que conheciam.
Eu devo ter dito aqui que Afrodite e Vênus são adaptações de Astarte, Ishtar e Inanna.
Eu, que sou brasileiro, descendente de italianos, espanhóis e portugueses, que tenho a ousadia de atribuir minha ancestralidade a Lusitanos, Íberos e Romanos, reconheço e dou espaço aos demais Deuses e Deusas, tanto dos aborígenes brasileiros, quanto os que são celebrados pelas religiões da Diáspora Africana, porque esses Deuses e Deusas tem seu povo e estão assentados em meu país, em minha terra, em meu solo. Todos nós pertencemos à mesma espécie: humana e somos filhos e filhas dos mesmos Deuses e Deusas.
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