terça-feira, 19 de maio de 2020

Além do aborto

Brasília, 5 dez (2010) (EFE).- A diretora de ONU Mulheres, Michelle Bachelet, afirmou que o debate sobre a saúde da mulher "vai além do aborto", que deve ser encarado segundo a "cultura" de cada país.
"Primeiro é preciso que haja políticas que outorguem direitos às mulheres" em relação a sua sexualidade, que devem estar dotadas de "elementos que vão desde a educação sexual até o planejamento familiar", disse a ex-presidente do Chile ao jornal "O Estado de São Paulo".
Em relação ao aborto declinou fixar uma posição universal, mas assinalou que "cada nação deve pensar o que as forças políticas e sociais determinam, para definir a que nível de profundeza pode chegar" em suas políticas.
"Cada país, a partir de suas culturas e tradições, deverá ver como conduzir esse tema", indicou.
Apontou, no entanto, que "na medida" em que o debate marca a questão do aborto, "isso significa que estamos chegando tarde".
Na opinião de Bachelet, "o aborto significa que não foi possível evitar uma gravidez não desejada, que não houve educação suficiente, que não foram usados os meios de prevenção conhecidos e que faltou o devido planejamento".
Segundo a diretora de ONU Mulheres, "com ou sem aborto, as taxas de mortalidade materna (no mundo) são altíssimas", o que classificou de "inaceitável".
Fonte: G1 (original perdido).
Nota da casa: Esta constatação da sra Bachelet combina e muito com as idéias de Riane Eisler [e as deste pagão] sobre a importância da conquista de direitos da mulher e a observação dos mesmos, especialmente quanto aos direitos de reprodução da mulher.
Texto resgatado com Wayback Machine.

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