segunda-feira, 13 de maio de 2019

Vigésima segunda revelação

Essa é a natureza humana: 
quando segue a razão, encontra-se na ciência; 
mas caso entrega-se às crenças, perde-se na pior das loucuras. 

Não há espetáculo mais degradante que um culto. 
O celebrante apela, 
estimula a comoção emocional, 
desfila belas promessas, 
que sempre serão apenas sonhos, 
da mesma forma que a esperança, 
jamais se cumprirá. 

Tal é o caráter dos crentes: 
acomoda-se e conforma-se, 
pois confiam na providência divina 
e não provém sua necessidade, 
nem providência a realização de seus desejos, 
visto que são incapazes, 
incompetentes, fracassados e retardados mentais. 

O único momento de vitória, 
onde eles encontram seu lugar e valor, 
bem como uma utilidade à sua vida, 
é no louvor a este Usurpador. 

Apenas neste momento, 
eles são os filhos de Deus, 
têm por herança o Reino. 
Eles se dão o direito de julgar, 
com igual facilidade com que se elogiam em seguir os preceitos, 
ditados por uma fantasia feita pelos seus ancestrais. 

Imbuídos por este privilégio, 
os crentes mostram-se arrogantes e presunçosos, 
por sua fidelidade às virtudes, 
aos mandamentos do Tirano e sua entrega à fé. 

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