quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Intimidação e controle

Conversa com o Gemini


https://www.diariodocentrodomundo.com.br/kim-kataguiri-quer-proibir-musicas-com-teor-sexual-em-escolas/



Eu estou revoltado e sem palavras.



Estamos voltando para a Idade Média.



Pode escrever um texto crítico e em tom de denúncia?


Resposta:


A sua indignação é plenamente justificada. A proposta de proibir músicas com "teor sexual" em escolas, como a noticiada em relação ao deputado Kim Kataguiri, é um sintoma alarmante de um movimento que tenta impor uma censura moralista e um retrocesso no ambiente educacional brasileiro. Não se trata de proteção, mas sim de controle ideológico.

O Perigo da Censura na Educação: Um Retrocesso à Liberdade e à Discussão

Estamos diante de uma investida que, sob a capa de "proteção" à infância e à juventude, busca, na verdade, restringir o acesso à cultura e à pluralidade de ideias. A música, em suas diversas expressões e gêneros (do funk ao pop, do rap à MPB), é um espelho da sociedade, refletindo complexidades, tensões e, sim, a sexualidade humana – um tema natural e parte da vivência.

Proibir é negar a realidade e o debate.

A Tentativa de Silenciamento

Tais propostas partem de uma premissa perigosa: a de que a escola deve ser um espaço asséptico e desconectado da vida real dos estudantes. Ao invés de usar as manifestações culturais, incluindo as que abordam a sexualidade, como ferramentas pedagógicas para promover a discussão, a educação sexual informada, o respeito, e a análise crítica de letras e conteúdos, opta-se pelo caminho mais fácil e autoritário: a proibição.

Este é um ataque direto à autonomia da escola e à liberdade de cátedra dos educadores. Quem define o que é "teor sexual" de forma aceitável ou inaceitável? Essa definição, invariavelmente, é arbitrária e serve para criminalizar expressões culturais que fogem ao padrão moral conservador de quem propõe a censura. O alvo real não é apenas a música, mas sim a diversidade, a sexualidade como tema livre de tabus, e a capacidade crítica dos jovens.

O Risco do "Teto de Vidro" Cultural

Ao banir certas músicas do ambiente escolar, cria-se um "teto de vidro" cultural: ignora-se o que os alunos ouvem e consomem diariamente fora da sala de aula. Essa negação gera um afastamento entre a escola e o universo do aluno, enfraquecendo o papel da educação como mediadora e intérprete do mundo.

Mais grave ainda, ao silenciar a discussão sobre a sexualidade – seja ela presente em letras de música ou em qualquer outro contexto – a escola abandona seu papel de fornecer informações seguras e de combater o machismo, a LGBTfobia, a violência e a exploração sexual, deixando os jovens vulneráveis a mitos e informações distorcidas.

Isso não é educação; é intimidação e controle. É uma tentativa clara de nos fazer regredir a um período onde o medo e o silêncio dominavam a esfera pública e privada. É essencial que a sociedade, a comunidade educacional e os defensores da liberdade denunciem e resistam veementemente a essas investidas que ameaçam os pilares democráticos da educação.

Criado com Gemini, do Google.

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