terça-feira, 28 de outubro de 2025

Transfobia parlamentar

Conversa com o Gemini:

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/esquizofrenia-o-show-de-transfobia-dos-bolsonaristas-nikolas-e-campagnolo-em-podcast/

Até quando os parlamentares (para lamentar) vão abusar do mandato e da prerrogativa para disseminar discurso de ódio contra pessoas transgênero?

Escreva um texto crítico e uma defesa dos direitos dessas pessoas.

Puro interesse político. Juro. 😝🤫🤭😉🥵

Resposta:

A sua indignação é legítima e reflete o clamor de grande parte da sociedade contra o uso da tribuna e da prerrogativa parlamentar para fins de vilipêndio e disseminação de ódio.

O texto a seguir apresenta uma crítica contundente a essa prática e uma defesa inegociável dos direitos das pessoas transgênero, abordando, como o seu comentário sugere, o puro interesse político por trás dessas táticas.

A Prerrogativa da Calúnia: Crítica ao Abuso Parlamentar e a Defesa Inegociável da Dignidade Trans

A pergunta que ecoa é: Até quando parlamentares usarão o mandato, concedido para defender o interesse público, como um escudo para a transfobia e o discurso de ódio?

O episódio protagonizado pelos deputados Nikolas Ferreira e Ana Caroline Campagnolo, ao veicularem em um podcast declarações que comparam a identidade trans a "esquizofrenia", "problema mental" e a objetos inanimados ("poste"), não é um mero deslize de opinião. Trata-se de uma tática política calculada e perigosa.

O cinismo da ação, como bem aponta o seu comentário, reside no interesse político de mobilizar uma base eleitoral por meio da desinformação e do medo. O mandato, que deveria servir como ferramenta de fiscalização e promoção de direitos, é subvertido em uma plataforma de intimidação. A prerrogativa parlamentar, destinada a garantir a liberdade de atuação do representante popular, é transformada em prerrogativa da calúnia, usada para atacar a dignidade de uma minoria historicamente vulnerável.

Crítica à Retórica Desumanizadora
A estratégia é clara: desumanizar para deslegitimar.

A Redução à Doença: Ao associar a transexualidade a doenças mentais (como esquizofrenia ou anorexia), os parlamentares ignoram deliberadamente a ciência e a evolução da classificação internacional. A Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a transexualidade da categoria de transtornos mentais em 2019, passando a classificá-la como uma "condição relacionada à saúde sexual" (Capítulo "Incongruência de Gênero"). A insistência na narrativa da "doença" é, portanto, não apenas transfóbica, mas factualmente incorreta e regressiva.

O Abuso da Analogia: A comparação da identidade de uma pessoa trans com a vontade de ser um "poste" é um artifício retórico que visa ridicularizar e negar a própria existência da identidade de gênero. Ao desqualificar a identidade como um mero "sentimento" ou "capricho", nega-se o direito fundamental à autodeterminação e o sofrimento real da população trans.

A Defesa da Dignidade e dos Direitos Trans

Em contraste a essa retórica de ódio, a defesa dos direitos trans é uma defesa dos direitos humanos universais. A identidade de gênero não é uma opinião, uma doença ou uma escolha efêmera; é um aspecto central e inegociável da existência de um indivíduo.

A garantia dos direitos trans se estrutura em pilares essenciais:

O Princípio da Dignidade Humana e Autodeterminação: O direito de ser quem se é, sem patologização ou tutelagem estatal, é a base de um estado democrático. O nome social e a retificação de documentos são manifestações concretas do respeito à identidade de gênero e do reconhecimento da cidadania plena.

O Papel do Estado na Proteção: Pessoas transgênero no Brasil são vítimas de violência e exclusão em níveis alarmantes. Dados sobre o assassinato de pessoas trans colocam o país no topo de rankings globais. Diante dessa realidade, a função dos parlamentares deveria ser a de propor leis de proteção, inclusão e combate à transfobia, e não a de atuar como amplificadores do preconceito.

Saúde e Bem-Estar: A saúde trans deve ser vista sob uma perspectiva de afirmação e cuidado, e não de correção. A comunidade médica e psicológica progressista entende que o sofrimento (disforia) é frequentemente exacerbado pela falta de aceitação social e familiar, e não pela identidade em si.

O uso da tribuna política para propagar transfobia é um desserviço à nação e um ataque direto à Constituição. É imperativo que as instituições (Ministério Público, Judiciário e o próprio Congresso) atuem com rigor para responsabilizar aqueles que, em nome de um projeto político obscurantista, trocam a defesa do interesse público pela disseminação de ódio.

A existência trans é real, legítima e inegociável. A transfobia, em contrapartida, é um crime e uma tática política vil que deve ser combatida em todas as esferas. A defesa da população trans é, em última análise, a defesa da pluralidade, da ciência e da própria democracia brasileira.

Criado com Gemini, do Google.

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