Conversa com o Gemini
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/apos-acao-de-bolsonaristas-justica-censura-exposicao-no-ccbb-bh-para-menores/
A ignorância e o obscurantismo venceram.
Escreva um texto crítico.
Resposta:
A Arte sob o Julgo da Ignorância: O Retrocesso da Censura no CCBB-BH
A notícia da censura à exposição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Belo Horizonte, imposta por uma decisão judicial após a ação de grupos bolsonaristas, é um sintoma alarmante e doloroso do avanço do obscurantismo em nossa sociedade. O clamor por "moralidade" e a invocação de uma suposta proteção a menores não passam de pretextos covardes para o cerceamento da liberdade de expressão e a tentativa de reescrever a história da arte sob a lente estreita e conservadora de uma ideologia.
O ataque à mostra "Fullgás", que retrata a efervescência artística e cultural dos anos 1980, um período crucial de redemocratização e de enfrentamento a temas como a ditadura militar e a emergência da epidemia de HIV, é particularmente irônico. Tenta-se censurar uma exposição que, entre outras coisas, denunciava a própria censura. Quarenta anos após o fim do regime militar, vemos a sombra do autoritarismo rastejar de volta, agora travestida de "defesa da família".
A arte, por sua natureza, questiona, provoca, incomoda e, sim, expõe realidades que alguns preferem ignorar. Quando obras que abordam a nudez em contexto artístico, a diversidade sexual ou as mazelas sociais são tratadas como pornografia ou ameaça, fica evidente que o medo não é da arte em si, mas da reflexão e do debate que ela é capaz de gerar. A ignorância, aqui, não se limita à falta de conhecimento sobre história da arte ou classificações etárias legais (que, segundo o próprio CCBB, a exposição respeitava com classificação "Livre"); ela é, sobretudo, a recusa deliberada em aceitar a pluralidade do mundo e a complexidade da condição humana.
É chocante que um aparelho judicial seja mobilizado e instrumentalizado para atender a uma pauta ideológica que visa calar e isolar a produção cultural. A arte é um espelho da sociedade, e ao tentar quebrar o espelho, esses grupos demonstram sua aversão à própria imagem que a arte reflete: uma sociedade que precisa discutir sexualidade, história, política e diversidade sem tabus.
O que se perde com essa censura é imensurável. Não apenas o acesso dos jovens, que são perfeitamente capazes de ter mediação educativa sobre o conteúdo da exposição, mas a própria integridade do espaço cultural como um ambiente de livre pensamento. Vence, temporariamente, a força bruta da intimidação ideológica, mas a história está do lado da arte. A cada tela velada, a cada obra interdita, a cultura reage com ainda mais ímpeto. O obscurantismo pode ter vencido uma batalha, mas a guerra pela liberdade e pela luz do conhecimento está longe de terminar. É um chamado para que a sociedade e as instituições se levantem contra este perigoso e inaceitável retrocesso.
Criado com Gemini, do Google.
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