terça-feira, 27 de setembro de 2011

Vigilia Ecumênica em Defesa das Religiões

Hoje no meu serviço eu encontrei um convite para tal vigília ecumênica. O texto do convite é a base da presente análise, crítica e reflexão.
"No dia 27/09/11 a partir das 0h de terça-feira acontecerá a vigília em defesa das religiões".
Uma boa iniciativa, mas do que ou de quem a religião dever ser defendida? Quem são os defensores da religião? A religião precisa ser defendida?
"Como o Brasil é exemplo para o mundo de um país de liberdade religiosa, onde vivemos em harmonia social, independente de raça, cor ou religião, esta vigília tem como objetivo fortacelecer estes valores".
Para o mundo, o Brasil é exemplo de incompetência, imperícia, imprudência, omissão, negligência.
No Brasil não há liberdade religiosa, basta lembrarmos da constante repressão que a Igreja exerce nesse país e os constantes ataques por parte dos evangélicos contra as religiões da Diáspora Africana.
No Brasil não há harmonia social, basta lembrarmos da violência entre torcidas de times, os grupos neonazistas, a violência física e sexual contra crianças e mulheres, a homofobia.
"Observamos que alguns dos veículos de comunicação tentam desestabilizar essa harmonia usando a fé como arme. Isso gra racismo, intrigas, preconceitos e conflitos".
Os veículos de comunicação tem a obrigação de noticiar, informar, orientar e divertir o púbico em geral. Quem tem usada a fé como arma que tem desestabilizado essa concórdia hipócrita da sociedade são os grupos religiosos fundamentalistas.
"O objetivo desse movimento é exigir da justiça a condenação de qualquer veículo de comunicação bem como de qualquer pessoa que venha a praticar a intolerância religiosa".
Em outras palavras: CENSURA! A religião não pode estar isenta de críticas nem estar acima da lei.
Os veículos de comunicação tem o dever de alertar e avisar ao público sobre crimes praticados por ou em razão da crença.
Os veículos de comunicação tem o dever de denunciar e desmascarar os vigaristas, os impostores, os fraudadores, os falsificadores que se escondem dentro de grupos religiosos.
Os veículos de comunicação tem o dever de expor pessoas e grupos que usem de sua posição ou cargo religioso para cometer abuso sexual, intolerância, preconceito, discriminação, calúnia, injúria e difamação.
"A paz inter-religiosa no Brasil é motivo de orgulho para todos os brasileiros".
Não existe tal paz inter-religiosa. Não custa lembrar dos constantes discursos e ações de ódio e violência por parte de grupos fundamentalistas cristãos contra outras religiões.
Conclusão: o "direito" à liberdade religiosa não pode nem deve ser desculpa, justificativa ou motivo para cometer crimes.

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