sábado, 4 de julho de 2009

Escravidão espiritual

Recentemente eu comentei a notícia sobre o conflito entre a França e a burca em "Roupa, sociedade e religião". Em outros blogs que visito (Maçãs Podres, Mater Mundi, Sexismo e Misoginia e Alta Sacerdotisa) há comentários sobre como é ser uma mulher no Islamismo e concordar com sua doutrina patriarcal opressiva.
Em texto da internet, encontrei um depoimento de uma mulher muçulmana:
Para o Ocidente o fato da mulher usar o véu é sempre associado à submissão e ignorância. Já para a mulher muçulmana o véu é entendido como algo que a dignifica, dá valor, que impõe respeito.
Está no Alcorão que toda mulher muçulmana deveria se cobrir com seus véus porque é mais conveniente para que não sejam molestadas. Isso tem uma finalidade. O significado do véu é esconder das vistas do homem tudo aquilo que desperta o desejo. Toda a sensualidade, toda a beleza, a mulher esconde isso dos homens e restringe isso ao seu marido e ao ambiente familiar.
O objetivo é não despertar o desejo de outros homens.
Ou seja, mesmo o "compreensivo" Islão coloca toda a culpa da lascívia e da luxúria na mulher, o homem é uma pobre vítima que deve ser protegida da tentação. Falar que a roupa (que tem um motivo religioso vago) dá à mulher o respeito e a dignidade que ela merece é o mesmo que dizer que a corrente e a algema dá ao escravo o respeito e a dignidade que ele merece.
Pode parecer incrivel que uma mulher concorde com essse dogma imposto pelos lideres religiosos muçulmanos (todos homens) baseado em uma interpretação subjetiva do Alcorão, mas no ocidente a coisa não está muito melhor, haja visto o apoio de mulheres cristãs aos dogmas impostos pelos líderes religiosos católicos ou protestantes em assuntos referentes a relacionamento, sexo, planejamento familiar, etc. A pornografia é apenas o outro lado da mesma moeda, o lado de nossa sociedade sexualmente doente que é explorado comercialmente sem qualquer escrúpulo, o que contribui para incentivar/aumentar a violência física ou sexual.
O que se pode dizer é que - em termos gerais - todas as religiões monoteístas tem sério problemas em relação ao corpo, à nudez, ao desejo, ao prazer, ao sexo. E as soluções vão sempre na direção da repressão, da frustração, da proibição, da demonização, da culpa. Colocando sempre a mulher como a responsável, a criminosa, a insidiosa, que tenta desviar o incauto crente de sua "senda reta" com o Deus dessas religiões patriarcais e falocratas.
Quando a humanidade começou a se despertar/desvincular dessas escravidões espirituais acontecia também a Revolução Cultural da década de 60 (século XX) bem como apareciam as alternativas espirituais como o [Neo]Paganismo que, felizmente, tem crescido e expandindo, incentivando o questionamento e a contestação necessária para que a humanidade supere as tiranias espirituais, incentivando à humanidade para que se cure dessas feridas causadas pela renúncia e negação da natureza humana.

Um comentário:

Nana Odara disse...

SIM... as mulheres contribuem qdo aceitam... mas tbm não vamos tbm misturar as coisas... há mta gente q vai p paganismo por moda, como foram p yoga e terapias alternativas... o q precisa é haver uma maior consciência, abertura de mente, isso gera a mudança e a escolha de novos rumos... mas fundamental nessa conscientização é perceber q ninguém evolui sozinho, e assim temos de dar as mãos e ajudar p q todos mudem... eles somos nós...
;p
ninguem disse q era fácil...