Segundo o primeiro volume da obra, “Hegemonia: 1965-1984”, o fundador da emissora, Roberto Marinho, tinha uma relação de “subserviência imposta” com o regime. Rodrigues cita, por exemplo, o programa apresentado pelo coronel Edgardo Erickson, que diariamente lia textos de apoio entusiasmado à ditadura ao vivo na emissora.
O militar andava armado nos estúdios e ocupava o “cargo-fantasia de diretor do Departamento de Relações Públicas”, segundo o livro, produzindo o conteúdo sem o crivo de ninguém da Globo e intimidando funcionárias do canal. Ele e o coronel Paiva Chaves, oficial do Exército que se tornou um executivo importante da Globo, “foram contratados com a função de fazer a ponte entre a emissora e o regime”.
Os coronéis ainda fiscalizavam o que jornalistas escreviam, segundo ex-funcionários. O diretor de jornalismo Armando Nogueira chegou a pedir a Marinho para afastar Erickson, mas o dono da emissora temia perder a concessão da emissora.
Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/livro-expoe-a-relacao-da-globo-com-a-ditadura-militar/
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