Conversa com o Gemini
Https://www.diariodocentrodomundo.com.br/michelle-admite-que-pode-ser-candidata-em-2026-se-for-da-vontade-de-deus/
Não foi suficiente o mandato do Inominável?
Deuses...nos livrem dessa provação.
Escreva um texto crítico.
Eu sou um pagão moderno.
Resposta:
A reportagem que menciona Michelle Bolsonaro admitindo a possibilidade de ser candidata em 2026, condicionando isso à "vontade de Deus," levanta uma série de preocupações críticas sobre a política, a religião e o futuro democrático do Brasil.
A Mistura Perigosa entre Fé e Política
O uso da "vontade de Deus" como critério para uma candidatura política não é apenas um clichê, mas uma estratégia que borra as fronteiras entre o Estado laico e as convicções religiosas pessoais. Em um país constitucionalmente laico, a invocação da divindade para justificar ambições políticas sugere uma tentativa de sacralizar o poder, subtraindo a decisão do domínio estritamente humano, racional e democrático, e colocando-a em um plano imune ao debate e à crítica.
Essa retórica é perigosa porque transforma a escolha eleitoral — que deveria ser um exercício de avaliação de propostas, competências e histórico — em um ato de fé ou submissão a um desígnio superior. Para um eleitorado já polarizado, essa abordagem reforça a ideia de que a política é uma batalha entre o "bem" (divinamente apoiado) e o "mal" (o adversário), minando a essência do debate plural e republicano.
O Retorno da Sombra do "Inominável"
A preocupação expressa na sua observação sobre o mandato anterior, o do "Inominável," é um ponto central da crítica. A possível candidatura de Michelle Bolsonaro é vista, por muitos, como a projeção da mesma ideologia e estilo de governança que marcaram o período anterior: o uso estratégico de pautas morais e religiosas para mobilizar a base, a desvalorização das instituições democráticas, o negacionismo científico e a hostilidade à diversidade.
Uma candidatura que representa a continuidade dessa linha política sugere que os problemas e as cicatrizes deixadas pela administração anterior não foram suficientes para afastar essa sombra do cenário. O medo não é apenas de um indivíduo, mas do projeto de poder que ele representa — um projeto que parece ter como pilares a divisão social, o ataque à cultura e a instrumentalização da religião.
O Desafio Pagão à "Vontade de Deus"
O seu auto-identificação como pagão moderno oferece um contraponto instigante a essa narrativa. O paganismo, em suas diversas formas históricas e modernas, frequentemente celebra o secular, o terreno e o plural, valorizando a sabedoria humana, a natureza e a multiplicidade de visões.
A crítica pagã a esse discurso teocrático é clara: a esfera política deve ser regida pela ética cívica e pela razão humana, não por revelações divinas. A decisão sobre quem governa deve ser o resultado de um processo humano de deliberação, responsabilidade e prestação de contas — um contrato social entre cidadãos, e não uma imposição celestial.
A provação que você teme é, portanto, a ameaça de um retrocesso: a substituição da política como arte do possível e do negociável pela política como cruzada moral e intransigente. A tarefa crítica que se impõe é defender a autonomia do cidadão e a laicidade do Estado contra qualquer tentativa de sequestrar a democracia sob a bandeira de uma "vontade" que não pode ser votada, questionada ou revogada nas urnas.
Continuação:
Acha que é pedir demais por uma presidente mulher e bruxa?
Resposta:
Essa é uma pergunta provocadora e, para a realidade política brasileira atual, sim, parece ser pedir demais.
O Brasil ainda está lutando contra a herança de um machismo estrutural profundo, e a política é um dos seus bastiões mais resistentes. A presença feminina na Presidência, por si só, já é rara — tivemos apenas uma mulher eleita, e seu mandato terminou sob um impeachment altamente polarizado.
Agora, vamos à segunda parte do seu desejo: "e bruxa."
A "Bruxa" na Política: Um Desafio à Moral Cristã
No contexto político conservador dominante, a figura da bruxa ou da pagã moderna é o oposto polar da candidata idealizada por parte do eleitorado.
A Moral Dominante: Grande parte da política brasileira, especialmente a de direita, utiliza a religião cristã (evangélica e católica) como pilar de sua plataforma moral e eleitoral. Essa base eleitoral busca líderes que projetem valores de "família tradicional," "moral e bons costumes" e, frequentemente, veem religiões de matriz africana, neopaganismos e esoterismos como "ameaças" ou, no pior dos casos, como manifestações de "mal."
O Contraponto Ideológico: Uma candidata que abertamente se identificasse como bruxa ou pagã desafiaria essa hegemonia de forma frontal. Ela representaria a laicidade radical, a diversidade religiosa e a autonomia da mulher em relação aos dogmas patriarcais.
O Risco Eleitoral: Enquanto uma candidata feminista, ecologista ou progressista já enfrenta resistência, uma "bruxa" seria imediatamente alvo de uma campanha de desinformação e demonização que iria muito além da crítica política, focando na guerra cultural e espiritual. Isso mobilizaria a base conservadora em uma intensidade que tornaria a eleição quase impossível no atual cenário.
Em essência, pedir uma presidente mulher já é um desafio no Brasil. Pedir uma presidente mulher e bruxa é pedir uma revolução cultural e religiosa simultânea à política — algo que exigiria uma mudança profunda e generalizada na mentalidade e nos valores do eleitorado antes de se tornar uma possibilidade real.
É um desejo válido e representa a defesa da pluralidade e da liberdade, mas a realidade eleitoral mostra que a sociedade ainda está muito longe de eleger a sua deusa ou sacerdotisa para o Palácio do Planalto.
Continuação:
Mas eu posso sonhar. Ver uma alta sacerdotisa wiccana subindo a rampa do Palácio da Alvorada.
Consegue escrever essa cena?
Resposta:
Claro! É um sonho poderoso, e a literatura é o lugar perfeito para explorá-lo. Deixe-me tentar evocar essa imagem para você.
O Rito da Alvorada
A manhã despontava sobre Brasília de uma forma diferente. Não havia o cinza habitual da burocracia, nem o sol ofuscante que cegava a vista. Em vez disso, uma névoa suave e prateada dançava sobre os jardins do Palácio da Alvorada, como se a própria aurora houvesse tecido um véu místico.
No topo da rampa, onde gerações de presidentes haviam subido com discursos prontos e ternos austeros, uma figura se destacava, quebrando séculos de protocolos não ditos. Ela não usava os tons sóbrios da política, mas sim um vestido fluído em tons de verde-musgo e roxo-ametista, bordado com símbolos antigos que pareciam absorver e refletir a luz da manhã: espirais, a triquetra, a lua crescente e estrelas cintilantes. Seus cabelos, longos e prateados como os fios da névoa, estavam adornados com uma coroa de folhas de carvalho e pequenas flores silvestres, e em suas mãos, ela não trazia uma pasta ou um discurso, mas sim um cálice de cerâmica rústica, exalando um suave aroma de ervas e mel.
Ela era Elara, a Alta Sacerdotisa Wiccana, e agora, a Presidente da República.
A multidão abaixo não era a usual mistura de políticos e diplomatas engravatados. Eram pessoas de todas as idades, muitas vestindo trajes coloridos, com flores nos cabelos e amuletos visíveis. Havia bruxas e bruxos, pagãos de diversas tradições, ativistas ambientais, artistas, intelectuais e simplesmente curiosos que sentiam uma energia nova vibrando no ar. O canto de pássaros, antes abafado pela agitação urbana, parecia mais alto, mais claro, como se saúdassem a nova era.
Elara ergueu o cálice para o céu, e um raio de sol, rompendo a névoa, incidiu diretamente sobre ele, fazendo-o brilhar. Sua voz, quando ela começou a falar, não era a de uma oradora política, mas a de alguém que contava uma história ancestral, um murmúrio poderoso que parecia se espalhar não apenas pelos alto-falantes, mas pela própria terra.
"Hoje," ela começou, os olhos fixos no horizonte, "não ascendemos apenas uma rampa de concreto. Ascendemos a uma nova promessa. A promessa de que a Sabedoria Antiga pode coexistir com o Futuro, que a Terra e seus filhos serão honrados, e que a Diversidade é a verdadeira força de nossa nação."
Ela fez uma pausa, e o silêncio que se seguiu não foi de expectativa, mas de reverência. Então, continuou: "Que este cálice, que guarda a água da vida e o mel da inspiração, simbolize a nutrição que devemos dar uns aos outros e ao nosso planeta. Que a chama que arde em nossos corações seja a luz da justiça e da compaixão. Que cada um de vocês se sinta parte desta teia sagrada que nos une."
Ela não falou de partidos ou ideologias, mas de ciclos da natureza, de equilíbrio, de respeito pela vida em todas as suas formas. Mencionou o cuidado com as florestas, a pureza das águas, a proteção das comunidades marginalizadas e a celebração da criatividade humana. Falou de magia, não como truque, mas como a capacidade inata de transformar o mundo com intenção e amor.
Ao finalizar, Elara baixou o cálice e, com um gesto solene, verteu um pouco de seu conteúdo sobre o chão da rampa, um ato simbólico de oferenda à Terra-Mãe, antes mesmo de entrar nos salões do poder.
Ao atravessar as portas do palácio, ela não deixou para trás apenas a multidão, mas também a sombra de um passado. Um novo ciclo havia começado, e a magia, que por tanto tempo fora relegada aos sussurros e ao oculto, agora entrava, abertamente e em toda a sua glória, no coração da política brasileira.
A névoa se dissipou, e o sol de Brasília brilhou, mais forte e claro do que nunca, sobre uma nova era.
Espero que esta cena tenha lhe transportado para o seu sonho!
Criado com Gemini, do Google.
Imagem criada com Gemini, do Google.