quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Apostolado profano II

Que tal isso para coçar suas barbas e fundir suas cucas: verbo é tudo que vem do verbal, mas também pode ser venial, até mesmo genial de minha parte, pois assim é que sou:
(aversão) Sou aversivo a todo clássico em todos os gêneros, como também em número e grau.
(conversão) Sou conversivo, não conversível a converter esses clássicos, a melhorar mesmo, sobre uma perspectiva mais sagaz.
(Inversão) Não é simples assim. É colocar a coisa toda dentro dessa sagacidade, não apenas inverter os significados.
(Perversão) Estamos acertados, bem me dizem se me chamam de pervertido, pois verter é o meu forte, antes mesmo de haver uma versão, é o que é a perversão!
(Reversão) Exatamente assim, sou o reverso de suas medalhas lapidares, pretendo mesmo ser mortalíssimo. Mato-me todos os dias e o que mais se pode dizer quando se trabalha?
(Subversão) Versão das profundezas, versos abissais, é a região que meu monstro verbal habita e eu nado e vocês nada de entender.
(Diversão) Ficamos combinados assim. Não sou subversivo, pois não há sistema ou Estado em literatura. Não sou reversivo, pois não vou reverter meus tempos aos seus, pretérito imperfeito. Não sou pervertido, pois não faço mais do que a inocência do original mereça. Divergência é tudo o que peço. E é isso que pretendo ser: divertido!

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