terça-feira, 31 de maio de 2022
Diferentes Deuses, diferentes caminhos
segunda-feira, 30 de maio de 2022
A história do culto de Ísis
domingo, 29 de maio de 2022
O processo contra Galileu
sábado, 28 de maio de 2022
Dois filósofos silenciados
sexta-feira, 27 de maio de 2022
Juliano, o Apóstata
quinta-feira, 26 de maio de 2022
O motor da narrativa
Quase três milhões
quarta-feira, 25 de maio de 2022
O sonho do bardo
Nós precisamos amar, não armar
Mais uma vez, nos EUA, dito e considerado país de primeiro mundo, pessoas inocentes são alvejadas por um insano.
Bidê, digo, Biden, até fez uma declaração sobre a importância de se enfrentar o lobby das armas. Na terra do Tio Sam existe uma forte influência política do NRA, uma associação de pessoas que defendem ardorosamente o direito constitucional de andar armado. Essa mesma associação tem vínculos com grupos de posição política conservadora, extrema-direita e fundamentalista cristão.
Os mesmos grupos que fomentam a supremacia branca, o racismo e a xenofobia que deu motivos para Payton Gendron matar pessoas inocentes unicamente por serem negras. Fato que Caturo, o português pagão esquisito, não apenas ignora como tenta justificar, endossando a teoria da grande substituição, uma das muitas teorias de conspiração que atormentam a fantasia do homem branco ocidental cristão.
Enquanto até os EUA quer repensar a posse e porte de armas, algo que está incruado na cultura americana, aqui na República dos Bananas, tem gente defendendo a adoção desse costume americano.
Quando eu estive no LinkedIn eu havia feito uma previsão do que aconteceria e as notícias tem demonstrado que eu acertei.
Relembrando, eu predisse:
a) Que haveria aumento dos "acidentes domésticos" envolvendo armas.
b) Que haveria aumento no caso de feminicídios.
c) Que voltaria a acontecer brigas de trânsito sendo resolvidas na bala.
d) Que rixas de torcidas se tornariam palco de tiroteio desenfreado em ambos os lados.
Não faltam notícias que demonstram que mesmo oficiais da Polícia Militar, que possuem treinamento e avaliação psicológica, acabam fazendo mau uso do armamento cedido pela corporação.
Conhecendo a cultura e o maldito "jeitinho brasileiro", adotar o American Way de posse e porte de armas aqui apenas causaria um morticínio sem sentido pior do que acontece entre os americanos.
Quem defende isso só está pensando no quanto vai ganhar com isso. E são pessoas que tem o mesmo posicionamento político conservador, de direita e fundamentalista cristão. Coincidências não existem.
Essa promoção é deliberada no atual governo com um único propósito - armar a milícia e os apoiadores do presidente fascista genocida com o intuito de atravancar as eleições e ganhar (literalmente) no tiro. Bolsonaro quer fazer aqui no Brasil o que Trump quase fez nos EUA.
Trump quase causou uma crise institucional nos EUA, dito e considerado país de primeiro mundo, quando seus apoiadores invadiram (armados) o Capitólio. Aqui, nessa República de Bananas o resultado seria catastrófico e letal para inúmeros brasileiros.
Será que Putinho, digo, Putin, não estaria interessado em desnazificar o Brasil?
terça-feira, 24 de maio de 2022
O zelador dos dragões
Finalmente, bom senso
segunda-feira, 23 de maio de 2022
Pilum Murialis
domingo, 22 de maio de 2022
Sleigh Beggy
Discurso de um espectro
sábado, 21 de maio de 2022
O vício da interpretação literal
Pastor criminoso
Na última quinta-feira (19), durante o intervalo de um evento oficial da prefeitura de Itaboraí (RJ), onde cantavam alguns cantores gospel, o pastor Felippe Valadão, da Igreja Lagoinha, fez comentários atacando religiões de matriz africana.
O pastor discursou: “De ontem para hoje, tinha quatro despachos aqui na frente do palco. Avisa aí para esses endemoniados de Itaboraí: o tempo da bagunça espiritual acabou, meu filho. A igreja está na rua! A igreja está de pé!”. Logo após o comentário, Valadão foi aplaudido pelo público presente.
“Pode matar galinha, pode fazer farofa, pode fazer o que quiser. Ainda digo mais: se prepara para ver muito centro de umbanda sendo fechado pela cidade”, completou o representante da Igreja Lagoinha.
O deputado estadual Carlos Minc (PSB), que preside a Comissão de Combate às Discriminações da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), disse que acompanha a situação e que registrou o caso na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
“Felippe demonizou expressamente e conclamou a violência para fechar os centros e terreiros de candomblé e de umbanda. Convoco a todos para manifestação neste domingo, às 11 horas, na prefeitura de Itaboraí” falou Minc.
A manifestação do pastor é alvo de críticas e será investigada pela polícia.
Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/pastor-ataca-religiao-de-matriz-africana-em-evento/
Nota: geralmente os cristãos reclamam que são perseguidos, pedem tolerância e exigem o seu direito de liberdade de expressão e crença. Só esquecem que respeito e tolerância é algo que se recebe quando se dá e que os direitos são para tod@s, direitos não são algo privativo de um determinado grupo.
sexta-feira, 20 de maio de 2022
Quando Ibraim fechou a loja
O Paraíso, para o ateu, é esta ilusão de ser mais racional, inteligente, lógico do que outras pessoas, simplesmente pelo fato de se dizer ateu.
[Apologia ao Frei Onfray]
Ninguém entendeu muito quando Ibraim abriu sua loja na Vila Olimpo. Quando uma alma chega nessas paragens, sabe-se quase tudo dela. Então é realmente muito engraçado quando uma alma como a do Ibraim chega por aqui. Pois em sua encarnação humana, ele se vangloriava de dizer que era ateu. Sim, isso é hilário, aconteceu o mesmo com Albert Einstein que tem algo em comum com Ibraim: sua descendência e herança Judaica.
A minha entrevista com Tanya descreve mais ou menos a interessante contradição. Na época em que o Orkut existia e eu participava da saudosa Evangelize-me Se For Capaz, o que mais me divertia era perceber que essa autopromoção que os ateus fazem é o mito inerente ao ateísmo. Eu até inventei uma alcunha para o Daniel Sotto Maior, o sobrenome dele parecia marca de arroz.
No Patheos eu conheci o Bob Seidensticker que também é criticado e satirizado em meus textos. Ele agora desfila no Onlysky, um blog coletivo feito e mantido por humanistas, secularistas e ateus, muitos dos quais migrados do Patheos, mas que cometem os mesmos deslizes embaraçosos.
Bob, por exemplo, comparou as orações com o botão de fechar a porta que tem nos elevadores. Eu comentei: “Você mesmo disse que esse botão não funciona porque estava desabilitado, portanto, funciona. Portanto, com uma lógica simples e comum, você quase concorda que as orações são como uma espécie de tecnologia. Que fracasso!”
Neil Carter compara o Cristianismo com o Bitcoin e (como todo ateu faz) comete o “pecado” da generalização (ou da hipérbole), pois embarca todas as religiões na mesma analogia. Eu comentei: “Você não tem o conhecimento do que é dinheiro e como funciona o mundo financeiro.”
Phil Zuckerman tentou orar para Pan para que Ele o ajudasse a chegar em casa. Se Phil tivesse o mínimo de cuidado em se informar, teria visto que “enviou suas orações” para o destinatário errado. Pan lida com “outros assuntos”, viagem é mais o ramo de Hermes e Mercúrio.
Ele diz: “Através desses jogos mentais instantâneos, experimentei um profundo entendimento sobre como a religião funciona.”
Mais adiante: “Quaisquer eventos – mesmo os exatos dois eventos opostos – podem ser interpretados da mesma maneira e para a mesma conclusão divina. Se Deus responde a sua oração – voilà! – prova de Deus. Se Deus não responde a sua oração, certamente há um plano mais profundo em jogo, e assim —voilà! — ainda prova de Deus.”
Eu comentei: “Quando você pensa que se Deus não responde suas orações é uma prova de que Deus não existe, é o mesmo jogo mental.”
Mas nem tudo é um desfile de embaraçosa estupidez. Tem textos interessantes. Como o texto de Hemant Mehta sobre 26 perguntas aos cristãos que cantam música de adoração no avião. Eu conheço bem essa realidade, mas em outros transportes: eu vejo isso em ônibus e metrô. Provavelmente isso acontece em barcos (navios) também. Recentemente eu fui testemunha de um evento assim e eu pude ver (extasiado) a reação adversa das pessoas diante desse “spam” público.
Eu vou reproduzir (traduzido) algumas perguntas que são realmente pertinentes:
— Você entende que algumas pessoas preferem o silêncio no avião para tirar uma soneca, ou trabalhar, ou simplesmente fugir dos cristãos irritantes que existem em todas as outras esferas de suas vidas?
— Você percebe que essa música não é divertida mesmo fora do avião?
— Qual seria sua reação se não-cristãos tentassem algo assim? [medalha de ouro]
— Você pediu permissão a todos ou apenas assumiu que todos queriam ouvi-lo porque você vive em uma bolha?
— Você entende agora por que as pessoas dizem que a “perseguição” cristã é um mito?
— Por que nenhum dos outros cristãos no avião não fez nada sobre isso?
— Por que você acha que sequestrar um avião para Jesus é bom, mas uma bandeira de arco-íris em uma sala de aula é muito agressiva ?
— Que tipo de desconto a companhia aérea oferecerá aos passageiros em um voo futuro? Porque é melhor eles estarem recebendo alguma coisa.
As perguntas 5 e 6 fazem muito sentido, afinal, a página Gospel Prime adora distorcer fatos para mostrar como a Igreja é perseguida, mas não mostra as circunstâncias em volta da “notícia”. Basta ver (e ler) as notícias (e pregações) em torno das pessoas LGBT [ou das religiões da Diáspora Africana, ou das religiões não-abraãmicas], do pânico moral gerado em torno da “Ideologia de Gênero” e da “Agenda Gay” ou mesmo do absurdo da “Terapia Gay” para entender o que eu estou falando. Grupos de cristãos, padres e pastores estão cometendo crimes e os cristãos nada fazem a respeito dessa intolerância, desrespeito e ignorância. Então eu meio que entendo o ateu, mas isso não é desculpa para esses momentos embaraçosos de estupidez. O que me faz voltar ao Ibraim. Ele abriu uma loja de livros de filosofia e ciência. No primeiro dia, a loja recebeu a visita dos pensadores e cientistas ali citados. Foi vergonhosamente ridicularizado. Fechou a loja no dia seguinte. Tal como em Salvador, não existe ateu por aqui.