sábado, 7 de fevereiro de 2015

O divino no humano

Dizemos em nossos rituais: “Pois eu sou a chama que queima no coração de todo homem e no cerne de toda estrela”.

Carl Sagan, famoso cientista, afirmou na série Cosmos que nós somos poeira de estrelas.

Em antigas culturas o sinal cuneiforme usado para simbolizar "Deus" era o mesmo de "estrela".

Caetano Veloso cantou: “Gente é pra brilhar, não pra morrer de fome”.

Aleister Crowley proferiu a Lei: “Todo homem e toda mulher é uma estrela”.

Quando alguém nasce, diz-se que a mãe “deu à luz”. Quando alguém morre, diz-se que “apagou” a chama.

Quando um ator ou uma atriz alcança sucesso, se torna celebridade, diz-se que “nasceu uma estrela”.

Diversas crenças, religiões e espiritualidades se referem à alma como a “fagulha divina”. Muitas práticas usam de velas para representar as almas e os espíritos, seja da natureza, seja do desencarnado. A ligação entre fogo, alma e o divino estão presentes em diversas religiões antigas.

Diversos poetas e filósofos descreveram o quanto o humano está próximo do divino e mesmo assim não vemos nem tratamos o próximo com o respeito devido. Desmerecemos nossa essência humana e nosso potencial divino enquanto mantemos um sistema e uma sociedade que segrega as pessoas conforme sua origem, estudo, função, cultura, etnia. Apesar de estarmos no século XXI ainda há muito preconceito, intolerância e discriminação por conta da identidade, opção e orientação sexual de uma pessoa. Ao invés de praticarmos o Amor, a lei e característica em comum de todas as religiões, o que vemos é um elogio ao ódio, à violência e à agressividade. Falar em preservar o ambiente é inócuo se mantemos um deserto em nossos corações.

Crentes e descrentes, gente de ideais de esquerda ou de direita, da classe alta ou do povo, de diversas origens e etnias. Todos nós somos humanos. A base da riqueza é a natureza, a produção é sempre coletiva, deveria ter mais justiça social. Isso está além de socialismo e capitalismo, isto é humanismo.

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