Ou como deixar mais confuso o cidadão dentro de um sistema eleitoral.
Amanhã o brasileiro irá escolher seus representantes para a Camera Municipal e Prefeitura de sua cidade.
Aqui em São Paulo eu vejo uma amostra do que deve acontecer pelo Brasil a fora.
Os mesmos candidatos de outrora, o mesmo horário eleitoral gratuito que não informa nem esclarece.
As mesmas campanhas, baixarias e promessas espalhafatosas.
A sensação é de que estamos escolhendo o melhor dentre prestigitadores e malabaristas.
E o assunto do momento é o suposto envolvimento de um candidato à Prefeitura com uma igreja neopentecostal. Não é muito pior do que bispos cometendo crime eleitoral nas eleiçoes anteriores.
O que marcou esse pleito eleitoral foram os cavaletes. Onde foi parar a Lei da Cidade Limpa eu não sei. Alguns artistas até fizeram uma intervenção urbana, criando o Cavalete Parade.
Esta eleição ficou marcado também pela incompreensível aliança entre partidos antagonistas. Mas há tempos que no Brazil os partidos políticos deixaram os princípios políticos de lado. Esquerda? Direita? Centro? Liberal? No Brazil, tanto faz. o único interesse de nossa classe política é chegar no poder. E fazer o que todos fazem. Como eu ouvi dois senhores de idade dizer: aqui no Brasil não se pode ser honesto. Algo que digo com frequência: nossa classe política é um reflexo da nossa sociedade. E o brasileiro que disser que nunca tentou ser malandro na vida é paraguaio.
Enquanto a nossa festa eleitoral vai sendo manchada por usos e abusos feitas por grupos e instituições, eis que tem os mesmos perdedores e inexpressivos que tentam chocar o brasileiro com discursos, acusações ou ações inócuas.
Pelo vai e vem das pesquisas de boca de urna, teremos segundo turno e aqueles que outrora eram adversários vão buscar coalizões e conluios. É a forma tupiniquim de fazer política.
Serão mais quatro anos para os futuros prefeitos e vereadores. Seja quem ganhar, o perdedor continua a ser o cidadão.
Boa festa eleitoral, brasileiro.
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