- Pra que, por quem, eu me esforço tanto? O mundo está ficando cada vez pior, as pessoas estão cada vez mais agressivas, violentas. Por que, para que eu quero ser melhor? Do que me adianta tornar-me um ser humano melhor se eu vou ficar sozinho?
Sim, Joãozinho, um caminho espiritual, quando é sincero, honesto e dedicado, vai te levar a pisar as pedras que estão no fundo do rio. Quem busca uma religião como escape ou fuga da realidade, do sofrimento, está fazendo algo péssimo para si mesmo e para a espiritualidade/religiosidade escolhida.
As recompensas e respostas nos vêm, mas como adoramos esta postura de vítima, nem sempre percebemos o quanto recebemos. Uma dica, Joãozinho: se o mundo exige muito de ti, exija muito de teu próximo. Querem que seja melhor? Exija que o mundo seja melhor e faça para que isto aconteça.
Ontem eu fui à Bienal do Livro e, ao contrário da que teve em 2010, eu tirei melhor proveito. Simpesmente não criando expectativas. Simplesmente indo com a mente e o coração neutros. E tive boas surpresas.
Ontem também eu vi pela internet o filme "Valente" da Pixar e chamou-me a atenção que nessa animação se fala em destino, nossa vontade em querer alterá-lo [ah, o livre-arbítrio!] e os curiosos agentes que conduziram Merida [a personagem principal/heroína] ao seu Destino.
Em inglês, chamam-nos de will of the wisp; em português, fogo fátuo:
A will-o'-the-wisp or ignis fatuus is a ghostly light seen by travellers at night, especially over bogs, swamps or marshes. It resembles a flickering lamp and is said to recede if approached, drawing travellers from the safe paths.
Folk belief attributes the phenomenon to fairies or elemental spirits.
Fogo-fátuo (ignis fatuus em latim), também chamado de Fogo tolo ou, no interior do Brasil, Fogo corredor ou João-galafoice, é uma luz azulada que pode ser avistada em pântanos, brejos etc. [wikipedia]
No filme, estas criaturas tem uma forma parecida com a de uma água viva, em tom azulado e aparecem para Merida para indicar a ela um caminho para que cumpra-se o Destino. Em uma cena, o guerreiro amaldiçoado, preso no corpo de um urso, ao ser liberado, primeiro assume sua forma humana para então tornar-se mais um fogo-fátuo. O que me faz recordar que em antigas lendas, o "povo das fadas" tem sua origem no espírito dos mortos. Eis uma boa dica aos que gostam e esperam ver filmes com referências à Arte.
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