sábado, 17 de julho de 2010

A batalha de Grunwald

Centenas de lituanos e poloneses vestidos com armaduras completas de cavaleiros medievais participaram neste sábado em Grunwald, na Polônia, de uma encenação de guerra em comemoração ao 600º aniversário da Batalha de Grunwald. Segundo previsão dos organizadores, 2 mil homens estiveram no evento.
A sangrenta batalha de Grunwald, realizada em 1410, marcou a vitória da união entre lituanos e poloneses contra os invasores cavaleiros teutônicos que buscavam expandir a influência católica nessa região do leste europeu e extinguir cultos pagãos na Lituânia. Na época, 50 mil soldados lutaram no confronto.
O confronto é considerado a maior vitória militar na história de Polônia e Lituânia e uma das mais importantes batalhas da Idade Média.
Fonte: Noticias Terra
As Cruzadas do Norte ou Cruzadas do Báltico foram cruzadas empreendidas pelos reis católicos da Dinamarca e Suécia, pelas Ordens militares alemãs dos Livonianos e dos Teutônicos, e por seus aliados contra os povos pagãos da Europa Setentrional localizados próximos das costas sul e leste do Mar Báltico.
O ponto de partida oficial para as Cruzadas do Norte foi a convocação feita pelo Papa Celestino III em 1193; porém os reinos cristãos da Escandinávia e o Sacro Império Romano-Germânico já haviam, anteriormente a isto, iniciado um movimento para subjugar seus vizinhos pagãos. Os povos não-cristãos que foram alvos das campanhas em várias épocas são:
  1. Os Vendos e Ruguianos eslavos, de Rügen, Pomerânia e Mecklemburgo (em 1147 pelos dinamarqueses, e mais tarde também pelos saxões e poloneses),
  2. Os povos da (atual) Finlândia em 1154 (Finlândia Própria; questionável), 1249? (Tavástia) e em 1293 (Carélia) (pelos suecos, embora a cristianização de Novgorod tenha se iniciado mais cedo),
  3. Os Estonianos, Latgálios e os Livonianos (pelos alemães e dinamarqueses, 1193–1227),
  4. Os Lituanos (pelos alemães, sem sucesso, no início do século XIV-1316),
  5. Os Curonianos e os Semigálios,
  6. Os Antigos Prussianos,
  7. Os Vendos polábios e os Obotritas (entre os rios Elba e Oder).
O conflito armado entre os Bálticos e os Eslavos, que espalhou-se pela costa do Mar Báltico envolvendo seus vizinhos saxões e dinamarqueses do norte e do sul, foi um acontecimento comum por vários séculos antes mesmo das cruzadas. As batalhas aconteciam em grande parte motivadas pelas tentativas de destruição de castelos, controle das rotas de comércio marítimas e obtenção de vantagens econômicas na região, e as cruzadas basicamente continuaram esse padrão de conflito, embora agora inspiradas e prescritas pelo Papa e empreendidas pelos cavaleiros papais e monges armados. As primeiras campanhas aconteceram paralelamente à Segunda Cruzada à Terra Santa no meio da década de 1100 e continuou irregularmente até o século XVI.
No século XII, os povos que habitavam as terras atualmente conhecidas por Estônia, Letônia e Lituânia formavam um enclave pagão entre os emergentes e poderosos Estados cristãos – ortodoxos à Leste e católicos romanos à Oeste. A diferença de credos era uma razão deles ainda não terem sido convertidos. Durante um período de mais de 150 anos, que termina com a chegada dos cruzados alemães à região, a Estônia foi atacada treze vezes pelos principados russos e também por dinamarqueses e suecos. Os Estonianos, por sua vez, fizeram incursões na Dinamarca e na Suécia. Existiram tentativas pacíficas, pelos cristãos ocidentais, para a conversão dos Estonianos, iniciadas com missões enviadas por Adalberto, Arcebispo de Bremen em 1045-1072. Contudo, esses esforços de paz parecem terem tido muito pouco sucesso.
Seguindo na esteira dos mercadores alemães, que navegavam agora pelas antigas rotas de comércio dos Vikings, um monge chamado Meinhard desembarcou na foz do rio Daugava, na atual Letônia, em 1180 e foi feito bispo em 1186. O Papa ordenou uma cruzada contra os pagãos Bálticos em 1193 e uma expedição de cruzados comandados pelo sucessor de Meinhard, o bispo Bertoldo, desembarcou na Livônia (parte da atual Letônia, cercando o Golfo de Riga) em 1198. Embora os cruzados vencessem sua primeira batalha, o bispo Bertoldo foi ferido mortalmente e os cruzados foram repelidos.
Em 1199, Alberto de Buxhoeveden foi designado pelo Arcebispo de Bremen para cristianizar os países bálticos. Quando Alberto morreu, 30 anos mais tarde, a conquista e a formal cristianização da atual Estônia e norte da Letônia estavam completas. Alberto iniciou sua tarefa empreendendo uma viagem pelo Império, pregando uma cruzada contra os países bálticos e foi nisto amparado por uma Bula Pontifícia, que declarou que a luta contra os pagãos bálticos teria a mesma importância de uma participação em uma cruzada à Terra Santa.
A última região da Estônia a resistir contra as invasões foi a ilha de Saaremaa, cujas frotas de guerra atacaram a Dinamarca e a Suécia durante os anos de lutas contra os cruzados alemães. Um forte exército de 20.000 homens sob o comando do legado papal, Guilherme de Modena, atravessou o mar congelado enquanto a frota de Saaremaa estava obstruída pelo gelo, em janeiro de 1227. Após a derrota dos estonianos, os cruzados atacaram os Curonianos e os Semigálios, as tribos da Letônia que viviam ao sul e oeste do rio Daugava.
Fonte: wikipedia
Nota da casa: E ainda tem gente que se ofende quando eu simplesmente sonho com o mundo voltando para as mãos dos seus Deuses originais. Por que não vai falar em "respeito" e "tolerância" com um cavaleiro teutônico?

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