Nas histórias e lendas folclóricas tradicionais de todo o mundo, as encruzilhadas são frequentemente descritas como lugares onde a fronteira entre os mundos físico e espiritual é mais tênue. Isso significava que as encruzilhadas eram pontos onde alguém poderia interagir com entidades sobrenaturais ou experimentar fenômenos paranormais. Mas, ainda mais profundamente, simbolicamente, as encruzilhadas representavam locais onde dois reinos diferentes se cruzavam, e é por isso que as encruzilhadas emergiram na mitologia como símbolos poderosos do estado liminar, um lugar nem totalmente aqui nem ali.
A liminaridade, ou o estado intermediário, também pode ocorrer em momentos específicos, por exemplo, ao nascer do sol, quando a noite encontra o dia. No mundo celta, o festival Samhain (Halloween) celebrava a noite em que acontecia a transição do verão para o inverno e da luz do dia para a escuridão, era considerada uma das épocas mais liminares do ano, um limiar, quando a fronteira entre os mundos está no seu ponto mais fino. As encruzilhadas eram consideradas como pontos de decisão, onde se escolhia entre continuar no mesmo caminho de vida ou seguir uma nova direção ousada.
Fonte (citado parcialmente): https://www.ancient-origins.net/premium-preview/crossroads-0017944
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