terça-feira, 30 de novembro de 2021
O que é Chuluaqui Quodoushka?
Os Deuses escolhem suas árvores
segunda-feira, 29 de novembro de 2021
O festival japonês da fertilidade
O deus de Sócrates
domingo, 28 de novembro de 2021
Esoterismo Seven Eleven
“A questão surge
frequentemente: "O que torna alguém falso ou um farsante?" O conceito
de "pink-wiccano" é similar ao "twinkie" [bolo recheado
conhecido no Brasil como "Ana Maria"-NT] tal como é usado nas
comunidades indígenas americanas: uma pessoa que brinca com práticas
espirituais ou leva a sério suas práticas mas segue mais a estereótipos do que
a informação real”.
Trecho do meu texto Classe 101
de wiccanice de 25 de abriul de 2009. Na época, eu tive que utilizar o Oráculo
Virtual [Google] para encontrar alguma referência para a palavra “twinkie”,
para encontrar uma tradução adequada, mas mantive o original e inseri uma nota
explicativa.
“A Mystic Fair é o Polishop da
espiritualidade alternativa. Um espaço onde se encontram diversos produtos e
serviços. Todo está acessível, consumível, descartável. Um espaço marcado pelo
esoterismo de conveniência. Esqueça qualquer sentido de espiritualidade, o que
vale é o Deus Mercado. E Viva o esoterismo prêt-à-porter”.
Trecho do meu texto Um herege
na Bruxaria Gourmet de 16 de dezembro de 2015. Os textos são semelhantes ao se
falar em espiritualidade de conveniência, onde eu cunhei o conceito de
Esoterismo Seven Eeleven.
“Eu acho uma reação exagerada e
apaixonada. Afinal, entre nós não faltam grupos e pessoas que se assenhoram dos
Nomes para seu merchandising. E não faltam brigas entre nós sobre direitos autorais.
Eu desisti de defender os princípios e valores da Wicca Tradicional porque o
Esoterismo Seven-Eleven é uma empresa maior e mais poderosa do que a Disney”.
Trecho do meu texto Quando Loki
encontra Loki de 9 de julho de 2021. Outra palavra que eu cunhei foi Wilka S/A,
que também é conhecido por “neo-wicca”, “pop-wicca” ou “wicca americanizada”, que
eu utilizei em diversos textos analisando como o esoterismo [bem como o
Paganismo e a Wica] se tornou mais um produto de conveniência.
Lendo outros tópicos no
Patheos, na coluna Nonreligious, na seção Rool to Disbelief, da Captain Cassidy,
eu encontrei o termo “zinger” como um tipo de comportamento frequentemente
visto entre cristãos [padres, pastores ou pessoas comuns] apologéticos. Ela
cita o “Dr” Nerdlove e a síndrome de “oneitis”.
Traduzindo a definição do Nerdlove:
“Oneitis é uma doença comum
entre nerds, especialmente nerds que são relativamente inexperientes com
relacionamentos. Ao contrário de muitas aflições semelhantes, a oneitis pode
ser encontrada igualmente entre homens e mulheres, entre homossexuais e
heterossexuais. E para desespero de todos ao redor da vítima, os casos de oneitis
podem durar anos.
Oneitis, para ser franco, é uma
paixão que saiu do controle e se transformou em algo que é uma obsessão
limítrofe. Quem sofre de oneitis fica obcecado por uma pessoa e acredita que
ninguém mais no mundo poderia se comparar a quão perfeitos eles são”.
[https://www.doctornerdlove.com/oneitis/all/1/]
Traduzido com o Google Tradutor. O interessante é que o Google Tradutor sugeriu
“oníte” para traduzir “oneitis”.
Enfim, o que temos é uma
obsessão amorosa por uma pessoa [ou por uma ideia, ou por um objeto] no qual
aquele [ou aquela], em seu delírio amoroso, acha incompreensível não ser
correspondido, ou, no caso dos cristãos apologéticos, não aceitam que a pessoa
[ou ideia/objeto] amada não tem o mesmo apreço das demais pessoas, então ele
[ou ela] se dispõe a empreender essa missão [afinal, cristãos tem o dever de espalhar
a Boa Nova, o que constitui o cerne do proselitismo] de convencer [converter]
todas as pessoas para sua paixão obsessiva.
Conhecendo o comportamento dos
cristãos como eu conheço e observo, sobretudo os expressos por padres e
pastores [com menção honrosa aos televangelizadores], eu concordo com a Captain
Cassidy sobre a síndrome do oneísmo [eu vou utilizar esse termo por conta e
risco meu] nos cristãos.
O caro e eventual leitor
inteligente vai perguntar: qual a relação entre o esoterismo de conveniência e
bolos industrializados?
Eu encontrei uma reflexão
interessante, na coluna Latter Day Saint, na seção Benjamin the Scribe, do Ben Spackman:
“O que são twinkies teológicos?
Coisas leves e fofas que parecem comida, mas não nutrem realmente”.
Eu encontrei mais essa
reflexão, na coluna Latter Day Saint, na seção Faith Promoting Rumor, do TT
[?]:
“O twinkie espiritual foi
amplamente criticado como um item inútil de nutrição espiritual, trazendo
apenas uma satisfação temporária, as falhando em construir uma dieta sólida”.
Isso nos remete ao conteúdo de
um produto industrializado e o modo de produção capitalista. Atualmente, o
mercado nos oferece “opções” de alimentos “orgânicos” não porque estão
preocupados com nossa saúde e alimentação, mas porque o mercado, a produção e a
economia tem que acompanhar as tendências e preferências do consumidor.
Como eu estudei propaganda e
marketing, eu tenho alguma noção de como se concebe um produto. O produto tem
que ser possível de ser produzido em larga escala e inevitavelmente muitos
materiais são sintéticos ou artificiais. Só recentemente as empresas de
alimentos tiveram a preocupação em diminuir a quantidade de sal, açúcar e
outros ingredientes químicos nas fórmulas de seus produtos. Mas o produto
continua sendo padronizado e tende a ser kitsch, ou seja, o produto passa por
alterações para que pareça com algo que não é.
O mesmo, aplicado para a
cultura esotérica e mística, pode ser visto no comércio esotérico, onde se pode
encontrar qualquer tipo de produto, conforme a conveniência do cliente, sem
qualquer consideração à essência daquilo que se pretende oferecer, sem qualquer
consideração à cultura/povo/religião de onde o objeto se originou. Com isso,
fica claro o porquê eu cunhei o conceito de esoterismo de conveniência e
inventei essa empresa chamada Esoterismo Seven Eleven.
O genocídio na França
sábado, 27 de novembro de 2021
Feito nas coxas
A posteridade da Serpente
sexta-feira, 26 de novembro de 2021
Dia de aula
A Deusa Serpente
quinta-feira, 25 de novembro de 2021
Os Deuses Gregos eram negros
quarta-feira, 24 de novembro de 2021
O decote de Hator
Pra fora e acima da manada
Dona das divinas tetas
Derrama o leite bom na minha cara”.
Vaca Profana – Caetano Veloso.
Eu assisti a impagável interpretação da Gal Costa para a
música do Caetano Veloso. Eu lembro quando eu era jovem de ter lido os livros
da série Vaca Voadora, da Ely Lima. Em uma cantiga de roda se fala da vaca que saltou
para a lua.
Na iconografia bíblica eu cito o Bezerro de Ouro. No Corão
tem a sura Al-Baqara. Em inúmeras mitologias e religiões antigas o touro [e a
vaca] são aspectos do divino.
O Egito Antigo [e sua versão moderna, o Kemet] tem a Deusa
Hator, uma das protagonistas do Livro da Vaca Celestial, no qual se conta a
destruição da humanidade.
Esse texto foi encontrado nas tumbas dos faraós e pode ser
considerado uma espécie de guia para aqueles que passam pelo véu da existência.
O Livro da Vaca Celestial é habitualmente dividido em duas
partes.
A primeira parte, conhecida como "mito de destruição da
humanidade", narra como os seres humanos se revoltaram contra o deus Rá,
que governa sobre a Terra, mas que se tornara um idoso (portanto alguém débil),
e começam a conspirar contra este. Ré decide convocar as divindades primevas,
Chu [e os Deuses Heh], Geb, Nun e Hator, a fim
de solicitar conselhos. Nun recomenda Ré a castigar a humanidade enviando o seu
olho na forma da deusa Hator. Hator começa a aplicar o castigo; quando assume a
forma feroz de [Sekmet] entrega-se à matar de
forma indiscriminada a humanidade. Horrorizado com as dimensões que o castigo
está a tomar, Ré entende que tem que afastar a deusa da sua matança, recorrendo
a um estratagema: dá a beber à deusa uma cerveja na qual foi adicionado um
colorante vermelho (cor do sangue) que a embriaga e que acaba por se esquecer
do castigo.
A segunda parte ("mito da vaca celestial") relata a
ascensão de Ré ao céu às costas da sua filha, a deusa Nut [que se transformou
em vaca]. Cansado de governar e desiludido com a maldade dos seres humanos, Ré
nomeia Toth como seu representante na terra. Até então o céu e a terra não estavam
separados, sendo o tempo eterno e a humanidade e os deuses viviam junto. O deus
Chu, os oito deuses Heh e o faraó seguram a Nut na forma de vaca que agora se
encontra separada de Geb (a terra). Foi desta forma que se criou o dia e a
noite.
[https://pt.wikipedia.org/wiki/Livro_da_Vaca_Celestial]
[Com algumas correções]
O mito conta como se formou a Via Láctea:
Ascensão de Re e palácio entre as estrelas.
Este deus então disse a Nut:
"Eu me coloquei em suas costas para ser erguido."
"O que é isso?", Perguntou Nut.
E assim {ela} veio estar lá em ambos os céus.
A Majestade deste deus disse:
"Fique longe deles! Levante-me! Olhe para mim !"
E então ela se tornou o céu.
Então a Majestade {deste} deus era visível dentro dela. Ela
disse :
"Se ao menos Você me proporcionasse uma multidão!"
{E assim a Via Láctea} surgiu.
[http://www.sofiatopia.org/maat/heavenly_cow.htm]
A Vaca Celestial é Nut, não Hator, embora ambas sejam Deusas
Celestes. Outros atributos de Hator é que esta Deusa é associada à beleza, à
fertilidade à música, à dança e à sexualidade. Hator além de ser aquela que vai
agir como justiceira dos Deuses, ela também é responsável pela condução das
almas dos mortos. Por extensão ela era protetora dos viajantes e estava ligada
ao destino e à adivinhação.
Eu, que moro em um país tropical, considerado muito sensual
pelos estrangeiros, mas que curiosamente é extremamente conservador no tocante à
sexualidade, tenho os panteões da Grécia e Roma antigas para a minha
inspiração.
Mas em meu trabalho na cafeteria Pantheon eu não pude deixar
de notar aquela cliente de busto tamanho GG. Não parecia ser uma moradora
local, então eu presumi que fosse alguma Deusa fazendo turismo pela Vila dos Deuses.
Eu tenho que usar um dialeto vulgar e comum para tentar me comunicar.
- Boa tarde, senhorita. Qual o seu pedido?
- Você é o espectro que carrega o Antigo?
- Eu não posso afirmar nem negar.
[escaneando] – Eu vou correr o risco. Eu vou pedir pelo “serviço
especial”.
- Pois não, senhorita. Como prefere? Aqui no salão, nessa
mesa, ou no beco da rua de trás?
[provocando] – Aqui mesmo, se acha que consegue aguentar ser
massageado entre meus seios.
Para resumir, eu ordenhei Hator e ela recebeu meu creme.
Na próxima semana a cafeteria terá que dar desconto no latte
café.