Meus caros diletos e eventuais leitores devem ter passado por essa situação, onde "Testemunhas do Ambiente", Greenpeace e congêneres, abordam o público com o propósito de assinalar o futuro apocalíptico que nos aguarda se não preservarmos a natureza. Enfoque equivocado, a natureza não precisa de resguardo, mas a humanidade, a natureza continuará a existir depois que nós mesmos nos extinguirmos.
Mas este texto não é sobre profetas, vaticínios, Apocalipse, mas sobre nossa visão e conceituação do que vem a ser "natureza". Meus caros diletos e eventuais leitores vão convir comigo que, a primeira idéia que vem à cabeça, ao se falar em "natureza", é uma floresta intocada pela mão humana.
No Paganismo, o ser humano é parte da natureza, a falta de consideração ou cuidado com a natureza somente vai prejudicar o maior interessado: nossa espécie.
Cuidar da natureza não é somente "cuidar da Amazônia", um lugar longe de São Paulo e que poucos paulistanos podem ou vão viajar para conhecer. Cuidar da natureza começa com o cuidado com nosso corpo, com uma dieta alimentar equilibrada, exercícios, lazer, leitura e também relações erótico-afetivas. Cuidar da natureza incui nossa cidade, um habitat articficial, mas não obstante, o ambiente que existe e foi construído com materiais que vieram da natureza, ou seja, preservar parques e praças públicas deveria ser uma preocupação tão importante quanto preservar a Mata Atlântica. Exigir de nossos governantes pela despoluição dos rios e lagos. Exigir formas mais eficientes de coleta e reciclagem de lixo. Exigir politicas publicas que propiciem a melhoria da qualidade do ar na cidade.
Isso apenas para ficar nos aspectos mais locais do que devemos perceber como sendo "natureza". Natureza não se limita às coisas naturais deste mundo [se me permitem a redundância], mas também aquilo que está fora deste mundo, como o sol, a lua, as estrelas. Natureza são também os sentimentos, os pensamentos, as emoções. Cuidar dessa natureza faz parte do oficio sagrado de todo pagão.
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