quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Carta para o Luiz

Caro Luiz, todos os anos, nesta época, comemoramos o Natal.
Algum dia você vai encontrar alguém que vai te dizer que Papai Noel não existe.
Luiz, Papai Noel existe.
De qual Papai Noel se fala? Papai Noel tem uma história e são muitos.
Tudo começou com São Nicolau, bispo de Mira, III século.
Ele distribuia comida e roupa aos pobres, especialmente crianças.
O chatonildo pode dizer triunfante: "Ah, mas ele morreu". Morreu, mas seu espírito e ideais deixaram herdeiros.
Aos poucos, o exemplo foi se espalhando, atravessando fronteiras, rios, mares.
Chegando na Europa, misturou-se ao folclore local e São Nicolau foi mesclado com o mito do Rei Carvalho e do Rei Azevinho, por isso que no Natal se usam coroas de folha de carvalho com enfeites de azevinho.
Foi quando chegou nos EUA que São Nicolau se transformou no Papai Noel. Os EUA são especialistas em transformar tudo em negócio.
Assim, o espírito e o ideal de São Nicolau ganharam outra roupagem e intenção. Papai Noel tornou-se um garoto propaganda do comércio e todo o ano nós vemos as pessoas alucinadas em busca de presentes, esqueçendo-se totalmente do verdadeiro sentido do Natal.
O chatonildo reclama exatamente porque o Natal virou algo fútil e superficial, ou então não ganhou algum presente quando tinha a sua idade.
O chatonildo diz que Papai Noel não existe, então ele não deveria poder comemorar o Natal, reunir-se com a família, fazer a ceia de natal, nem ganhar presentes de quem o ama, certo? Errado. Natal é isso. Deixar as diferenças de lado, perdoar, pedir perdão, amar, consolar, renovar as esperanças.
Assim, Luiz, tenha um bom Natal, um bom Solsticio de Verão [como o seu tio comemora], uma feliz Hanuka [como os Judeus comemoram].
São os votos do seu tio Beto.

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