Uma entidade ou espírito que está presente em muitas culturas é o medianeiro. No mundo greco-romano, temos o daemon; na cultura japonesa o oni; na cultura árabe temos o djinn e na cultura africana temos Exu. Tal espirito ou entidade está presente também na cultura aborígene brasileira.
Nhanderuvuçú é considerado o deus supremo na mitologia tupi-guarani.
Nhanderuvuçú não tem uma forma antropomórfica, é a energia que existe, sempre existiu e existirá para sempre, portanto Nhanderuvuçú existe mesmo antes de existir o Universo.
No princípio ele destruiu tudo que existia e depois criou a alma que, na língua tupi-guarani, se diz “Anhang” ou “añã” à alma; "gwea" significa velho(a); portanto anhangüera "añã'gwea" significa alma antiga.
Nhanderuvuçú criou as duas almas e, das duas almas surgiu "anhandeci" a matéria.
Depois ele disse para haver lagos, neblina, cerração e rios. Para proteger tudo isso, ele criou Iara.
Depois de Iara, Nhanderuvuçú criou Tupã que é quem controla o clima, o tempo e o vento, Tupã manifesta-se com os raios, trovões, relâmpagos, ventos e tempestades, é Tupã quem empurra as nuvens pelo céu.
Nhanderuvuçú criou também Caaporã o protetor das matas e protetor dos animais que vivem nas florestas, nos campos, nos rios, nos oceanos, enfim o protetor de todos os seres vivos.
Tupã (que na língua tupi significa trovão) é uma entidade da mitologia tupi-guarani.
Os indígenas rezam a Nhanderuvuçu e seu mensageiro Tupã. Tupã não era exatamente um deus, mas sim uma manifestação de um deus na forma do som do trovão. É importante destacar esta confusão feita pelos jesuítas. Nhanderuete, "o liberador da palavra original", segundo a tradição mbyá, que é um dialeto da língua guarani, do tronco lingüístico tupi, seria algo mais próximo do que os catequizadores imaginavam.
O conceito "Tupã" existia: não como divindade, mas como conotativo para o som do trovão (Tu-pá, Tu-pã ou Tu-pana, golpe/baque estrondante), portanto, não passava de um efeito, cuja causa o índio desconhecia e, por isso mesmo, temia. A despeito da singela idéia religiosa que os caracterizava, tinha noção de Ente Supremo, cuja voz se fazia ouvir nas tempestades – Tupã-cinunga, ou "o trovão", cujo reflexo luminoso era Tupãberaba, ou relâmpago. Os índios acreditavam ser o deus da criação, o deus da luz. Sua morada seria o sol.
Para os indígenas, antes dos jesuítas os catequizarem, Tupã representava um ato divino, era o sopro, a vida, e o homem a flauta em pé, que ganha a vida com o fluxo que por ele passa. [Wikipédia]
O espirito ou entidade medianeira tem uma proximidade e intimidade com os humanos, serve não apenas como mensageiro, intermediário entre o mundo humano e o divino, mas também protege o humano de espiritos e entidades malfazejas.
Para um nativo, o maior inimigo dos vivos são os mortos. É contra aqueles que não têm corpo, e que, portanto, não são diferentes de nós, que devemos lutar. Entidades abdutoras, os mortos costumam atacar os que se veem a sós, na floresta, longe de seus companheiros.
Se um espírito invejoso [na forma de mãe, pai, animal ou planta] te dirigir a palavra, advertem os sábios, não responda. Grite que é gente e o fantasma desaparecerá. Caso contrário, você reconhecerá nele a condição de sujeito, perderá a sua e estará condenado à captura e à morte. [Fernanda Torres]
Na cultura judaico-cristã este papel é conferido a Cristo, tal como suas diversas contrapartes em diversas culturas e povos, um Filho de um Deus Supremo, com a incumbência de servir de intermediário, mensageiro, medianeiro, entre o humano e o divino.
De certa forma o papel de medianeiro não é exclusivo de um espirito ou entidade, o título que estes espíritos e entidade portam pode muito bem ser e pertencer a um ser humano, o próprio ser humano pode atuar como seu Cristo, Exu, oni, djinn, daemon. Através de nossas ações e pensamentos, nós construímos este mundo e a realidade. Pelas consequências de nossos pensamentos e ações, podemos fazer do mundo ou um Inferno ou um Paraíso.
Tal como estes espíritos e entidades, o ser humano não pode escolher se quer cumprir com seu papel, nossa existência é a de sermos mensageiros, de servir aos Deuses. Negar a existência do divino é negar nossa humanidade. Deixamos de ser Tupã para sermos um boneco de barro vazio a ser preenchido com coisas supérfluas e efêmeras.
Aquilo que buscamos em diversas religiões, a salvação, não será encontrada em sistema algum. Pois aquilo que não pode ser encontrado dentro não será encontrado fora. Ao invés desse niilismo de Nietsche, aceitemos e abracemos nossa essência divina e sejamos Tupã.
Nhanderuvuçú é considerado o deus supremo na mitologia tupi-guarani.
Nhanderuvuçú não tem uma forma antropomórfica, é a energia que existe, sempre existiu e existirá para sempre, portanto Nhanderuvuçú existe mesmo antes de existir o Universo.
No princípio ele destruiu tudo que existia e depois criou a alma que, na língua tupi-guarani, se diz “Anhang” ou “añã” à alma; "gwea" significa velho(a); portanto anhangüera "añã'gwea" significa alma antiga.
Nhanderuvuçú criou as duas almas e, das duas almas surgiu "anhandeci" a matéria.
Depois ele disse para haver lagos, neblina, cerração e rios. Para proteger tudo isso, ele criou Iara.
Depois de Iara, Nhanderuvuçú criou Tupã que é quem controla o clima, o tempo e o vento, Tupã manifesta-se com os raios, trovões, relâmpagos, ventos e tempestades, é Tupã quem empurra as nuvens pelo céu.
Nhanderuvuçú criou também Caaporã o protetor das matas e protetor dos animais que vivem nas florestas, nos campos, nos rios, nos oceanos, enfim o protetor de todos os seres vivos.
Tupã (que na língua tupi significa trovão) é uma entidade da mitologia tupi-guarani.
Os indígenas rezam a Nhanderuvuçu e seu mensageiro Tupã. Tupã não era exatamente um deus, mas sim uma manifestação de um deus na forma do som do trovão. É importante destacar esta confusão feita pelos jesuítas. Nhanderuete, "o liberador da palavra original", segundo a tradição mbyá, que é um dialeto da língua guarani, do tronco lingüístico tupi, seria algo mais próximo do que os catequizadores imaginavam.
O conceito "Tupã" existia: não como divindade, mas como conotativo para o som do trovão (Tu-pá, Tu-pã ou Tu-pana, golpe/baque estrondante), portanto, não passava de um efeito, cuja causa o índio desconhecia e, por isso mesmo, temia. A despeito da singela idéia religiosa que os caracterizava, tinha noção de Ente Supremo, cuja voz se fazia ouvir nas tempestades – Tupã-cinunga, ou "o trovão", cujo reflexo luminoso era Tupãberaba, ou relâmpago. Os índios acreditavam ser o deus da criação, o deus da luz. Sua morada seria o sol.
Para os indígenas, antes dos jesuítas os catequizarem, Tupã representava um ato divino, era o sopro, a vida, e o homem a flauta em pé, que ganha a vida com o fluxo que por ele passa. [Wikipédia]
O espirito ou entidade medianeira tem uma proximidade e intimidade com os humanos, serve não apenas como mensageiro, intermediário entre o mundo humano e o divino, mas também protege o humano de espiritos e entidades malfazejas.
Para um nativo, o maior inimigo dos vivos são os mortos. É contra aqueles que não têm corpo, e que, portanto, não são diferentes de nós, que devemos lutar. Entidades abdutoras, os mortos costumam atacar os que se veem a sós, na floresta, longe de seus companheiros.
Se um espírito invejoso [na forma de mãe, pai, animal ou planta] te dirigir a palavra, advertem os sábios, não responda. Grite que é gente e o fantasma desaparecerá. Caso contrário, você reconhecerá nele a condição de sujeito, perderá a sua e estará condenado à captura e à morte. [Fernanda Torres]
Na cultura judaico-cristã este papel é conferido a Cristo, tal como suas diversas contrapartes em diversas culturas e povos, um Filho de um Deus Supremo, com a incumbência de servir de intermediário, mensageiro, medianeiro, entre o humano e o divino.
De certa forma o papel de medianeiro não é exclusivo de um espirito ou entidade, o título que estes espíritos e entidade portam pode muito bem ser e pertencer a um ser humano, o próprio ser humano pode atuar como seu Cristo, Exu, oni, djinn, daemon. Através de nossas ações e pensamentos, nós construímos este mundo e a realidade. Pelas consequências de nossos pensamentos e ações, podemos fazer do mundo ou um Inferno ou um Paraíso.
Tal como estes espíritos e entidades, o ser humano não pode escolher se quer cumprir com seu papel, nossa existência é a de sermos mensageiros, de servir aos Deuses. Negar a existência do divino é negar nossa humanidade. Deixamos de ser Tupã para sermos um boneco de barro vazio a ser preenchido com coisas supérfluas e efêmeras.
Aquilo que buscamos em diversas religiões, a salvação, não será encontrada em sistema algum. Pois aquilo que não pode ser encontrado dentro não será encontrado fora. Ao invés desse niilismo de Nietsche, aceitemos e abracemos nossa essência divina e sejamos Tupã.