A imagem mais enigmática dos mistérios iniciáticos, Baphomet, condensa em si símbolos cuja interpretação suscita as mais diversas e disparatadas teorias. Dependendo da intenção do escritor, Baphomet receberá a roupagem que interessa para a análise ou para a crença esposada por seu observador.
Como o intuito deste blog é o Neopaganismo, a Bruxaria e a Wica, eu não citarei as inúmeras explicações esotéricas, geralmente mais ligadas à alquimia e ao hermetismo.
Dentro dessa visão, Baphomet é o símbolo do Andrógino, o Filho do Deus e da Deusa, o Mediador, nosso lado divino e humano, nosso lado sagrado e sacerdotal, nossa tendência tanto carnal quanto espiritual.
A tocha está na região do chacra da coroa, simbolizando nossa ligação com o Astral, bem como nosso foco espiritual a partir da matéria. O bruxo sabe que para caminhar em qualquer direção espiritual é preciso ter um corpo, bem como a manifestação da realidade divina nesse mundo. Sem o corpo, não há onde a luz se manifestar, não há base para o farol, não há caminho a ser desvendado, não há trabalho a ser realizado, não há sabedoria a ser conquistada.
Os chifres simbolizam nossa origem a partir do Deus e da Deusa, a Polaridade Sagrada. Eles são os símbolos de nossa nobreza, força e vitalidade. Em associação com a tocha, relembram o mistério da Trindade (do Deus e da Deusa) que em nós está nos Três Níveis de existência (corpo, alma, espírito), bem como a nossa obrigação em afugentar a Ignorância com a Sabedoria.
A cabeça contém diversas simbologias, como a síntese ou a conversão da tocha com os chifres na cabeça de um bode que contém na testa um pentagrama. Aqui está simbolizado o sacerdote, o mago e o bruxo (e suas contrapartes femininas) sendo o mediador e o receptáculo da Sabedoria, da Magia e da Arte, servindo aos Deuses Antigos para o bem da Humanidade.
O corpo contém outras conjunções simbólicas, além de servir de base para a cabeça (lembrando a importância de termos a mente ligada às coisas materiais), o corpo serve como Pilar Central de duas asas (relembrando que a Humanidade foi gerada pelos Deuses Antigos), servindo o mesmo de base para um símbolo, curiosamente colocado no colo de partes posteriores caprinas, cuidadosamente cobertas por um manto que não obstantemente não cobrem as patas de Baphomet (lembrando a união da Humanidade com os Deuses).
Dividindo em partes, temos duas asas (que alguns erradamente enfocam sua cor escura) que indicam nosso lado mental/intelectual, que sempre visa sonhos/desejos por algo além da simples existência banal.
Em seguida temos o torax, com seios e escamas (curiosamente alguns dizem ter cor verde, embora o desenho não tenha cores); sendo os seios a indicação que devemos cuidar (nutrir) de nossa espécie e as escamas a indicação de que nós somos interligados com outras espécies.
Passando aos braços, o direito apontando para cima (direito=intelecto=vontade=solver), o esquerdo apontando para baixo (esquerdo=intuição=sujeição=coagula) pode ser entendido tanto como uma fórmula pictórica da máxima 'assim como acima é abaixo' como o fluxo das energias (direito=Deus=luz/esquerdo=Deusa=sombra) necessárias para a existência desse mundo, para a Magia, para a Bruxaria e para os rituais.
No colo de Baphomet existe um exagero simbólico, uma repetição da simbologia dele dentro do tórax, uma redundância para lembrar que toda Magia e Caminho devem existir dentro do Peregrino, do contrário é loucura e ilusão forjada por homens, para alienar e dominar a Humanidade. O símbolo é comumente associado ao cetro de Hermes/Mercúrio, mas isso é uma simplificação; estes Deuses carregam esse cetro porque são Mediadores, aqui simbolizado por Baphomet, mas apenas são portadores da Sabedoria, não seus donos. O símbolo parece sair como uma extensão do falo, uma simbologia incômoda aos bruxos e wiccanos puritanos, lembrando a sexualidade sagrada (o que inclui a virilidade, a fertilidade e a gravidez). O arco pode ser mais um reforço de que a Arte é uma ligação entre o Firmamento e o Mundo.
Com tantos símbolos explícitos, Eliphas Levi teve o cuidado de cobrir as partes posteriores de Baphomet com um manto, mas deixando as patas caprinas de fora, em uma posição sentada similar à de Buda, acima de um bloco ou trono, sobre um globo. O manto é o sigilo necessário para lidar com os mistérios, devemos ter cuidado pois tais coisas não podem ser indiscriminadamente desveladas à pessoas comuns. A posição de lótus reitera a posição de Baphomet como um Iluminado, um Mediador, senão uma representação da Humanidade que reina no mundo, mas que deve, como bom regente, observar as leis.
Por fim, sobram as duas luas, uma branca e outra negra, corretamente associadas aos devidos lados de Baphomet e às energias que formam esse mundo. Uma redundância para o bruxo, pois nós sabemos que é necessário procurar o equilíbrio entre a luz e a sombra, é necessário haver uma colaboração entre o Deus e a Deusa, entre o intelecto e a intuição, entre a geração e a decadência, entre a vida e a morte para a continuidade da existência.
Como o intuito deste blog é o Neopaganismo, a Bruxaria e a Wica, eu não citarei as inúmeras explicações esotéricas, geralmente mais ligadas à alquimia e ao hermetismo.
Dentro dessa visão, Baphomet é o símbolo do Andrógino, o Filho do Deus e da Deusa, o Mediador, nosso lado divino e humano, nosso lado sagrado e sacerdotal, nossa tendência tanto carnal quanto espiritual.
A tocha está na região do chacra da coroa, simbolizando nossa ligação com o Astral, bem como nosso foco espiritual a partir da matéria. O bruxo sabe que para caminhar em qualquer direção espiritual é preciso ter um corpo, bem como a manifestação da realidade divina nesse mundo. Sem o corpo, não há onde a luz se manifestar, não há base para o farol, não há caminho a ser desvendado, não há trabalho a ser realizado, não há sabedoria a ser conquistada.
Os chifres simbolizam nossa origem a partir do Deus e da Deusa, a Polaridade Sagrada. Eles são os símbolos de nossa nobreza, força e vitalidade. Em associação com a tocha, relembram o mistério da Trindade (do Deus e da Deusa) que em nós está nos Três Níveis de existência (corpo, alma, espírito), bem como a nossa obrigação em afugentar a Ignorância com a Sabedoria.
A cabeça contém diversas simbologias, como a síntese ou a conversão da tocha com os chifres na cabeça de um bode que contém na testa um pentagrama. Aqui está simbolizado o sacerdote, o mago e o bruxo (e suas contrapartes femininas) sendo o mediador e o receptáculo da Sabedoria, da Magia e da Arte, servindo aos Deuses Antigos para o bem da Humanidade.
O corpo contém outras conjunções simbólicas, além de servir de base para a cabeça (lembrando a importância de termos a mente ligada às coisas materiais), o corpo serve como Pilar Central de duas asas (relembrando que a Humanidade foi gerada pelos Deuses Antigos), servindo o mesmo de base para um símbolo, curiosamente colocado no colo de partes posteriores caprinas, cuidadosamente cobertas por um manto que não obstantemente não cobrem as patas de Baphomet (lembrando a união da Humanidade com os Deuses).
Dividindo em partes, temos duas asas (que alguns erradamente enfocam sua cor escura) que indicam nosso lado mental/intelectual, que sempre visa sonhos/desejos por algo além da simples existência banal.
Em seguida temos o torax, com seios e escamas (curiosamente alguns dizem ter cor verde, embora o desenho não tenha cores); sendo os seios a indicação que devemos cuidar (nutrir) de nossa espécie e as escamas a indicação de que nós somos interligados com outras espécies.
Passando aos braços, o direito apontando para cima (direito=intelecto=vontade=solver), o esquerdo apontando para baixo (esquerdo=intuição=sujeição=coagula) pode ser entendido tanto como uma fórmula pictórica da máxima 'assim como acima é abaixo' como o fluxo das energias (direito=Deus=luz/esquerdo=Deusa=sombra) necessárias para a existência desse mundo, para a Magia, para a Bruxaria e para os rituais.
No colo de Baphomet existe um exagero simbólico, uma repetição da simbologia dele dentro do tórax, uma redundância para lembrar que toda Magia e Caminho devem existir dentro do Peregrino, do contrário é loucura e ilusão forjada por homens, para alienar e dominar a Humanidade. O símbolo é comumente associado ao cetro de Hermes/Mercúrio, mas isso é uma simplificação; estes Deuses carregam esse cetro porque são Mediadores, aqui simbolizado por Baphomet, mas apenas são portadores da Sabedoria, não seus donos. O símbolo parece sair como uma extensão do falo, uma simbologia incômoda aos bruxos e wiccanos puritanos, lembrando a sexualidade sagrada (o que inclui a virilidade, a fertilidade e a gravidez). O arco pode ser mais um reforço de que a Arte é uma ligação entre o Firmamento e o Mundo.
Com tantos símbolos explícitos, Eliphas Levi teve o cuidado de cobrir as partes posteriores de Baphomet com um manto, mas deixando as patas caprinas de fora, em uma posição sentada similar à de Buda, acima de um bloco ou trono, sobre um globo. O manto é o sigilo necessário para lidar com os mistérios, devemos ter cuidado pois tais coisas não podem ser indiscriminadamente desveladas à pessoas comuns. A posição de lótus reitera a posição de Baphomet como um Iluminado, um Mediador, senão uma representação da Humanidade que reina no mundo, mas que deve, como bom regente, observar as leis.
Por fim, sobram as duas luas, uma branca e outra negra, corretamente associadas aos devidos lados de Baphomet e às energias que formam esse mundo. Uma redundância para o bruxo, pois nós sabemos que é necessário procurar o equilíbrio entre a luz e a sombra, é necessário haver uma colaboração entre o Deus e a Deusa, entre o intelecto e a intuição, entre a geração e a decadência, entre a vida e a morte para a continuidade da existência.