Obviamente, é o trabalho alheio que traz a riqueza aos reis, então também dá o poder a eles. Contam com um amplo apoio do Império das Luzes, visto que precisam dos homens acreditando nesse Império de aparências, de filosofias superficiais; conformados com a vida que levam, como fosse natural e merecida. É desta forma que, o Estado em união com a Igreja, mantém o Homem encarcerado em deveres e tributos, limitando seus sonhos com mesquinharias, afundando sua condição de raça superior pensante no tríptico elementar: sobreviver, ser feliz e bem sucedido. Essa é a promessa da sociedade dominada pelo Estado, a felicidade pelo tamanho das posses, o sucesso pelo poder de influenciar os outros. A troca do Império das Luzes é, para aqueles que, tendo a riqueza e o poder, tenham compaixão e piedade dos infortunados e dêem algo de vez em quando, para aliviar as chagas destes, mas nunca algo de concreto para dar uma vida digna aos miseráveis ou acabar com a situação em que estão. Alimentam um dia, mas deixam esfomeados por um ano de gerações que, não tendo alternativa, irão começar a atentar contra a vida dos de sua espécie. O Estado, pressionado por estes eminentes senhores, começa a caçada, a praticar o assassinato institucionalizado.
As pessoas matam-se umas às outras, por justificativas mil, a serviço do Estado, da Igreja ou da Família. Não é mais do que a deflagração de uma guerra civil escamoteada pelo sistema das aparências, que devem ser mantidas. De outra forma a máscara cairá e será a ruína do Homem tal como se conhece usualmente, conhecimento idealizado e difundido pelo Estado, com a garantia dogmática do Império das Luzes. Infelizmente, isso perdurará enquanto o Homem se desconhecer e ignorar o que já repeti tantas vezes: tudo que nos recai é consequência direta dos nossos atos.
Por melhor companheira do homem que seja a mulher, esta também segue um caminho medíocre. Influenciada pelo sucesso do homem, a mulher lutará por igualdade, não apenas nas possibilidades de realizar o tríptico elementar do homem, mas muitas quererão passar por homens, imitando-o em todas as características.
Para não parecerem fracas, para resistirem diante da dominação do homem, para negar sua condição feminina. Por causa da castração, que a loucura do homem manda reprimir essa condição feminina, elas irão travestir-se e exigirão serem consideradas como homens, muitas matarão com a mesma estupidez do homem, para se garantir no poder. Não percebem que desta forma não são iguais aos homens, mas pior que eles.
A mulher já é igual ao homem, desde o dia do seu nascimento, mas que, por graça, é feminina. Deve ter seus próprios e sutis métodos de controle. Imita-se muito mal a nós, homens, essas mulheres. Pois odiando, primeiro por ser mulher, terá a tendência à autodestruição. Segundo, por odiar o homem enquanto gênero, como competidor,como gladiadores, onde só com a morte do adversário haverá vitória. Todos perdem nesse conflito, principalmente a mulher masculinizada, porque ela não estará se realizado, mas sim o homem e sua estrutura repressiva, contra a qual estaria lutando. Principalmente ela, porque não poderá voltar a ser mulher,ou virá sua queda, pois os homens mesquinhos só aceitam homens como eles no poder, só sendo como homem que poderá permanecer no trono.
Principalmente todos nós, homens das Trevas, que somos compreensivos e amistosos, que serviríamos à mulher com gosto, se ela conquistasse com seus métodos femininos, o poder. Nós teríamos nossas vidas ameaçadas, pela mulher masculinizada e pela feminista, que atacam a todo homem sem distinção, acabando por sacrificar pessoas humanas como elas, com direito a viver. Pessoas que, se escaparem da repressão dos homens mesquinhos no poder, certamente cairão na ridicularização e desprezo destas. Estas, por pensarem como homens mesquinhos, não aceitarão nada que seja diferente do que se decretou arbitrariamente, como sendo normal e aconselhável que todos tenham, para pertencer à sociedade. Principalmente se levarmos em conta que, tal sociedade, deveria ser formada por todos e cada um. Deveria estar, a sociedade, desta forma definida, quando na verdade é a imposição de um grupo para milhões poder tentar subsistir.
Deixem essa imitação fajuta de lado, mulheres, que nossos hábitos são muito baixos para vossa dignidade e nobreza. Considerem que existem muitos tipos de homens, até merecedores de vossa misericórdia. Tenham também seus tipos variados, não é vetado, mas que mantenham sua condição primeira. Não esqueçam que é da mulher o alimento que nutre a ciência, o poder e a existência do homem. Portanto, até o pior deles haverá de prestar contas ao princípio divino e sensacional de onde provém toda a existência. Princípio divino, para quem toda a vida serve, até a morte. Seja mulher, como nunca poderia ter sido imaginado, por que assim será dada ao homem sua consciência e vergonha dos seus abusos contra a vida e seus semelhantes. De quem mais, senão da mulher, que o homem renovado, se nutrirá a fim de prosseguir?
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