Você vai no mesmo caminho que o meu?
Enquanto estamos habitando um corpo, manifestados em uma realidade espaço-temporal limitada, nós temos várias crenças sobre como será a nossa existência em outros planos.
Zoroaster não tinha a menor ideia do que aconteceria, quando estruturou o Mazdeismo.
Sidarta não tinha a menor ideia do que aconteceria, quando estruturou o Budismo.
Yeshua não tinha a menor ideia do que aconteceria, quando estruturou o Cristianismo.
Mohamed não tinha a menor ideia do que aconteceria, quando estruturou o Islamismo.
Gardner não tinha a menor ideia do que aconteceria, quando estruturou a Wicca.
Isso, diria o descrente, invalida toda e qualquer busca e caminhada espiritual? Não, afinal, mesmo a Ciência muda suas "certezas".
John Beckett escreveu algo a respeito de como nós "inventamos" as coisas conforme seguimos, sabe-se lá em direção do quê.
Onde houver a presença humana, existem grandes chances de haverem falhas. Considerem isso um tipo de Lei de Murphy estilizada.
A grande sacada é que nós finalmente percebemos que crenças, religiões, templos, igrejas e santuários são construídos por pessoas como nós, falíveis.
Mas aquilo que buscamos não é humano, é espiritual, é divino. Ainda que os métodos sejam erráticos e inconcludentes, a base ainda consiste em atingir o alvo que é voltarmos para o Mundo Espiritual, onde nossos ancestrais nos esperam e onde poderemos rever os Deuses e Deusas que tanto estimamos.
Deve soar loucura, procuramos pela perfeição e evolução, sem ter a menor ideia de como conseguir realizar tal feito. Mas talvez seja este o propósito de nossa existência, contritos a um corpo carnal e limitados pelas regras dessa região espaço-tempo. Por nosso próprio esforço, trabalho e busca, chegaremos onde queremos chegar. Eu mal posso esperar para estar de volta ao meio das coxas da Deusa (heresia!) e me permitir me dissolver, arrebatado pelo êxtase.
Assim seja, assim é, assim será.
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