quarta-feira, 31 de março de 2010

A festa do coelho e do cordeiro

E por falar em feriado, como funcionário público e pagão, eu tenho que agradecer ao Governo por ignorar a constituição e me conceder um feriado prolongado a partir de amanhã [o feriado é chamado de "Endoenças"]. Então, antes da Sexta Santa [Paixão de Cristo], do Sábado de Aleluia [Malhação do Judas] e do Domingo de Páscoa [Ressurreição de Cristo], eu achei por bem explicar o que esse feriado religioso cristão tem a ver com coelhos, ovos, primavera, fertilidade.
Usando o oráculo virtual [Google] eis que eu encontro um texto excelente, vindo de um cristão fundamentalista!
De fato, para entender o significado da Páscoa cristã, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar dos antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Easter.
Muito antes de ser considerada a festa da ressurreição de Cristo, a Páscoa anunciava o fim do inverno e a chegada da primavera.
Estes antigos povos pagãos comemoravam a chegada da primavera decorando ovos.
Antes do nascimento de Jesus, alguns povos do norte da Europa cultuavam uma deusa chamada Eostre, a deusa de Fonte, Fertilidade e da Vida. Anualmente, a cada primavera eles promoviam um festival em honra a ela. Este festival comemorava a chegada da "nova vida" (entenda-se reencarnação) e se chamava Easter derivando de seu nome.
Ostera (ou Ostara) é a Deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia grega, a Persephone. Na mitologia romana, é Ceres.
Trata-se do Sabbat do Equinócio da Primavera, também conhecido como Sabbat do Equinócio Vernal, Festival das Árvores, Alban Eilir, Ostara e Rito de Eostre, é o rito de fertilidade que celebra o nascimento da Primavera e o redespertar da vida na Terra. Nesse dia sagrado, os Bruxos acendem fogueiras novas ao nascer do sol, se rejubilam, tocam sinos e decoram ovos cozidos - um antigo costume pagão associado à Deusa da Fertilidade.
Como a maioria dos antigos festivais pagãos, o Equinócio da Primavera foi cristianizado pela Igreja na Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa (em inglês "Easter", nome derivado da deidade saxônica da fertilidade, Eostre) só recebeu oficialmente esse nome da Deusa após o fim da Idade Média.
Na realidade, tanto o ovo quanto a lebre de Páscoa são muito mais antigos que o cristianismo. Já os povos antigos consideravam o ovo como o portador da vida, como a célula misteriosa que dá origem a todos os seres vivos. O ovo era o símbolo da força vital e presenteá-lo era o mesmo que desejar a uma pessoa saúde e longa vida. E nesta sua própria natureza, de berço do nascimento e da procriação, encontramos, também, o elo de ligação que o prende na festa da Páscoa.
Nos povos germânicos antes do nascimento de Cristo se venerava "Ostera" ou "Ostara" como deusa da fertilidade e da fecundidade e a sua festa era na primavera do hemisfério norte, ou seja na estação em que a natureza, depois de um sono hibernal profundo e semelhante à própria morte, renasce com toda a força para uma nova vida. E nada parece mais natural do que ligar o uso de presentear ovos à festa daquela deusa, cuja razão e natureza tinham a mesma significação: de ser o símbolo da continuidade da vida pelo nascimento.
Os ovos, desde tempos antigos, são símbolos de fertilidade, sexo e vida nova (entenda-se reencarnação). Sempre foram elementos importantes nas celebrações da estação da primavera pagã.
Os ovos, que obviamente são símbolos da fertilidade e da reprodução, eram usados nos antigos ritos da fertilidade. Pintados com vários símbolos mágicos, eram lançados ao fogo ou enterrados como oferendas à deusa. Em certas partes do mundo pintavam-se os ovos do Equinócio da Primavera de amarelo ou dourado (cores solares sagradas), utilizando-os em rituais para honrar o deus Sol.
Ostera e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. O ovo é um destes símbolos que praticamente explica-se por si mesmo. Ele contém o germe, o fruto da vida, que representa o nascimento, o renascimento, a renovação e a criação cíclica. De um modo simples, podemos dizer que é o símbolo da vida.
A pintura dos ovos com cores vivas simboliza as cores trazidas pelo Sol na Primavera. A tradição dos ovos decorados chegou à Europa na Idade Média, levada pelos cruzados - era prática comum entre egípcios, persas, fenícios, gregos e romanos pintar ovos para oferecê-los como presente em seus festivais de Primavera.[Breve Ele virá][link morto]
Seja qual for o seu caso ou a sua preferência, caro leitor, Feliz Páscoa, Feliz Ostara, Feliz Primavera!

Feriado religioso é inconstitucional

Celebrar com feriado a Semana Santa é inconstitucional. Assim determina a Carta Magna de 1988, que define o Brasil como um Estado laico, sem religião oficial. Na prática, cumprir esse dispositivo torna-se extremamente difícil porque a cultura religiosa é muito arraigada no país, especialmente quando se trata do catolicismo.
Há incontáveis evidências de que as instituições brasileiras fecham os olhos para a Constituição ao privilegiar a Igreja Católica, Apostólica e Romana. Exemplo recente desse procedimento é a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do Decreto Legislativo 698/2009, que estabelece o Acordo entre a República Federativa do Brasil e o Vaticano relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil.
Esse Acordo representa, à luz da Constituição, um atentado perpetrado contra o Estado laico, que, por definição, não pode ter preferência por nenhuma religião. Permite que a Igreja Católica meta-se na vida civil e privada dos brasileiros em geral, independente das opções religiosas individuais.
A Semana Santa, que culmina com a Páscoa, é uma celebração associada à religião católica e algumas outras religiões. Portanto, é inconstitucional a decretação de feriado nesse período. Trata-se de um precedente para que sejam oficializados feriados também para homenagear os Orixás, o budismo e as demais religiões.
A preferência do Estado pela Igreja Católica certamente causa incômodo a um comerciante protestante ou de qualquer outra religião que é obrigado a fechar seu estabelecimento em reverência à Semana Santa, à padroeira Nossa Senhora Aparecida ou a outros santos católicos. Da mesma maneira, sem dúvida seria desconfortável para um colégio católico ter de interromper suas atividades para render homenagens ao “Dia dos Orixás”, ao “Dia de Buda” ou ao “Dia de Chico Xavier”.
O Estado brasileiro permite que a Igreja Católica (a maior latifundiária do país) seja beneficiada não apenas com feriados, mas também com isenção e redução de impostos, entre outras regalias. Existe, em meio a tantas outras benesses, um dispositivo legal que trata do arcaico “laudêmio”, um estatuto medieval que favorece a Igreja como proprietária de terrenos e casas. É uma importante fonte de renda garantida pelo Estado à cúpula da religião católica.
Todas as manifestações religiosas devem ter os mesmos direitos, registra claramente a Carta Magna em alíneas e parágrafos de seu artigo 5º: “é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança”, bem como “criar distinções entre brasileiros e preferências entre si”.
Autor: Luiz Pompe
Fonte: Tudo Global [link morto]

Inicia a florada da cerejeira

Quando chegar ao país, ligue a TV e verá: em qualquer canal há boletins diários pormenorizados sobre a frente de floração ou sakura zensen (uma vez que o desabrochar avança por regiões) que as pessoas seguem diária e atentamente.
Ainda que tudo na civilização nipónica seja de uma dosagem exacta e de uma precisão milimétrica, neste caso a minúcia da atenção é requisito crucial.
Trocando em miúdos: a delicadeza rosada e invulgar da sakura é tão bela quanto efémera. Dura nos galhos pouco mais de uma semana e por isso é fundamental estar no local certo, à hora certa, se quiser presenciar o espectáculo antes que as folhas irrompam no lugar dos botões.
Acerte o relógio com a Natureza
Como este Inverno as temperaturas desceram demasiado, as previsões da Agência Meteorológica do Japão garantem que as árvores da espécie someiyoshino, as mais comuns entre uma variedade que ultrapassa as 200, vão ficar carregadas um pouco mais tarde. O 'sakura' florescerá primeiro em Shizuoka, Kochi e Oita, ainda em Março. Uma semana depois será a vez da região de Tóquio. Nos locais mais frios, ao norte do arquipélago, as flores de cerejeira só começam a aparecer a 11 de Abril.
Céu em flor
A escolha do local ideal é mais fácil. As cerejeiras abundam no Japão e, regra geral, o espectáculo pode ser observado em qualquer campo, jardim, avenida ou praça, já que decoram todos os espaços públicos e fachadas.
Importante mesmo é acordar cedo e despachar-se, porque os japoneses saem massivamente de madrugada para guardar lugar e arrisca-se a não ter onde pôr um pé. A tradição recomenda uma manta para estender na relva.
Sucedem-se piqueniques ao ar livre e os Festivais Hanami. Predominam canções acentuadas na flauta de bambu e mercados de flores. Última dica: fique para a noite porque é costume iluminar as árvores.[Destak][link morto]
Festas e eventos estão sendo realizados no Japão para aproveitar a temporada de flores de cerejeira. Durante o curto período em que as flores aparecem, os japoneses lotam os parques e realizam festas sob as árvores.
As flores de cerejeira, chamadas de "sakura" no Japão, são associadas como recomeços, já que surgem no mesmo período do início das aulas e do ano fiscal japonês, no dia primeiro de abril.
Alguns japoneses dizem que a natureza efêmera e frágil dessas flores, que logo são arrancadas pelas chuvas da primavera, são uma importante lembrança de como a vida também é passageira.[Folha][link indisponível]

segunda-feira, 29 de março de 2010

Contra a Patrulha Gastronômica

Ainda bem que nenhum vegan ou pagão me convidou para fazer um texto em prol do "Dia Sem Carne". Sim, eu gosto de ser do contra e remar contra a maré. Eu detesto que me digam o que pensar, o que vestir, o que comer. E eu detesto ser doutrinado.
Mas se alguem me convidar para um churrasco em comemoração ao "Dia da Liberdade Gastronômica", aqui vai uma boa noticia aos onívoros e pessoas sensatas que não esqueceram que o consumo de carne foi um dos elementos que fez com que a nossa espécie fosse bem sucedida.
Pesquisador afirma que diminuir o consumo de carne e laticínios não traz impacto real no combate ao aquecimento global.
A conclusão foi apresentada no início da semana durante o 239º Encontro Nacional da Sociedade Americana de Química.
Apesar das alegações de que a criação de animais gera muitos gases causadores do efeito estufa, o perito em qualidade do ar, Dr. Frank Mitloehner, da Universidade da Califórnia-Davis, disse que culpar vacas e porcos é cientificamente errado e impede que a sociedade foque em soluções efetivas para combater o problema.
Para ele, cortar o consumo de leite e carne significaria apenas mais fome em países pobres – e não diminuição do aquecimento. O foco deveria ser em agricultura e pecuária inteligente, adotando praticas para produzir mais comida com menos emissões.[Info Abril][link morto]
Comer menos carne não reduzirá o aquecimento global, e aqueles que sustentam esta teoria desviam a atenção da sociedade sobre as verdadeiras causas das mudanças climáticas, afirmou nesta segunda-feira um especialista americano.
"É claro que podemos reduzir nossa produção de gases nocivos, mas não consumindo menos carne ou leite", afirma Frank Mitloehner, especialista em qualidade do ar da Universidade da Califórnia-Davis, durante uma conferência da American Chemical Society, na Califórnia.
No estudo, Mitloehner insiste em desmetir certos informes, incluindo um publicado em 2006 pelas Nações Unidas, que supervaloriza o papel dos animais no aquecimento global.
Recentemente, uma campanha europeia com forte apoio do ex-Beatle Paul McCartney, ativista vegetariano, defendia o slogan "Menos carne = menos aquecimento".
"McCartney e os demais têm boas intenções, mas não possuem bons conhecimentos nas complexas relações entre as atividades humanas, a digestão animal, a produção de alimentos e a química atmosférica", declarou Mitloehner.
Os países em desenvolvimento "teriam que adotar modos de lidar com o gado mais eficazes, ao estilo ocidental, para produzir mais alimentos com uma menor produção de gases de efeito estufa", acrescentou o cientista.
"Produzir menos carne e leite levará apenas mais fome aos países pobres", concluiu.[AFP][link morto]
And last but not least:
As razões apontadas para ter-se uma dieta isenta de carne beiram o fanatismo religioso. Em um mundo perfeito, onde as vaquinhas viverão em harmonia conosco, o meio-ambiente será preservado, a terra irá parar de aquecer e, provavelmente, o Sol irá manter seu estoque de Hidrogênio eternamente, não acabando com a vida, inclusive das vaquinhas, até Marte.
1.Carne tem gosto bom, só um masoquista para afirmar que prefere alface à uma boa picanha pingando sangue.
2.Você não vai reduzir o risco de adoecer comendo [vegetais], há milhares de doenças prontas para atacá-lo a qualquer momento.
3.Bob Marley era vegetariano e morreu de câncer, usando apenas métodos naturais de tratamento.[Fim da Várzea][link morto]
PS: Em vermelho, uma pequena correção no texto do blog Fim da Várzea, que eu achei necessário para fazer sentido.
PS²: Não posso deixar de recomendar o meu artigo "Fator Disney".[Apenas disponível no meu perfil na página da Acadaemia Edu]

sábado, 27 de março de 2010

Rebelde vs domesticado

"Vivemos em um mundo onde precisamos nos esconder para fazer amor enquanto a violência é praticada em plena luz do dia". [John Lennon]
Pense: "Nossa Sociedade" não encontrou a fórmula da felicidade e muito menos de como devemos funcionar direito. Os ratos funcionam, os gatos, o sol, a lua, os cupins funcionam – tudo funciona, menos a "Sociedade". Os tigres, as formigas, as amebas, tudo funciona no universo menos a "sociedade" e suas regras reacionárias, retrógradas e autoritárias. O rebelde não permite nenhuma atitude autoritária em sua vida. Minha sugestão a fim de talvez funcionarmos direito seja despertar o rebelde de dentro de nós. Ser um absoluto rebelde dos valores dos pseudos dirigentes.O rebelde pode ser realizado por qualquer um na hora que quiser. Ele está aí dentro de ti pronto para ser despertado. Sua alma é rebelde. É livre. Para voltar a encontrar essa felicidade natural é necessário apenas rever os valores absurdos que a "Sociedade", junto com algumas crenças religiosas, os retrógrados em geral, os políticos, os criadores de leis anti éticas e estúpidas nos induziram a aceitar. A rebeldia é uma porta para transformar tudo isso.
O rebelde não aproveita quase nada de "Nossa Sociedade Velha" os velhos políticos, as velhas religiões, as velhas leis, as velhas constituições.
O rebelde não é um revolucionário, pois, o mesmo é um político, o rebelde é vivencial – só incorpora em sua vida aquilo que é belo, equilibrado, prazeiroso, lúdico (lembre-se do convite que só as crianças entrarão no reino de Deus).
O rebelde não aceitará líderes de partido algum e sim pessoas criativas, celebrativas, inteligentes e conscientes. – o rebelde não acredita em nada disso da sociedade – aliás ele nem acredita nessa palavra sociedade que é simplesmente um conjunto de leis que todos sabem que ninguém cumprirá e só punirá os pobres e humildes.
O rebelde é sua própria luz, ouve a voz do coração e não deixa entrar em seus ouvidos pregações. Hoje o mundo tem tantos pregadores e está cada vez pior. O rebelde aceita sua própria natureza – tem confiança em si mesmo – e não em crenças e dogmas do passado. O rebelde renuncia ao passado, renuncia a sociedade vivendo dentro dela - lutando, tendo idéias, criando comunidades – ele não é um escapista e sim alguém que vive no mundo sem pertencer a ele.
O rebelde busca a verdade e não segue ordens que considera absurda. O homem "comum", o "Zé Ninguém" transformou o homem na criatura mais feia, estúpida e infeliz do universo. O "Zé Ninguém" sofre tanto que nos últimos anos busca uma série de elementos para distrair a sua miséria: Festivais, Solidariedades, Religiões, Álcool, Drogas, Novelas, Futebol, Carreira Profissional, Pornografia, Internet, tudo isso para parecer que a vida miserável dessa pessoa valha a pena, mais tudo isso é uma mentira e o novo rebelde tem sua própria verdade.
A "Sociedade" ensina as pessoas a não pensarem no que é real, verdadeiro e as pessoas respeitam leis que muitas vezes só são benéficas para um monte de parasitas e endinheirados. Os alemães cumpriram ordens quando mataram milhões, os chineses cumpriram ordens quando mataram milhares de tibetanos, os americanos cumprem ordens quando fazem um embargo no Iraque que gera morte e fome entre crianças. No Brasil nós pagamos 50% de impostos quando compramos um carro e se não pagarmos aos parasitas do poder (mensalão, corrupção, ambulâncias,etc) somos severamente punidos.
O rebelde não vai aceitar mais isso e nem Zona Azul, Vereadores, Impostos Injustos, Leis que Proibem Ervas Naturais e permitem Bebidas alcoólicas (que presidentes de alguns países bebem) e nenhuma forma de poder que seja autoritária e reacionária.
O rebelde não é um robô que não pensa, ele não segue a massa, ele tem e busca sempre mais sua consciência e iluminação – ele não fica imitando ninguém e sua vida emerge do seu próprio interior. Ele tem as suas raízes na terra e os seus ramos no céu, ele não está preso a nenhuma filosofia teologia ou ideologia ele está em contato com sua própria Luz e livre de tudo que existe de podre.
Vamos viver nesse mundo de maneira mais solta, com liberdade e harmonia com elefantes, gorilas, cangurus, ratos, baleias, sapos, etc.
As vezes é bom observar que pode não haver nada de errado com você, com seu self (alma) mas sim com a cultura/sociedade que seguimos. Você várias vezes já se perguntou: "O que há de errado comigo?" Entenda que um dos objetivos desse artigo é lhe dar uma notícia Maravilhosa: O problema não está em você se você seguir seu coração e ser um Rebelde. Não há nada errado com você e sim com a sociedade dos "Zé Ninguém", dos engravatados, da revista Caras, dos Phd’s, das "Universidades", dos diplomas, das leis injustas, da justiça lenta e retrógrada, dos milionários, retrógrados e materialistas.
O rebelde é auto- suficiente, não é seguidor de nenhuma crença, portanto, não coloca a culpa de possíveis fracassos pessoais num mestre, guru ou messias.
O rebelde não imita ninguém – ele escolhe um modo de vida pulsante – com responsabilidade, mas com tesão e liberdade.
O rebelde não é o "Zé Ninguém" que fica preso a uma carreira que odeia, a uma família que o castra a relacionamentos afetivos cheios de ciúmes, posseção, autoritarismo e sem amor, a supostas "Seguranças Sociais".
A última lição ao rebelde é que se entenda que tudo em nossa vida é transitório, menos a morte, portanto não tenha medo de ser feliz, de ser você, de ser total é fazer tudo aquilo que é capaz – jogue o lixo de sua vida no lixo e aproveite o que te deixa feliz.
[Templo da Lua][link morto]
PS: O texto do John Lennon foi inserido por este pagão que vos escreve, após uma visita no blog da Musa [Nana Odara].

Mulher - a Grande Iniciadora do Amor

Por Chandra Veeresha & Anand Milan [link morto]
Todas as tradições exotericas antigas, viam a mulher como a "protetora" do potencial criador; a personificação da sensualidade; uma Deusa que era reverenciada pela capacidade de "dar a Luz"; de trazer consigo o "renascimento".
Na atualidade, os homens tornaram-se "o centro das atenções", em quase todas as culturas do mundo, restando poucas, como o Tantra que ainda aceita a mulher como "A Grande Iniciadora do Amor".
Com os homens no Poder, muitas mulheres, ainda que inconscientemente (outras com total consciência de seus atos) tem tentado retomar seu espaço na sociedade, aderindo a movimentos feministas (totalmente agressivos), levantando bandeiras de certo ou errado e indo aos meios de comunicação defender seus idéias extremistas, quando na verdade, mal percebem que estão sendo influenciadas pela visão patriarcal predominante e perdendo sua feminilidade.
"A mulher é a Iniciadora, a que dá a luz, a evocadora do prazer para os 3 mundos, a amável e compassiva. Como objeto dos 5 sentidos, a mulher é dotada de forma Divina." ChandaMahaRosana Tantra
O Tantra chegou ao Ocidente justamente para devolver à mulher o seu Poder Pessoal, a sua passividade e a sua intuição.
Lutar, Guerrear e impor são atitudes machistas que devem ser evitadas, de todas as formas, pela mulher. Entenda que estamos falando de atitudes interiores relacionadas ao Masculino e Feminino e não do comportamento corporal do homem ou da mulher.
Diante da nossa criação cultural e religiosa, cheia de aprisionamentos e repressões, onde o "menino" é visto e criado com maior liberdade comportamental, a "menina" aprende a se manter submissa aos caprichos machistas e quando cresce essa submissão é vivenciada no ato sexual; um momento que deve ser usado como alavanca do corpo à consciência superior, mas que é facilmente desperdiçado.
Geralmente ela se vende em troca de carinhos, cheios de "segundas intenções", submetendo-se a todo tipo de tratamento.
Na busca por um relacionamento ideal e duradouro, muitas vezes são humilhadas pelos seus parceiros.
O comportamento machista, visa "receber prazer" a todo custo e uma grande parte dos homens esqueceram de que a mulher também necessita de prazer.
"Em todos os momentos, seja lavando os pés ou comendo, enxaguando a boca, esfregando as mãos ou guarnecendo os quadris com uma tanga, saindo, conversando, andando, ficando de pé, sentindo raiva, dando risada, o homem sábio deve sempre adorar e honrar a mulher." Hevajra Tantra
Quando o homem compreende que a mulher deve ser vista e reverenciada como uma Deusa, ele se eleva e desperta em si a energia Shakti; a própria energia feminina. E quando uma mulher compreende o seu papel de "Geradora da Vida" e "Iniciadora do Amor", ela também se eleva e leva consigo o seu amante.
"O Poder da Iniciação da mulher é enorme e baseia-se essencialmente na atitude mental, quanto ao misticismo sexual. Assumindo um papel ativo e explorando toda uma variedade de segredos sexuais em seus relacionamentos, a Mulher pode conceder poder transcedental ao parceiro. Este poder, a forma elevada de Shakti, é a expressão direta da intuição aberta; uma energia de sabedoria, espontânea e alegre que pode romper todas as barreiras. A mulher deve confiantemente, iniciar o seu parceiro na experiência mística. O sucesso depende da espontaneidade, da capacidade de confiar e render-se a ideais mais elevados e ao desejo sincero de dar algo especial ao seu amor". (Nick Douglas e Penny Slinger).
Dessa forma, sua Deusa interior dá a verdadeira iniciação ao Homem.

quinta-feira, 25 de março de 2010

A lição dos ciclos

Apesar de banido da comunidade do orkut "Sociedade Wicca", eu acompanho os tópicos e me deparei com este, cujo título é "O verdadeiro desafio do sacerdócio":
Quando as pessoas buscam ingressar na Wicca estão preocupadas com uma coisa só: sua iniciação. Algumas de um ponto de vista menos esclarecido e mais superficial, se preocupam com iniciação porque é um requisito, do tipo que é ter diploma de alguma coisa para exercer uma profissão. Outras pessoas, mesmo quando mais esclarecidas, ainda assim estão focadas na iniciação, mas daí já tem uma idéia mais clara sobre a Iniciação ser um processo de transformação de vidas, o marco inicial de uma Vida Sacerdotal.
E as pessoas, mesmo as mais esclarecidas e que vão se tornando praticantes experientes, quando neófitas acham que o desafio maior é conseguir se iniciar.
Encaram mesmo o rito iniciático como uma colação de grau, algo que se esgota em si mesmo e da uma qualidade que a pessoa jamais perderá. Será verdade?
Claro que não: o enorme desafio do Sacerdócio se chama CONTINUIDADE, ou seja, você vai mesmo persistir por toda sua vida nessa escolha de ser uma Sacerdotisa ou um Sacerdote? Muita gente, muito entusiasmada nos primeiros anos, começa a perceber que o desafio é grande demais quando as Rodas começam a se acumular.
A primeira coisa que pesa é que SACERDÓCIO É SERVIÇO, contínuo e permanente aos Deuses, com todas as suas qualidades e o máximo de seus esforços. Nem sempre a Deusa exige isso todos os dias, mas muitas vezes exige sim, e por grandes períodos.
Pessoas que têm vocação sacerdotal sabem – ou deveriam saber - que sacerdócio se traduz em serviço. De muitos tipos e maneiras, mas sempre a inequivocamente SERVIÇO. Pode ser somente na sua cozinha ou em grandes ritos públicos, pode ser somente meditando ou tendo vocação para dar aulas... COMO o serviço é feito, somente a Deusa decide e isso muda de tempos em tempos.
Mas há algo que é comum a toda Sacerdotisa e Sacerdote: uma hora repetir os ritos toda lunação e sabbats, manter a roda girando, atender pessoas que nos procuram, servir o tempo todo pesa. A vida pessoal sofre, o laser é deixado de lado, o ócio é sacrificado, a convivência familiar diminui.
E não só o tempo que o Sacerdócio demanda é o problema. Há um problema maior: as vezes a gente desanima. O que antes dava muito prazer – armar altares, preparar feitiços , fazer meditações – não dá mais tanto prazer ou parece um fardo. Tudo fica sem graça, tudo parece difícil e não vemos resultados.
Isso não ocorre só com Dedicados, ocorre até comigo e com gente muito melhor e mais velha na bruxaria do que eu.
Sabem por que?
Porque “That ‘s Life”.
Porque a Roda da Vida tem CICLOS de desânimo e entusiasmo e nosso Sacerdócio, como TUDO que existe também tem. Uma hora estamos em cima, outra estamos embaixo. Como a Deusa me disse certa vez, não é difícil entendê-la, porque Ela na verdade tem uma só lição A LIÇÃO DOS CICLOS.
Então, quando estamos em baixa de entusiasmo, temos que compreender que é assim mesmo e persistir, porque a Roda vai girar e nos levará a outro ciclo de grande prazer com nosso sacerdócio. Basta esperar e aproveitar as lições e dadivas que o desânimo esconde e que somente ele pode nos revelar...
Isto é, SE E SOMENTE SE não esquecermos do porquê começamos tudo isso.
Lembra do Chamado? Lembra do dia em que você olhou a Lua e viu nossa Mãe? Quando olhou a árvore e viu o Green Man pela primeira vez? Olhou o Sol e viu o Senhor Chifrudo? Lembra?
O verdadeiro desafio do Sacerdócio é esse: seu amor à Deusa e ao Deus vencerá ano após ano os ciclos de desânimo, preguiça, problemas e medo? Você os compreenderá e aceitará serenamente ( mesmo reclamando, porque ninguém é perfeito) como parte de seu serviço e aprendizado?
Que cada um responda com sua vida.
Autora: Mavesper Cy Ceridwen.
Eu dei a este tópico o título de "A lição dos ciclos" porque a autora publica um texto primoroso em uma comunidade que defende a auto-iniciação, defende a mistura de panteões e omite ou ignora a existência do Deus. Algo está mudando. Eu espero que para melhor.