Crônicas de Furland.
Todos os personagens são fictícios, maiores de idade e zoomórficos.
- Só um instante!
Barulho de coisa caindo, algo arrastando, portas abrindo, sons de louça e algo cheirando muito bem.
- Bom dia, senhor Sapo Bardo. Eu sou Kit Boodle. Por favor, entre.
O interior da casa era adorável. Cor da parede suave. Eu notei um papel de parede nos corredores e na escada que leva aos andares superiores.
Uma típica casa americana, como se vê em filmes. Do sagão de entrada, eu segui para a sala de visitas. Eu notei um grande quadro com um letreiro em bronze escrito "Boodles".
- Gostou? Essa é a nossa família. Gerações e gerações de Boodles.
Diante de mim estava a intrincada árvore familiar dos Boodle. Muitos canídeos. Eu espero que meus leitores saibam que raposas são canídeos também. Alguns felinos. Muitas linhas sobrepostas e cruzadas. Algo normal em Yffiburg.
- Venham, meninos, o chá está pronto!
Eu sou conduzido à sala do chá, um anexo próximo da cozinha, perto do quintal e alguns passos depois da escada.
- Seja bem, vindo, senhor Sapo Bardo. Eu sou Kay Boodle.
A música de Jimmy Hendrix, "Foxy Lady", ressoa em minha mente.
- Obrigado, senhora Kay. Não precisava se incomodar.
- Bobagem, bobagem. Sinta-se em casa.
O cheiro dos biscoitos, dos pães e das geléias. O cheiro do chá. Algo mais tem cheiro bom. Eu quero descobrir de onde vem esse cheiro.
- Então, senhor Sapo Bardo? Teve uma boa passagem de dimensão?
- Tranquila.
- Eu creio que deve ter muitas perguntas. Afinal, veio do mundo humano só para nos entrevistar.
- Ah, eu espero não ser muito indiscreto.
- Fique tranquilo, senhor Sapo Bardo, você pode perguntar qualquer coisa.
- Kit e Kay, é um prazer enorme ter vocês aqui hoje! Para começar, como vocês se conheceram e o que os atraiu um ao outro?
Kit: Risos Bem, eu estava passeando pela praça central de Yiffburg quando vi Kay sentada em um banco, lendo um livro sobre a história da arte furry. Achei a cena irresistível e tive que me aproximar.
Kay: E eu fiquei encantada com a sua ousadia!
- Yiffburg parece ser um lugar incrível para se viver. Qual é a parte que vocês mais gostam da cidade?
Kit: Definitivamente as festas! A energia é contagiante e sempre fazemos novos amigos.
Kay: E eu adoro a liberdade que temos aqui. Podemos ser nós mesmos sem julgamentos.
- Como Richard conheceu vocês?
Kit: Como todo humano, ele deveria estar se sentindo preso, amarrado, tolhido.
Kay: Pobrezinho! Ele precisava de uma boa transa. Nós o trouxemos para Yffiburg.
- Mas por que "furrianos" ?
Kit coloca um óculos e começa a fumar um cachimbo. Tentando parecer um intelectual.
Kit: Isso é óbvio, senhor Sapo Bardo. Veja a natureza. Os animais vivenciam sua sexualidade sem restrições. A homossexualidade é mais normal do que sua espécie imagina. A monogamia não é a regra. Pode-se dizer que os animais são promíscuos e que a gravidez é mais incidental do que intencional.
Kay: Hurray! Meu Kit é intelectual. Mas... acabou o chá e os biscoitos. E agora?
Kit: Nada tema, bela donzela. Eu vou comprar mais.
Assim que Kit sai, Kay começa a flertar comigo.
- Senhor Sapo Bardo, eu ouvi boatos sobre o senhor. Eu quero ver se é verdade.
- Mas... senhora Kay... você é a mulher (fêmea?) de Kit...
- E sempre serei. Isso não me impede de ter amigos. Kit também tem outros amigos. Como você mesmo diz. Todos tem o direito e a liberdade de amar quem quiser, quantos quiser.
Kay me aninha entre seus seios e coxas. Eu não consigo pensar. Kay me envolve em seus braços e não me larga enquanto eu não despejo uma boa quantidade daquele creme branco, espesso e quente.
Kay: (risos) Então era verdade. O Deus das Florestas vive dentro de você. Eu vou querer que venha me ver com frequência. Esse seu "creme de nozes" é de excelente qualidade.
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