O Dito e o Feito são irmãos siameses. Freqüentemente vivem brigando, o que um fala o outro refuta, o que um afirma o outro nega. Um diz que o preservativo não deterá o avanço da AIDS. O outro diz que o preservativo é justificável em certos casos. Um diz que a liberdade religiosa deve ser respeitada. O outro se intromete na religião alheia.
No natal, o Dito declarou: “Disso necessitam as crianças: do amor do pai e da mãe”. O fauno discorda, as crianças necessitam do amor da família e existem muitas formas de famílias.
E o Dito também afirmou: “a Sagrada Família é certamente singular e irrepetível, mas, ao mesmo tempo, é ‘modelo de vida’ para toda a família”.
O fauno discorda, a sagrada família não é um bom exemplo para as famílias.
Que família teria como exemplo a coabitação de um velho com uma menina?
Que família teria como exemplo o estupro de uma menina por uma entidade?
Que família teria como exemplo uma menina que se casou grávida?
Que família teria como exemplo uma gravidez sem pai conhecido?
A sagrada família tornou-se sagrada por que nela nasceu Cristo, não por suas qualidades ou formatação. Fosse apenas uma mãe solteira, ainda seria uma sagrada família. Fosse de uma família adotiva, ainda seria uma sagrada família. Ainda que Cristo fosse órfão e adotado por casais de homens com homens, ou de mulheres com mulheres, ainda seria uma sagrada família.
O núcleo familiar não é um modelo que pode ser definido, monopolizado ou controlado por uma instituição. Além do núcleo, tem todas as relações parentais que tornam, efetivamente, o núcleo familiar em família. Não há limites nem regras que possam controlar ou diminuir os laços sanguíneos ou afetivos que tornam a família esse modelo tão humano, inventado pelos antigos Romanos, todos pagãos.
Pelas crianças, pela sociedade, pela humanidade, este é o modelo de família ideal.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
O natal pagão
Este texto foi encontrado no blog Alta Sacerdotisa, da Gaia Lil, tão bom que merece ser divulgado em homenagem aos meus amigos no hemisfério norte.
Entrada do Sol no signo de Capricórnio, marcando o solstício de inverno no hemisfério norte, celebrado pelos povos celtas como o Sabbat Yule ou Alban Althan. Comemorava-se, nesta data, o renascimento do Sol do ventre escuro da Mãe Terra, simbolizando a renovação das esperanças, novas promessas de alegria e realizações, assegurando à humanidade que a Roda do Ano, em seu movimento perpétuo, novamente chegaria ao fim das vicissitudes do inverno e da escuridão. Desde os tempos mais remotos, a transição entre o ponto mais baixo (a noite mais longa do ano) e o início do retorno na trajetória do Sol em sua Roda Anual, era celebrada com vários rituais em todas as culturas antigas.
Para festejar o renascimento do Sol eram acesas fogueiras e tochas, ofertavam-se presentes para as divindades, reverenciavam-se as árvores sagradas (como o carvalho e o pinheiro), as plantas que representavam os poderes do Deus (como o visco) e da Deusa (como o azevinho), realizando-se também, vários rituais de fertilidade.
O mais importante símbolo do Yule era o fogo, que deveria queimar durante os doze dias das celebrações, representação da luz solar brilhando durante os doze meses. Preparava-se o tronco de Yule ou o “Yule Log”, decorado com folhagens, pinhas, nozes, maçãs, doces, galhos de visco e de azevinho. Esse tronco era guardado até o mesmo ritual do próximo ano, quando era queimado ritualisticamente e substituído.
Prepare você também um tronco de Natal, escolhendo uma tora ou um galho grosso, fazendo três furos para prender três velas, nas cores verde, vermelha e dourada.
Enfeite-o a seu gosto, mas mantenha sempre as velas acesas durante os doze dias das antigas celebrações, convidando assim os Espíritos da Luz a iluminarem a abençoarem sua casa e seus familiares.
Celebração da deusa eslava Koleda, também chamada de Kuntuja, na Rússia, comemorando a deusa Koliada, senhora do tempo, do Sol e da luz, personificando o próprio solstício de inverno. Ela simbolizava o Sol, cercada pelas forças da escuridão, precisando de ajuda da humanidade para vencê-las. Essa tarefa era executada pelas mulheres, que estimulavam, por meio de rituais, o poder procriador da Deusa. Com o passar do tempo, Koliada foi transformada em deus e, nesta data, celebrava-se seu nascimento. Koliada ou Kulada, permaneceu mas disfarçada na figura de São Nicolau, o velhinho bondoso que ajudava as mulheres no trabalhos de parto. Na Rússia, celebrava-se também Maslenitza, a deusa da fertilidade e da agricultura.
Comemoração de Tonan ou Tlakatellis, uma das manifestações da Grande Mãe asteca. Ainda hoje o povo Nahua reverencia-a, colocando guirlandas de calêndulas e folhas em suas estátuas ou nas de sua “substituta” a Virgem de Guadalupe.
O mês de dezembro
Decem era o décimo mês do antigo calendário romano. Seu nome também surgiu como uma homenagem à deusa Décima, uma das Parcas – as Senhoras do Destino-, a regente do presente e tecelã do fio da vida, equivalente à deusa grega Clotho.
O nome anglo-saxão do mês era Aerra Geola, o irlandês, Mi Na Nollag e o nórdico, Wintermonath ou Heilagmonath. No calendário druídico, a letra Ogham é Luís e a árvore, a sorveira. O lema do mês é “assuma o controle de sua vida e não se deixe guiar pelos outros.”
Os povos nativos denominaram este mês de Lua Fria, Lua do Lobo, Lua das Longas Noites, Lua do Uivo dos Lobos, Lua do Carvalho, Lua do Inverno, Lua das Árvores que Estalam e Mês Sagrado.
A mais importante celebração deste mês é o solstício de inverno no hemisfério norte, festejado pelos povos celtas como o Sabbat Yule ou Alban Arthuan. Em várias tradições e lugares do mundo antigo, o solstício era lembrado juntamente com os mitos das deusas virgens dando à luz seus divinos filhos solares, como Osíris, Boal, Attis, Adonis, Hélio, Apolo, Dionísio, Mithras, Baldur, Frey e Jesus. Na tradição romana, esta data chamava-se Dies Natalies Soles Invictus ou o Dia do Nascimento do Sol Invicto e todos os deuses solares receberam títulos semelhantes, como a Luz do Mundo, o Sol da Justiça, o Salvador. As celebrações atuais do Natal são uma amálgama de várias tradições religiosas, antigas e modernas, pagãs, judaicas, zoroastrianas, mitraicas e cristãs.
Na antiga Babilônia, existiam doze dias entre o solstício e o Ano Novo. Era um tempo de dualidade, oscilando entre o caos e a ordem. Os romanos concretizaram essa ambigüidade no famoso festival Saturnália, as festas dedicadas ao deus do tempo Saturno e à sua consorte, a deusa da fertilidade Ops.
Durante oito dias, as regras sociais eram revertidas e patrões e empregados trocavam de funções e roupagens, ninguém trabalhava, todos festejavam. O último dia do festival chamava-se Juvenália, dedicado às crianças que recebiam agrados, presentes e talismãs de boa sorte.
As pedras sagradas do mês são a turquesa e o zircônio. As divindades regentes são todos os deuses e deusas solares, além das deusas Ix Chel, Ástrea, Ops, Astarte, Freyja, Sekhmet, as Nornes, Yemanjá e Arianhod.
Dezembro representa o fechamento de um ciclo, um período para refletir sobre o ano que passou. Na avaliação daquilo que passou e na expectativa de um novo ano, repete-se o momento mítico do caos para a ordem. A Roda do Ano para, entra-se em um novo limiar, no limite entre os tempos e os mundos, quando se torna possível refazer o mundo.
Reveja, portanto, todos os aspectos de sua vida no ano que passou: realizações profissionais, relacionamentos, saúde, caminho espiritual, expressão pessoal, projetos e sonhos. Medite sobre os sucessos e fracassos, criando uma nova imagem do futuro. Consulte algum oráculo, faça uma lista de desejos e projetos, assuma compromissos, prepare encantamentos, invoque as Deusas e entre no Ano Novo com fé, força, luz e esperança.
[Citado de:] Mirela Faur - O Anuário da Grande Mãe.
Nota da casa: Há um mistério no nascimento do Filho da Promessa em Yule que acontece exatamente em Litha. Algo que deve dar o nó na cabeça de muitos pagãos, bruxos e wiccanos. O Deus, que é irmão da Deusa, apaixona-se e une-se à Deusa, para pouco depois definhar e morrer. O Deus morre para se tornar o psicopompo, o condutor das almas de volta ao ventre da Mãe. Assim como o Deus, nos tornamos sementes novamente e, ao renascer o Deus, renascemos nós também. Mas para isso acontecer, o Deus tem que fertilizar a Deusa, tem que se unir [sexualmente] à Deusa. A Deusa gera a vida porque foi fecundada pelo Deus. O Deus morre para que o mundo tenha vida. Eu não compreendo como os diânicos podem negar ou diminuir a importância do nosso Deus. Sem Ele, nenhum dos sabbats que comemoramos tem sentido. Feliz Yule! Feliz Litha!
Entrada do Sol no signo de Capricórnio, marcando o solstício de inverno no hemisfério norte, celebrado pelos povos celtas como o Sabbat Yule ou Alban Althan. Comemorava-se, nesta data, o renascimento do Sol do ventre escuro da Mãe Terra, simbolizando a renovação das esperanças, novas promessas de alegria e realizações, assegurando à humanidade que a Roda do Ano, em seu movimento perpétuo, novamente chegaria ao fim das vicissitudes do inverno e da escuridão. Desde os tempos mais remotos, a transição entre o ponto mais baixo (a noite mais longa do ano) e o início do retorno na trajetória do Sol em sua Roda Anual, era celebrada com vários rituais em todas as culturas antigas.
Para festejar o renascimento do Sol eram acesas fogueiras e tochas, ofertavam-se presentes para as divindades, reverenciavam-se as árvores sagradas (como o carvalho e o pinheiro), as plantas que representavam os poderes do Deus (como o visco) e da Deusa (como o azevinho), realizando-se também, vários rituais de fertilidade.
O mais importante símbolo do Yule era o fogo, que deveria queimar durante os doze dias das celebrações, representação da luz solar brilhando durante os doze meses. Preparava-se o tronco de Yule ou o “Yule Log”, decorado com folhagens, pinhas, nozes, maçãs, doces, galhos de visco e de azevinho. Esse tronco era guardado até o mesmo ritual do próximo ano, quando era queimado ritualisticamente e substituído.
Prepare você também um tronco de Natal, escolhendo uma tora ou um galho grosso, fazendo três furos para prender três velas, nas cores verde, vermelha e dourada.
Enfeite-o a seu gosto, mas mantenha sempre as velas acesas durante os doze dias das antigas celebrações, convidando assim os Espíritos da Luz a iluminarem a abençoarem sua casa e seus familiares.
Celebração da deusa eslava Koleda, também chamada de Kuntuja, na Rússia, comemorando a deusa Koliada, senhora do tempo, do Sol e da luz, personificando o próprio solstício de inverno. Ela simbolizava o Sol, cercada pelas forças da escuridão, precisando de ajuda da humanidade para vencê-las. Essa tarefa era executada pelas mulheres, que estimulavam, por meio de rituais, o poder procriador da Deusa. Com o passar do tempo, Koliada foi transformada em deus e, nesta data, celebrava-se seu nascimento. Koliada ou Kulada, permaneceu mas disfarçada na figura de São Nicolau, o velhinho bondoso que ajudava as mulheres no trabalhos de parto. Na Rússia, celebrava-se também Maslenitza, a deusa da fertilidade e da agricultura.
Comemoração de Tonan ou Tlakatellis, uma das manifestações da Grande Mãe asteca. Ainda hoje o povo Nahua reverencia-a, colocando guirlandas de calêndulas e folhas em suas estátuas ou nas de sua “substituta” a Virgem de Guadalupe.
O mês de dezembro
Decem era o décimo mês do antigo calendário romano. Seu nome também surgiu como uma homenagem à deusa Décima, uma das Parcas – as Senhoras do Destino-, a regente do presente e tecelã do fio da vida, equivalente à deusa grega Clotho.
O nome anglo-saxão do mês era Aerra Geola, o irlandês, Mi Na Nollag e o nórdico, Wintermonath ou Heilagmonath. No calendário druídico, a letra Ogham é Luís e a árvore, a sorveira. O lema do mês é “assuma o controle de sua vida e não se deixe guiar pelos outros.”
Os povos nativos denominaram este mês de Lua Fria, Lua do Lobo, Lua das Longas Noites, Lua do Uivo dos Lobos, Lua do Carvalho, Lua do Inverno, Lua das Árvores que Estalam e Mês Sagrado.
A mais importante celebração deste mês é o solstício de inverno no hemisfério norte, festejado pelos povos celtas como o Sabbat Yule ou Alban Arthuan. Em várias tradições e lugares do mundo antigo, o solstício era lembrado juntamente com os mitos das deusas virgens dando à luz seus divinos filhos solares, como Osíris, Boal, Attis, Adonis, Hélio, Apolo, Dionísio, Mithras, Baldur, Frey e Jesus. Na tradição romana, esta data chamava-se Dies Natalies Soles Invictus ou o Dia do Nascimento do Sol Invicto e todos os deuses solares receberam títulos semelhantes, como a Luz do Mundo, o Sol da Justiça, o Salvador. As celebrações atuais do Natal são uma amálgama de várias tradições religiosas, antigas e modernas, pagãs, judaicas, zoroastrianas, mitraicas e cristãs.
Na antiga Babilônia, existiam doze dias entre o solstício e o Ano Novo. Era um tempo de dualidade, oscilando entre o caos e a ordem. Os romanos concretizaram essa ambigüidade no famoso festival Saturnália, as festas dedicadas ao deus do tempo Saturno e à sua consorte, a deusa da fertilidade Ops.
Durante oito dias, as regras sociais eram revertidas e patrões e empregados trocavam de funções e roupagens, ninguém trabalhava, todos festejavam. O último dia do festival chamava-se Juvenália, dedicado às crianças que recebiam agrados, presentes e talismãs de boa sorte.
As pedras sagradas do mês são a turquesa e o zircônio. As divindades regentes são todos os deuses e deusas solares, além das deusas Ix Chel, Ástrea, Ops, Astarte, Freyja, Sekhmet, as Nornes, Yemanjá e Arianhod.
Dezembro representa o fechamento de um ciclo, um período para refletir sobre o ano que passou. Na avaliação daquilo que passou e na expectativa de um novo ano, repete-se o momento mítico do caos para a ordem. A Roda do Ano para, entra-se em um novo limiar, no limite entre os tempos e os mundos, quando se torna possível refazer o mundo.
Reveja, portanto, todos os aspectos de sua vida no ano que passou: realizações profissionais, relacionamentos, saúde, caminho espiritual, expressão pessoal, projetos e sonhos. Medite sobre os sucessos e fracassos, criando uma nova imagem do futuro. Consulte algum oráculo, faça uma lista de desejos e projetos, assuma compromissos, prepare encantamentos, invoque as Deusas e entre no Ano Novo com fé, força, luz e esperança.
[Citado de:] Mirela Faur - O Anuário da Grande Mãe.
Nota da casa: Há um mistério no nascimento do Filho da Promessa em Yule que acontece exatamente em Litha. Algo que deve dar o nó na cabeça de muitos pagãos, bruxos e wiccanos. O Deus, que é irmão da Deusa, apaixona-se e une-se à Deusa, para pouco depois definhar e morrer. O Deus morre para se tornar o psicopompo, o condutor das almas de volta ao ventre da Mãe. Assim como o Deus, nos tornamos sementes novamente e, ao renascer o Deus, renascemos nós também. Mas para isso acontecer, o Deus tem que fertilizar a Deusa, tem que se unir [sexualmente] à Deusa. A Deusa gera a vida porque foi fecundada pelo Deus. O Deus morre para que o mundo tenha vida. Eu não compreendo como os diânicos podem negar ou diminuir a importância do nosso Deus. Sem Ele, nenhum dos sabbats que comemoramos tem sentido. Feliz Yule! Feliz Litha!
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
O mais antigo templo do sol
Noticiado pelo Caturo, no Gladius:
No noroeste da Bulgária, perto da cidade de Vratsa e da aldeia de Ohoden, descobriu-se recentemente o mais antigo templo solar do mundo, que terá sido erigido há mais de oito mil anos.
Este local de culto pré-histórico, com cerca de três mil anos a mais do que o «seu equivalente» britânico - Stonehenge - não está, como este último, à luz do dia, mas sim em lugar subterrâneo, e tem um formato de ferradura. De acordo com os arqueólogos, as gentes pré-históricas faziam nesta espécie de templo as suas oferendas ao Sol em troca de fertilidade e calculavam as estações e determinavam os momentos de plantação e de colheita.
Foram encontrados perto do templo dúzias de discos de barro e de pedra. O arqueólogo Georgi Ganetsovski diz que «a semântica do disco simboliza o próprio disco do Sol, o que significa que este é o templo mais antigo de culto ao Sol alguma vez encontrado» na Bulgária.
Esta área do País já tinha sido referida nas notícias por aí se terem encontrado vestígios da mais antiga população que viveu nesta área da Europa.
Um sinal de bom aspecto, este - a descoberta de um eminente centro de culto ao Sol precisamente numa época do ano originalmnente consagrada em parte ao culto solar. É um emblema, em sentido figurado ou não - porque, de facto, o culto poderá não ser sequer indo-europeu de origem - do retorno à superfície dos antigos Deuses.
Nota da casa: Os Deuses antigos nunca estiveram cobertos, nós que lhes viramos as costas, para nossa desgraça. Os Deuses antigos estão onde sempre estiveram - acima, sobre e abaixo da superfície. Nós é que, envergonhados, estamos reconhecendo - enfim! - o quanto fomos tolos, ingênuos e infantis.
No noroeste da Bulgária, perto da cidade de Vratsa e da aldeia de Ohoden, descobriu-se recentemente o mais antigo templo solar do mundo, que terá sido erigido há mais de oito mil anos.
Este local de culto pré-histórico, com cerca de três mil anos a mais do que o «seu equivalente» britânico - Stonehenge - não está, como este último, à luz do dia, mas sim em lugar subterrâneo, e tem um formato de ferradura. De acordo com os arqueólogos, as gentes pré-históricas faziam nesta espécie de templo as suas oferendas ao Sol em troca de fertilidade e calculavam as estações e determinavam os momentos de plantação e de colheita.
Foram encontrados perto do templo dúzias de discos de barro e de pedra. O arqueólogo Georgi Ganetsovski diz que «a semântica do disco simboliza o próprio disco do Sol, o que significa que este é o templo mais antigo de culto ao Sol alguma vez encontrado» na Bulgária.
Esta área do País já tinha sido referida nas notícias por aí se terem encontrado vestígios da mais antiga população que viveu nesta área da Europa.
Um sinal de bom aspecto, este - a descoberta de um eminente centro de culto ao Sol precisamente numa época do ano originalmnente consagrada em parte ao culto solar. É um emblema, em sentido figurado ou não - porque, de facto, o culto poderá não ser sequer indo-europeu de origem - do retorno à superfície dos antigos Deuses.
Nota da casa: Os Deuses antigos nunca estiveram cobertos, nós que lhes viramos as costas, para nossa desgraça. Os Deuses antigos estão onde sempre estiveram - acima, sobre e abaixo da superfície. Nós é que, envergonhados, estamos reconhecendo - enfim! - o quanto fomos tolos, ingênuos e infantis.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Presente de "natal"
Texto divulgado no Maçãs Podres, de minha autoria:
Dentro do tema do meu blog, as religiões e culturas dos povos da Antiguidade, a dita civilização clássica foi a principal fonte da misoginia que se alastrou pela Idade Média, pelas vias da doutrina da Igreja.
Felizmente, nem todos os povos antigos foram assim. Os Etruscos forma conhecidos não apenas pelo estado de urbanização e cultura avançada, mas pela igualdade de gênero. Entre os Bretões [e povos Celtas em geral] a mulher assumia cargos de importância social como rainhas, sacerdotisas e guerreiras. Ao contrário das civilizações clássicas [Gregos e Romanos] as Deusas eram tão senão mais adoradas que os Deuses. Os mitos demonstram uma equivalência de poder e força entre Deuses e Deusas.
No Oriente Médio temos as grandes civilizações dos Hititas, dos Filisteus, dos Cananeus, dos Frígios, dos Assírios, dos Acadianos e Sumerianos, de onde se originaram o culto à Deusa-Mãe.
Na África, temos a civilização dos Egípcios onde a história ainda se lembra das mulheres-faraó que reinaram e deixaram sua marca de beleza na arte, como Nefertiti, Hashepsut, Cleópatra.
Em suma, das civilizações antigas, apenas a dos Gregos e a do Romanos a condição da mulher estava abaixo da condição de um escravo. Riane Eisler declara que os antigos Gregos adultos mantinham um relacionamento com garotos exatamente porque desprezavam a mulher. Os Romanos consideravam a mulher uma propriedade do pater-familias, para ser trocada ou negociada em algum casamento, sem contar ser comum a manutenção de cortesãs ou mesmo preferir deitar-se com uma serva do que com a esposa.
Tanto em Roma quanto em Atenas era comum haver hieródulos, templos onde existiam a prostituição sagrada. A única exceção são as vestais, mulheres que se tornam sacerdotisas de Vesta, a sociedade romana tinha tão alta estima por estas sacerdotisas que elas é quem consagravam os Césares.
O pouco que sabemos dos mitos da civilização clássica foi feita em um período tardio, quando o poder estava nas mãos do patriarcado e isto refletiu nas obras de Hesíodo - Teogonia - bem como em obras posteriores. Tornou-se comum para as elites dominantes demonizar as divindades primordiais e diminuir a influência das Deusas, ressaltando e sustentando o modo de dominação patriarcal.
As três grandes religiões mundiais - monoteístas - refletem bem esse aspecto social, político e religioso onde a mulher é vista como a grande culpada [pecadora] pela queda da humanidade e pelo sofrimento advindo de nossa condição carnal.
Felizmente a humanidade cresceu e adquiriu conhecimento. Veio o Renascentismo, as revoluções, a indústria. A Igreja começou a perder o poder. A autoridade da elite patriarcal começou a ser contestada. Alternativas de Estado, de Regime, de Espiritualidade, de Crença, surgiram.
No inicio da década de 60 (1954) estes eventos deram condição para a humanidade começar a se libertar da autocracia dos regimes ditatoriais e teocráticos. Junto com a Contracultura e a Revolução Sexual surgiu e cresceu o Neopaganismo, onde as mulheres estão reencontrando seu espaço e sua expressão, retomando o lugar que também lhes pertence por direito, encontrando meios para se ressacralizar e reconduzir a humanidade a redescobrir que ambos os gêneros possuem alma e espírito, ambos os gêneros são igualmente divinos e sagrados, ambos os gêneros são igualmente competentes para exercer o sacerdócio, ambos os gêneros são igualmente capazes para cargos políticos.
Oxalá em alguns anos a humanidade possa reestabelecer a Deusa no trono do mundo.
Os eventuais leitores não estranhem, mas como eu escrevo para o público geral e não apenas para pagãos, não faria muito sentido abrir o texto com um título "presente de litha". Mas aos que quiserem dar a este fauno um presente, agradeço antecipadamente. };)
Dentro do tema do meu blog, as religiões e culturas dos povos da Antiguidade, a dita civilização clássica foi a principal fonte da misoginia que se alastrou pela Idade Média, pelas vias da doutrina da Igreja.
Felizmente, nem todos os povos antigos foram assim. Os Etruscos forma conhecidos não apenas pelo estado de urbanização e cultura avançada, mas pela igualdade de gênero. Entre os Bretões [e povos Celtas em geral] a mulher assumia cargos de importância social como rainhas, sacerdotisas e guerreiras. Ao contrário das civilizações clássicas [Gregos e Romanos] as Deusas eram tão senão mais adoradas que os Deuses. Os mitos demonstram uma equivalência de poder e força entre Deuses e Deusas.
No Oriente Médio temos as grandes civilizações dos Hititas, dos Filisteus, dos Cananeus, dos Frígios, dos Assírios, dos Acadianos e Sumerianos, de onde se originaram o culto à Deusa-Mãe.
Na África, temos a civilização dos Egípcios onde a história ainda se lembra das mulheres-faraó que reinaram e deixaram sua marca de beleza na arte, como Nefertiti, Hashepsut, Cleópatra.
Em suma, das civilizações antigas, apenas a dos Gregos e a do Romanos a condição da mulher estava abaixo da condição de um escravo. Riane Eisler declara que os antigos Gregos adultos mantinham um relacionamento com garotos exatamente porque desprezavam a mulher. Os Romanos consideravam a mulher uma propriedade do pater-familias, para ser trocada ou negociada em algum casamento, sem contar ser comum a manutenção de cortesãs ou mesmo preferir deitar-se com uma serva do que com a esposa.
Tanto em Roma quanto em Atenas era comum haver hieródulos, templos onde existiam a prostituição sagrada. A única exceção são as vestais, mulheres que se tornam sacerdotisas de Vesta, a sociedade romana tinha tão alta estima por estas sacerdotisas que elas é quem consagravam os Césares.
O pouco que sabemos dos mitos da civilização clássica foi feita em um período tardio, quando o poder estava nas mãos do patriarcado e isto refletiu nas obras de Hesíodo - Teogonia - bem como em obras posteriores. Tornou-se comum para as elites dominantes demonizar as divindades primordiais e diminuir a influência das Deusas, ressaltando e sustentando o modo de dominação patriarcal.
As três grandes religiões mundiais - monoteístas - refletem bem esse aspecto social, político e religioso onde a mulher é vista como a grande culpada [pecadora] pela queda da humanidade e pelo sofrimento advindo de nossa condição carnal.
Felizmente a humanidade cresceu e adquiriu conhecimento. Veio o Renascentismo, as revoluções, a indústria. A Igreja começou a perder o poder. A autoridade da elite patriarcal começou a ser contestada. Alternativas de Estado, de Regime, de Espiritualidade, de Crença, surgiram.
No inicio da década de 60 (1954) estes eventos deram condição para a humanidade começar a se libertar da autocracia dos regimes ditatoriais e teocráticos. Junto com a Contracultura e a Revolução Sexual surgiu e cresceu o Neopaganismo, onde as mulheres estão reencontrando seu espaço e sua expressão, retomando o lugar que também lhes pertence por direito, encontrando meios para se ressacralizar e reconduzir a humanidade a redescobrir que ambos os gêneros possuem alma e espírito, ambos os gêneros são igualmente divinos e sagrados, ambos os gêneros são igualmente competentes para exercer o sacerdócio, ambos os gêneros são igualmente capazes para cargos políticos.
Oxalá em alguns anos a humanidade possa reestabelecer a Deusa no trono do mundo.
Os eventuais leitores não estranhem, mas como eu escrevo para o público geral e não apenas para pagãos, não faria muito sentido abrir o texto com um título "presente de litha". Mas aos que quiserem dar a este fauno um presente, agradeço antecipadamente. };)
domingo, 19 de dezembro de 2010
Masculino/Feminino
Eu, o grande Zeus, determinei que:
Não houvesse homem totalmente masculino
Não houvesse mulher totalmente feminina
De ora em diante:
Há homens que buscam na mulher sua parte feminina
Há mulheres que buscam no homem sua parte masculina
Há homens que buscam seu masculino na mulher
Há mulheres que buscam seu feminino no homem
Há homens que buscam seu masculino no homem
Há mulheres que buscam seu feminino na mulher
Há mulheres que buscam no homem e na mulher seu masculino e seu feminino
Há homens que buscam no homem e na mulher seu masculino e seu feminino
Há homens que não buscam nem o homem nem a mulher
Há mulheres que não buscam nem o homem nem a mulher
Há homens que buscam a si mesmos tão somente
Há mulheres que buscam a si mesmas tão somente
Há homens que não buscam
Há mulheres que não buscam
Há os mortos e as mortas!
Autor [citando de fonte ignorada]: Dr Victor Salis
Fonte: Mitologia Viva, pg.141.
Nota da casa: Este tópico é oferecido com carinho à Gaia Lil.
Não houvesse homem totalmente masculino
Não houvesse mulher totalmente feminina
De ora em diante:
Há homens que buscam na mulher sua parte feminina
Há mulheres que buscam no homem sua parte masculina
Há homens que buscam seu masculino na mulher
Há mulheres que buscam seu feminino no homem
Há homens que buscam seu masculino no homem
Há mulheres que buscam seu feminino na mulher
Há mulheres que buscam no homem e na mulher seu masculino e seu feminino
Há homens que buscam no homem e na mulher seu masculino e seu feminino
Há homens que não buscam nem o homem nem a mulher
Há mulheres que não buscam nem o homem nem a mulher
Há homens que buscam a si mesmos tão somente
Há mulheres que buscam a si mesmas tão somente
Há homens que não buscam
Há mulheres que não buscam
Há os mortos e as mortas!
Autor [citando de fonte ignorada]: Dr Victor Salis
Fonte: Mitologia Viva, pg.141.
Nota da casa: Este tópico é oferecido com carinho à Gaia Lil.
sábado, 18 de dezembro de 2010
Feliz solstício de verão!
O comércio torce as maõs, imaginando o lucro por causa da febre do natal e do ano novo.
Por toda a cidade, enfeites... cristãos? Não, pagãos!
Mas os brasileiros não conhecem a história, não conhecem suas raízes.
Conforme o "natal" vai chegando, receberemos de familiares, parentes e amigos as mesmas mensagens de "feliz natal", mesmo eles sabendo que nós somos pagãos!
Eu espero, por favor, mensagens de Feliz Saturnália, Feliz dia do Sol Invicto, Feliz dia de Mithra, Feliz dia de Dioniso, Feliz Solsticio de Verão, Feliz Litha.
Sobre o real significado deste dia, vale a pena citar o Caturo:
A celebração ocidental do Natal deriva, pelo menos em boa parte, da antiga Saturnália, festa ritual que se iniciava a 17 de Dezembro e se realizava em honra de Saturno, Deus da Idade do Ouro e das Colheitas. Tudo indica que a Saturnália marcava o fim das colheitas; e como era ainda cedo demais para voltar a semear, o doce ócio daí resultante dava lugar ao mais augusto dos festejos.
Para o acervo das tradições natalícias veio mais tarde o contributo do culto ao Sol Invencível, ou Sol Invictus, e da adoração de Mitra.
«Io Saturnália!», era o grito dos antigos foliões durante o convívio pautado pela fraternidade geral e pela opulenta abundância de vitualhas, cenário de grandes comezainas, grandes bebedeiras e, não raramente, notáveis orgias. As casas eram decoradas com grinaldas de louro e as pessoas visitavam-se entre si, trocando prendas tais como velas de cera e bonecos de barro (os «sigilaria»).
Andar na rua, ao cair da tarde, e ver as lojas todas abertas, com imensa gente atafulhada em embrulhos de papel faíscante, e apreciar o fausto das iluminações natalícias, somando tudo isto ao aroma e nevoeiro das castanhas assadas, é dos maiores prazeres que se pode ter nesta vida, e faz desta época a melhor do ano, sobretudo porque no próprio lar brilha a mágica árvore de Natal, tão simples e inalteravelmente pura, presença de todos os anos, que, vinda de tempos remotos, transcende as eras, porque não precisa de morrer. Elemento festivo de raiz germânica, é símbolo de vida, de eixo do mundo, e as suas luzes representam elo ou pelo menos memória das luzes do Alto. A árvore escolhida costuma ser o pinheiro, pelo mesmo motivo que o azevinho e o visco estão também associados à quadra natalícia - porque, permanecendo verdes todo o ano, constituem símbolo de eternidade.
No fim de cada ano os povos do norte dirigiam aos seus Deuses uma série de pedidos pendurando os objectos que consideravam mais valiosos nos pinheiros cobertos de neve. Escudos, armaduras e martelos eram os diferentes ornamentos utilizados na decoração da árvore. A luz reflectida através do metal exposto dava aos bosques um ar luminoso muito semelhante ao das árvores de natal. Mudam-se ideias e modos de vida, tanto a nível individual como colectivo, mas permanece essa referência central luminosa que vem das origens.
Estreitamente ligada à abundância, estava, em temos antigos, a fraternidade. Julgo que, no pensamento antigo, a plenitude é como um estado de excelência universal, em que tudo representa vida: fertilidade e amor estão assim intimamente interligados, dado que representam, quer uma quer outra, e sobretudo em conjunto, uma manifestação privilegiada de vitalidade.
A curiosidade, a guisa de comentário deste pagão, é que, por via do aculturamento colonial imposto, celebramos uma festa típica de boas vindas... para o inverno! Em pleno início de verão! E dá-lhe ceia de natal cheia de produtos... importados! Alimentos doces, gordurosos, costumes trazidos pelos nossos avós que vieram da Europa que, nesta época, começa o inverno e isto tem uma tradição e raízes em crenças que antecedem em milênios ao Cristianismo. Pelos Deuses, vamos dar um pouco de valor ao Brasil e demos as boas vindas ao verão com uma ceia repleta de frutas.
Feliz Litha!
PS: Neste ano, o solstício de verão foi brindado com um eclipse lunar. Coincidências não existem.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
O dominio de Afrodite
O dominio de Afrodite não conhece limites na antiguidade, tendo sido encontrados mais de novecentos templos ou santuários erigidos para seu culto, espalhados por todas as cidades gregas. É qe se tratava de uma civilização na qual a arte de amar ocupava um lugar central, inclusive parte fundamental da educação dos jovens.
Afrodite tinha três manifestações que revelavam suas funções como Deusa do amor e da beleza: Afrodite Urânia [protegia as uniões e os casamentos], Afrodite Pandemos [protegia todas as formas de amor desinteressado] e Afrodite Apostrofia [protegia os homens e as mulheres de cair na tentação de se vender para obter vantagens].
Em seus muitos templos haviam sacerdotes - homens e mulheres - especializados na iniciação sexual dos jovens. Chamados de pórneos e pórneas, suas funções eram consideradas sagradas. Foi durante o Império Romano que esses ritos de iniciação se descaracterizaram e degeneraram em orgias, originando-se então o significado pejorativo dos atos e palavras que daí derivaram (pornô, pornográfico, etc).
A prática de relações sexuais antes do casamento está longe de ser uma conquista moderna da emancipação sexual. Era costume, há mais de 25 séculos, por uma sociedade que hoje chamamos de arcaica. E ainda praticavam essa emancipação com pessoas competentes, para isso preparadas, além de seu valor ritual.
Afrodite representa a arte de amar por excelência, mas trata-se de uma arte voltada ao cultivo do amor genuíno e desinteressado. Não defende o amor único e muito menos confunde fidelidade com exclusividade. Não considera ilegítimo ou prostituinte amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo ou ao longo da vida, desde que com sentimentos verdadeiros. Seu culto considerava que, mesmo o amor exclusivo a uma pessoa, seria condenável se estivesse baseado em conveniências e sentimentos falsos, inclusive em um casamento. Mas também condenava severamente a falta de recato, seja no homem ou nna mulher, que era o apaixonar-se e o entregar-se de modo desvairado, praticando uma sexualidade sem limites. A arte de amar era vista como o elixir da vida e não se restringia ao sexo, mas significava amar o mundo, as pessoas, enfim, tudo uq é vivo. Essas lições da arte de amar, mais do que nunca, servem para nós e para sempre. A tecnologia não mudará jamais a essência do homem, qeu sempre almejou e almejará realizar-se no amor verdadeiro.
Autor: Dr Viktor Salis
Fonte: Mitologia Viva, pg. 42-45.
Afrodite tinha três manifestações que revelavam suas funções como Deusa do amor e da beleza: Afrodite Urânia [protegia as uniões e os casamentos], Afrodite Pandemos [protegia todas as formas de amor desinteressado] e Afrodite Apostrofia [protegia os homens e as mulheres de cair na tentação de se vender para obter vantagens].
Em seus muitos templos haviam sacerdotes - homens e mulheres - especializados na iniciação sexual dos jovens. Chamados de pórneos e pórneas, suas funções eram consideradas sagradas. Foi durante o Império Romano que esses ritos de iniciação se descaracterizaram e degeneraram em orgias, originando-se então o significado pejorativo dos atos e palavras que daí derivaram (pornô, pornográfico, etc).
A prática de relações sexuais antes do casamento está longe de ser uma conquista moderna da emancipação sexual. Era costume, há mais de 25 séculos, por uma sociedade que hoje chamamos de arcaica. E ainda praticavam essa emancipação com pessoas competentes, para isso preparadas, além de seu valor ritual.
Afrodite representa a arte de amar por excelência, mas trata-se de uma arte voltada ao cultivo do amor genuíno e desinteressado. Não defende o amor único e muito menos confunde fidelidade com exclusividade. Não considera ilegítimo ou prostituinte amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo ou ao longo da vida, desde que com sentimentos verdadeiros. Seu culto considerava que, mesmo o amor exclusivo a uma pessoa, seria condenável se estivesse baseado em conveniências e sentimentos falsos, inclusive em um casamento. Mas também condenava severamente a falta de recato, seja no homem ou nna mulher, que era o apaixonar-se e o entregar-se de modo desvairado, praticando uma sexualidade sem limites. A arte de amar era vista como o elixir da vida e não se restringia ao sexo, mas significava amar o mundo, as pessoas, enfim, tudo uq é vivo. Essas lições da arte de amar, mais do que nunca, servem para nós e para sempre. A tecnologia não mudará jamais a essência do homem, qeu sempre almejou e almejará realizar-se no amor verdadeiro.
Autor: Dr Viktor Salis
Fonte: Mitologia Viva, pg. 42-45.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Cai o espinheiro sagrado
Notícia que veio feito um alarde pela comunidade orkut, Sociedade Wicca, mas não há qualquer jornal local que fale do assunto.
Apenas em blogs e comunidades pagãs há uma versão da notícia em português.
Um dos mais conhecidos locais de peregrinação da Grã-Bretanha foi vítima da a ação de vândalos. A famosa árvore, conhecida como "Espinheiro Sagrado de Glastonbury", foi encontrada destruída na manhã da quinta-feira passada (09).
O espinheiro de Glastonbury, plantado por Joseph de Arimathea a cerca de 2.000 anos atrás, recebia milhares de peregrinos anualmente, inclusive cristãos. Agora todos os pagãos lamentam profundamente a perda desse monumento sagrado da natureza.
A polícia acredita que fanáticos religiosos cristãos podem ter cortado a árvore propositalmente, mas ainda não há nenhum acusado.[Portal o Bruxo][link morto]
Nas notícias de jornais no estrangeiro, as opiniões se dividem. Há quem ache que o local pertence aos cristãos e que o ataque só pode ter sido obra de um pagão [¬¬] ou de um ateu. Ainda não se sabe quem ou o porquê. Mas o impacto na comunidade de Glastonbury ao ver o espinheiro sagrado cortado foi tão grande que as pessoas choraram e a comunidade ofereceu uma recompensa.
Apenas em blogs e comunidades pagãs há uma versão da notícia em português.
Um dos mais conhecidos locais de peregrinação da Grã-Bretanha foi vítima da a ação de vândalos. A famosa árvore, conhecida como "Espinheiro Sagrado de Glastonbury", foi encontrada destruída na manhã da quinta-feira passada (09).
O espinheiro de Glastonbury, plantado por Joseph de Arimathea a cerca de 2.000 anos atrás, recebia milhares de peregrinos anualmente, inclusive cristãos. Agora todos os pagãos lamentam profundamente a perda desse monumento sagrado da natureza.
A polícia acredita que fanáticos religiosos cristãos podem ter cortado a árvore propositalmente, mas ainda não há nenhum acusado.[Portal o Bruxo][link morto]
Nas notícias de jornais no estrangeiro, as opiniões se dividem. Há quem ache que o local pertence aos cristãos e que o ataque só pode ter sido obra de um pagão [¬¬] ou de um ateu. Ainda não se sabe quem ou o porquê. Mas o impacto na comunidade de Glastonbury ao ver o espinheiro sagrado cortado foi tão grande que as pessoas choraram e a comunidade ofereceu uma recompensa.
Autorizada construção do Templo de Gaia na Itália
O Movimento Itália Nativa (M.I.N), uma importante organização pagã italiana, conseguiu uma autorização do Estado para construção do primeiro Templo Oficial de Gaia na Itália.
Com o reconhecimento oficial do governo, a instituição poderá iniciar a construção, que representa uma grande conquista para a comunidade pagã não só da Itália, mas de todo o mundo. O primeiro templo será construído no sul do país.
Gaetano Macchia, coordenador do M.I.N, comunicou ao portal "O Bruxo" que a intenção da organização é expandir as ações do grupo por outras regiões da Itália e também do mundo, através de acordos com outras instituições pagãs mundiais.
Com o reconhecimento oficial do estado e com a conclusão do primeiro templo, Gaetano afirma que será possível iniciar a construção de outros locais de culto pelo país, dedicados a outras divindades pagãs.
Apesar da conquista, Gaetano revelou que a associação ainda está com dificuldades para prosseguir com as obras do Templo, pois os financiadores da construção são apenas os membros do M.I.N da região de Bari e províncias próximas.
Para dar continuidade às obras, foi aberta uma 'conta post pay' em nome do M.I.N, para que pagãos e outras pessoas possam realizar doações voluntárias. A verba arrecadada será destinada à aquisição de uma imagem de Gaia, compra de madeira e outros materiais de construção que estão faltando para a obra.
Após sua conclusão, o Templo de Gaia terá três espaços de culto e um espaço para refeições.
Fonte: Portal O Bruxo [link morto]
Com o reconhecimento oficial do governo, a instituição poderá iniciar a construção, que representa uma grande conquista para a comunidade pagã não só da Itália, mas de todo o mundo. O primeiro templo será construído no sul do país.
Gaetano Macchia, coordenador do M.I.N, comunicou ao portal "O Bruxo" que a intenção da organização é expandir as ações do grupo por outras regiões da Itália e também do mundo, através de acordos com outras instituições pagãs mundiais.
Com o reconhecimento oficial do estado e com a conclusão do primeiro templo, Gaetano afirma que será possível iniciar a construção de outros locais de culto pelo país, dedicados a outras divindades pagãs.
Apesar da conquista, Gaetano revelou que a associação ainda está com dificuldades para prosseguir com as obras do Templo, pois os financiadores da construção são apenas os membros do M.I.N da região de Bari e províncias próximas.
Para dar continuidade às obras, foi aberta uma 'conta post pay' em nome do M.I.N, para que pagãos e outras pessoas possam realizar doações voluntárias. A verba arrecadada será destinada à aquisição de uma imagem de Gaia, compra de madeira e outros materiais de construção que estão faltando para a obra.
Após sua conclusão, o Templo de Gaia terá três espaços de culto e um espaço para refeições.
Fonte: Portal O Bruxo [link morto]
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
O "espírito do tempo"
Recentemente, na página inicial do oráculo virtual [Google] tinha um link que levava o internauta ao "Google Zeitgest 2010". Explico: o Google disse quais os termos que foram mais procurados no ano de 2010.
Abaixo, segue uma imagem com os resultados no Brasil.
Abaixo, segue uma imagem com os resultados no Brasil.
Segundo o Google, o "espírito do tempo" em 2010 no Brasil foi a "musa da copa" Larissa Riquelme. Neste blog, ela e a copa foram comentados e celebrados no tópico "Mulheres e a Copa". Não que eu tenha algo contra a nudez, especialmente a feminina, mas falta o senso de sagrado nas revistas masculinas ditas "adultas". Em algum lugar eu citei a frase de John Stoltenberg: “A pornografia institucionaliza a supremacia masculina assim como a segregação institucionaliza a supremacia branca”. E o assunto do sexo no Paganismo acabou sendo assunto para eu, a Nana e a Yoni, o que será melhor abordado nos próximos tópicos, com a ajuda do Dr Viktor Salis.
Então tem a discussão do lugar e do papel do amor, do desejo, do prazer, dos relacionamentos e do sexo, que eu gosto tanto de comentar com as Musas [a Yoni merece ser promovida a Musa desse blog };)]. A Nana fez um texto sobre o Complexo de Cinderela e eis que a Adilia colocou em seu blog um desenho que mostra bem como o patriarcado se imiscui no feminino.
Cada uma das personagens na imagem representa um papel que a sociedade patriarcal dá à mulher. Não há [ainda] um personagem da Disney que glamourize a pornografia e a prostituição, mas há muitas Larissas Riquelme e Brunas Surfistinhas que conseguem ter suas conquistas por meio da sujeição de sua humanidade ao sexismo, ao machismo dominante.
Então tem a discussão do lugar e do papel do amor, do desejo, do prazer, dos relacionamentos e do sexo, que eu gosto tanto de comentar com as Musas [a Yoni merece ser promovida a Musa desse blog };)]. A Nana fez um texto sobre o Complexo de Cinderela e eis que a Adilia colocou em seu blog um desenho que mostra bem como o patriarcado se imiscui no feminino.
Cada uma das personagens na imagem representa um papel que a sociedade patriarcal dá à mulher. Não há [ainda] um personagem da Disney que glamourize a pornografia e a prostituição, mas há muitas Larissas Riquelme e Brunas Surfistinhas que conseguem ter suas conquistas por meio da sujeição de sua humanidade ao sexismo, ao machismo dominante.
A constante busca pela perfeição [distorção] do corpo, pela malhação em academias, por cirurgias plásticas, não são mais do que outras formas socialmente aceitas dos sintomas dessa doença.
A mulher não tem noção nem conhece que o feminino é tão sagrado e divino quanto o masculino. Muitas vezes ela aceita o papel ou da Santa ou da Puta, da Esposa ou da Cortesã, tudo para agradar o pequeno "macho alfa", o masculino inseguro, que mantém sua supremacia pela política, pelos tabus sociais, pela religião, pela dominação dos meios de produção e retenção da riqueza. E com isso ela assimila os ideais de sucesso profissional, posição social, de crescimento patrimonial e conquista financeira que está nos conduzindo à extinção, anulando o feminino, anulando seu domínio e poder sobre seus direitos eróticos-afetivos e reprodutivos.
Ainda temos que aprender e muito com os antigos, ainda temos e muito que amadurecer, ainda temos e muito para nos tornarmos efetivamente humanos.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Vivenciando a mitologia
Adquiri o livro do Dr. Viktor Salis, "Mitologia Viva", da Editora Nova Alexandria.
Uma perspectiva interessante, tanto para pessoas "comuns" quanto para pagãos. A proposta do autor é o de como utilizar os mitos antigos para a nossa vida. A despeito de alguns deslizes do Dr, como afirmar que o culto de Isis deu origem à Pessach e à Páscoa, ou mesmo uma certa tecnofobia ao afirmar que a esquizofrenia é causada pelo excesso de uso do computador, contém uma boa análise dos significados dos mitos e dos Deuses antigos e em como estes elementos podem ser colocados em prática em nossa vida contemporânea.
Eu cito a melhor parte que, a meu ver, sintetiza todo o livro:
A origem dos mitos perde-se na noite dos tempos, sem que ninguém possa dizer de onde vieram.
Na antiguidade, longe de indicar algo falso, os mitos eram considerados a linguagem que os Deuses utilizavam para ensinar a nós a arte de viver, amar e nos aproximar deles.
Os mitos não podem - e nunca quiseram - competir com a ciência e a razão. Eles nos abrem as portas para outra realidade: o mistério de viver, com seus dramas individuais e coletivos, suas angústias, medos, alegrias e anseios. Eis o ponto em que a ciência e a razão sempre fracassaram redondamente! [pg 13-14]
Eis a síntese do que os homens devem aprender: criação, libertação, luz, sagrado na natureza. [trecho editado livremente pela casa] O caminho do homem deve buscar a criação para se libertar e dessa união nascerá sua luz interior (a intuição e a sabedoria); finalmente, deve unir-se ao sagrado na natureza, pois é aqui que está contida toda a sabedoria. Honrando e respeitando a natureza, poderá abrir as portas para compreender o mistério maravilhoso que é a vida e adentrar e desvendar a si próprio. [pg 32]
Eu citarei em breve outros trechos que são igualmente provocantes e instigadores.
Uma perspectiva interessante, tanto para pessoas "comuns" quanto para pagãos. A proposta do autor é o de como utilizar os mitos antigos para a nossa vida. A despeito de alguns deslizes do Dr, como afirmar que o culto de Isis deu origem à Pessach e à Páscoa, ou mesmo uma certa tecnofobia ao afirmar que a esquizofrenia é causada pelo excesso de uso do computador, contém uma boa análise dos significados dos mitos e dos Deuses antigos e em como estes elementos podem ser colocados em prática em nossa vida contemporânea.
Eu cito a melhor parte que, a meu ver, sintetiza todo o livro:
A origem dos mitos perde-se na noite dos tempos, sem que ninguém possa dizer de onde vieram.
Na antiguidade, longe de indicar algo falso, os mitos eram considerados a linguagem que os Deuses utilizavam para ensinar a nós a arte de viver, amar e nos aproximar deles.
Os mitos não podem - e nunca quiseram - competir com a ciência e a razão. Eles nos abrem as portas para outra realidade: o mistério de viver, com seus dramas individuais e coletivos, suas angústias, medos, alegrias e anseios. Eis o ponto em que a ciência e a razão sempre fracassaram redondamente! [pg 13-14]
Eis a síntese do que os homens devem aprender: criação, libertação, luz, sagrado na natureza. [trecho editado livremente pela casa] O caminho do homem deve buscar a criação para se libertar e dessa união nascerá sua luz interior (a intuição e a sabedoria); finalmente, deve unir-se ao sagrado na natureza, pois é aqui que está contida toda a sabedoria. Honrando e respeitando a natureza, poderá abrir as portas para compreender o mistério maravilhoso que é a vida e adentrar e desvendar a si próprio. [pg 32]
Eu citarei em breve outros trechos que são igualmente provocantes e instigadores.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
O "segredo" da linhagem
Desta vez eu prometo um pouco de humor no final do ‘causo’, como diz o mineiro, mas é que agora vou pedir para vocês usarem a imaginação, pois o que tenho para contar é um conto de bruxaria, literalmente.
Imagine um agrupamento pequeno de humanos em seus primórdios, coisa de umas 100 pessoas. Elas conseguiram chegar neste número porque perceberam que se andassem juntos com outros da mesma raça ficavam mais fortes e eficientes. Já reparavam que precisavam se manter unidas. Já caçavam juntos e começavam a plantar o suficiente, a processar peles, forjar armas rústicas. Eles tendem a deitar com mulheres, agora reservadamente e na maioria das vezes aos pares, já que começaram a se reconhecer individualmente e uns aos outros, tanto pelo prazer oferecido pela companhia ou pelo coleguismo entre pares do ofício. Este foi o princípio da individuação...
Os perigos naquela época eram iminentes em todos os momentos, mas ao mesmo passo, não havia distinção na natureza entre o ‘natural’ e o ‘sobrenatural’. Foi ali que o culto nasceu: dançando com fadas, inspirados pelas chamas do fogo em novas descobertas e avisos de perigos nas caças, conversas inspiradas com animais...
Naquela época em que viviam, podiam plantar onde quisessem. Contudo, com o passar do tempo, as unidades familiares cresceram, e passou a ser necessário denominar as pessoas pelos seus ofícios ou pelo lugar onde viviam. Poderíamos então exemplificar assim: o “Paulo, filho do Zé da Oficina”, ou o “Sílvio, lá do brejo”. A expansão humana aumentava enquanto os espaços se dividiam, e a necessidade de aprender ocupações aumentou com as demandas de trocas. Agora as pessoas tomavam padrinhos que eram também professores de ofício familiar, e então os filhos do “Sílvio, lá do brejo” foram aprender com o “Zé da Oficina”, e lá aprendiam a fazer portões primorosos, como tradicionalmente só a família do Zé sabia fazer. Eles se educavam na casa do Zé, onde também moravam e aprendiam, junto com o ofício, o conhecimento acumulado por toda a família do Zé, cuidados zelosamente por sua esposa, Zilda, que dava àqueles meninos a medida exata de desafios para que amadurecessem. Estes eram os ‘filhos adotivos’ daquele que mais tarde foi chamado Mestre, ou Pai, e daquela que mais tarde foi chamada Mestra, ou Mãe. A tradição de apadrinhamento surgiu daí, tanto espiritualmente quanto no que tange aos ofícios e ordens.
Acho que você agora pensou nos mil traços romanos de ‘santos padroeiros’, deuses patronos, protetores ‘disto’ ou ‘daquilo’, e você pode enxergar Tubal Caim em sua forja, ou Hefesto e suas maravilhosas criações, todas elas remanescentes de percepções locais de quando o mundo não se dividia entre natural e o sobrenatural...
Aqui, de volta à nossa época, ‘Maria Brejo’ procura traçar na poeira da história as suas habilidades naturais, talentos que contam a história de sua constituição física apropriada, ou do canto primoroso, ou a habilidade em reconhecer plantas, ou de ouvir e se comunicar com o invisível, embora menos que sua irmã, ou ainda, em planejar edifícios....
Decidiu por um ofício, engenheira, e fica sabendo que existe uma antiga sociedade, uma ‘guilda de ofício’, que hoje é uma sociedade que nada constrói factualmente além de seus valores espirituais. Mas é difícil para ela se identificar desde que ela mantém suas portas fechadas à Sabedoria de Binah.
Sua irmã, ‘Glória Brejo’ (aliás, ela odeia este nome!), que está na mesma fase de buscas, sempre foi atormentada pela incredulidade. Ela via o que a ‘sociedade informada’ não podia ver, tal qual a mitológica Cassandra, e então, buscava encontrar uma forma de evitar visões ou vozes.
Pesquisou e encontrou um professor de oráculos, runas, parecia isto, e todo um universo de opções, investigações e aprendizados se desdobrou à sua frente. ‘Glória Brejo’ se encontrou na espiritualidade do campo, aprendeu a se orgulhar de seu nome e aos poucos foi aumentando seu contato com a natureza, onde ela ficava mais receptiva a energias mais puras das poluições emocionais dos grandes centros. Ela aprendeu a lidar com sapos que vivem ali perto, a extrair o seu veneno e fazer remédios, e recebe em sua casa as pessoas que estão aflitas, ou que precisam se aliviar de suas poluições, ou ainda aquelas que querem ser “adotadas por ela”. Ela se tornou uma bruxa, pelo direito do ofício. Glória denominou o que se tornou sua casa/escola de filhos e irmãos queridos como ‘Clã da Romã Prateada’, pois foi aos pés de uma árvore de romã que ela viu a mulher mais bonita que ela já havia visto na vida, a mais brilhante e formosa visão. Aquela terra falava com ela. Ela fez como seu professor na Arte, e o Clã da Romã Prateada é o nome da sua casa, daquela terra onde está o pé de romã, enquanto que a de seu professor, ‘João Lobo’, se chama ‘Grande Rocha’ (desconfio que ele conheça bem os dons de seu nome). Eles preservam conhecimentos que os auxiliam a compreender o talentoso ‘Zé da Oficina’ através do caminhar do ferreiro mítico, assim como compreendem os desafios de ‘Maria do Brejo’ ao se voltarem à essência da geometria sagrada e seus ensinamentos. Ambos moram em apartamentos na cidade...
Será mesmo que os caminhos de volta à indivisibilidade da natureza devem ficar fechados a quem busca? Seria um preço justo fechar estas portas para salvaguardar rótulos? Para um bruxo tradicional, não há como você entrar na família se não pisar naquele chão com respeito, pois é sagrada àquela família a união com aquela “santa padroeira” do pé de romã. Mas para ele, um pedaço de papel merece uma ‘cara de interrogação’, e vale mais o que esta pessoa faz do que ela diz fazer.
Se prometi agora um humor, é porque o tempo vai passando e as tolices sempre dão cor à nossa história pessoal, mas posso jurar que houve no meio virtual alguém que quis, sem ao menos ver o pé de romã da Glória, chamar-se pelo nome de “Brejo”.
Autora: Qelimath
Fonte: Diablerie [link morto]
Imagine um agrupamento pequeno de humanos em seus primórdios, coisa de umas 100 pessoas. Elas conseguiram chegar neste número porque perceberam que se andassem juntos com outros da mesma raça ficavam mais fortes e eficientes. Já reparavam que precisavam se manter unidas. Já caçavam juntos e começavam a plantar o suficiente, a processar peles, forjar armas rústicas. Eles tendem a deitar com mulheres, agora reservadamente e na maioria das vezes aos pares, já que começaram a se reconhecer individualmente e uns aos outros, tanto pelo prazer oferecido pela companhia ou pelo coleguismo entre pares do ofício. Este foi o princípio da individuação...
Os perigos naquela época eram iminentes em todos os momentos, mas ao mesmo passo, não havia distinção na natureza entre o ‘natural’ e o ‘sobrenatural’. Foi ali que o culto nasceu: dançando com fadas, inspirados pelas chamas do fogo em novas descobertas e avisos de perigos nas caças, conversas inspiradas com animais...
Naquela época em que viviam, podiam plantar onde quisessem. Contudo, com o passar do tempo, as unidades familiares cresceram, e passou a ser necessário denominar as pessoas pelos seus ofícios ou pelo lugar onde viviam. Poderíamos então exemplificar assim: o “Paulo, filho do Zé da Oficina”, ou o “Sílvio, lá do brejo”. A expansão humana aumentava enquanto os espaços se dividiam, e a necessidade de aprender ocupações aumentou com as demandas de trocas. Agora as pessoas tomavam padrinhos que eram também professores de ofício familiar, e então os filhos do “Sílvio, lá do brejo” foram aprender com o “Zé da Oficina”, e lá aprendiam a fazer portões primorosos, como tradicionalmente só a família do Zé sabia fazer. Eles se educavam na casa do Zé, onde também moravam e aprendiam, junto com o ofício, o conhecimento acumulado por toda a família do Zé, cuidados zelosamente por sua esposa, Zilda, que dava àqueles meninos a medida exata de desafios para que amadurecessem. Estes eram os ‘filhos adotivos’ daquele que mais tarde foi chamado Mestre, ou Pai, e daquela que mais tarde foi chamada Mestra, ou Mãe. A tradição de apadrinhamento surgiu daí, tanto espiritualmente quanto no que tange aos ofícios e ordens.
Acho que você agora pensou nos mil traços romanos de ‘santos padroeiros’, deuses patronos, protetores ‘disto’ ou ‘daquilo’, e você pode enxergar Tubal Caim em sua forja, ou Hefesto e suas maravilhosas criações, todas elas remanescentes de percepções locais de quando o mundo não se dividia entre natural e o sobrenatural...
Aqui, de volta à nossa época, ‘Maria Brejo’ procura traçar na poeira da história as suas habilidades naturais, talentos que contam a história de sua constituição física apropriada, ou do canto primoroso, ou a habilidade em reconhecer plantas, ou de ouvir e se comunicar com o invisível, embora menos que sua irmã, ou ainda, em planejar edifícios....
Decidiu por um ofício, engenheira, e fica sabendo que existe uma antiga sociedade, uma ‘guilda de ofício’, que hoje é uma sociedade que nada constrói factualmente além de seus valores espirituais. Mas é difícil para ela se identificar desde que ela mantém suas portas fechadas à Sabedoria de Binah.
Sua irmã, ‘Glória Brejo’ (aliás, ela odeia este nome!), que está na mesma fase de buscas, sempre foi atormentada pela incredulidade. Ela via o que a ‘sociedade informada’ não podia ver, tal qual a mitológica Cassandra, e então, buscava encontrar uma forma de evitar visões ou vozes.
Pesquisou e encontrou um professor de oráculos, runas, parecia isto, e todo um universo de opções, investigações e aprendizados se desdobrou à sua frente. ‘Glória Brejo’ se encontrou na espiritualidade do campo, aprendeu a se orgulhar de seu nome e aos poucos foi aumentando seu contato com a natureza, onde ela ficava mais receptiva a energias mais puras das poluições emocionais dos grandes centros. Ela aprendeu a lidar com sapos que vivem ali perto, a extrair o seu veneno e fazer remédios, e recebe em sua casa as pessoas que estão aflitas, ou que precisam se aliviar de suas poluições, ou ainda aquelas que querem ser “adotadas por ela”. Ela se tornou uma bruxa, pelo direito do ofício. Glória denominou o que se tornou sua casa/escola de filhos e irmãos queridos como ‘Clã da Romã Prateada’, pois foi aos pés de uma árvore de romã que ela viu a mulher mais bonita que ela já havia visto na vida, a mais brilhante e formosa visão. Aquela terra falava com ela. Ela fez como seu professor na Arte, e o Clã da Romã Prateada é o nome da sua casa, daquela terra onde está o pé de romã, enquanto que a de seu professor, ‘João Lobo’, se chama ‘Grande Rocha’ (desconfio que ele conheça bem os dons de seu nome). Eles preservam conhecimentos que os auxiliam a compreender o talentoso ‘Zé da Oficina’ através do caminhar do ferreiro mítico, assim como compreendem os desafios de ‘Maria do Brejo’ ao se voltarem à essência da geometria sagrada e seus ensinamentos. Ambos moram em apartamentos na cidade...
Será mesmo que os caminhos de volta à indivisibilidade da natureza devem ficar fechados a quem busca? Seria um preço justo fechar estas portas para salvaguardar rótulos? Para um bruxo tradicional, não há como você entrar na família se não pisar naquele chão com respeito, pois é sagrada àquela família a união com aquela “santa padroeira” do pé de romã. Mas para ele, um pedaço de papel merece uma ‘cara de interrogação’, e vale mais o que esta pessoa faz do que ela diz fazer.
Se prometi agora um humor, é porque o tempo vai passando e as tolices sempre dão cor à nossa história pessoal, mas posso jurar que houve no meio virtual alguém que quis, sem ao menos ver o pé de romã da Glória, chamar-se pelo nome de “Brejo”.
Autora: Qelimath
Fonte: Diablerie [link morto]
domingo, 5 de dezembro de 2010
Mitos perturbadores
No tópico anterior eu mexi com um dos maiores tabus sociais da humanidade: o incesto. Neste mesmo sentido, o estupro também constitui uma linha bem clara de relação proibida. Mas muitos mitos antigos falam de ambos, estupro e incesto.
Em tempos onde o Paganismo é resgatado em uma época onde ainda se vive com muitos valores puritanos e recalques cristãos, eu sabia que tocar neste assunto suscitaria reações. Como encaixar a mais conhecida tragédia dos Gregos Antigos, Édipo Rei, em nosso tempo? O que há de tão assustador nesta obra? O que há para nós, em pleno século XXI, aprendermos com a obra?
Entre os [neo]pagãos, fala-se muito [demais, para meu gosto] da Deusa e nada do Deus. Promove-se um "feminismo" que propõe mais uma assexualidade, diminuindo-se a fertilidade e a fecundidade, ocultando e rejeitando a virilidade do Deus Cornífero. Como então podemos entender os antigos mitos da Suméria, da Babilônia, do Egito e da Grécia? Como podemos [ab]usar dos mitos quando nos agradam, como os mitos que falam da homossexualidade, mas ficamos cheios de pruridos quando os mitos falam em castração ou em prostituição sagrada? Isso é hipocrisia, é falsidade, é [ab]usar dos mitos e mistérios antigos para agendas pessoais e isso, definitivamente, não é Paganismo nem Wica.
Existem mitos antigos nos falam de Deuses, copulando com suas mães, irmãs, filhas, sobrinhas. Desde a Suméria, passando pela Babilônia, Egito e Grécia. O motivo é muito simples: os Deuses que regiam mantinham sua soberania unindo-se com a Deusa que tinha linhagem direta com a Deusa mais antiga.
Temos mitos que nos falam de Deuses conquistadores derrotando um "monstro", descrito sempre como uma serpente, não é mais do que esta Deusa mais antiga querendo de volta sua dignidade e majestade. Todos os Deuses "ordenadores", desde Marduk até Zeus, foram filhos que mataram seu próprio pai, uniram-se com suas irmãs e tiveram que enfrentar e derrotar a fúria da Deusa mais antiga.
Nos primórdios da humanidade, diversos povos tiveram reis que apenas copiaram o "exemplo" dado pelos Deuses. Até mesmo na Idade Média os reis mantinham a linhagem real unindo-se com parentes próximos, no que muitos Papas também adotaram tal costume, como no caso dos Bórgia.
Nos primórdios da humanidade existiram os hieródulos, templos onde se praticava a prostituição sagrada e onde meninas procuravam ávidamente pela instução e sacerdócio que lhes tirariam de uma vida pior que a escravidão.
São mitos perturbadores, com certeza, mas tem a função de nos mostrar aquilo que está em nossa natureza. Não enfrentá-los, não encará-los, é alimentar essa sombra de culpa, vergonha e rejeição que nos tem mantidos escravos de uma instituição totalitária e adorando esse [falso] deus, uma corporação multinacional sem identidade, sem origem, sem vínculo a lugar ou povo algum, mas muito útil para nos manter em uma opressão/repressão social/politica/sexual.
Isto exige uma transformação radical na forma como relacionamos conosco mesmo, com nossos corpos, com o mundo, com a natureza. A violência sexual, contra meninas e mulheres, é um sintoma dessa cisão com nossa verdadeira essência. Alhures eu expliquei quais as verdadeiras raízes da pedofilia e os problemas que criamos quando idealizamos demais a infância e queremos decretar a "idade de consentimento", como se existissem regras para se ter um relacionamento.
Isso, evidentemente, não concede a quem quer que seja, especialmente na função do sacerdócio, forçar ou exigir que membros do coven/grupo tenham relações sexuais. O mesmo pode-se dizer da promoção de uma assexualidade, ou um "sexismo" inverso, igualmente doentio, onde pagãos tenham vergonha de sua masculinidade ou sejam compelidos a viver em uma homonormatividade. Amor, relacionamento, prazer e desejo fazem parte do Paganismo, em diversos aspectos, mas isso nunca será legítimo ou sagrado quando é uma agressão contra outro ou uma submissão de um pelo outro.
Em suma, vale o aviso da Nana Odara: "Paganismo não é a solução pra pessoas frustadas com sexo". Nem deve ser válvula de escape para pervertidos. Para nós, "todos os atos de amor e prazer" são rituais para nossos Deuses, mas primeiro, para isso, devemos lembrar que o nosso corpo, nosso desejo, nosso amor e prazer, são sagrados e devem ser celebrados como uma experiência espiritual, não como uma violência sexual.
Para este pagão, todos devem ser livres para amar e se relacionar, com quem quiser, com quantos quiser, como quiser, desde que sejam maduros, conscientes e consintam com este relacionamento. A chave é a maturidade e isso não vem com o passar do tempo. A chave é o amor e ainda não praticamos aquilo que sentimos.
Infelizmente, vivemos em um mundo onde se celebra a violência, o medo e o ódio. E nos consideramos mais civilizados e cultos. Ainda temos medo de ser e viver como os antigos, que nós tanto definimos como atrasados, mas antigamente se celebrava o amor, a vida e a alegria. A diferença entre antigamente e hoje, é que antes os antigos viviam aquilo que acreditavam e hoje apenas se fala, mas não se vive o que se crê. Antigamente a sexualidade era vista e vivida sem discriminação, sem preconceito, sem neuroses. Uma visão sobre o corpo, o prazer e o amor que nos choca, um mundo aparentemente sem regras ou moral alguma. Hoje nós vivemos em um mundo cheio de regras, tabus e moral, mas vivemos em uma sociedade doentia que acha normal a violência física e sexual contra crianças e mulheres. Para quebrar com esse modelo e sistema social doentio, temos que reaprender a ouvir o que os mitos antigos têm para nos contar, a respeito de nós mesmo, de nossa verdadeira essência e, ao invés de reprimir e negar nossa sombra, abraçá-la, para vivermos nossa humanidade em plenitude e, com isso, alcançar as estrelas e realizar o nosso potencial divino.
Em tempos onde o Paganismo é resgatado em uma época onde ainda se vive com muitos valores puritanos e recalques cristãos, eu sabia que tocar neste assunto suscitaria reações. Como encaixar a mais conhecida tragédia dos Gregos Antigos, Édipo Rei, em nosso tempo? O que há de tão assustador nesta obra? O que há para nós, em pleno século XXI, aprendermos com a obra?
Entre os [neo]pagãos, fala-se muito [demais, para meu gosto] da Deusa e nada do Deus. Promove-se um "feminismo" que propõe mais uma assexualidade, diminuindo-se a fertilidade e a fecundidade, ocultando e rejeitando a virilidade do Deus Cornífero. Como então podemos entender os antigos mitos da Suméria, da Babilônia, do Egito e da Grécia? Como podemos [ab]usar dos mitos quando nos agradam, como os mitos que falam da homossexualidade, mas ficamos cheios de pruridos quando os mitos falam em castração ou em prostituição sagrada? Isso é hipocrisia, é falsidade, é [ab]usar dos mitos e mistérios antigos para agendas pessoais e isso, definitivamente, não é Paganismo nem Wica.
Existem mitos antigos nos falam de Deuses, copulando com suas mães, irmãs, filhas, sobrinhas. Desde a Suméria, passando pela Babilônia, Egito e Grécia. O motivo é muito simples: os Deuses que regiam mantinham sua soberania unindo-se com a Deusa que tinha linhagem direta com a Deusa mais antiga.
Temos mitos que nos falam de Deuses conquistadores derrotando um "monstro", descrito sempre como uma serpente, não é mais do que esta Deusa mais antiga querendo de volta sua dignidade e majestade. Todos os Deuses "ordenadores", desde Marduk até Zeus, foram filhos que mataram seu próprio pai, uniram-se com suas irmãs e tiveram que enfrentar e derrotar a fúria da Deusa mais antiga.
Nos primórdios da humanidade, diversos povos tiveram reis que apenas copiaram o "exemplo" dado pelos Deuses. Até mesmo na Idade Média os reis mantinham a linhagem real unindo-se com parentes próximos, no que muitos Papas também adotaram tal costume, como no caso dos Bórgia.
Nos primórdios da humanidade existiram os hieródulos, templos onde se praticava a prostituição sagrada e onde meninas procuravam ávidamente pela instução e sacerdócio que lhes tirariam de uma vida pior que a escravidão.
São mitos perturbadores, com certeza, mas tem a função de nos mostrar aquilo que está em nossa natureza. Não enfrentá-los, não encará-los, é alimentar essa sombra de culpa, vergonha e rejeição que nos tem mantidos escravos de uma instituição totalitária e adorando esse [falso] deus, uma corporação multinacional sem identidade, sem origem, sem vínculo a lugar ou povo algum, mas muito útil para nos manter em uma opressão/repressão social/politica/sexual.
Isto exige uma transformação radical na forma como relacionamos conosco mesmo, com nossos corpos, com o mundo, com a natureza. A violência sexual, contra meninas e mulheres, é um sintoma dessa cisão com nossa verdadeira essência. Alhures eu expliquei quais as verdadeiras raízes da pedofilia e os problemas que criamos quando idealizamos demais a infância e queremos decretar a "idade de consentimento", como se existissem regras para se ter um relacionamento.
Isso, evidentemente, não concede a quem quer que seja, especialmente na função do sacerdócio, forçar ou exigir que membros do coven/grupo tenham relações sexuais. O mesmo pode-se dizer da promoção de uma assexualidade, ou um "sexismo" inverso, igualmente doentio, onde pagãos tenham vergonha de sua masculinidade ou sejam compelidos a viver em uma homonormatividade. Amor, relacionamento, prazer e desejo fazem parte do Paganismo, em diversos aspectos, mas isso nunca será legítimo ou sagrado quando é uma agressão contra outro ou uma submissão de um pelo outro.
Em suma, vale o aviso da Nana Odara: "Paganismo não é a solução pra pessoas frustadas com sexo". Nem deve ser válvula de escape para pervertidos. Para nós, "todos os atos de amor e prazer" são rituais para nossos Deuses, mas primeiro, para isso, devemos lembrar que o nosso corpo, nosso desejo, nosso amor e prazer, são sagrados e devem ser celebrados como uma experiência espiritual, não como uma violência sexual.
Para este pagão, todos devem ser livres para amar e se relacionar, com quem quiser, com quantos quiser, como quiser, desde que sejam maduros, conscientes e consintam com este relacionamento. A chave é a maturidade e isso não vem com o passar do tempo. A chave é o amor e ainda não praticamos aquilo que sentimos.
Infelizmente, vivemos em um mundo onde se celebra a violência, o medo e o ódio. E nos consideramos mais civilizados e cultos. Ainda temos medo de ser e viver como os antigos, que nós tanto definimos como atrasados, mas antigamente se celebrava o amor, a vida e a alegria. A diferença entre antigamente e hoje, é que antes os antigos viviam aquilo que acreditavam e hoje apenas se fala, mas não se vive o que se crê. Antigamente a sexualidade era vista e vivida sem discriminação, sem preconceito, sem neuroses. Uma visão sobre o corpo, o prazer e o amor que nos choca, um mundo aparentemente sem regras ou moral alguma. Hoje nós vivemos em um mundo cheio de regras, tabus e moral, mas vivemos em uma sociedade doentia que acha normal a violência física e sexual contra crianças e mulheres. Para quebrar com esse modelo e sistema social doentio, temos que reaprender a ouvir o que os mitos antigos têm para nos contar, a respeito de nós mesmo, de nossa verdadeira essência e, ao invés de reprimir e negar nossa sombra, abraçá-la, para vivermos nossa humanidade em plenitude e, com isso, alcançar as estrelas e realizar o nosso potencial divino.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Mitologia no Calendário Pirelli 2011
As fotografias, em preto e branco e que trazem o tema "Mythology", representam 24 personagens, entre divindades, heróis e mitos que aparecem em imagens "esculpidas, tanto do ponto de vista do rigor estético quanto pelas contínuas referências à arte da escultura e aos cânones clássicos", informou a empresa em comunicado.
Esta edição conta com 21 protagonistas: 15 modelos femininas, cinco modelos masculinos e a atriz Julianne Moore, que emprestou seu corpo para incorporar a deusa Hera.
A Pirelli costuma dar carta branca aos melhores fotógrafos do mundo para que este imortalize as mulheres e os homens mais belos em seu calendário.
Ao longo dos anos, nomes como Patrick Demarchelier, Richard Avedon, Bruce Weber, Peter Lindbergh, Mario Testino e Annie Leibovitz assinaram a obra.
Fonte: G1