A noite caía sobre a cidade, pintando o céu de tons de laranja e roxo enquanto eu, um escritor em busca de inspiração, era arrastado pelas ruas pela exuberante Riley. Era difícil não se deixar levar. Riley, uma hiena antropomórfica alta e atlética, com músculos definidos e um cabelo cacheado alaranjado que parecia uma chama viva, possuía uma energia contagiante. Seus olhos verdes brilhavam com uma curiosidade infantil misturada com uma inteligência aguda que me fascinava. Sua fluidez de gênero e sua pansexualidade eram tão naturais quanto a forma como seu corpo se movia com uma graça surpreendente, apesar do tamanho e da força. Coxas grossas e seios médios completavam sua silhueta impressionante.
Eu estava nervoso, confessava. A ideia de uma hiena antropomórfica andando comigo pela cidade me deixava em alerta. Imaginava olhares curiosos, sussurros, talvez até mesmo medo. Mas, para meu alívio, a reação das pessoas foi muito mais branda do que eu esperava. Apenas uma senhora passeando com seu cachorro fez uma piada gentil sobre colocar uma coleira em mim, provocando uma gargalhada sonora de Riley.
No parque, o vento brincava com os cachos alaranjados de Riley, criando um espetáculo de luz e movimento. Observá-la naquele momento, tão livre e despreocupada, mexeu profundamente comigo. Havia uma beleza crua e selvagem nela, uma força que me atraía irresistívelmente. Aquele simples ato do vento balançando seus cabelos – uma imagem tão simples, tão cotidiana – tornou-se um dos momentos mais memoráveis da minha vida.
Enquanto o sol se punha, encontramos um barzinho aconchegante, cheio de gente. A atmosfera era descontraída, um turbilhão de conversas baixas e risos. Era um microcosmo da cidade, com pessoas de todas as idades, estilos e origens, convivendo pacificamente. Ninguém parecia dar muita atenção a nós, o que foi um alívio imenso. Riley, sem cerimônia, pediu o especial da casa – uma porção de filé mignon com molho de cebola, que eu, na minha prudência humana, nunca teria ousado pedir – e um balde de cerveja, sem a menor consideração pela minha carteira.
Estávamos imersos na nossa conversa, rindo e compartilhando histórias, quando meu editor, um sujeito magricela e frenético de nome Arthur, surgiu correndo em nossa direção, sua cara pálida e o cabelo despenteado.
“Escriba, você precisa ver isso! É sobre... sobre o rompimento dimensional! Aconteceu de novo! Tem personagens de desenhos animados surgindo por toda parte!” Ele estava ofegante, à beira de um ataque de pânico.
Depois de recuperar o fôlego, Arthur se lembrou da minha dívida. "E o livro? Cadê o livro, escriba? A data de entrega está se aproximando!"
Ele começou a questionar, nervoso, sobre o progresso da minha escrita, sobre o enredo, sobre os personagens.
Apontei para Riley. “O protagonista. É ela.”
Arthur olhou para Riley, seus olhos arregalados em surpresa. Então, um sorriso lento começou a se espalhar em seu rosto, um sorriso que só um editor que viu um best-seller em potencial poderia exibir.
"Você sempre avança no tempo, escriba," disse ele, com uma mistura de admiração e espanto. "Seu livro vai ser um best-seller. Um best-seller monumental!" Com uma gargalhada, Arthur sacou a carteira e pagou generosamente a nossa conta.
Riley riu, uma gargalhada contagiante que ecoou no barzinho. A noite estava longe de terminar, a cidade pulsava ao nosso redor, e eu, sentado ao lado de uma hiena antropomórfica extraordinária, sabia que minha vida tinha acabado de dar uma reviravolta monumental e maravilhosa. A inspiração, tão elusiva até aquele momento, tinha finalmente encontrado seu caminho, na forma de uma hiena de olhos verdes e um sorriso que poderia iluminar o universo. E eu, o escritor fracassado, estava finalmente pronto para começar a escrever.
Criado, com edição, com Toolbaz.
Arte gerada por IA.
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