"Jesus é mais poderoso que o Diabo e podemos confiar sempre em Jesus."
O frade está confundindo autoridade com poder.
Como é típico, ele se vale de trechos do texto sagrado para embasar seu argumento. Em momento algum se cogita a suspeita de falta de originalidade ou autenticidade.
"Na cidade de Cafarnaum, num dia de sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei."
Assim como em nossos dias, em alguns cultos evangélicos, a leitura do texto sagrado fazia parte do culto na sinagoga. Após a leitura, seguia um sermão explicando o trecho lido. Evidente que os autores do texto sagrado aumentaram a conta.
Então, depois dessa péssima interpretação de texto, ele cita o trecho no qual se conta a expulsão de um espírito impuro. Mas como seus professores (e os autores dos textos sagrados), o frade aumenta e inventa. Troca espírito imundo por demônio. Entidades completamente diferentes. Mas o frade aproveita o ensejo para fazer escândalo e pânico moral.
O frade não aborda nem tenta explicar a existência do Diabo, dos demônios e de espíritos impuros. O suposto poder e autoridade de Jesus ficam diluídos quando analisamos a cena teatral da tentação. Sim, ali fica bem claro que aquilo é um roteiro de teatro. Temos um protagonista, um antagonista, papéis, diálogos e encenação.
Se Jesus encontrasse um demônio ou uma entidade de fora de sua crença, provavelmente seria feito em pedaços.
Zeus combateu e venceu Cronos, os Titãs, os Gigantes e Tifão. Isso é poder.
Zeus julgou e condenou Íxion, Sísifo e Tântalo. Isso é autoridade.
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