Despindo velhos preconceitos

A Imprensa se refestelou com a notícia sobre as fotos da Marlène Schiappa. Fosse ela uma modelo, uma funqueira, uma influenciadora digital, não daria muita audiência.

Mas ela é ministra da França.

Citando:

Os exemplares da edição de abril/junho da revista "Playboy" na França estão esgotados. A publicação desta última edição é estrelada pela ministra de Economia Social da França, Marlène Schiappa, de 40 anos, que levou a revista a vender todas as cópias em apenas 3 horas após o seu lançamento.

Na revista, a ministra posou com várias roupas de grife, deu uma entrevista de 12 páginas sobre os direitos das mulheres e disse que as mulheres devem fazer "exatamente o que quiserem".

A ministra afirmou a um canal de TV local que os corpos de mulheres deveriam ser expostos em qualquer local.

Em uma rede social, Schiappa disse que defende o direito da mulher de fazer o que quiser com o corpo em qualquer lugar e a qualquer momento: "Na França, as mulheres são livres, não importa se isso incomoda os retrógrados e os hipócritas".

Fonte (citado parcialmente): https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/04/18/exemplares-da-playboy-estrelada-por-ministra-francesa-esgotam-em-tres-horas.ghtml

Deve ter doído nos caretas, carolas, conservadores, fundamentalistas cristãos e radfems.

Quando eu comecei a datilografar/digitar meus textos (década de 90), eu acreditei estar fazendo uma teoria revolucionária ao falar da repressão/opressão sexual, mas Herbert Marcuse escreveu isso nos anos 60. Em um resumo bem sucinto, Marcuse afirma que a civilização só é possível mediante o exercício da repressão.

Enquanto a humanidade aceitar e permitir que grupos e instituições tenham o poder e o controle sobre seu corpo, seu desejo, seu prazer e sua sexualidade, velhos tabus e preconceitos vão continuar a existir.