Ela relembrou o caso da menina de 11 anos que ficou grávida após ter sido abusada sexualmente e foi impedida por uma juíza de Santa Catarina de interromper a gestação.
A legislação brasileira atualmente autoriza que uma mulher aborte dentro da lei em três situações: se a gravidez foi consequência de um estupro; se representa risco de vida para a mulher; ou caso o feto seja portador de anencefalia.
“O que estamos debatendo é o direito ao aborto legal, que está previsto em lei desde 1940. Com o Congresso que temos é pouco possível que se avance, pelo contrário”, ponderou.
Ela citou os esforços em “segurar” a aprovação do Estatuto do Nascituro na Câmara dos Deputados no fim de 2022, um projeto de lei que dificultaria ainda mais o acesso ao aborto, mesmo nos casos já previstos pela lei. A análise do projeto foi adiada.
“Queremos discutir a saúde pública da mulher, o acesso ao planejamento familiar, a saúde reprodutiva da mulher como um todo.” Para isso, ela destacou que pretende discutir com Nísia Trindade, ministra da Saúde, sobre quais ações serão prioritárias no novo governo.
Quanto ao número de mulheres ocupando a Esplanada dos Ministérios – 11 ministras e 26 ministros – Gonçalves respondeu: “Não é o quanto gostaríamos, mas é o governo com maior número de mulheres nos últimos tempos.”
Ela disse que é necessário discutir sobre a maior participação de mulheres em todos os âmbitos, e ressaltou que a indicação de ministros ou ministras também passa por dentro dos partidos políticos, não apenas pelo presidente.
Fonte (citado parcialmente): https://www.cnnbrasil.com.br/politica/defendemos-o-direito-ao-aborto-legal-diz-nova-ministra-das-mulheres/?amp
Nota: esta é uma pauta difícil, complexa e delicada. Os direitos reprodutivos das mulheres ainda não estão totalmente abordados e garantidos.
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