O pastor Silas Malafaia fez aniversário no último dia 16 e ganhou de presente de um amigo uma viagem com tudo pago para Londres.
O amigo, no caso, é o presidente Jair Bolsonaro, que, aliás, havia sido um dos beneficiários do culto/comício realizado pelo líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, como noticiado pelo DCM, mas quem pagou a conta foram os contribuintes brasileiros.
Como bem notou o jurista Lenio Streck, o religioso viajou no avião presidencial, hospedou-se na casa do embaixador e está andando de carro oficial em sua estada na capital inglesa: tudo às custas do erário público. Streck ainda questionou qual a prerrogativa detida por Silas Malafaia para fruir de tantas benesses: “Por que um pastor irrelevante no funeral do exterior?”, perguntou o causídico, com seu habitual tom irônico.
No vídeo publicado nas redes de Malafaia ficou claro que ele não havia se preparado para aproveitar do “presente”, pois ele não sabia ao certo para onde estava indo e nem mesmo o nome exato de quem o acompanhava. Vê-se o pastor pedindo a seu acompanhante, no caso, o embaixador Fred Arruda, que diga para onde estão indo: “Aí o senhor diz, por que eu não vou falar direito.”
A resposta era óbvia: ao funeral da Rainha Elisabeth, na chamada “câmara-ardente” de Westminster, local onde estava sendo velado seu corpo.
Câmara-ardente é o nome do recinto onde se faz um velório ou onde se deixa o defunto até a hora do funeral.
O representante do Brasil na Inglaterra, na sequência, derramou-se em elogios ao aliado de Bolsonaro: “Tenho aqui o enorme prazer, a enorme honra, de ter aqui o pastor Malafaia comigo, representando o nosso país. Pra mim, como embaixador do Brasil no Reino Unido, não haveria honra maior que ter essa companhia tão ilustre aqui em Londres”, disse ele.
Malafaia usa frequentemente suas redes sociais para manifestar apoio ao atual chefe do governo e criticar os candidatos da oposição, principalmente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas de intenções de votos e principal oponente de Bolsonaro.
Aguarda-se, como bem observou Lenio Streck, que o Ministério Público possa apurar se houve malversação de recursos públicos nesse caso.
Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/malafaia-vai-com-bolsonaro-a-londres-com-tudo-pago-pelo-contribuinte/
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