domingo, 10 de outubro de 2021

Pensando positivo em uma Skoulincracia

Nota pessoal: Skoulicracia: Governo dos Vermes.

Leia com ironia e sarcasmo sem moderação.

O pessoal do esoterismo, do ocultismo e do espiritualismo gosta de falar da importância de pensar positivo em qualquer circunstância.

Considerando que o Brasil irá se tornar o IV Reich a partir de primeiro de janeiro de 2019, eu irei ajudar o brasileiro e eu direi como pensar positivo durante o Reich Tupiniquim.

Fim do comércio informal nos transportes públicos.

Sabe aquele cara chato, que entra no ônibus e fica te empurrando coisas inúteis ou fica te constrangendo a “colaborar com a obra”? Finalmente você vai poder transitar no caminho casa – trabalho – trabalho – casa sem incômodo.

Fim do comércio informal nas ruas.

Sabe como é chato andar pelo centro de uma metrópole e ter que desviar daquelas barraquinhas de camelô? Você vai poder andar tranquilo e não vai correr o risco de comprar mercadoria contrabandeada, ilegal, vencida ou defeituosa. Por sinal, isso vai refletir nas famosas ruas de comércio popular. Aqui em São Paulo vai acabar a Santa Ifigênia e a 25 de Março.

Fim da população de rua.

Sabe aquele incômodo diário de ver gente largada nas ruas, sujas, doentes, drogadas, bêbadas? . Pobres, mendigos e drogados serão inclusos nos programas de “internação compulsória”. Finalmente sua consciência pequeno-burguesa não vai mais sentir culpa diariamente. Você vai poder continuar a fazer caridade para os institutos de assistência social que tiverem permissão e autorização do governo. Gente em situação precária você só vai ver na televisão, nas propagandas desses institutos.

Fim da “invasão estrangeira”.

Sabe aquele bando de gente, refugiado, que não contente em vir para sua cidade, só fala na língua dele? Quem não for brasileiro nato, nascido, se não tiver “visto de estrangeiro”, vai ter que voltar para o país de onde veio. Igualzinho ao que faz o Trump. Se você for morador da região sul e sudeste, essa restrição pode ser estendida aos nordestinos.

Fim dos vagabundos.

Sabe gente que não tem o que fazer? Quem nem trabalha nem estuda? Essa gente fará parte do programa de “trabalho compulsório”. Serviços de baixa escolaridade ou sem qualificação podem ser perfeitamente preenchido por presidiários, indigentes, mendigos, drogados.

Fim das favelas.

Sabe aquelas construções que surgem, sabe se lá de onde, por obra de quem? Vai acabar essa folga de gente chegar, sabe se lá de onde, invadir terreno público e, com materiais precários [de origem suspeita], vão fazendo seus barracos. Só pode residir quem trabalha ou estuda, em unidades urbanas aprovadas pelo governo.

Fim do ensino inútil.

Sabe aquelas matérias que você é obrigado a decorar sem que tenha utilidade alguma para sua vida ou seu trabalho? Ou de conteúdos que não condizem com os valores de sua cultura ou sociedade? A-ca-bou. Todo conteúdo transmitido em sala de aula terá um fim pragmático.

Fim do feminismo.

Isso devia ter parado lá em 1950. Mulher tem que ser mulher. Afinal, leis, direitos e deveres são para todos, não tem que ter diferenças ou privilégios para a mulher, só por causa do seu gênero e sexo. A mulherada vai ter que parar com a frescura. Vai ter fiu-fiu sim. Vai ter cantada sim. Vai acabar essa conversa de violência ou assédio sexual.

Fim do vitimismo.

Sabe aquele cara que você não pode olhar nem falar nada que fica todo cheio de mimimi? Vai acabar. Homem tem que ser homem, tem que saber se impor, se garantir. Vai acabar esses privilégios só porque alguém pertence a uma “minoria social”. Aliás, vai acabar essa coisa de “minoria social”.

Fim do coitadismo.

Está carente? Precisa de ajuda? Que vá procurar nos institutos de assistência social [os autorizados pelo governo]. Não venha com essa de que é deficiente, que precisa de cuidados especiais, que sofre segregação social. Quem quer moleza, que vá sentar no pudim. A pessoa que é cidadã tem consciência de seu papel social, vai trabalhar, vai dar duro, vai empreender e vai prosperar.

Fim do Politicamente Correto.

Sabe aquele pessoal que vive patrulhando aquilo que você diz ou faz, na vida real ou na virtual? Eles estarão inscritos no programa de “reeducação compulsória”. As coisas tem que ser chamadas pelo nome que são. Vai rolar palavrão na arquibancada. Vai rolar palavrão no trânsito.

Fim dos sindicatos.

A vida social de nós todos é definida por aquilo que trabalhamos. Os sindicatos nunca ajudaram a criar ou gerar empregos. Os sindicatos só servem para atrapalhar e atazanar com greves. Os sindicatos só servem como antro de subversão, contestação e manifestação contra o sistema social. A relação entre patrão e empregado não precisa de tutores.

Fim dos partidos políticos.

Associações de pessoas são perigosas. Veja o exemplo dos sindicatos. As inúmeras opções de partidos políticos só servem para nos deixar mais confusos. Os partidos políticos somente colaboram para conchavos, acordos e esquemas de corrupção. Tudo que uma pessoa precisa é escolher um time de futebol. O resto é dispensável.

Fim da televisão comercial aberta.

Os canais de televisão comercial aberta são repletos de fake news, sensacionalismo e mentiras. Abusando da liberdade de expressão, as emissoras têm disseminado programas com conteúdo que avilta os valores tradicionais da civilização ocidental cristã. Ninguém aguenta mais os constantes comerciais de produtos, antes, durante e depois das atrações. Ninguém aguenta mais propagandas cheias de promessas falsas e ilusórias. Todos os canais de televisão serão privados, com conteúdo avaliado e permitido pelo governo. A pessoa que adquirir o serviço terá que escolher e declarar quais canais e os motivos das escolhas.

Fim da bagunça religiosa.

Finalmente nós poderemos dizer que essa é uma Nação que pertence a Deus. Brasil será um país cristão. Sem dúvidas, sem inquietações, sem controvérsias. Aqui só existirá a Igreja de Cristo. Aqui será uma terra de crentes no Evangelho. Todos deverão estar na missa aos domingos. Será o fim da espiritualidade alternativa e do ecumenismo. Qualquer um com outra forma de crença fará parte do programa de “educação religiosa”. Reticentes e reincidentes poderão ser ingressos nos outros programas oferecidos pelo governo.

Fim da putaria.

Sabe aquela coisa de formas de famílias diferentes, de relacionamentos paralelos, de relacionamentos “não naturais”, aquela conversinha diferenciando sexo de gênero, entre outras coisas típicas dos progressistas, liberais e esquerdistas? Acabou. Isso inclui todo tipo ou forma de erotismo, pornografia e prostituição. Menino vai ser educado para ser menino. Menina vai ser educada para ser menina. Sexo, só depois do casamento. Vai deixar de existir separação, divórcio, adultério, bigamia. Educação sexual só para maiores de 21 anos. Namoro só para maiores de 18 anos. Pessoas que não sigam nem se encaixem no padrão farão parte do programa de “reeducação e reorientação sexual”. Reticentes e reincidentes poderão ser ingressos nos outros programas oferecidos pelo governo.

Eu acredito que seja o suficiente. Mas se quiser acrescentar algo, use o campo de comentários.

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