quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Publicidade e Proselitismo

Nós somos uma espécie que gosta de se expressar, de se comunicar, de trocar idéias e expor opiniões sobre os mais diversos assuntos.
No campo da religião não é diferente. Grupos e intituições que representem um credo fazem uso dos meios de comunicação de massa para divulgar a doutrina dessa religião, incluindo esse blog.
Uma pessoa interessada em desenvolver sua espiritualidade pode encontrar em bancas de jornais e livrarias muitos textos para se desenvolver ou mesmo vir a escolher um credo em especial.
A ferramenta mais atual de divulgação de conhecimento, a Internet, também oferece muitas opções.
Nem sempre as coisas foram assim. Até meados do século XVIII, não era sequer permitido às pessoas comuns lerem a bíblia nem traduzí-la para o idioma local.
Com a Reforma Protestante e a Renascença, a Igreja Católica perdeu muito de seu poder e influência o que tornou possível a distribuição em massa da bíblia na vulgata, juntamente com a versão do Protestantismo.
Com a Revolução Industrial e o desenvolvimento da Ciência, apareceram os primeiros pensadores ateístas e a divulgação de textos de ocultismo.
Enquanto a Igreja Católica e a Igreja Protestante brigavam, livres pensadores e mestres esotéricos iam aproveitando o espaço para divulgarem seus trabalhos.
Graças a esta coragem, a Humanidade pode sair aos poucos de debaixo da sombra de terror das Igrejas.
Somente com a invenção da imprensa, do rádio, da televisão e da internet é que apareceu a Publicidade Religiosa.
O maior utilizador das técnicas da Propaganda Moderna são as Igrejas, que perceberam o potencial dessa ferramenta para aumentar a freguesia e também para evitar que seus membros se desgarrassem.
A maior característica da Propaganda Religiosa é o Proselitismo, ou seja, mensagem calculadas e projetadas para converter o público a uma determinada Igreja, com mensagens muitas vezes carregadas de críticas a outros credos, quando não cheias de calúnia.
A marca registrada do Proselitismo consiste em omitir partes dos textos da bíblia que sejam contraditórios, descontextualizá-los ou mesmo induzir o público a aceitar a interpretação dada a este livro.
Para uma pessoa comum, qualquer texto lido por meio de artigo, revista ou livro que trate de alguma religião acaba sendo confundido como Proselitismo, mas ao contrário da estratégia das Igrejas, o Paganismo e a Wica são contrários ao Proselitismo.
Não é porque existe mais publicidade desses credos que isto signifique tal prática. A intenção de quem escreve sobre Paganismo e Wica é o de divulgar, tornar pública essa possibilidade a todos de opção até hoje negada pelas Igrejas.
Nenhum escritor irá falar de Paganismo ou Wica como se estes fossem as únicas opções, nem que estes credos são os verdadeiros ou que estes caminhos sejam os corretos.
A intenção de quem escreve sobre Paganismo e Wica é o de abrir um debate, sem impor uma doutrina religiosa. Quem segue o Paganismo e a Wica gosta e defende o livre diálogo, o direito de todos de optar e a liberdade de expressão, dentro dos limites da lei.

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