terça-feira, 28 de agosto de 2007

Como viver sem medo

Em nossa rotina diária, nós convivemos com várias exigências em muitos aspectos da vida. Isso cria um clima de incerteza ou insegurança quanto ao nosso futuro e bem-estar.
Esse tipo de problema é bem real e imediato, mas pode ser resolvido através de uma consciência social e política. Nós podemos e devemos tomar as rédeas do destino de nosso país.
Entretanto existem problemas que não são tão tangíveis, mas que podem ser considerados igualmente reais, ainda que pertençam ao âmbito espiritual.
Essas preocupações vêm de nosso antepassados que, desde as mais remotas eras, procuravam cuidar de seus mortos. A reverência aos ancestrais desenvolveu em nós esse sentimento da presença de espíritos e entidades nesse mundo, que merecem igualmente oferendas e reverência.
Desse sentimento encontramos os Deuses, seus mitos, ritos e cerimônias. Os Deuses são os mecanismos da natureza e são as fatalidades da vida. Cabe a nós escolher se aprendemos a lidar com essa verdade ou se nos rebelamos infantilmente. Esse é o verdadeiro sentido do livre-arbítrio.
Para o pagão, o sentido de que os Deuses são a Vida e esperam que vivamos plenamente está bem evidente, mas em outras religiões o sentido é bem diferente.
Nas religiões onde se é idealizado um estado de pureza, a aversão a este mundo, a esta vida e aos prazeres é mais evidente. Sem atingir esse estado artificial de pureza, de virtude, não é possível entrar no Paraíso.
Enquanto para o pagão não faz o menor sentido não desfrutar da vida, para o cristão é fundamental ter uma vida de privações para merecer esse Paraíso idealizado, não porque o Deus Cristão é bondoso, mas porque o cristão teme o Inferno. Esse terror psicológico é a arma mais utilizada, nos discursos escatológicos, para manter a estrutura e o poder dos templos do Deus Cristão.
No mundo carnal, a humanidade tem conseguido resistir e lutar contra o terror e a tirania. Todos nós podemos também resistir e lutar contra o terror e a tirania no mundo espiritual. Basta ter a consciência de que a vida, neste ou noutro mundo, é resultado de nossos méritos, os Deuses nos dão o que cultivamos.
Se Deus ensina pela religião uma vida de ascetismo, tudo que se obterá é aridez e esterilidade. Se Deus se mantém pelo medo e ameaça, tudo que se viverá é servidão e obediência. Se Deus te fala por um livro sagrado, um sacerdote, um templo, não pelo coração, pela vida, pela natureza, esse é um Deus pequeno e mesquinho.
Não queira ganhar um Paraíso assim. Não tema o Inferno. Esse Deus merece apenas teu desprezo. Viva com abundância nesse mundo e continue a viver com abundância, na Terra da Juventude, junto com teus ancestrais e os Deuses da Vida!

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