segunda-feira, 21 de abril de 2025

Reciprocidade

Conversa com o Gemini

Baseado no texto;

"Ações Presidenciais

Erradicando o preconceito anticristão

A Casa Branca

6 de fevereiro de 2025"

(Corte do texto da Ordem Executiva)

Escreva uma paródia de uma ordem executiva de Donald Trump exigindo o fim do preconceito LGBT, do preconceito contra as crenças de matriz africana e do Paganismo Moderno.

Ações Presidenciais
Erradicando o Preconceito e Celebrando a Diversidade de Crenças e Identidades
A Casa Branca
[Data fictícia, posterior a 2025]

Pela autoridade investida em mim como Presidente pela Constituição e pelas leis dos grandes Estados Unidos da América, é por meio deste ordenado:

 **Seção 1. Objetivo e Política.** É a política dos Estados Unidos, e o propósito desta ordem, proteger as liberdades de todos os americanos e acabar com a ridícula instrumentalização do governo para discriminar indivíduos com base em sua orientação sexual, identidade de gênero ou crenças religiosas não-cristãs, incluindo as ricas tradições de matriz africana e o crescente movimento do Paganismo Moderno. Os Fundadores estabeleceram uma Nação onde *todos* deveriam ser livres para viver suas vidas e praticar suas crenças sem medo de perseguição ou tratamento injusto por parte de seu governo – e isso inclui *todos*!

Por essa razão, a Constituição dos Estados Unidos consagra o direito fundamental à liberdade religiosa e à igualdade de proteção sob a lei. Leis federais importantes já existem para proteger contra a discriminação, mas claramente *não estão sendo aplicadas* quando se trata de certos grupos. Precisamos garantir que ninguém neste país seja tratado como cidadão de segunda classe por quem eles amam, como eles se identificam ou em que eles escolhem acreditar – desde que não estejam prejudicando ninguém, é claro.

 No entanto, vimos – e é muito triste! – um padrão de desrespeito e até hostilidade em relação a indivíduos LGBTQ+, praticantes de religiões de matriz africana e pagãos modernos. Isso tem que parar. É inaceitável e não é o que a América representa. Todos merecem ser tratados com dignidade e respeito.

 Meu governo não tolerará mais esse preconceito bobo e injusto. A lei deve proteger a liberdade e a igualdade de *todos* os americanos, e meu governo fará isso acontecer. Vamos garantir que qualquer política ou prática que injustamente vise esses grupos seja identificada, encerrada e totalmente corrigida. É hora de acabar com essa palhaçada!

 **Seção 2. Estabelecimento de uma Força-Tarefa para a Inclusão e a Igualdade de Crenças e Identidades.** (a) Fica estabelecida, dentro do Departamento de Justiça, a Força-Tarefa para a Inclusão e a Igualdade de Crenças e Identidades (Força-Tarefa da Liberdade).
 (b) O Procurador-Geral servirá como Presidente desta importantíssima Força-Tarefa.
 (c) Além do Presidente, a Força-Tarefa será composta por indivíduos fantásticos de diversos setores, incluindo, mas não se limitando a:
      (i) Representantes de organizações LGBTQ+ que realmente lutam por seus direitos.
      (ii) Líderes e praticantes de diversas religiões de matriz africana, que têm muito a nos ensinar.
      (iii) Representantes do vibrante e crescente movimento do Paganismo Moderno.
      (iv) Especialistas em direitos civis e liberdade religiosa que entendem do assunto.
      (v) Indivíduos que foram pessoalmente afetados por preconceito e discriminação.

 **Seção 3. Funções da Força-Tarefa da Liberdade.** (a) Esta Força-Tarefa dinâmica e eficaz se reunirá regularmente e tomará todas as medidas necessárias para:
      (i) Revisar as ações de todos os departamentos e agências do governo para identificar quaisquer políticas, práticas ou atitudes preconceituosas contra indivíduos LGBTQ+, religiões de matriz africana e o Paganismo Moderno. Vamos expor qualquer injustiça!
      (ii) Recomendar ações concretas e imediatas para revogar ou alterar quaisquer políticas ou práticas discriminatórias identificadas. Precisamos de resultados rápidos!
      (iii) Desenvolver estratégias para promover a compreensão, o respeito e a inclusão de todas as crenças e identidades em todos os níveis da sociedade americana. É hora de união!
      (iv) Ouvir diretamente as pessoas afetadas por esse preconceito. Suas histórias e experiências são cruciais.
      (v) Identificar quaisquer lacunas nas leis existentes que permitam essa discriminação e recomendar mudanças para garantir proteção total e igualitária para todos. Ninguém será deixado para trás!
      (vi) Recomendar ações presidenciais ou legislativas adicionais que sejam necessárias para corrigir injustiças passadas e garantir um futuro onde todos se sintam seguros e respeitados.

 (b) Para me manter informado e garantir que estamos fazendo um trabalho incrível, a Força-Tarefa da Liberdade me apresentará relatórios regulares, detalhando seu progresso e recomendações. Serão relatórios *muito bons*, acreditem em mim.

 **Sec. 4. Administração.** Todos os chefes de agências devem cooperar totalmente com a Força-Tarefa da Liberdade e fornecer todas as informações necessárias para que eles possam fazer seu trabalho importante. O Departamento de Justiça fornecerá o suporte necessário para garantir que a Força-Tarefa tenha todos os recursos de que precisa.

 **Sec. 5. Término.** Esta Força-Tarefa vitalícia continuará seu trabalho até que tenhamos erradicado completamente o preconceito e a discriminação contra esses grupos maravilhosos em nossa nação. Não haverá prazo!

 **Sec. 6. Disposições Gerais.** (a) Nada nesta ordem deve ser interpretado para diminuir a importância da liberdade religiosa para *todos* os americanos. Estamos apenas garantindo que essa liberdade seja aplicada de forma justa e igualitária.
 (b) Esta ordem será implementada com a maior urgência e com os melhores recursos disponíveis.
 (c) Esta ordem tem como objetivo criar direitos e benefícios reais para aqueles que foram injustamente marginalizados. A discriminação não será mais tolerada!

A CASA BRANCA,
[Assinatura Fictícia de Donald Trump]
[Data Fictícia, posterior a 2025]

Criado com Gemini, do Google.

domingo, 20 de abril de 2025

Projeto dá visibilidade aos terreiros

Com o propósito de documentar e valorizar práticas das religiões de matriz africana, combater a intolerância religiosa e ampliar o acesso a conteúdos culturais inclusivos, o projeto Memória, Orgulho e Identidade tem se destacado no norte do Rio Grande do Sul. Contemplado pela Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), a iniciativa teve início em março de 2025 e já realizou importantes ações.

A primeira etapa do projeto envolveu visitas a seis casas religiosas - cinco em Passo Fundo e uma em Carazinho - onde foram conduzidas entrevistas com lideranças espirituais, registros fotográficos e audiovisuais, além de rodas de conversa e escuta ativa.

“Fazer cultura no interior já é difícil. Fazer um projeto sobre religiões de matriz africana só foi possível por causa da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento (PNAB). Essa política dá acesso a quem nunca teve: pessoas pretas, pardas, indígenas, periféricas, LGBTQIA+, como eu”, destaca o idealizador Nicolas Lian.

Ele também conta que o intuito do projeto é dar visibilidade aos povos de terreiros e ressalta a receptividade das lideranças religiosas.

“Quando a gente chegou nos terreiros, a vontade das lideranças de falar, de contar suas histórias, de desmistificar os preconceitos foi enorme. Eles vivem a intolerância todo dia, e mesmo assim recebem a gente com generosidade, com verdade. Cada terreiro tem sua forma de pensar, de praticar, de viver — e isso mostra como há uma diversidade imensa dentro das próprias religiões afro-brasileiras, que quase ninguém conhece porque nunca tem espaço”.

Para a curadora e produtora-executiva Patrícia Vivian, o projeto é mais do que um registro, é um ato de resistência cultural: “registrar, ouvir e apresentar essas histórias com dignidade é uma forma de reconhecer o papel histórico das religiões de matriz africana e fortalecer o combate à intolerância religiosa”, analisa.

O pesquisador Abner Lopes também faz parte do projeto e salientou da importância de uma pesquisa com base teórica sólida para o combater o preconceito e o senso comum.

“Quando lidamos com temas que afetam diretamente a existência e a cultura de um povo, apoiar-se na ciência e em uma base teórica sólida é fundamental. A pesquisa bem-feita combate o preconceito e substitui o senso comum por conhecimento”, afirma o pesquisador.

A segunda etapa do projeto prevê a montagem de uma exposição fotográfica itinerante, acompanhada de materiais educativos, um livreto como glossário de termos afro-brasileiros, conteúdos digitais, vídeos documentais, oficinas formativas e ações de acessibilidade.

A mostra circulará pelas cidades como Marau, Erechim, Carazinho, Palmeira das Missões e Passo Fundo, cidade que concentra cerca de 40% dos tempos religiosos do norte gaúcho, segundo o IBGE, o que evidencia a necessidade de ações culturais que reconheçam e deem visibilidade a essas manifestações.

Fonte: https://www.gov.br/cultura/pt-br/assuntos/noticias/com-apoio-da-aldir-blanc-projeto-memoria-orgulho-e-identidade-valoriza-religioes-de-matriz-africana

Nota: esse projeto deveria ter alcance nacional.

Quanto custa eleger um idiota?

Esta é, hoje, a questão central nos Estados Unidos. Também na Argentina. E, recentemente, foi a tragédia brasileira. A pergunta – brutal, direta, desconfortável – precisa ser feita sem meias palavras: quanto custa eleger um idiota?

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump, em seu segundo mandato, vem colocando a maior economia do mundo de joelhos com medidas desastrosas de política comercial. Empresários de todos os setores relatam aumento de custos, demissões, suspensão de investimentos e até ações judiciais contra o próprio governo, como consequência de tarifas insanas que isolam o país e ameaçam sua estabilidade. Na Argentina, Javier Milei promove um desmonte acelerado do Estado, com cortes brutais nos investimentos sociais, destruição de políticas públicas e submissão vergonhosa ao capital financeiro. No Brasil, viveu-se a tragédia Jair Bolsonaro – uma presidência marcada por destruição ambiental, gestão desastrosa da pandemia, ataque sistemático às instituições e uma política econômica de submissão total aos interesses financeiros.

O que essas experiências têm em comum? Todas representam o colapso de sistemas democráticos que se tornaram vulneráveis a figuras grotescas, histriônicas, ignorantes e perigosas. A democracia ocidental, hoje, não é capaz de proteger a sociedade contra os piores representantes de si mesma. Ela está sendo sequestrada por populistas de direita que, apesar de sua completa incapacidade de liderar uma nação, conseguem conquistar corações e votos com mentiras, discursos de ódio e a exploração dos instintos mais primitivos do eleitorado.

Trump, Milei e Bolsonaro não chegaram ao poder por mérito, projeto ou capacidade. Chegaram pelo caos. Avançaram com base na manipulação de redes sociais, na fabricação de inimigos imaginários, na destruição do debate público e na criação de realidades paralelas onde a razão e os fatos não têm lugar. Alimentam-se do ressentimento, da desesperança e da desinformação.

O custo de eleger um idiota não é apenas econômico – embora os números sejam alarmantes. É humano, institucional, civilizatório. É o retrocesso nos direitos, a deterioração das políticas públicas, a ruptura do tecido social, a corrosão da confiança coletiva. É a destruição da política como espaço de construção de soluções e sua substituição por uma arena de gritos, mentiras e violência.

Se o Ocidente ainda quiser salvar a ideia democrática, será preciso pensar em novas formas de blindar os processos eleitorais contra o populismo reacionário. Isso inclui combater a desinformação, educar para a cidadania e reconstruir as pontes entre as democracias e os anseios legítimos da população, mas sobretudo abrir um debate sério sobre a viabilidade dos atuais sistemas políticos. Caso contrário, seguiremos vendo a ascensão dos idiotas – e pagando caro por isso – enquanto alguns poucos lucram com o caos.

Fonte: https://www.brasil247.com/blog/quanto-custa-eleger-um-idiota

Nota: eu escrevi em algum lugar que o brasileiro médio comum não tem consciência política, vota com as entranhas. No meu serviço, um comentário casual de uma cliente mostrou como o brasileiro tem uma visão estreita. Uma senhora, dona de casa, comentando sobre a alta dos preços no supermercado: "Faz o L".
Ignorância. Ou pior, ouvindo do meu supervisor: "O real é a moeda mais desvalorizada". Ignorância. Os políticos ditos de esquerda tem que começar a se preocupar em dar ao brasileiro médio comum formas de entender e formar sua consciência de classe e consciência política.

sábado, 19 de abril de 2025

Por banheiros unissex

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão do Ministério Público Federal (MPF), disse que são inconstitucionais os projetos de lei que buscam restringir o acesso de pessoas trans, travestis e de gênero diverso a banheiros e outros espaços segregados por gênero.

“Reitere-se que mulheres trans não são ‘homens disfarçados’ e homens trans não são ‘mulheres disfarçadas’ com intenções maliciosas, mas, sim, mulheres e homens, que, à luz da Constituição, devem ter o mesmo respeito e reconhecimento assegurado a toda e qualquer pessoa cisgênera”, destacou o documento.

A Nota Técnica nº 03/2025 reafirma o direito à autodeterminação identitária dessa população, argumentando que as restrições propostas violam direitos fundamentais e normas internacionais de direitos humanos. A PFDC analisou propostas legislativas e decisões judiciais relacionadas ao tema, criticando argumentos discriminatórios e defendendo o acesso irrestrito a esses espaços de acordo com a identidade de gênero.

“Além de destacar que nenhuma dessas proposições legislativas apresentam evidências de que as pessoas transgênero representem ameaça a crianças e adolescentes, a transgeneridade não pode ser confundida com perversão ou doença; afinal, uma pessoa trans vai ao banheiro para atender às suas necessidades fisiológicas, não para assediar jovens”, afirmam o procurador federal dos Direitos do Cidadão, Nicolao Dino, e o coordenador do GT População LGBTQIA+, Lucas Dias.

A nota também apresenta dados segundo os quais, entre 2015 e 2021, mais de 83 mil casos de agressões a crianças foram registrados, sendo que 70% dos agressores eram familiares ou amigos, e 70% das agressões ocorreram em residências.

Em relação às agressões contra adolescentes, com quase 120 mil casos, também é possível afirmar que há preponderância de agressões por conhecidos ou familiares em ambiente doméstico.

Diante dos números, a PFDC conclui que o perigo de agressões a crianças e adolescentes parece não estar nos banheiros frequentados por pessoas transgênero, mas pode estar em residências onde agressores se sentem livres para cometer tais atos.

O documento também refuta a alegação de que permitir que pessoas trans utilizem banheiros de acordo com sua identidade acarretaria prejuízos à segurança e à privacidade de mulheres e meninas cisgênero.

O objetivo da nota técnica é enriquecer o debate sobre a proteção dos direitos da população LGBTQIA+, segundo o órgão.

Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/grande-angular/nao-sao-homens-disfarcados-mpf-e-contra-restricao-de-trans-em-banheiros

Nota: eu escrevi em algum lugar da série Ally McBeal e o banheiro unissex.

O Poder dos Rituais de Fogo

Nas horas pouco iluminadas que antecedem o amanhecer, sacerdotes e praticantes espirituais em toda a Índia se preparam para uma das práticas espirituais mais antigas da humanidade: o ritual do fogo. Conhecido em sânscrito como Homa ou Havan, essas cerimônias representam uma das tecnologias espirituais mais duradouras para transformação e purificação. Esses rituais do fogo datam de milhares de anos, no período védico, servindo como uma ponte entre os reinos material e espiritual — um método poderoso para limpar o carma e se comunicar com o divino.

A prática de rituais de fogo tem suas origens na antiga civilização védica da Índia, com evidências arqueológicas sugerindo sua existência já em 3000 a.C. O Rigveda contém numerosos hinos dedicados a Agni, a divindade do fogo, reverenciado como o mensageiro divino que transporta oferendas do reino terrestre para o celestial, simbolizando uma ponte entre os humanos e o divino.

O fogo ocupava uma posição de suprema importância na cultura védica, representando:

A presença divina na terra

Um poder transformador que converte o grosseiro em sutil

Uma entidade viva com a capacidade de purificar energias

Segundo a Dra. Rashmi Patel, Professora de Estudos Védicos, "A centralidade do fogo nos rituais védicos reflete uma profunda compreensão da transformação energética. Os antigos reconheciam que o fogo podia converter instantaneamente a matéria em formas mais sutis — simbolizando a jornada da alma do apego material à libertação espiritual."

Compreendendo a Cerimônia Homa
 
A Estrutura dos Rituais do Fogo Sagrado
A cerimônia Homa representa uma tecnologia espiritual sofisticada desenvolvida para trabalhar com forças cármicas . Em sua forma tradicional, um Homa envolve:

Criando um altar de fogo sagrado (kunda)

Invocando divindades específicas por meio de mantras

Oferecendo várias substâncias ao fogo enquanto recita mantras sagrados

O ritual começa com a purificação, seguida pelo acendimento do fogo sagrado. A cerimônia principal envolve oferendas (ahuti) de ghee, grãos e ervas, enquanto se entoam mantras específicos.

Elementos Simbólicos
Cada elemento carrega um profundo significado simbólico:

O fogo representa a presença divina

As ofertas simbolizam a rendição e o sacrifício

Os mantras criam padrões vibracionais que transformam a consciência

A fumaça ascendente carrega a essência das oferendas para reinos mais sutis

Como rituais de fogo como a cerimônia Homa ajudam a limpar o carma

Para entender como os rituais de fogo ajudam a limpar o carma, é preciso primeiro compreender o próprio conceito de carma. Na filosofia védica, carma se refere ao princípio cósmico de causa e efeito, segundo o qual cada ação gera consequências correspondentes.

Os rituais de fogo oferecem uma abordagem metódica para lidar com marcas cármicas. O fogo cerimonial atua como um catalisador que acelera o processamento de dívidas cármicas. Quando substâncias específicas são oferecidas com mantras adequados e intenção sincera, elas criam um canal para a transmutação.

O Dr. Thomas Hopkins explica em "A Tradição Religiosa Hindu" que o fogo sacrificial serve como um meio transformador, convertendo oferendas físicas em energias sutis que influenciam as dimensões não físicas onde residem os padrões cármicos.

O processo funciona por meio de:

Rendição simbólica de apegos e fardos cármicos

Transformação energética de energias densas em formas mais sutis

Alinhamento vibracional através de mantras específicos

Intervenção divina de divindades invocadas durante a cerimônia

Como participar de uma cerimônia de fogo online para limpeza de carma

Embora a essência dos rituais de fogo permaneça inalterada desde os tempos antigos, sua forma evoluiu para atender às necessidades contemporâneas. Organizações como a MyPalmLeaf foram pioneiras em abordagens inovadoras por meio de plataformas online.

Participação Virtual em Cerimônias Tradicionais
Uma cerimônia do fogo online segue a mesma estrutura ritual, mas permite a participação remota. Sacerdotes treinados realizam o ritual do fogo presencialmente em locais sagrados na Índia, enquanto os participantes participam virtualmente por meio de transmissão ao vivo.

Essa adaptação mantém a integridade da prática antiga ao mesmo tempo em que democratiza o acesso a tecnologias espirituais antes disponíveis apenas para aqueles que podiam viajar para locais específicos.

A eficácia da participação online baseia-se na compreensão de que a consciência transcende as limitações físicas. Quando os participantes definem intenções claras enquanto testemunham a cerimônia, eles estabelecem um vínculo energético com o fogo ritual.

O Papel da Intenção e das Oferendas Sagradas
 
O Poder do Sankalpa

O poder de qualquer ritual de fogo não reside apenas em sua forma externa, mas na consciência que o infunde. Antes de participar, os praticantes são incentivados a refletir profundamente sobre suas aspirações espirituais e os padrões cármicos específicos que desejam abordar.

Esse processo de definição de intenção, conhecido como sankalpa, constitui a base espiritual do ritual. De acordo com textos sobre procedimentos rituais védicos, "Como é o sankalpa, assim é o resultado do ritual".

Propriedades Energéticas das Ofertas

As substâncias oferecidas ao fogo possuem propriedades energéticas específicas:

Ghee (manteiga clarificada) : Dissolve obstáculos e fornece nutrição espiritual

Arroz : Aborda padrões cármicos baseados na escassez

Sementes de gergelim : purifica o carma ancestral

Ervas específicas : atua em desequilíbrios cármicos específicos

Sândalo : Cria uma atmosfera pura propícia à transformação

Cada oferenda é acompanhada de mantras específicos que a tornam mais poderosa e direcionam sua energia para resultados específicos.

Transformações da vida real
O poder transformador dos rituais de fogo foi vivenciado por inúmeros indivíduos em diferentes culturas e períodos de tempo.

Hiroshi, um engenheiro de software de Tóquio, conta: "Depois de passar por uma série de contratempos, me senti preso a padrões negativos. Participar de uma cerimônia do fogo marcou uma virada. Em poucas semanas, notei uma mudança significativa na minha perspectiva e nas circunstâncias."

Da mesma forma, Lukas, consultor de negócios de Zurique, relata: "O Athma Shanthi Puja me ajudou a processar a dor que eu carregava há anos após a perda do meu pai. O ritual forneceu uma estrutura de liberação que a terapia convencional não conseguia abordar."

Praticantes relatam consistentemente experiências de leveza, clareza e energia renovada após participarem de cerimônias de fogo.

A Relevância Perene da Sabedoria Antiga do Fogo

Em um mundo cada vez mais dominado pela tecnologia e pelo materialismo, os antigos rituais de fogo oferecem um profundo contrapeso — uma tecnologia de consciência que aborda as dimensões sutis da experiência humana.

À medida que a humanidade enfrenta desafios sem precedentes, a sabedoria incorporada nessas práticas ancestrais fornece ferramentas valiosas para a transformação. A capacidade de limpar o carma para processar e liberar os padrões energéticos acumulados que limitam o crescimento torna-se cada vez mais relevante.

Organizações como a MyPalmLeaf servem como pontes entre a sabedoria antiga e os buscadores contemporâneos, preservando práticas tradicionais e tornando-as acessíveis globalmente.

Para aqueles que estão explorando seus próprios padrões cármicos mais profundamente, uma Peregrinação Navagraha pode fornecer insights personalizados ou a Leitura de Folhas de Palmeira pode fornecer insights personalizados, complementando os efeitos de limpeza das cerimônias de fogo.

Os antigos sábios que desenvolveram esses rituais compreenderam uma verdade profunda: o fogo contém a chave para a alquimia espiritual. Em suas chamas dançantes, eles descobriram uma tecnologia sagrada para a libertação — um meio de limpar o carma e acelerar a jornada da alma em direção ao seu potencial máximo. Essa sabedoria, preservada ao longo de milênios, continua a oferecer seus dons transformadores àqueles que se aproximam do fogo sagrado com reverência e intenção.

Fonte, citado parcialmente: https://www.ancient-origins.net/news-general/fire-rituals-0022021

sexta-feira, 18 de abril de 2025

A Bíblia não é material didático

247 - A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou nesta terça-feira (8), em segundo turno, o projeto de lei que autoriza o uso da Bíblia como material complementar nas escolas públicas e privadas da capital mineira. A informação é do g1. O texto agora será encaminhado para o prefeito Álvaro Damião (União Brasil), que terá até 15 dias para sancionar ou vetar a proposta.A medida foi aprovada com 28 votos favoráveis, 8 contrários e 2 abstenções. A proposta é de autoria da vereadora Flávia Borja (DC), que defende a utilização da Bíblia como recurso pedagógico voltado à abordagem de temas culturais, históricos, geográficos e arqueológicos.

De acordo com a parlamentar, o texto religioso também pode ser explorado para a análise de gêneros literários como a poesia, a parábola e a crônica.“Estamos falando de um livro que é referência para compreender civilizações antigas como Israel e Babilônia, cujos registros históricos não se encontram em outras fontes”, argumentou Flávia durante a votação. A vereadora ainda citou que outras expressões religiosas, como as de matrizes africanas, também são contempladas nos currículos escolares, “como forma de disseminação cultural”.Apesar da aprovação com ampla maioria, o projeto provocou forte debate entre os parlamentares, especialmente quanto à laicidade do Estado.

O vereador Pedro Patrus (PT) chegou a apresentar uma emenda que proibia qualquer conotação religiosa no uso da Bíblia em sala de aula, mas a proposta foi rejeitada por 25 votos contra e apenas 13 a favor.“Ainda que o projeto não torne obrigatória a participação dos alunos nessas atividades, há um risco evidente de constrangimento para estudantes que professam outras religiões ou que não seguem nenhuma crença”, criticou Patrus. Vereadores do PSOL, PT e PV também se posicionaram contra o texto, reforçando que a escola deve ser um ambiente de neutralidade religiosa e respeito à diversidade.

A redação final do projeto ainda determina que a participação em aulas com conteúdo bíblico não será compulsória, buscando preservar o direito à liberdade religiosa de alunos e responsáveis. Mesmo assim, os opositores consideram que a medida pode abrir brechas para práticas que violem o princípio constitucional da separação entre Igreja e Estado.O projeto agora segue para a redação final e, em seguida, será enviado ao prefeito Álvaro Damião. Caso ele sancione a proposta, a Bíblia poderá ser oficialmente incorporada como material de apoio nas instituições de ensino da capital.

Fonte, citado parcialmente: https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/vereadores-de-bh-aprovam-projeto-que-autoriza-uso-da-biblia-como-material-complementar-nas-escolas

Nota: Belo Horizonte terá que incluir a Torah, o Corão, os livros de Allan Kardec... afinal... também podem ser usados como recurso pedagógico.😏🤭

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Quando o público confirma o estereótipo

Trecho do texto publicado na Folha de São Paulo, de autoria de Rodrigo Toniol:

"Cristofobia é preconceito socialmente aceito
Em tempos de politicamente correto, o crente é o preto ignorante que os intelectuais podem ridicularizar.

Num país em que se combate o racismo, a misoginia e a homofobia com crescente e necessária vigilância, ainda é socialmente aceitável tratar o evangélico como ignorante, manipulado ou perigoso. Na política, na imprensa e até dentro da universidade, a religião, sobretudo os evangélicos, é um espantalho conveniente.

É público que líderes como André Valadão produzem discursos de intolerância. E é evidente que o conservadorismo religioso mobiliza valores que precisam ser criticamente analisados. Faço isso com frequência nesta mesma coluna. Mas isso é muito diferente de reproduzir falas genéricas, do tipo "os evangélicos destilam ódio". Isso não apenas reforça caricaturas, como também empobrece o debate.

O mundo evangélico, como o universo religioso em geral, é mais amplo, contraditório e interessante do que sugerem as visões maniqueístas. A primeira lição da antropologia é: não se compreende um grupo apenas por seus porta-vozes. É preciso observar práticas, contradições, cotidianos. Escuta e presença, não atalhos.

Infelizmente, o problema não se restringe à imprensa. Mesmo na universidade, sobretudo em departamentos distantes dos estudos sobre religião, vejo com frequência colegas tratarem a fé com ares de superioridade e desprezo. O desconforto com o crescimento do campo evangélico, principalmente entre os mais pobres, negros e periféricos, às vezes escorrega para uma postura que oscila entre o medo moral e o desprezo estético.

É como se estivéssemos diante do último grupo social contra o qual o elitismo esclarecido se permite descarregar sua indignação sem culpa. O "crente" virou o novo bode expiatório legitimado.

Tratar milhões de brasileiros como massa de manobra é um erro analítico, ético e político. Reduzir a experiência religiosa a uma simples alienação é uma forma sofisticada de desumanização. E, mais do que isso, é inviabilizar qualquer projeto democrático que pretenda ser inclusivo.

A regra segue sendo a crentofobia. O evangélico, no imaginário de parte da opinião pública, tornou-se sinônimo de atraso, ignorância e ameaça. Isso é confortável, porque localiza no "outro" o problema que não queremos ver em nós mesmos, mas também é perigoso. Quando o outro vira inimigo, a escuta se interrompe, e a política cede lugar à guerra moral."

Retomando.
Como eu escrevi em algum lugar.
Se o cristão segue, curte ou frequenta os cultos desses pastores que disseminam discurso de ódio, então ele (ou ela) concorda com o discurso.

O antropólogo/jornalista não deve andar muito de ônibus, metrô ou trem. Nem deve andar pelo centro de São Paulo. Nem deve ser importunado no sossego do seu lar e descanso por missionários cristãos.

Nós vemos constantemente ações de políticos vinculados ao conservadorismo, à direita (alternativa ou extrema) e também à grupos de fundamentalistas cristãos, propondo pautas excludentes contra populações vulneráveis e leis que violam o princípio constitucional do Estado Laico.

O jornalista/antropólogo falhou em sua análise sociológica, pois não percebeu a existência de um motivo político e econômico na presença massiva do Evangelismo na periferia.
O que produziu o traficante crente e a expulsão das crenças de matriz africana.

Apesar das exceções e diversidade do público evangélico, a maioria confirma o estereótipo.

quarta-feira, 16 de abril de 2025

Festival Indígena União dos Povos

Entre os dias 1º e 4 de maio, vai acontecer o FIUP (Festival Indígena União dos Povos), em Arujá, na Grande São Paulo (SP). O evento irá reunir 15 povos indígenas em uma imersão com apresentações culturais revelando a riqueza da música, das artes visuais, do cinema, da literatura e da culinária indígena, além de rodas de conversas sobre temas que envolvem tradições, medicinas ancestrais, defesa dos territórios e preservação do meio ambiente. 

Nesta edição, o FIUP conta com a participação de nomes como do cacique Raoni, do povo Kaiapó, da deputada estadual Célia Xakriabá, a primeira mulher indígena deputada federal, da atual presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, da ativista Txai Suruí, do ativista Tashka Yawanawá, da artista plástica Daiara Tukano, do pajé Ninawa Pai da Mata Huni Kuin, do cantor e violonista que representou o Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Rasu Yawanawá, entre outros. No dia 4 de abril, a cantora Maria Gadú fará um show especial, reforçando a proposta do evento: unir os povos.

A coluna Psicodelia Brasileira, do Brasil de Fato, estará presente através da minha participação na mediação de duas mesas no evento: Corpo e Território – O Protagonismo das Mulheres Indígenas, com Célia Xakriabá, Júlia Kenemani Yawanawá, Txai Suruí, Kawani Fulkaxó, e Exploração das Tradições Indígenas – Apropriação Cultural e o Uso da Ayahuasca em Contexto Urbano, com Rasu Yawanawá, Ninawa Pai da Mata Huni Kuin, Daiara Tukano, Makairy Fulni-ô e Jairo Lima.

A colunista Caroline Apple durante a segunda edição do Festival Indígena União dos Povos. Arquivo pessoal
Eu estive na segunda edição do evento fazendo a abertura da primeira mesa de conversa com mulheres indígenas e posso garantir que o FIUP é uma grande oportunidade de quem mora em uma cidade como São Paulo e adjacências ter contato com diversas culturas indígenas em uma imersão que, muitas vezes, nem mesmo na floresta é possível, uma vez que não é comum a reunião de tantos povos ao mesmo tempo.

Momentos como esse podem ser vividos em eventos como o Acampamento Terra Livre (ATL) e a Marcha das Mulheres Indígenas, em Brasília, e a Conferência Indígena da Ayahuasca, no Acre. Porém, são encontros com um cunho mais político do que cultural (mesmo que uma coisa seja intrínseca à outra). A proposta do FIUP é fazer essas articulações políticas sob o guarda-chuva da celebração e desse intercâmbio entre indígenas e não-indígenas.

No sábado (3) é possível comprar o FIUP Day e na noite desta data haverá uma cerimônia com medicinas da floresta exclusiva para participantes do evento, mediante a avaliação e anamnese da organização.

Veja a programação completa abaixo e participe.

PROGRAMAÇÃO

Quinta-feira ( 01/05)

12h: Abertura do espaço

Acolhimento aos participantes – acomodações

13h: Espaço Samaúma – receptivo com cantos Yawanawá e Huni Kuin – Feira Economia Verde 

15h: Abertura Oficial do Festival 

⮕ Poesia originária

⮕ Manifesto Karai Djekupe, Thiago Guarani Mbya

⮕ Apresentação Cultural Guarani Mbya e Tupi Guarani

16h40: Coffee Break

17h às 19h: 1º Roda de conversa

 Corpo e Território – O Protagonismo das Mulheres Indígenas

⮕ Célia Xakriabá, Júlia Kenemani Yawanawá, Txai Suruí, Kawani Fulkaxó

Mediação: Caroline Apple

19h: Jantar

22h às 0h: Roda de partilhas e cantorias na fogueira

Sexta-feira (02/05) 

7h às 9h: café da manhã    

10h às 12h:  2º Roda de Conversa 

Avanços Científicos e Acessibilidade das plantas nativas 

⮕ Ninawa Pai da Mata Huni Kuin, Francisquinha Shawãdawa, Cunhã Dju Tupi Guarani, Léo Artese e Luís Fernando Tófoli

Mediação: Glauber Loures de Assis

12h: Almoço

14h : Apresentação Cultural Yawanawá

Espaço de trocas, artes e economia verde

15h:  Apresentação Cultural Comitiva Xingu – Mebêngôkre/ Kayapó

16h às 18h: 3º Roda de Conversa

Emergência Climática – Guardiões em Defesa do Futuro 

⮕  Cacique Raoni Metuktire Kayapó, deputada Célia Xakriabá, Neidinha Suruí 

Mediação: Paulina Chamorro

18h30: Jantar

20h às 21h30:  Espaço Samaúma – Show Dois Sóis e Makairy Fulni-ô

22h às 0h: Roda de partilhas e cantorias na fogueira

Sábado (03/05) 

07h às 9h: Café da manhã

10h às 12h : Pintura Corporal e Cantos Indígenas                    

12h: Almoço

14h: Apresentação Cultural – Toré Fulni-ô e Kariri-Xocó

15h às 17h: 4ª Roda de Conversa

Exploração das Tradições Indígenas – Apropriação Cultural e o Uso da Ayahuasca em Contexto Urbano 

⮕ Rasu Yawanawá, Ninawa Pai da Mata Huni Kuin, Daiara Tukano, Makairy Fulni-ô, Jairo Lima 

Mediação: Caroline Apple

17h30: Jantar

20h às 22h: Documentários

Chamado do Cacique: herança, terra e futuro – o documentário conta a trajetória do cacique Raoni Metuktire, grande liderança na luta em defesa do meio ambiente e dos direitos humanos.
Comida Ancestral – retrata a segurança alimentar de 17 etnias do território brasileiro, documentário em coprodução com o FIUP.
Mistérios do Nixipae – retrata o surgimento do Nixipae (ayahuasca) na cosmovisão do povo Huni Kuin.
22h às 06h: Cerimônia com as Medicinas da Floresta – União dos Povos (condução Huni Kuin e Yawanawá com participação das etnias presentes).

Domingo (04/05)

06h às 08h: Café da manhã

10h: Espaço Alternativo – documentários – artes e Economia Verde 

11h00 às 12h: Almoço

13h às 14h30: 5ª Roda de Conversa

A Floresta em Pé é o Melhor Negócio – Economia Sustentável dos Povos Nativos

Empresas parceiras de comunidades e empreendedorismo social

Mayawari Mehinako (Instituto Xepi), Tashka Yawanawa (Ascy – Associação Sociocultural Yawanawa), Wagner Carvalho (W-Energy), Patrícia Ellen (Aya Earth Partners), Lucia Alberta Baré (Diretora de Promoção de Desenvolvimento Sustentável da Funai)

14h30: Show Maria Gadú (Fiup e Maria Gadú celebram no palco a pluralidade cultural originária)

Discurso Cacique Raoni Metuktire
Roda de Toré Kariri-xocó e Fulni-ô
Show Ninawa Pai da Mata Huni Kuin e Comitiva
Show Rasu Yawanawá e Comitiva
Manifesto COP30 – União dos Povos – Txai Suruí 
18h – Encerramento

3º FESTIVAL INDÍGENA UNIÃO DOS POVOS

De 1º a 4 de maio, em Arujá – São Paulo

Ingressos: de R$ 350 (day use) a R$ 1.700 (pacote 4 dias). Saiba mais no link.

Pacote 4 dias

Opção camping:R$ 1.400,00

Opção quarto compartilhado: R$ 1.700 (esgotado)

Pacote 2 dias 

1 e 2 de maio de 2025
ou

3 e 4 de maio de 2025
Opção camping: R$ 800,00

Opção quarto compartilhado: R$1.000

Fiup Day ( Day Use)

4 de maio de 2025 (domingo): R$350,00
Fazenda Arujabel: Estrada Esmera Maria Rodrigues, 1600 – Bairro do Corrêa/ Arujá – CEP: 07400-990

Editado por: Martina Medina

Fonte: https://www.brasildefato.com.br/colunista/psicodelia-brasileira/2025/04/08/psicodelia-brasileira-estara-no-festival-indigena-uniao-dos-povos-em-roda-sobre-apropriacao-cultural/

terça-feira, 15 de abril de 2025

Tropical e medieval

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira 8, um projeto de lei que institui o Dia Nacional de Jejum, Oração, Arrependimento e Perdão pelas Crianças e pelo Brasil, a ser celebrado em 12 de outubro.

De autoria de Silas Câmara (Republicanos-AM) e sob a relatoria de Pastor Marcos Feliciano (PL-SP), a proposta tem o suposto objetivo de viabilizar "a reconciliação e o perdão entre os cidadãos".

A análise da redação final do parecer de Feliciano ocorreu por acordo, sem votação nominal.

Como o projeto tramita em caráter conclusivo, não precisa passar pelo plenário da Câmara antes de chegar ao Senado, a menos que deputados apresentem um requerimento para isso.

Fonte: https://www.cartacapital.com.br/politica/camara-esta-prestes-a-criar-o-dia-nacional-da-oracao-e-do-arrependimento/

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Index Librorum Prohibitorum

Desde que Donald Trump assumiu o poder, o cenário distópico de Fahrenheit 451 vem se tornando cada vez mais real. O livro reflete sobre a alienação, o autoritarismo, o individualismo e violência através de um mundo em que bombeiros, agentes do Estado, incendeiam livros em vez de apagar incêndios. Como se não bastasse a metáfora, agora também é possível fazer a analogia.

A ordem de retirada de 381 livros sobre feminismo, racismo e Holocausto da biblioteca da Academia Naval dos EUA (confira a lista completa ao final da reportagem), foi determinada outra vez pelo governo Trump e simboliza o aprofundamento de uma “política” que silencia debates sobre justiça social e diversidade. A ação partiu do gabinete de Pete Hegseth, secretário do republicano, em um esforço sistemático para excluir das instituições militares qualquer referência a questões como equidade de gênero, racismo estrutural e memória histórica.

A lista de livros também inclui obras que abordam momentos cruciais da história e das lutas sociais nos Estados Unidos e no mundo. Foram banidos títulos sobre o Holocausto, a participação de afro-americanos na Segunda Guerra Mundial, a atuação política de mulheres negras no século XIX e o impacto do assassinato de Trayvon Martin.

Entre os autores silenciados está Maya Angelou, cuja autobiografia Eu Sei Por Que o Pássaro Canta na Gaiola também foi removida. Angelou foi uma das vozes mais influentes da literatura afro-americana e um símbolo da resistência pelos direitos civis.

Também há temas que o autoritarismo costuma tentar silenciar: corpos, vozes e histórias. Estão entre eles reflexões sobre sexualidade, a presença social das mulheres, a violência racial, além de análises sobre a Ku Klux Klan, a realidade das mulheres em regimes islâmicos e o olhar sobre a identidade e a diferença.

Na última sexta-feira, a Marinha revelou uma lista de livros removidos da biblioteca da Academia Naval, como parte de um esforço mais amplo do governo Trump para suprimir conteúdos considerados “ideológicos” em ambientes federais.

A ofensiva já atinge escolas públicas, plataformas institucionais, iniciativas educativas e agora avança sobre acervos militares. A seleção foi realizada a partir de buscas por palavras-chave na biblioteca Nimitz, o que levou à identificação de cerca de 900 títulos. Quase 400 foram eliminados.

Fontes do Departamento de Defesa, entrevistadas pela Associated Press, expressaram desconforto com a decisão. Entre as principais preocupações está o risco de que a remoção de conteúdos históricos comprometa a formação dos cadetes e apague contribuições importantes de militares pertencentes às minorias sociais.

“Um livro é uma arma carregada na casa ao lado. Quem sabe quem pode ser o alvo do homem culto?” - Fahrenheit 451

Fonte: https://revistaforum.com.br/global/2025/4/8/fahrenheit-451-trump-queima-381-livros-sobre-feminismo-racismo-holocausto-nos-eua-177058.html

Nota: "O Index Librorum Prohibitorum, em tradução livre o Índice dos Livros Proibidos era uma lista de publicações consideradas heréticas, anticlericais ou lascivas e proibidas pela Igreja Católica. A primeira versão do Index foi promulgada pelo Papa Paulo IV em 1559 e uma versão revista dessa foi autorizada pelo Concílio de Trento. A última edição do índice foi publicada em 1948 e o Index só foi abolido pela Igreja Católica em 1966 pelo Papa Paulo VI. Nessa lista estavam livros que iam contra os dogmas da Igreja e que continham conteúdo tido como impróprio.

Fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Index_Librorum_Prohibitorum

domingo, 13 de abril de 2025

Perdeu Mané

O ensino domiciliar – ou homeschooling – no Distrito Federal foi considerado inconstitucional pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão, realizada no último dia 28 março, foi unânime e é um desdobramento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ajuizada pelo Sinpro sobre a Lei 6.759 de 2020, sancionada pelo governador Ibaneis Rocha, que trata da regulamentação dessa prática em âmbito local.

Na argumentação, a Primeira Turma do STF lembrou que qualquer decisão estadual ou municipal que adote o homeschooling será inconstitucional, “por invadir a competência privativa da União para legislar sobre diretrizes e bases da educação”.

“Assim que foi editada a lei (do homeschooling), nós entramos com a ação. Ganhamos do TJ-DFT (Tribunal de Justiça do DF e Territórios) e, agora, ganhamos também no STF, que negou o recurso do governo Ibaneis-Celina. Continuaremos nossa luta, em defesa da educação de qualidade”, afirma o diretor do Sinpro, Dimas Rocha.

A lei do homeschooling no DF, de 2020, é de iniciativa do governo Ibaneis-Celina, junto com os deputados João Cardoso (Avante) e Eduardo Pedrosa (União Brasil), além dos ex-deputados Delmasso e Júlia Lucy.

Segundo a lei, “a educação domiciliar visa o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente, além de seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Entretanto, a própria Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned) admite que não é possível medir os resultados acadêmicos da educação escolar em casa. Para além disso, a Constituição Federal de 1988 estabelece que a educação não tem apenas função técnica.

“Escola também é espaço de aprender a conviver com as diversidades, com a pluralidade; é espaço de socialização, de vivência. A educação domiciliar não garante isso a nossas crianças e adolescentes. É por isso que o Sinpro atua contra o homeschooling”, explica a diretora do Sinpro, Márcia Gilda.

Fonte: https://revistaforum.com.br/debates/2025/4/8/vitoria-do-sinpro-stf-nega-recurso-do-gdf-diz-no-ao-homeschooling-177108.html

Nota: aqui continua a campanha de que seja afastado e cassado todo vereador, deputado, prefeito ou governador que propuser lei inconstitucional.

sábado, 12 de abril de 2025

Suspendam a oração

O Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu de maneira liminar, nesta sexta-feira (11), a lei que obriga a oração do Pai-Nosso em todas as escolas públicas e privadas de São José do Rio Preto (a 440 km de São Paulo). Cabe recurso.

O texto havia sido aprovado pela Câmara no dia 1º de abril e sancionado no dia seguinte pelo prefeito, Coronel Fábio Cândido (PL).

Procurado, o prefeito disse que "respeita as decisões do Poder Judiciário e entende que não cabe manifestação pessoal sobre a decisão em questão". O presidente da Câmara, Luciano Julião (PL), autor do projeto, não se manifestou até a publicação desta reportagem.

A liminar da corte atende um pedido da Atem (Associação dos Trabalhadores em Educação) que apontou inconstitucionalidade na lei e ingressou com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no último dia 4.

"A entidade sustenta que a norma é inconstitucional, tanto do ponto de vista formal quanto material, por violar princípios fundamentais da Constituição Federal e da Constituição do Estado de São Paulo. A lei desrespeita a laicidade do Estado, a liberdade de crença e consciência, o pluralismo de ideias na educação, além de incorrer em vício de iniciativa, ao tratar de tema de competência exclusiva do Poder Executivo", diz nota da Atem.

Em sua decisão, o desembargador Nuevo Campos considerou os argumentos apresentados pela associação. "Dada a relevância dos fundamentos deduzidos na inicial, a partir dos quais foi formulado o pedido liminar, quer quanto à competência, quer quanto ao objeto do ato legislativo em questão, consideramos ainda, os possíveis desdobramentos que podem decorrer de sua vigência, concedo a liminar para suspender a vigência da Lei nº14.776, de 2 de abril de 2025, do Município de São José do Rio Preto", diz o desembargador na decisão.

O projeto de lei foi aprovado pela Câmara por 18 votos a favor e 4 contra. O texto define que a oração do Pai-Nosso, uma tradição católica, deve ser realizada ao menos uma vez na semana, em horário e dia previamente definidos pela instituição de ensino, respeitando a rotina escolar.

E acrescenta que "o aluno que não desejar participar da oração a que se refere esta lei poderá ser dispensado do ato e permanecer na respectiva sala de aula, devendo apresentar à direção declaração assinada pelos responsáveis manifestando sua opção de não participação, eximindo-o da obrigação".

Fonte: https://www.otempo.com.br/brasil/2025/4/11/justica-suspende-lei-que-obrigava-a-oracao-do-pai-nosso-em-escolas-de-cidade-paulista

Spotify desafinou

Por Rodrigo Castro.

O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro apura suposto racismo religioso por parte do Spotify devido a cards em sua plataforma que associavam a umbanda a "ritual" e "bruxaria".

O caso diz respeito a uma campanha de retrospectiva do provedor de streaming por meio da qual usuários podem rever, de forma personalizada, um resumo das músicas, álbuns, artistas e podcasts mais ouvidos ao longo do ano. Na de 2024, eram indicadas até três "fases musicais" desses usuários no período. E, por meio de um sistema de inteligência artificial, relacionavam-se termos às canções da plataforma.

Só que uma das combinações recebidas por usuários juntavam umbanda com "ritual" e bruxaria". A situação chegou a ser reportada em redes sociais.

Ao MPF, o Spotify esclareceu que providenciou o bloqueio da combinação dos termos assim que tomou conhecimento dos fatos, poucas horas após o início da campanha, no dia 4 de dezembro. Pelo que apresentou ao órgão, o lançamento se deu às 10h, e o gerente de produtos instruiu a equipe de engenharia às 15h14. As mudanças foram implementadas às 16h12.

A empresa disse ainda que não houve qualquer reclamação formal aos canais de comunicação. E pediu que o procedimento fosse arquivado.

Mas o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), representado pelo babalaô Ivanir dos Santos, está pleiteando uma audiência com o Spotify para tratar do assunto. A entidade foi responsável por reportar o caso à Procuradoria.

Em manifestação, a CEAP argumenta que, ao admitir a campanha difamatória em sua plataforma, ainda que por pouco tempo, "fica clara a incidência de racismo religioso". Os advogados Carlos Nicodemos e Lucas Albuquerque alegam que a empresa não pode se eximir da culpa sob justificativa de que a discriminação ocorreu por uma combinação involuntária de termos gerados automaticamente e que o problema foi rapidamente sanado.

Diz o documento:

"Mesmo que a discriminação não tenha sido criada voluntariamente pela empresa, ela ainda é responsável por seus serviços e pela divulgação deles, possuindo uma responsabilidade legal nos dados tratados em sua plataforma".

Fonte: https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2025/04/mpf-apura-suposto-racismo-religioso-do-spotify-por-relacionar-umbanda-a-ritual-e-bruxaria.ghtml

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Gomenasai


Conversa com o Gemini

Escreva um texto fazendo um paralelo entre a notícia do superaquecimento do chatgpt com as requisições de geração de imagens no estilo do estúdio ghibli e as notícias comentando o seriado da Netflix, "Adolescência".

Com certeza! Aqui está um texto que estabelece um paralelo entre o superaquecimento do ChatGPT, as requisições de geração de imagens no estilo do Studio Ghibli e a série da Netflix, "Adolescência":

O Fascínio do Ilimitado: ChatGPT, Ghibli e a Complexidade da Adolescência

Em um mundo onde a tecnologia e a arte se entrelaçam, somos constantemente confrontados com a vastidão do potencial humano e as complexidades da nossa própria existência. Recentemente, testemunhamos o "superaquecimento" do ChatGPT, uma ferramenta de inteligência artificial que, por vezes, se mostra tão criativa e perspicaz que nos faz questionar os limites da máquina. Paralelamente, a busca por imagens geradas no estilo do Studio Ghibli revela nosso anseio por beleza, nostalgia e a capacidade de reimaginar o mundo através de lentes mágicas.

Esses fenômenos tecnológicos e artísticos encontram eco na série da Netflix, "Adolescência". A produção nos convida a mergulhar nas profundezas da juventude, explorando suas alegrias, angústias e descobertas. Assim como o ChatGPT, que nos surpreende com sua capacidade de gerar textos e ideias inovadoras, a adolescência é um período de ebulição criativa, onde a imaginação e a experimentação se manifestam de forma intensa.

A busca por imagens no estilo Ghibli, por sua vez, reflete o desejo de escapar da realidade e encontrar refúgio em mundos mágicos e acolhedores. A adolescência, com sua carga de incertezas e transformações, também nos leva a buscar refúgio em fantasias e idealizações. A série da Netflix, ao retratar a vida de jovens em busca de identidade e pertencimento, nos convida a refletir sobre a importância de encontrar beleza e esperança em meio ao caos da vida.

Em última análise, o superaquecimento do ChatGPT, o fascínio pelo estilo Ghibli e a série "Adolescência" nos lembram que somos seres complexos, capazes de criar, imaginar e sentir em níveis profundos. A tecnologia, a arte e a narrativa nos oferecem ferramentas para explorar nossa própria humanidade e encontrar significado em um mundo em constante transformação.

Criado com Gemini, do Google.
Arte criada com inteligência artificial.

Nota:
A cultura pop é um liquidificador.
A internet tornou tudo acessível mundialmente.
As redes sociais tornaram tudo Instagramável, curtível, uma busca alucinada por audiência.
Os geradores de imagens por inteligência artificial mostra mais sobre nós do que nossa estranha relação com a cultura e a tecnologia.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Apoiando as práticas

Por André Lemos.

No dia 19 de março de 2025 a Prefeitura do Rio de Janeiro publicou, no Diário Oficial, a Resolução Conjunta das Secretarias de Meio Ambiente e Clima e Saúde (nº2), pelo reconhecimento das práticas e as comunidades de matrizes africanas como promotoras da saúde e de cura complementares ao SUS. Porém, uma semana depois, 25 de março, a mesma prefeitura a revogou via Decreto (nº 55824) sem muitas explicações. Tudo indica que foi uma articulação política institucional (apoiada por movimentos sociais) que foi barrada no âmbito da execução e gestão.

Somente pela iniciativa, a data é histórica: a capital carioca seria a primeira cidade do Brasil a implementar tal feito. Estando em acordo com a Resolução n° 715/2023 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), a partir da Orientação 46: reconhece as manifestações da cultura popular dos povos tradicionais de matriz africana e as Unidades Territoriais Tradicionais de Matriz Africana como equipamentos promotores de saúde e cura complementares do SUS. E ratificando no plano municipal a Portaria Ministerial N° 992/2009, que institui a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.

Conforme, o Artigo 1 da Resolução Conjunta SMAC/SMS n° 02, basicamente as manifestações da cultura popular dos povos tradicionais de matriz africana reconhecidas seriam: Banhos, a utilização de plantas ancestrais quinadas, maceradas ou fervidas com água, óleos essenciais e demais elementos; Defumação, o conjunto de ervas, incensos ou madeiras aromáticas queimadas que produzem fumaças visando a proteção e a purificação; Benzedeiras, mulheres que utilizam água, óleos essenciais e ervas ancestrais com preces que conectam a espiritualidade e o humano; Chás, bebidas produzidas por meio da infusão de folhas e ervas secas com água; Escalda, solução com água, sal, ervas e óleos essenciais para os pés; Limpezas realizadas no corpo e nos ambientes, com velas, água, defumação, ervas, alimentos e especiarias; e oferendas de comidas e alimentos à cabeça.

Visivelmente, tais manifestações são elementos socioculturais ancestrais, trabalhados e exercitados nas comunidades tradicionais de matrizes afro-brasileiras (especialmente nos Terreiros). Possuem adesão de parte da sociedade brasileira que tem acesso à informação e rompeu a barreira da intolerância religiosa e da discriminação. Em níveis estruturais de cidadania, comportam na sua amplitude os princípios de universalidade, integralidade e equidade dos SUS, principalmente nas diretrizes relativas aos cuidados paliativos e preventivos (complementares). Com comprovada eficiência, mediante experiências em cuidados e prevenção de enfermidades, comorbidades e procedimentos. Além disso, parte das próprias especiarias, ou matéria prima, se tornaram fitoterápicos populares.

Neste sentido, é importante reconhecer que as comunidades tradicionais de matrizes afro-brasileiras, incorporadas de suas religiões, possuem componentes que as legitimam como espaços sociais de cuidado e saúde. E com isso estão em condição de reivindicar pleitos de participação social em forma de lei para que se regulamente a grande contribuição em saúde que podem oferecer ao conjunto da população. Contexto e debate que dialoga com uma passagem, de Clóvis Moura (2020, p. 183), em relação aos afrodescendentes no Brasil: “(…) reavivando a sua identidade étnica, fato que determina um nível de consciência dos seus direitos etnopolíticos bem mais dinâmicos e abrangentes”.

É preciso admitir que a abrangência do SUS garante a possibilidade de por em prática políticas públicas com tais características, em especial na Atenção Primária à Saúde (APS) que atua diretamente na ponta, ou seja, junto à população, e que deveria aprofundar mecanismos de reconhecimento territorial e cultural. Os limites, porém, estariam no âmbito político e regulatório que deixam a desejar em outras demandas da saúde pública, e que estão além do endosso e fortalecimento de grandes programas.

Por exemplo, iniciativas que deveriam ser inerentes à APS, como capacitação de especialistas em regulação, uso da linguagem simples e estímulo da permanência do médico (nota-se grande rotatividade/volatilidade). Buscando a consolidação de políticas públicas emancipadas e emancipatórias, fortalecendo os princípios do SUS e dialogando com o conceito de Saúde Coletiva.

Fonte: https://outraspalavras.net/outrasaude/por-que-apoiar-praticas-de-matriz-africana-no-sus/

quarta-feira, 9 de abril de 2025

China sem filtro


Tem jornal dito progressista que mais parece um puxadinho da Secretaria de Comunicação da...China.

O Brasil 247 publicou uma reportagem sobre um youtuber que mostra a "China sem filtro".

Perderam essa reportagem.
Citando:

Uma jovem chinesa viralizou nas redes sociais após mostrar que mora no banheiro da loja onde trabalha, na cidade de Zhuzhou. Aos 18 anos, Yang encontrou uma maneira de economizar com aluguel ao transformar o pequeno espaço de seis metros quadrados em seu lar improvisado.

Funcionária de uma loja de móveis, ela decidiu usar o banheiro como moradia e paga o equivalente a R$ 37 por mês ao patrão para poder permanecer no local. O espaço, embora apertado, abriga seus pertences pessoais, roupas e alguns itens de higiene.

A rotina inusitada foi registrada por ela mesma e publicada no Douyin, versão chinesa do TikTok. O vídeo rapidamente chamou atenção de milhares de pessoas e gerou discussões sobre condições de trabalho, custo de vida e moradia na China.

A chinesa espera economizar o dinheiro que ganha para poder comprar uma casa ou um carro. Yang tem salário de R$ 2.320. Os seus gastos mensais giram em torno de R$ 307. Segundo ela, sua determinação em economizar é até elogiada pelo chefe. “Se eu conseguir guardar dinheiro agora, talvez possa alugar um lugar melhor no futuro”, disse Yang em uma das gravações.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/meu-lar-e-o-banheiro-da-empresa-jovem-chinesa-choca-internet/

Unicamp inclusiva

Agência Brasil - O Conselho Universitário da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior paulista, aprovou, por unanimidade, a adoção de cotas para pessoas que se autodeclaram trans, travestis ou não-binárias em seus cursos de graduação. 

Aprovada em reunião realizada na terça-feira (1º), a proposta é resultado de articulação entre a reitoria, alunos e movimentos sociais, como o Ateliê TransMoras e o Núcleo de Consciência Trans.

“Trata-se de mais um momento histórico para nossa universidade”, disse o professor José Alves Neto, coordenador da Comissão Permanente para os Vestibulares [Comvest] e integrante do grupo de trabalho que formulou a proposta. Segundo o professor, dos 15 integrantes do grupo de trabalho, sete são pessoas que se definem como trans.

A Unicamp informou que as vagas serão disponibilizadas no edital Enem-Unicamp e vão permitir a participação tanto de candidatos de escolas públicas quanto privadas.

Nos cursos com até 30 vagas disponíveis, pelo menos uma vaga regular ou adicional deverá ser voltada para essa população. Já nos cursos com 30 vagas ou mais, deverão ser ofertadas pelo menos duas vagas, que deverão ser regulares ou adicionais.

O processo de seleção dos candidatos inclui uma autodeclaração no momento da inscrição ao vestibular. Além disso, haverá exigência de um relato de vida, que será submetido a uma comissão de verificação. Após cinco anos da abertura dessas primeiras vagas, a Unicamp vai fazer uma análise sobre os resultados da aplicação dessa política.

Segundo dados da Comvest, 279 candidatos se inscreveram usando nome social no vestibular deste ano na Unicamp. Do total de inscritos, 40 foram convocados. Os cursos mais procurados foram artes visuais, ciências biológicas e medicina.

Atualmente, informou a Unicamp, 13 universidades federais ou estaduais contam com esse tipo de sistema de acesso à graduação.

Fonte: https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/unicamp-aprova-cotas-para-pessoas-trans-travestis-ou-nao-binarias

terça-feira, 8 de abril de 2025

Placa de corno manso


A Prefeitura de Barra Mansa, no interior do Rio de Janeiro, instalou painéis com a frase “Barra Mansa é do Senhor Jesus Cristo!” em diferentes pontos da cidade.A mensagem também aparece em um telão na sede do governo municipal. A iniciativa partiu da atual gestão, comandada pelo prefeito Luiz Furlani (PL), conforme informações do Globo.

O caso gerou repercussão nas redes e foi registrado por moradores. A exibição da frase acontece em espaços públicos e contém a assinatura visual da prefeitura. Apesar da repercussão, a administração municipal ainda não se manifestou oficialmente sobre o teor religioso das mensagens.

Vale ressaltar que a Constituição Federal estabelece que o Brasil é um Estado laico, ou seja, sem uma religião oficial. O princípio garante a separação entre governo e instituições religiosas, além da liberdade de crença para todos os cidadãos.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/prefeitura-exibe-mensagem-religiosa-em-telao-barra-mansa-e-do-senhor-jesus-cristo/

Nota: aqui eu começo a campanha para que as prefeituras possam colocar painéis com a frase "-nome da cidade- pertence ao Senhor Exú"🤭😏.

Oração obrigatória

A Câmara Municipal de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, aprovou, na última terça-feira (1º), um projeto de lei que torna obrigatória a oração do Pai-Nosso nas escolas públicas e privadas da cidade, ao menos uma vez por semana.

A proposta, de autoria do presidente da Câmara, Luciano Julião (PL), agora aguarda a sanção do prefeito Coronel Fábio Cândido (PL), que, segundo sua assessoria, já se mostrou favorável à aprovação.

O projeto foi aprovado com 18 votos a favor e 4 contra. Segundo Julião, os estudantes não serão obrigados a participar da oração. “Nenhum aluno ou família estará obrigado a participar do rito. Quem não quiser, não participa”, afirmou o autor da proposta.

Ele também destacou que, de acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), a laicidade do Estado garante a convivência harmônica entre Estado e Igreja, o que é buscado com a iniciativa.

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/cidade-do-interior-de-sp-propoe-obrigar-escolas-a-rezar-o-pai-nosso/

Nota: continua a campanha pela interdição dos municípios que propuserem leis inconstitucionais, o afastamento imediato do prefeito, governador, vereador ou deputado que apresentar pautas semelhantes.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Ideia para o Corpus Christi

Um decreto polêmico publicado nesta semana pela prefeitura de Florianópolis gerou reações de bares e estabelecimentos comerciais similares da região central da cidade. Por determinação do município, neste final de semana, os empreendimentos terão que fechar as portas por uma hora e meia no sábado, 5 de abril, e mais uma hora e meia no domingo, 6 de abril. O decreto foi feito por conta da Procissão de Nosso Senhor dos Passos. Em um ato de “protesto” conta a decisão da prefeitura, um bar do Centro decidiu fazer a “1ª Festa pela Estado Laico”, neste sábado.

Segundo a publicação da prefeitura feita no dia 1º de abril, “os bares, conveniências, mercados, restaurantes e similares localizados nas ruas especificadas a seguir, nos períodos de 20h00 às 21h30 do dia 05 de abril, e de 16h00 às 17h30 do dia 06 de abril do corrente ano, durante a Procissão do Nosso Senhor dos Passos, ficam sujeitos” ao fechamento integral e outras medidas similares.

A medida vale para os estabelecimentos localizados em sete ruas diferentes da região central. Todas as vias são próximas à Avenida Hercílio Luz, que também foi incluída no decreto.

O evento organizado em protesto ao decreto da prefeitura é promovido pelo Vodu Bar, que fica na Rua Victor Meirelles, uma das vias atingidas pela determinação de suspensão temporárias das atividades durante a procissão. Em anúncio divulgado nas redes sociais, o estabelecimento diz que “além de ferir a Constituição, essa medida cria concorrência desleal entre empresas e ataca diretamente a liberdade de expressão e de existência dos espaços que celebram a diversidade”.

Por conta disso, os donos resolveram fazer a festa que está marcada para começar às 21h30min deste sábado, justamente logo após o horário final estabelecido para o fechamento dos bares durante a cerimônia religiosa.

No decreto publicado no dia 1º, a prefeitura apontou três justificativas principais: 1 – “Considerando que a Procissão do Senhor dos Passos é Patrimônio Cultural Imaterial de Santa Catarina, conforme Decreto n. 2.504 de 2006, e tem o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo IPHAN desde setembro de 2018”; 2 – “Considerando que a tradição de carregar a imagem do Senhor é marcada pela participação de fiéis que percorrem as ruas da cidade em um ato de fé e devoção”; e 3 – “Considerando o momento de festividade nos dias 05 e 06 de abril e a necessidade de garantir o sucesso, respeito a religiosidade, bem como a segurança da procissão”.

Fonte: https://www.nsctotal.com.br/colunistas/anderson-silva/bar-de-florianopolis-faz-festa-pelo-estado-laico-apos-decreto-da-prefeitura

Nota: o Brasil, dito país laico, ainda tem em seu calendário diversas festas religiosas, ligados ao Catolicismo. Aqui eu começo a campanha para que todos os bares façam mais festivais como esse. Dionísio/Baco agradece.

O livro que vivifica a morte

Por Marlon Marcos.

O antropólogo soteropolitano Fábio Batista Lima transita entre os principais estudiosos das chamadas religiões de matrizes africanas na Bahia e, por consequente atuação, de todo Brasil. Agora, apresenta, no formato de livro, o resultado de suas pesquisas desde 2012, quando iniciou seus estudos de pós-doutoramento na Universidade Federal da Bahia, onde também se graduou e se formou em bacharel e mestre em Ciências Sociais.

Este doutor em Estudos Étnicos e Africanos (CEAO-UFBA), é adepto do candomblé, Ogã de Oxum, no terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, e um habilidoso construtor de narrativas socioantropológicas que vão desde as experiências cotidianas no terreiro até possíveis etnografias sensoriais nos moldes de Paul Stoller. Professor da Rede Oficial de Ensino da Bahia, ensina em Nível Médio a disciplina Sociologia, cativando um bando de estudantes para o fazer sociológico.

Empenhado em fazer ciência na Bahia, como ele mesmo diz “sem bolsa, numa Academia restritiva, onde grande parte dos pesquisadores não tem o respeito e o incentivo necessário para dar prosseguimento aos seus estudos. A gente vai no desejo de fazer bem feito e publicar”.

Fábio Lima lança hoje, quarta-feira, a partir das 17h., no Museu de Arte Moderna da Bahia, o livro que traz o resultado de suas pesquisas de mais de 13 anos, supervisionadas pela professora da Ufba Mirian Rabelo. O livro Os iniciados no mistério não morrem: Axexê, ritos mortuários no candomblé (Ed. Contracorrente, SP), já chega referendado por especialistas como obra incontornável para os estudos sobre a ritualização da morte nos terreiros, que, nos candomblés nagôs, é chamada de axexê. A narrativa flui, nos convidando a conhecer o que o autor, fundamentado em relevante literatura antropológica, problematiza e disseca, as complexas camadas que fazem o fenômeno da morte no candomblé, sem ferir os caríssimos fundamentos que precisam ser salvaguardados no existir diverso das várias casas de santo em suas diferentes nações e transnações.

“Além da minha implicação como homem negro, baiano, do candomblé, estudei em meu doutorado, os sentimentos e as emoções no universo religioso dos terreiros, destacando a saúde mental. No fundo, não escolhi este tema, ele me escolheu, é um desdobramento do que já havia estudado, e na introdução explico que o axexê, Oyá, Santa Bárbara, me acompanham como intrigação desde criança, faz parte da minha memória mais remota”, conta o autor.

Fábio Lima destaca a importância dos orixás Oyá, Nanã e Omolu nos rituais de axexê, que segundo o autor pode ser traduzido como ancestral, ele também destaca a importância de Oxóssi, que na liturgia nagô seria o primeiro Axexê.

A importância desta obra repousa em aprofundamentos sobre o fenômeno da morte no candomblé, tratando da construção da entidade “egum”, o espírito do morto, e a sua convivência, a partir dos rituais, como uma entidade ancestral cultuada no cotidiano de sua comunidade espiritual. O texto do antropólogo nos faz crer que no candomblé, a morte é vivificada, é festejada, e elaborada como um “corpo-ausência” que passa a ser um corpo etéreo presente no mundo da vida dos sujeitos que compõem a comunidade do morto tornado egum.

Ao estudar a ritualística da morte nas religiões afro-brasileiras, o antropólogo perfila o muito das contribuições filosóficas das sociedades africanas que chegaram ao Brasil no desumano período da colonização e o seu processo de escravização dos corpos negros, indígenas e pobres.

A narrativa se filia à linguagem científica dos bons etnógrafos e nos mergulha em muitos momentos de fruição poética e de comoção socioexistencial por algumas difíceis experiências enfrentadas pelo autor ao longo da sua existência como um ser negro e gay, agredido pela homofobia desde criança. Perguntado sobre se a experiência nativa lhe foi maior do que a científica na escrita do livro, o autor sentenciou: ”Fiz uma antropologia e não uma teologia. Meu interesse foi entender a morte na cultura afro-baiana, em seus elementos religiosos, buscando exotizar o familiar, para descrevê-lo em suas camadas profundas, dialogando com autores que me permitissem este mergulho. Busquei a antropologia e o constrangimento que ela provoca. Me fiz perguntas que o nativo não faria por causa do seu envolvimento. E ainda assim, respeitei os fundamentos, então não faço nenhuma devassa sobre os mistérios desta religião”.

Pensar na morte como é tratada na sociologia do professor Fábio Lima, neste livro, nos leva ao entendimento da inexorabilidade deste fenômeno, entendendo-o como um rito de passagem sine qua non para o exercício da vida. O povo de santo afirma: os iniciados no mistério não morrem. Portanto, a morte não é o fim do sujeito. Ao morrer, o sujeito deixa de ser corpo físico, e é preparado para se tornar um corpo etéreo, que no candomblé nagô é chamado de egum. Egum, em analogia ao mundo católico, seria o espírito do morto. A obra discorre com desenvoltura e profundidade sobre o tema axexê, e vale ressaltar que a perspectiva da obra parte da experiência nagô, ainda que toque no chamado Mucondo dos congo-angolas e no Sirrum dos jejes, a força analítica da narrativa repousa no universo dos terreiros tradicionais conhecidos como de nação ketu ou nagô.

A linguagem poética é outro destaque. Nos faz imaginar melhor os fenômenos descritos e a perguntar: por que a esteira é a pele do chão? Lima responde que o chão é de suma importância para os cultos espirituais empreendidos pelo candomblé. A esteira, chamada de “eni”, cobre o chão para a iniciação das iaôs, e salvaguarda uma ligação espiritual indestrutível dos membros de uma casa de santo e seu legado ancestral. Os atabaques, as cabaças, os aguidavis. As comidas rituais, as danças específicas para as noites de axexê. As roupas brancas, as cabeças humanas encarnadas cobertas, a palha da costa, as moedas, as velas, a areia, o giz, o silêncio, tudo isso compõe o fazimento do egum, sua transformação em ser ancestral de uma família espiritual que pode ser consanguínea ou não.

“Trago aqui a narrativa da minha memória, de linhas que cruzam experiências, seres invisíveis dotados de força e sua conexão ao ritual do axexê. E o axexê é um evento nos candomblés no qual, ao mesmo tempo que se vive um presente, projeta-se um futuro para o terreiro, mas se resgata, valoriza e enaltece um tipo ideal de passado. A minha afeição ao axexê está ligada às minhas memórias, o que me ajudou a chegar a este texto dos ritos fúnebres do candomblé. Foi como se os tambores, cabaças, ixãs, entre outras coisas sagradas, e a Iansã dialogassem comigo a todo tempo da escrita e me apelassem para escutá-los”, conta, na introdução.

O prefácio da grande professora Miriam Rabelo, banhada em tantas teorias, referenda: “Não preciso mais justificar por que considero o livro de Fábio uma leitura fascinante e indispensável para estudiosos e curiosos do mundo das práticas de matriz africana”.

Fonte: https://atarde.com.br/cultura/ritualizacao-da-morte-no-candomble-e-tema-de-livro-com-lancamento-hoje-1312825

domingo, 6 de abril de 2025

Enfiando o pé na jaca

For what is a man, what has he got?
If not himself, then he has naught
To say the things he truly feels
And not the words of one who kneels
The record shows I took the blows
And did it my way
- My Way, Frank Sinatra.

John Beckett escreveu:

"Os caminhos deles não são os nossos."

O que não explica é qual a relação disso com a prática mística e estática.
E por que John comentou sobre a experiência estática de Tereza de Ávila, um curioso testemunho de que o Cristianismo parece uma mistura de sadismo e masoquismo.

Segundo John, essa é a descrição da experiência da Tereza:

"Vi em sua mão uma longa lança de ouro, e na ponta parecia haver um pequeno fogo. Ele me pareceu estar empurrando-a às vezes em meu coração, e perfurando minhas próprias entranhas; quando ele a retirava, parecia retirá-las também, e me deixar todo em chamas com um grande amor a Deus. A dor era tão grande, que me fez gemer; e ainda assim tão insuperável era a doçura dessa dor excessiva, que eu não conseguia desejar me livrar dela..."

Mas esta é um dos muitos caminhos que a humanidade traçou para entender e se relacionar com o divino.
Então qual é o caminho dos Deuses?
Lembrando que "way" também pode ser traduzido como "jeito", "maneira" e "modo".
Resumindo, como fazem as coisas acontecerem.

Essa é a pergunta que todos fazem quando entram em um avião. Quem está na direção?
Mas acidentes podem acontecer até quando se anda a pé.

Tem um ditado que diz "shit happens". Eu acho muito engraçado o ateu, o descrente, quando critica a religião (reduzido e simplificado para Igreja e Cristianismo), parece um floquinho de neve sensível questionando o motivo da dor e do sofrimento do mundo.
Tem uma letra de música que diz "you bleed just to know you're alive". Mas a insegurança do ateu em saber o "por quê" pode cair em outro pensamento preguiçoso.

“Tudo acontece por uma razão.”

“Tudo faz parte do plano de Deus.”

“O Universo tem algo melhor para você.”

Isaac Newton definiu uma das regras da física de que para toda ação existe uma reação na mesma intensidade, mas em sentido contrário. E isso pode ser interpretado de forma mística.

Segundo John:

"Aqui está a parte mais difícil de aceitar que sim, a vida é aleatória e não, não há um significado profundo por trás de tudo que acontece com você. Isso força você a aceitar que o mundo não gira em torno de você. Ou em torno de nós como humanos."

Talvez vale a pena lembrar que Fortuna é uma Deusa.

Mas realmente nem sempre vale a pena carregar o fardo de achar que a culpa é sua. Ou nos casos mais graves, achar que a culpa é sempre dos outros.

E nós somos péssimos em nos relacionar. Nós provocamos dor e sofrimento em nossa espécie, nas outras formas de vida e no ambiente.

Então falar que é"coincidência" ou algo casual é... ingenuidade. Não existe coincidência. Nada é aleatório. Pode não ser agradável, mas nós não somos o centro do mundo, da vida ou de existência.

Os Deuses são Deuses dos homens, mas também dos animais e da natureza. Nós podemos ser importantes, mas não somos os únicos, nem os favoritos.

Eu estou como um náufrago, tentando sobreviver e achar um propósito para a minha vida, mas essa é a minha história. Eu não vou desistir nem ter medo. Porque o que realmente faz a diferença no final é o como e o quê você fez diante dos desafios.

sábado, 5 de abril de 2025

Feliz Veneralia


A Veneralia era um antigo festival romano realizado anualmente em 1º de abril em homenagem a Venus Verticordia (“ Vênus, a Transformadora de Corações ”) e Fortuna Virilis (“ Fortuna Viril ”). Dedicado principalmente a Vênus, a deusa do amor, beleza, fertilidade e desejo, o festival também prestava homenagem a Fortuna, a deusa da sorte e fortuna. Estátuas de Vênus eram ricamente adornadas com rosas, murta, joias e outras oferendas luxuosas, e o dia também era marcado por atos de reconciliação entre amantes ou cônjuges.

Vênus Verticordia era invocada para obter assistência em questões de amor, fidelidade e beleza, enquanto Fortuna Virilis era solicitada para dar boa sorte nos relacionamentos, com a esperança de que os homens ignorassem as imperfeições.

Veneralia continua a ser celebrada por algumas tradições pagãs e praticantes solitários. Suas observâncias frequentemente ecoam práticas tradicionais, como banhos rituais e oferendas de flores, incenso e comida a Vênus. Orações ou invocações são feitas para melhorar relacionamentos românticos, beleza ou amor-próprio.

Os praticantes podem se concentrar em temas de amor, beleza, criatividade e reconciliação, muitas vezes adaptando elementos tradicionais para atender às crenças e necessidades individuais. Seja por meio de banhos rituais, expressão artística ou orações meditativas, a Veneralia continua a inspirar aqueles que honram Vênus hoje. Como Vênus também é associada às artes, muitos praticantes dedicam o dia à criação de arte ou poesia, bem como se envolvem em rituais de beleza. Além disso, o festival serve como uma oportunidade para reconciliação com entes queridos ou renovação de compromissos românticos, mantendo o espírito de unidade social e renovação pessoal que caracterizou a celebração original.

Fonte: https://wildhunt.org/2025/04/pagan-community-notes-week-of-april-3-2025.html

Traduzido com Google Tradutor.

Abril está sob a proteção de Vênus, e alguns autores antigos derivaram o nome do mês de Afrodite (talvez por meio de uma conjectura etrusca, Aprodita); outros o derivam de aperire (abrir), pois é a época em que, de acordo com Cincius e Varro, "frutas, flores, animais, mares e terras se abrem".

A Veneralia, no primeiro dia do mês de Vênus, honra Vênus Verticordia (Changer of Hearts) e sua companheira Fortuna Virilis (Fortuna Ousada). Nos tempos antigos, todas as mulheres, casadas e solteiras, iam aos banhos masculinos, como hoje podem ir às piscinas. Ao chegar, elas oferecem incenso a Fortuna Virilis e rezam para que os homens não vejam nenhuma mancha que as mulheres possam ter. Elas fazem uma libação e bebem a poção que Vênus bebeu em sua noite de núpcias: papoula triturada com leite e mel. Um comentário antigo (provavelmente de Verrius) diz que elas vão aos banhos para ver os membros viris dos homens. As mulheres, coroadas com coroas de murta, banham-se e rezam para que Vênus lhes traga concórdia e uma vida modesta. Ovídio diz: "beleza, fortuna e boa fama estão sob Sua guarda".

Além disso, as mulheres removem as joias e outros ornamentos das estátuas de Vênus e Fortuna para que possam ser lavadas, após o que são redecoradas e adornadas com rosas (flor de Vênus). [OF IV.133-64; SFR 96-7]

Fonte: https://web.archive.org/web/20051204060858/http://www.cs.utk.edu/~mclennan/BA/SF/SprEq.html#veneralia

Traduzido com Google Tradutor.

A natureza dos seres humanos


Os seres humanos (cristãos) fizeram um conclave só para decidir a natureza de Cristo e de Deus (na concepção cristã).


John Beckett escreveu:

"Imagine, se quiser, um conclave de gatos reunidos para discutir e debater a verdadeira natureza dos humanos."

Tem uma piada que envolve um cachorro, um gato e um ser humano.

No pensamento do cachorro, o ser humano cuida e alimenta ele, então o ser humano é Deus.

No pensamento do gato, o ser humano cuida e alimenta ele, então ele (o gato) é Deus.

Escreva uma paródia e uma sátira aos conclaves da Igreja Católica, contando como seria esse conclave dos gatos discutindo a natureza do ser humano.

Em um palácio de almofadas e arranhadores, envolto em um aroma de atum e erva-dos-gatos, os mais veneráveis felinos do mundo se reuniram para um conclave de proporções épicas. A questão em pauta: a verdadeira natureza dos Seres de Duas Pernas, os misteriosos provedores de comida e carinho.

O Cardeal Bigodes, um persa de olhar penetrante, abriu a sessão com um discurso inflamado: "Meus irmãos, por eras, contemplamos esses seres estranhos. Eles nos alimentam, limpam nossas caixas de areia e nos oferecem afagos. Mas qual é a sua essência? Qual o seu propósito?"

O Cardeal Rabo-Listrado, um siamês de voz melodiosa, ergueu uma pata: "Eu proponho que eles sejam servos divinos, enviados para satisfazer nossos desejos. Afinal, quem, senão um ser superior, dedicaria sua vida a nos servir?"

A Cardeal Pelúcia, uma maine coon de porte majestoso, discordou: "Servo? Que absurdo! Eles são meros autômatos, programados para nos obedecer. Seus miados e ronronados são apenas reflexos de nossos comandos."

O debate se acalorou. Alguns defendiam que os Seres de Duas Pernas eram entidades benevolentes, outros os viam como meros instrumentos de prazer. O Cardeal Ronrom, um filhote curioso, ousou perguntar: "E se eles forem... como nós?"

A sala silenciou. A ideia era tão absurda que nenhum gato ousava sequer considerá-la. Afinal, como seres tão desprovidos de elegância e independência poderiam se comparar à nobreza felina?

Após dias de discussões acaloradas, o conclave chegou a um consenso: os Seres de Duas Pernas eram criaturas complexas, com uma natureza dual. Ora servos dedicados, ora meros objetos de entretenimento. Mas, acima de tudo, eram seres inferiores, destinados a servir à glória felina.

Com um ronronar unânime, os cardeais selaram o veredicto. A partir daquele dia, os Seres de Duas Pernas seriam conhecidos como "Os Provedores", e sua única missão seria garantir a felicidade e o bem-estar dos verdadeiros senhores do universo: os gatos.

Criado com Gemini, do Google.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Deuses, homens e animais

Autor: John Beckett.

O antigo filósofo grego Xenófanes disse:

Mas se o gado, os cavalos e os leões tivessem mãos ou pudessem pintar com as mãos e criar obras como os homens fazem, cavalos como cavalos e gado como gado também representariam as formas dos Deuses e fariam seus corpos de um tipo semelhante à forma que eles próprios têm.

(Nota da casa: uma falácia de "petição de princípio muito usada pelos ateus)

Ainda tendemos a assumir que os Deuses se parecem conosco. E frequentemente assumimos que Eles pensam como nós. Em nossa época, a escritora cristã Anne Lamott disse:

Você pode seguramente assumir que criou Deus à sua própria imagem quando descobre que Deus odeia todas as mesmas pessoas que você.

No entanto, como politeístas, reconhecemos que isso nem sempre é verdade. Alguns dos nossos deuses não são à nossa imagem.

É mais evidente no Egito, onde muitas das divindades têm cabeças de animais não humanos. Hórus é retratado como um falcão, ou como um homem com cabeça de falcão. Thoth tem cabeça de íbis, Anúbis, cabeça de chacal, e Sekhmet, cabeça de leoa.

A deusa babilônica Tiamat é geralmente retratada como uma serpente marinha.

Algumas das tradições europeias têm deuses com chifres ou galhadas, como Pan ou Cernunnos. E enquanto a Morrigan é mais frequentemente retratada como uma mulher humana, ela se transforma em uma vaca, uma enguia, um lobo e um corvo.

A explicação acadêmica típica para essas representações é que os artistas queriam ilustrar como uma divindade em particular tem as características de um animal em particular: Sekhmet é feroz e Anúbis limpa os mortos. Há quase certamente um aspecto de reciprocidade (e de magia simpática) na representação de Deuses como animais que são caçados – se honrarmos o Deus Cervo, Ele trará os cervos para nossa caça. Há alguma verdade nessas explicações.

Uma coisa é certa: as verdadeiras formas dos Deuses estão além do nosso conhecimento, e provavelmente além da nossa capacidade de saber. Que é o ponto principal que Xenófanes estava tentando fazer, diferentemente daqueles que se apropriaram dele como uma espécie de proto-monoteísta.

No entanto, como politeístas que adoram os Deuses não inteiramente humanos como seres reais, distintos e individuais, há outra explicação possível: essas são as formas nas quais Eles escolheram revelar-Se. Se esse é o caso — e eu acredito que é — o que isso nos diz?

Um dos epítetos de Cernunnos é Senhor dos Animais. Este é um epíteto moderno – não sabemos praticamente nada sobre como Ele era compreendido e adorado nos tempos antigos. Ainda assim, dada a pintura rupestre O Feiticeiro na Caverna de Trois-Frères na França (de cerca de 13.000 a.C.), a arte do Caldeirão Gundestrup (de cerca de 100 a.C.) e os numerosos relatos de UPG contemporâneos (incluindo o meu próprio), esse título parece razoável e apropriado.

O Senhor dos Animais não entrega meramente animais aos humanos para serem usados como alimento. Ele tanto governa as forças geradoras da Natureza quanto as personifica (lembre-se de que há pessoas humanas e pessoas não humanas). Ele é o Deus de todas as pessoas, não apenas dos humanos.

Não acredito que outros animais adorem os Deuses como nós, como às vezes é retratado nas histórias do “Primeiro Natal” de animais adorando o menino Jesus. Isso é muita antropomorfização para o meu gosto. No entanto, eu não ficaria surpreso em descobrir que algumas espécies o fazem, como golfinhos, elefantes e corvídeos. Mas se um Deus tem responsabilidade por um aspecto particular da Natureza, é lógico que Eles terão um relacionamento com as pessoas que compõem esse aspecto – e essas pessoas terão um relacionamento com Eles.

Não temos relacionamentos exclusivos com nossos Deuses. Os Deuses dos humanos são os Deuses de outras espécies também.

Se nossos Deuses também são os Deuses deles, não temos razão para esperar que Eles nos prefiram aos coelhos e esquilos, ou aos lobos e ursos.

O cristianismo defende a Imago Dei – que somente os humanos são feitos à imagem de seu Deus. No entanto, além da combinação de linguagem e polegares opositores, o que temos que outras espécies não têm? Compartilhamos 96% do nosso DNA com chimpanzés e bonobos, que são mais intimamente relacionados a nós do que aos gorilas. Somos a espécie mais poderosa deste planeta – se somos os mais sábios é outra questão completamente diferente. Nosso poder – do qual frequentemente abusamos – não nos dá direito a nenhum favor especial dos Deuses.

Que os Deuses dediquem atenção a nós nos lembra que somos importantes para Eles, e que podemos formar relacionamentos com Eles que sejam mutuamente respeitosos e mutuamente benéficos. Mas nunca sejamos tão arrogantes a ponto de acreditar que somos sua única ou mesmo sua principal preocupação.

Eu regularmente me deparo com comentários de pagãos que dizem coisas como "os humanos são uma infecção na Terra que deve ser exterminada!" Agora, eu entendo e aprecio o dano que nossa espécie causou à Terra. Houve cinco extinções em massa na história do nosso planeta. Estamos no meio da sexta e, ao contrário das cinco primeiras, esta é quase inteiramente devido à atividade humana. Há mudanças significativas que precisamos fazer, algumas no nível individual e muitas mais no nível social.

Mas cada uma das sete bilhões e meia de pessoas vivas hoje são pessoas de valor inerente e mérito que, quaisquer que sejam seus pecados, não merecem a morte e a extinção. Quando ouço pessoas desejando que nossa espécie morra, o que realmente ouço é "é mais fácil desejar a morte de bilhões de pessoas do que trabalhar minha culpa católica e/ou calvinista, da qual não estou realmente ciente, porque a autorreflexão é difícil e assustadora".

Você não sai tão fácil assim. Nós não saímos tão fácil assim. Nós fizemos uma bagunça e vamos ter que limpar. Quanto mais cedo começarmos, mais cedo estará pronto.

Não somos o centro do universo. Não somos sua cabeça. Não somos nem mesmo os filhos favoritos dos Deuses.

Em vez disso, somos uma parte do mundo vivo. Somos os parentes biológicos de todas as espécies neste planeta, e somos os parentes espirituais de todas as pessoas em todos os reinos. Nossa parte é importante, valorizada e sagrada. E assim é cada outra parte.

Louvado seja os Deuses Animais e os Deuses dos Animais!

Fonte: https://www.patheos.com/blogs/johnbeckett/2018/09/animal-gods-gods-of-the-animals.html

Nota: com frequência, o ateu, o descrente, quando critica a religião (generalizando e reduzindo à Igreja e Cristianismo) parece um floquinho de neve sensível, questionando por que existe tanto sofrimento no mundo e na vida...🤭😏