Espectro olhou para a porta, seus olhos se arregalando ao reconhecer a figura adentrando a cafeteria. Aset, a deusa da magia e da maternidade, descia do pedestal de sua divindade e se acomodava em uma das mesas de canto. A antiga religião egípcia, o Kermetismo, a chamava de Ísis, mas aqui, no Panteão, a verdade era conhecida por todos.
"Bom dia, Aset," Espectro a saudou com um sorriso, a voz baixa para não incomodar os outros clientes. "O que a deusa gostaria de pedir hoje?"
Aset sorriu de volta, um sorriso que carregava a sabedoria dos milênios. "Um café preto, forte, como a noite que me envolveu na criação do mundo. E um croissant, para lembrar-me dos pães que ensinei a fazer aos humanos."
Espectro anotou o pedido, seus dedos tremiam levemente. A presença de Aset na cafeteria era sempre um evento. Não apenas pela sua importância na mitologia, mas pela história de amor que a ligava a Osíris, um amor que desafiava as normas humanas e era visto como tabu.
Osíris, o deus da ressurreição e da vida após a morte, era o irmão e esposo de Aset. Um amor que transcendia os laços familiares, um amor que havia dado origem a Hórus, o deus do céu. Uma história que se repetia a cada manhã, quando Aset se sentava naquela mesma mesa, pedindo o mesmo café e o mesmo croissant.
Enquanto preparava o café, Espectro se perguntou como seria viver uma vida tão intensa, um amor tão profundo e ao mesmo tempo tão controverso. Aset e Osíris, a deusa e o deus, unidos em um amor eterno que desafiava os limites do tempo e do espaço.
"Aqui está, Aset," Espectro colocou a xícara e o croissant sobre a mesa.
Aset agradeceu e tomou um gole do café, seus olhos se fechando por um instante. "Sabe, Espectro," ela começou, sua voz suave como a brisa do Nilo, "os humanos sempre buscam por regras, por leis que definam o que é certo e o que é errado. Mas o amor não se prende a essas regras. O amor é livre, é infinito, e pode florescer em qualquer lugar, em qualquer tempo."
Espectro assentiu, compreendendo as palavras da deusa. A história de Aset e Osíris era a prova viva disso. Um amor que havia dado origem a um novo mundo, um amor que continuava a inspirar e a fascinar.
"Você tem razão, Aset," ele respondeu. "O amor é mais forte que qualquer lei."
Aset sorriu e terminou seu café. Ao se levantar para ir embora, ela deixou uma moeda de ouro sobre a mesa. "Agradeço por sua companhia, Espectro," ela disse. "E lembre-se: o amor sempre vence."
Espectro observou Aset se afastar, a figura dela se perdendo entre os outros clientes. Ele pegou a moeda de ouro e a guardou, um pequeno tesouro que o lembraria para sempre da história de amor mais antiga e mais poderosa do mundo.
A cafeteria Panteão era mais do que apenas um lugar para tomar café. Era um portal para outros mundos, um lugar onde deuses e humanos se encontravam. E ali, a cada manhã, a história de Aset e Osíris era recontada, um lembrete de que o amor, em todas as suas formas, é a força mais poderosa do universo.
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